Categorias
Opinião

Estadão, o eterno jornal da província de São Paulo

O que pode ser mais jurássico, escravocrata, casa grande, senzala, que o jornal O Estado de São Paulo fazendo lobby para os barões do sistema financeiro paratatá?

E quando falamos aqui do sistema financeiro, referimo-nos à agiotagem como um todo, que suga toda a riqueza produzida no país a partir, lógico, do próprio trabalhador.

Não é sem motivos que a remuneração anual, ou seja, o lucro de rentistas e banqueiros nesse país, anda aos saltos, ano após ano. E o Estadão tem a cara dura de afirmar que o Brasil hoje é diferente do Brasil que Lula pegou em 2002. Sei.

Ora, é só pegar o próprio Estadão e comparar as matérias de hoje com as que ele publicava quando ainda chamava Jornal da Província de São Paulo, para ver que ele não mudou absolutamente nada, que continua sendo mesmo panfleto da oligarquia, com os mesmos palavrórios, com a mesma ideia de uma sociedade que parte do pressuposto de que uma civilização só caminha a partir dos de cima pisando nos de baixo.

Para variar, falam que Lula precisa governar para o Brasil real, e a piada já vem pronta, e até com meme.

O que é o Brasil real a que se refere o jornal feito sob medida para defender interesses escravocratas contra os escravizados e que hoje defende a goma alta do dinheiro grosso?

Essa papa fina que nada produz, mas que bate recordes sobre recordes de lucro a partir de uma exploração cínica, covarde, segregacionista que aprofunda o apartheid tropical, como fez Paulo Guedes, o queridinho do Estadão, Fernão Mesquita, o janota tardio, que acha que o suprassumo da modernidade é ir para a rua com uma cartolina escrita “vai para Venezuela!”.

E é o jornal desse sujeito, que está dois séculos aquém da sua fundação, ou seja, do Brasil extrativista e, por isso mesmo apoiou a candidatura de Bolsonaro em 2018, que vem falar em esquerda jurássica.

É só olhar a história desse dedo que aponta para a esquerda brasileira, chamando-a de jurássica, sem mesmo fazer um DNA para saber qual valor pode ter o editorial desse jornal fantasmagórico que vaga pelos labirintos mais escuros da velha província paulistana.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Segundo Datafolha, empresários, impregnados de sentimento escravocrata, dão a maior margem de aprovação a Bolsonaro, 50%.

O Brasil vive hoje o que pode ser classificado como bandalha econômica, sem o menor medo de exagerar no termo.

Há uma espécie de convulsão mental no meio empresarial em sua totalidade que faz, por exemplo, uma mesma mercadoria ter preços que variam até em 500% entre concorrentes.

Isso nada tem a ver com a pandemia ou algo do gênero, mas sim com o tipo de pensamento comercial característico de uma esquizofrenia econômica a partir justamente de uma mentalidade escravocrata que o Brasil herdou como civilização e que Bolsonaro fez questão de lustrar. Uma economia quebrada em que o crédito bancário chega a custar mais de 600% ao ano, em que a fuga dos investidores internacionais é latente e que o Brasil foi jogado de um penhasco que nos tirou do grupo das 10 maiores economias globais para nos colocar na 14ª posição, indicando que até a saída de Bolsonaro em 2022, a queda promete ser ainda maior.

Por isso não foi para o espanto de ninguém aquele aplauso que Bolsonaro recebeu do grande empresariado paulista, na Fiesp, quando disse que cometeu um crime contra funcionários do IPHAN, que o Ministério Público já está investigando, pela confissão do próprio Bolsonaro que, para servir a um empresário amigo, deu ordens para demitir funcionários do órgão que, na conta de Bolsonaro, prejudicaram o maior importador de muamba da China no Brasil, o Véio da Havan, aquele que se veste de verde e amarelo, mas que está sempre de costas para o Brasil, para a indústria nacional, para o empresariado brasileiro.

Isso justifica esse nonsense revelado pelo Datafolha na última pesquisa de que o grupo que mais aprova o genocida, seguido  dos evangélicos, são os empresários, o que acaba dando no mesmo, porque todos sabem que o que induz muitos evangélicos a apoiarem Bolsonaro são justamente os empresários da fé, os mercadores, os vendilhões do cristianismo charlatão liderados por figuras como Malafaia, e daí para pior.

O fato é que o que se dizia antes sobre o instinto animal do empresariado, num autoelogio a um suposto espírito empreendedor e olhos de águia para enxergar um bom negócio, mostra que, na verdade, é um pessoal medíocre que tem o provincianismo tatuado na alma com duas lógicas proporcionais aos próprios neurônios, comprar o mais barato possível, incluindo aí a mão de obra do trabalhador brasileiro, e vender o mais caro possível para obter maior margem de lucro.

Portanto, não esperem desse segmento da sociedade que se mostra a parte mais apodrecida da nação pela burrice e ganância desenfreada, qualquer grandeza social, política, cultural e muito menos empresarial. Eles são negociantes que se afinam muito mais com o conceito de agiotagem do que com qualquer pensamento empreendedor que arrota pelas vias de institutos corporativos que são patrocinados pelos próprios trotões.

Certamente a frase, “o melhor do Brasil é o brasileiro”, pode ser completada com “o pior do Brasil é o empresariado brasileiro”, salvo algumas poucas e honrosas exceções.

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica

Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição