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Depois da fala racista de Guedes contra empregadas domesticas, Dólar vai a 4,38 e Bolsa despenca

Guedes só quis agradar seu gado que odeia pobre. Afinal, Bolsonaro não se cansa de falar que quem gosta de pobre é o PT, isso depois de seus ataques racistas contra negros e índios feito sob forte aplauso no Clube Hebraica no Rio.

Guedes se sentiu em casa para atacar as empregadas domésticas, mas no bojo desse ataque tinha uma propaganda que Dólar alto era bom pro país, já que ele não tem solução para a crise permanente que gera essa explosão no preço da moeda americana no Brasil.

Resultado, a gracinha racista de Guedes para seu gado mugir de alegria, fez o Dólar chegar a novo recorde hoje valendo 4,38 e a bolsa despencando 1,5%.

Na verdade o mercado interpretou como deve ser interpretado o aviso de Guedes: nós estamos sem rumo, sem plano econômico e a coisa será tocada no “vai da valsa”, a Bangu, no salve-se quem puder.

Nesta quarta-feira (12), em entrevista na Globonews, com Roberto Campos presidente do Banco Central, ficou claro que o governo Bolsonaro não tem qualquer plano de desenvolvimento e, consequentemente de melhora da economia.

Como bem disse Saul Leblon – Carta Maior, Guedes não disse, mas o mercado sabe, é que “no tempo de Lula em que ‘ empregada doméstica’ viajava pra Disney não tinha déficit externo, agora tem.”

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O que Guedes quis dizer é que, com Lula e Dilma, empregada doméstica podia ir a Disney

Guedes foi até econômico na sua síntese. O que, na verdade, ele quis dizer e que está deixando os bolsonaristas enfurecidos, é a mais pura verdade, que o Brasil era outro antes do golpe.

Dilma terminou seu mandato em 2014 com o menor índice de desemprego e maior poder de compra da história.

Na realidade, foi um processo que iniciou no governo Lula que mostrou, como ele sempre repete, que pobre podia viajar de avião, comprar carro novo, fazer churrasco todo fim de semana, viajar para Disney, assim como para dentro do próprio país, podia comprar ou reformar a sua casa, ver seus filhos ingressando na universidade pública e o país cada vez mais respirando alegria e esperança, mas principalmente uma população que sonhava, o oposto do que se viu com o Temer e, agora, com Bolsonaro.

Hoje, o que se vê é um Brasil crepúsculo, um ambiente assombroso em que o pobre é tratado pelo governo a ponta pé, um governo imoral comandado por um psicopata que odeia negros, índios e pobres e não faz outra coisa, senão piorar a vida deles. Acabou com a aposentadoria, destruiu o futuro de milhões de jovens, segregou os pobres, devolvendo o país ao mapa da fome, enquanto bancos batem recordes de lucro.

Madeireiros e grileiros assassinam índios, além de incendiar as florestas. A juventude negra sendo dizimada nas favelas por uma polícia fascista que piorou enormemente com a chegada de Bolsonaro ao poder, assim como o Brasil era visto como modelo de preservação ambiental, hoje é visto pelo mundo como principal inimigo do meio ambiente.

Se Lula era querido nos quatro cantos do mundo, hoje estes odeiam Bolsonaro e veem o Brasil como principal núcleo do fascismo contemporâneo.
O Brasil, que tinha uma credibilidade internacional nas grandes agências de investimentos, hoje, o que se tem é fuga de capitais de forma recorde e investimento internacional zero.

Na época de Lula e Dilma, ao contrário de hoje, todo o mundo queria investir no Brasil. E, se a vaca ainda não foi para o brejo, é porque em 12 anos o Brasil, além de não dever nada para o FMI, passou a ser credor do mesmo e construiu reservas internacionais de quase R$ 400 bilhões.

Poderia passar a noite enumerando os feitos dos governos Lula e Dilma além da empregada que podia ir a Disney, como disse Guedes num tom de insulto, mas fico por aqui com esses exemplos que mostram claramente a diferença do que se viveu com Lula e Dilma e o se vive hoje.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Guedes diz que dólar alto é bom: ‘empregada doméstica estava indo para Disney, uma festa danada’

Paulo Guedes, parece mesmo pai do Carluxo. O sujeito disse nessa quarta-feira que o dólar mais alto é “bom para todo mundo”. Ele afirmou que, com o dólar mais baixo, “todo mundo” estava indo para a Disney, nos Estados Unidos, inclusive “empregada doméstica”.

Disse o fascista neoliberal:

O câmbio não está nervoso, (o câmbio) mudou. Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para Disneylândia, uma festa danada. Pera aí..

Nesta quarta-feira, o dólar bateu o quarto recorde consecutivo em relação ao real. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 4,3505, em alta de 0,55%.

Vendo o absurdo que falou, Guedes tentou consertar mas já era tarde: “Antes que falem: “Ministro diz que empregada doméstica estava indo para Disneylândia”. Não, o ministro está dizendo que o câmbio estava tão barato que todo mundo está indo para a Disneylândia, até as classes sociais mais…”

Na semana passada, Guedes comparou servidores públicos a parasitas. Depois, disse que foi tirado de contexto e pediu desculpas.

 

*Da redação

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A volta da servidão no Brasil: 2019 bateu recorde de empregadas domésticas

O fim de 2019 veio carregado de más notícias: uma economia praticamente estagnada; desemprego persistente; queda da renda média dos trabalhadores; aumento da desigualdade e concentração de renda; elevação dos ganhos na faixa dos super ricos à revelia da perda de rendimento dos mais pobres.

Um dos sintomas de uma coalização política como a liderada pelo conservador Jair Bolsonaro (sem partido), e tendo como representantes da política econômica a fina flor do liberalismo, é a junção de uma economia que não deslancha, ou seja – um “bolo” que se mantém pequeno – e, uma divisão cada vez menos equânime da riqueza criada, ou seja – cada vez mais a fatia dos mais ricos se torna maior e a parte pertencente aos trabalhadores míngua.

Um dos exemplos disso é o recorde no número de trabalhadoras domésticas vivenciado no fim do ano passado. Ao contrário do que argumentou Jair Bolsonaro, em 2013, para votar contra a chamada “PEC das domésticas” – alegando que a extensão dos direitos levaria ao desemprego das trabalhadoras domésticas. Nas palavras do presidente, “foi para proteger. (…) Muita gente teve de demitir porque não teria como pagar. Muitas mulheres perderam emprego pelo excesso desses direitos”.

Errou. Em primeiro lugar porque o aumento ou retração do emprego doméstico está ligado, fundamentalmente, ao comportamento da economia, e não ao conjunto dos direitos de que gozam a categoria. Assim, o trabalho doméstico tem uma dinâmica “contracíclica” com a economia de forma geral, por isso em períodos de maior crescimento econômico, como o ciclo que vai de 2003 a 2014, o trabalho doméstico foi perdendo participação na economia brasileira, saltando de 19% para 14% da força de trabalho ocupada das mulheres.

Ao lado da redução da participação do trabalho doméstico no mercado no mercado, vivenciamos a elevação do rendimento médio dessas trabalhadoras, que foi superior ao crescimento real do salário mínimo nacional, para o mesmo período.

Por fim, o elemento mais representativo dessa transformação do trabalho doméstico encontrava-se na redução acelerada do percentual de jovens nessa ocupação, demonstrando a possibilidade de rompimento com um ciclo geracional na qual bisavós foram escravizadas e, até hoje, as filhas jovens se inserem no mercado pela mesma porta de um trabalho de inestimável valor social mas de inegável precarização e servilismo.

De 2015 para cá, ao contrário do que preconizava Jair Bolsonaro, o trabalho doméstico volta a crescer em termos absolutos e proporcionais.

A crise econômica e a persistência de elevado contingente de desempregados recolocam o emprego doméstico como uma das únicas alternativas de inserção laboral, especialmente para mulheres negras. Mais gente ofertando trabalho pressiona os salários para baixo, pela lei da oferta e da procura. Assim, vemos frustrar as expectativas de uma sociedade com menor desigualdade social e rumando para a superação do nosso passado escravocrata colonial.

Como efeito desse processo de retomada da elevação do emprego doméstico a partir de 2015, somado com uma economia que suspira no leito de morte e com a resiliência da taxa de desemprego, o resultado é que 2019 atestou o menor rendimento desse trabalho desde o ano que iniciou a crise.

Ou seja, a tão propagada “recuperação” econômica e geração de emprego que acompanharam os noticiários no fim do ano, está sendo puxada – basicamente – pelo emprego informal, pelo “conta próprio”, pelos “bicos” e pelo trabalho doméstico. Estamos rumando, de volta, para aquele Brasil servil.

 

 

*Juliane Furno/Brasil de Fato