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Cotidiano

PMDF prende manifestante e usa gás de pimenta em protesto de enfermeiros

Enfermeiros protestam contra o resultado da votação do piso da categoria, concluída pelo STF na noite de sexta-feira.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) usou spray de pimenta durante protesto de profissionais da enfermagem contra o resultado da votação do piso da categoria, concluída pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.

Um manifestante foi preso por desacato durante o ato, realizado na Esplanada dos Ministérios, na manhã desta segunda-feira (3/7). Ele foi levado para a 5ª Delegacia de Polícia (área central), de acordo com a corporação.

Imagens obtidas pela reportagem mostram o clima durante a manifestação, nas proximidades do Ministério da Saúde.

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Justiça

Enfermeiros classificam decisão de Barroso de “injusta” e querem paralisação

Segundo o Conselho Federal de Enfermagem, o piso salarial foi instituído após discussões de 50 anos: “Debatemos tudo com o Congresso”.

De acordo com o Metrópoles, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) recebeu com surpresa e indignação a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, neste domingo (4/9), o piso salarial nacional da enfermagem.

Diversos sindicatos estaduais entraram em contato com o conselho neste domingo, manifestando discordância com os termos apresentados por Barroso para justificar a medida. Além disso, diz o Cofen, entidades estaduais já comunicaram a confederação que podem organizar paralisações por todo o país.

Na decisão do ministro, fica definido prazo de 60 dias para que a categoria esclareça o impacto financeiro da medida avalizada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O magistrado quer avaliar os riscos para empregabilidade no setor e analisar se haverá impacto na qualidade dos serviços prestados.

O ministro defendeu que os esclarecimentos ocorram antes de o piso entrar em vigor. Barroso aponta “risco concreto de piora na prestação do serviço de saúde”, em razão dos riscos apontados pelo governo federal, relacionados à demissão em massa e à redução da oferta de leitos diante da elevação de despesas com o piso.

Conselheiro federal do Cofen, Daniel Menezes rebate a decisão do ministro, alegando que o piso salarial nacional para os enfermeiros foi uma vitória discutida por 50 anos e amplamente debatida no Congresso Nacional.

“Todos os entes que o ministro diz precisar ouvir nos próximos 60 dias foram ouvidos quando a medida ainda estava tramitando na Câmara dos Deputados. É um trabalho importante para reduzir a discrepância nos salários pelo país. Tem enfermeiro que ganha um salário mínimo”, ressaltou Menezes.

Para o conselheiro, a decisão não é justa. “Os dados apresentados por representantes de entidades privadas como possíveis demissões não têm base científica. Tudo isso já foi apresentado. Há um trabalho no Congresso para equacionar o subsídio. O Cofen vai se manifestar contra a decisão. Não vamos nos abater. Estamos surpresos mas já trabalhando para garantir nosso direito adquirido”, ressaltou.

Ação questionada

A decisão cautelar de Barroso decorre de ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a constitucionalidade da lei que instituiu o piso remuneratório de R$ 4.750 aos enfermeiros; 70% desse valor aos técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares de enfermagem e parteiras.

A CNSaúde alegou que a lei seria inconstitucional, porque regra que define remuneração de servidores é de iniciativa privativa do chefe do Executivo, o que não ocorreu, e que a norma desrespeitou a auto-organização financeira, administrativa e orçamentária dos entes subnacionais, “tanto por repercutir sobre o regime jurídico de seus servidores, como por impactar os hospitais privados contratados por estados e municípios para realizar procedimentos pelo SUS”.

A entidade também afirmou que o texto foi aprovado de forma rápida e sem amadurecimento legislativo na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A CNSaúde ressaltou que a matéria não foi analisada em comissões parlamentares, mesmo diante da relevância da medida e de seus impactos significativos. Conforme postula a confederação, a aplicação da lei pode aumentar o desemprego, gerar a falência de unidades de saúde ou o aumento de repasse de custos no serviço privado, entre outros problemas.

“A decisão do ministro Luís Roberto Barroso é um marco na jurisprudência do STF. Mesmo reconhecendo a incontestável importância dos enfermeiros e técnicos para o país e a necessidade de valorização dessas carreiras, exige estudo de impacto financeiro-regulatório por parte do legislador de forma a compreender a extensão dos custos e os efeitos adversos que o piso acarretará, tanto para o setor privado, como também para os estados e municípios”, disse André Silveira, advogado que atuou na causa pela Confederação das Santas Casas.

Ainda segundo o advogado, “a União não pode impor um piso de cima para baixo e quebrar os orçamentos dos hospitais públicos, privados e entidades não lucrativas. A prestação de saúde no país estava sob o risco de iminente colapso”.

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Ministro da Saúde Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio em sua 1ª coletiva

Nelson Teich, falou como ministro da Indústria e Comércio ou coisa que o valha. Aquilo é tudo, até gerente de loja, menos ministro da saúde.

Terminou a coletiva sem dizer nada sobre um plano de combate ao coronavírus, nada. O que ele fez foi culpar os doentes pela paralisação da economia.

Combate à pandemia? Que pandemia?

O ministro da Saúde disse que pouco se sabe sobre a Covid-19 e, assim, não tem muito o que falar e fazer.

Sabe que o general Pazuello atuará na Secretaria Executiva do Ministério da Saúde e mais não disse.

Bolsonaro trocou um ministro da Saúde por um ministro da doença. Grosso modo é isso que podemos falar.

Nelson Teich não se preocupou em mostrar um plano de ação digno de um Ministério da Saúde. Nada falou sobre a OMS, não traçou um fio qualquer entre sua gestão e a pandemia de coronavírus. Sua preocupação foi única e exclusivamente defender o fim da quarentena e afrontar os brasileiros, incluindo os médicos, enfermeiros e todos os profissionais da saúde que estão na linha de frente e sofrendo pesadamente com a expansão da Covid-19 no Brasil.

Ele ainda teve pachorra de fingir que Bolsonaro não foi cansativamente avisado que o sistema de saúde, entrando em colapso, afetaria todos outros pacientes portadores de outras doenças. Desonesto, Teich tentou usar esse argumento contra o coronavírus, melhor dizendo, quis fazer crer que a preocupação da imprensa e dos profissionais da saúde era apenas com a Covid-19 e não com o sistema que está a um passo de de entrar em colapso.

Ou seja, Bolsonaro arrumou um ministro da Saúde tão cínico quanto ele.

Mais 5 minutos e ele lançaria uma promoção nas lojas do Veio da Havan. Trocando em miúdos, em sua fajuta justificativa de que, sem dados objetivos sobre o vírus, nada pode ser feito, e para que o país fique imune à doença, demorará mais de um ano, a economia não poderia esperar e, portanto, todos devem voltar a trabalhar, mesmo correndo risco de vida.

Nelson Teich, com esse argumento estúpido, não oferece nenhuma escolha para a sociedade brasileira que não o cadafalso.

Resumindo, o ministro da Saúde tratou como algo banal os infectados, os doentes e os que foram a óbito pelo coronavírus, sem respeitar as vítimas e, muito menos seus familiares, comportando-se não como médico, menos ainda como ministro da Saúde, mas como um analista de negócios em que o pensamento que impera são as relações comerciais subordinadas à economia em nome da desgraça que se abate sobre o país.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Prefeito de São Bernardo chora ao deixar UTI e diz: “pensei que não ia voltar”

Diagnosticado com coronavírus desde 25 de março, o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), de 45 anos, gravou vídeo emocionado ao receber alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele continua hospitalizado e em isolamento.

“Estou muito feliz. Não tenho outras palavras, a não ser agradecer. Agradecer a toda equipe médica, enfermeiros, auxiliares, o pessoal da limpeza (que foi muito carinhoso comigo). Só Deus pode pagar por tudo que vocês fizeram por mim. Agradecer às milhares de correntes, de orações, de torcida, de fé, [vindas] de adultos, crianças. Isso tudo me deu coragem para estar de volta. Muito obrigado, de coração. Eu achei que não ia voltar. Mas eu estou bem. Agradeço a cada um de vocês. Muito obrigado do fundo do coração”, disse ele, chorando.

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*Com informações do 247