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Política

RS: Estado mínimo potencializa enchentes, alerta Campanha

“Governantes fazem escolhas em que a vida não é prioridade”, critica a Campanha Tributar so Super-Ricos, após governador Eduardo Leite assumir que foi avisado dos riscos de enchente, mas preferiu privilegiar a “questão fiscal”

O nível do Rio Guaíba voltou a apresentar tendência de elevação rápida ao longo desta sexta-feira (24), voltando a agravar as enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre. Assim, a tragédia das chuvas e alagamentos que devastaram o Rio Grande do Sul ainda está longe de terminar. Os relatos dão conta de um verdadeiro cenário de guerra em todo o estado. E há previsão de mais chuvas nesse fim de semana.

Nesse sentido, a Campanha Tributar os Super-Ricos alerta que os impactos da tragédia são ainda maiores, quando a crise climática – causada, ou ao menos agravada pela própria ação humana, encontra governos neoliberais.

O tucano Eduardo Leite (PSDB), governador gaúcho, é um dos defensores do Estado Mínimo. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo no último domingo (19) reconheceu que recebeu alertas para o risco de enchente em todo o estado.

Esses avisos, no entanto, foram praticamente ignorados. Isso porque “a questão fiscal” era a pauta “que se impunha”. “Bom, você tem esses estudos, eles de alguma forma alertam, mas o governo também vive outras pautas e agendas”, confessou. Ou seja, em vez de investir na prevenção de desastres, o gestor preferiu cortar gastos, reduzindo o papel do estado.

Ao mesmo tempo, um documento assinado por mais de 40 engenheiros e técnicos de saneamento afirma que o sistema de proteção contra inundações falhou, causando enchentes em Porto Alegre, porque não recebeu a manutenção necessária. Sebastião Melo (MDB-RS), prefeito da capital gaúcha, é outro adepto do Estado mínimo.

Agora os custos com o socorro e a reconstrução do Rio Grande do Sul já somam dezenas de bilhões de reais, superando enormemente as supostas economias com cortes de gastos e redução dos serviços públicos.

Priorizar a vida
“Governantes fazem escolhas em que a vida não é prioridade”, criticam as mais de 70 organizações sociais, entidades e sindicatos que compõem a Campanha. “O protagonismo do Estado – nas diferentes esferas –, é central não apenas nos desastres climáticos, mas para reduzir desigualdades. Até a enchente fica maior com o Estado mínimo”, alertam.

Para os movimentos, nada pode ser como antes. “É preciso mudar a lógica dos gastos com valores humanos para o bem-viver, com participação e transparência. A tributação justa deve fazer parte de novas medidas de equilíbrio para salvar vidas… e não privilegiar quem vive de juros!”

*RBA

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Opinião

Jovem Pan, defensora do Estado mínimo, dá faniquito por não receber verba do governo Lula

Aquela Jovem Pan, que vivia dentro de uma ilha bolsonarista, não existe mais. Aquilo serviu apenas para ajudar Bolsonaro a levar a óbito 700 mil brasileiros por covid, só serviu para passar informações criminosamente mentirosas.

Não resta dúvida, fez muita gente apressar a sua contaminação por orientação de quem contribuiu e muito com a explosão da covid e as consequentes mortes.

Como era muito bem paga, a Jovem Pan operou livremente a partir da indicação de Bolsonaro para seguir sendo um dos principais destinos da verba da Secom.

O quadro agora é outro. Graças à derrota de Bolsonaro e à vitória de Lula, a fonte secou e a Jovem Pan não recebe qualquer vintém de verba do governo federal e reclama aos quatro cantos que está sendo boicotada na hora do governo dividir o bolo publicitário.

Que coisa! A Jovem Pan, que sempre defendeu aferradamente o Estado mínimo, ou seja, o corte de gastos, a transformação do Estado brasileiro em Estadinho, agora se diz preterida pelo governo, como se o governo Lula tivesse a obrigação de manter a mesada dos fascistas que deram suporte à política genocida de Bolsonaro.

Pois bem, o conto do Estado mínimo caiu por terra, porque justamente quem hoje se julga perseguido por não receber mais aporte do governo federal, num passado recente, defendeu a redução drástica do tamanho do Estado.

Pimenta no dos outros, é refresco. O que a Jovem Pan quer, na verdade, é continuar sugando gostosamente o pescoço do Estado brasileiro e dele arrancar até a última gota de sangue, extraída dos impostos pagos pelos trabalhadores brasileiros.

https://twitter.com/_progressista13/status/1684404142054182912?s=20

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O zeitgeist brasileiro e a era do ódio

Essa gente bolsonarista que se diz conservadora, liberal é, na verdade, escrava do ódio. Até porque, no Brasil, acontece um fenômeno interessante, que é a casta do funcionalismo público, a que tem os maiores salários, as maiores mordomias, declara-se liberal e, por conveniência ou por osmose, aplaude o discurso neoliberal do Estado mínimo, do Estadinho. Isso sim é o verdadeiro milagre brasileiro.

Pois bem, essa classe média verde e amarela, que tem o racismo e o preconceito de classe arraigado em sua alma, é literalmente o velho que não quer morrer diante do novo que já nasceu. Dá no que dá.

Essa gente não quer saber de preto em universidade, de empregada doméstica com carteira assinada, de pobre virando classe média, dividindo os espaços antes vips e, por isso mesmo viraram presas fáceis para quem de fato tem poder nesse país, que são os banqueiros, os rentistas e os grandes empresários. Ou seja, a própria Faria Lima que espinoteou contra Dilma em 2013, justamente quando ela fez com que os juros caíssem na marra para que o Brasil tivesse uma economia minimamente saudável para se construir artérias mais abertas para os novos fluxos de produção e integração da sociedade.

Este é o nosso choque cultural, de um lado, a imensa maior parte do povo brasileiro que é formada por pobres e remediados e, do outro, o clero dos abastados seguido por gente que passará o resto da vida matriculada na escola da classe dominante sem jamais fazer de fato parte da papa fina do dinheiro grosso.

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O Estado mínimo de Bolsonaro que destrói o país

Há uma lógica nessa loucura do governo Bolsonaro. A lógica da destruição do Estado brasileiro e a imposição da centralidade do mercado.

A direita, na sua era neoliberal, se empenha sistematicamente em desqualificar ao Estado, acusando-o de ineficiente, de burocrático, de corrupto. Promove o Estado mínimo, forma de promover a mercantilização da sociedade, de promover de uma sociedade em que tudo é mercadoria, tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra.

Para lograr esse objetivo, é necessário desarticular o Estado, com seus processos de regulação do mercado, de promoção dos direitos sociais de todos, de proteção dos cidadãos, de impulso ao crescimento da economia mediante investimentos e créditos, entre outras atividades.

É preciso criar na opinião publica a imagem negativa do Estado, que cobra muitos impostos e entrega pouco em troca, que intervém na vida dos cidadãos, tirando-lhes a liberdade, que deforma a economia intervindo nos mercados.
O Estado mínimo abriria espaço para o crescimento da economia, movida pelo mercado, que incentivaria os investimentos e fixaria os preços conforme a lei da oferta e da procura. Para a liberdade das pessoas, livradas à sua sorte, sem intervenção do Estado. Para que cada um possa ter acesso aos armamentos que deseje, para se defender dos riscos à sua segurança. Para que as religiões possam ter atividades sem limite, de qualquer ordem, incluso de ter lucros e acumular riquezas para as igrejas e para seus membros.

É o que faz o governo Bolsonaro, entre arbitrariedades e ex abruptos, vaivéns, valendo-se do assalto ao Estado que promoveu nas eleições de 2018. Destrói a capacidade do governo de regular a economia, desarticula os ministérios de caráter social – educação, saúde, assistência social, cultura -, que garantem os direitos de todos. Deixa todos livrados à sua sorte, da população que vive na rua aos desempregados, das pequenas empresas aos ambulantes.

A imagem das famílias vivendo nas ruas e praças das nossas cidades é a imagem mais expressiva desse governo e da ausência de Estado para proteger a população, especialmente os mais desvalidos. Populações abandonadas, sem emprego para ganhar seu sustento, sem casa para viver, sem poder público para protegê-la das milícias, dos traficantes e de todos os que atentam contra seus direitos mínimos na sua difícil vida privada.

É um governo que veio para desfazer tudo o que de melhor tinha sido feito no Brasil no passado recente. Desfazer as políticas sociais, a assistência aos mais pobres, a democratização da educação, o fortalecimento da saúde pública, o orgulho de ser brasileiro, o amor ao Brasil, a solidariedade social, a prioridade de ajudar aos mais necessitados, o papel do Estado de resguardar o direito de todos, a função dos governos de cuidar de toda a população.

Um governo que deixará o pais devastado, indefeso diante dos interesses brutais do capital especulativo, das grandes empresas internacionais e seus interesses de se apropriar das riquezas do pais. Um Estado liquidado das propriedades publicas, pelos processos de privatização que destroem as empresas construídas por décadas pelo povo brasileiro.

Mas, como é um governo para os ricos, fortalece os mecanismo de repressão das vítimas das suas políticas: as polícias, o Exército, as fábricas de armamentos. O presidente se vale dos espaços de que dispõem para atacar a democracia, para ofender os movimentos de cidadania, para elogiar os organismos de repressão, para incentivar o armamento e a violência na sociedade.

É uma loucura com a lógica da opressão, da exploração, da violência, da degradação. Que precisa ser combatida e derrotada pela lógica da democracia, da solidariedade, da convivência e da paz. Para isso é necessário recuperar um Estado democrático, defensor dos direitos de todos, garantia das condições de vida dignas para todos, que regulamente e limite as ações selvagens do mercado e promova a dignidade e a solidariedade como princípios da vida em sociedade.

 

*Emir Sader

 

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Matéria Política

O que o Datafolha revelou foi uma grande vitória política da esquerda e uma grande derrota da direita

Não interessa que a população não saiba que foi a esquerda quem conseguiu impor goela abaixo de Bolsonaro o auxílio emergencial de R$ 600 que deu a ele algum chão que havia perdido, justamente porque não conseguiu qualquer apoio do povo em seus 20 meses de governo.

Se parte da esquerda está desolada com o Datafolha, a direita clássica está sem cor, anunciando a falência do governo Bolsonaro.

A obsessão dessa gente pelo Estado mínimo para os pobres é uma doença. Isso faz parte da personalidade mística das classes opulentas no Brasil. Por isso a vitória temporária de Bolsonaro numa pesquisa do Datafolha deixou de cabelo em pé a direita apaixonada por Guedes, que ameaça deixar Bolsonaro se ele continuar a seguir a linha mestra da esquerda, com programas sociais que tragam qualquer benefício a uma legião de pobres e miseráveis nesse país.

A direita não está interessada no ganho político de Bolsonaro, mas em privatizações, cortes orçamentários e um calhamaço de regras neoliberais que Bolsonaro, segundo ela, já abandonou.

É praticamente unanimidade na direita, principalmente entre banqueiros, rentistas e grandes empresários que Guedes já foi para a frigideira e está para pular fora do governo ou mesmo ser pulado por Bolsonaro.

Bolsonaro é pragmático, está enrolado, tem uma família de criminosos e todos os dias pipoca uma notícia nova que envolve a organização criminosa da família que, como mostram os fatos, ninguém se salva. E se isso não importa para os endinheirados, apavora Bolsonaro, porque basta pegar um de seus filhos que o chão dele desaparece de vez. E como ele sabe onde seu calo aperta, está tentando um meio termo impossível entre os interesses da classe dominante e a sobrevivência dos mais pobres.

E é aí que a porca torce o rabo, porque a reação da pesquisa Datafolha mostrando Bolsonaro com a popularidade crescente em função do auxílio emergencial, azedou o fígado de um número infinitamente maior dos abutres da direita do que alguns apressados da esquerda que andam apavorados com a sua “melhora” nas pesquisas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Cloroquina, depois da gripezinha, é o novo fundamentalismo dos bolsonaristas

Um médico, infectado com a Covid-19, tomou, junto com outros medicamentos, a cloroquina e se curou, como tem muitos que não tomaram e também se curaram, o que isso quer dizer? Que ainda não existe nada concreto e definitivo a favor ou contra a cloroquina. Mas o gado bolsonarista já foi para a  arquibancada gritar “cloroquina” porque o mito, que sabe tudo de coronavírus, disse que a cloroquina é milagrosa contra a gripezinha.

Para um presidente que parece não ter saído da infância maniqueísta, a vida só tem sentido se for feita de heróis e bandidos. Lógico, ele, um miliciano convicto, acha que está do lado dos mocinhos.

Já seus seguidores, impulsionados por robôs do gabinete do ódio, abraçam qualquer coisa que ajude Bolsonaro a tirar de suas costas o peso de governar o país, pois há 14 meses está aí sem apresentar nada de construtivo, ao contrário, é o próprio desmonte do Estado, como reza a cartilha dos super liberais que foram os primeiros a aplaudir o “Estado mínimo” que, no primeiro sintoma da pandemia no Brasil, os banqueiros, em 24 horas arrancaram do governo R$ 1,2 trilhão.

A cloroquina é a nova vedete desse mundo cheio de sacis, curupiras e mulas sem cabeça que orbitam o universo do bolsonarismo, os mesmos que bradavam, junto com Bolsonaro, que não passava de uma gripezinha, agora, exaltam o “milagre” da cloroquina.

Então, vem a pergunta, por que Bolsonaro está nessa cruzada a favor da cloroquina, se para ele a pandemia não passa de uma histeria? Mas o gado não quer saber porque não foi programado para raciocinar, é pior do que o robô. E Bolsonaro sabe disso e, por isso mantém contato diário, no chiqueirinho, com esse caldo de ignorância.

O fato é que não há um brasileiro que não esteja torcendo para que a cloroquina e outros medicamentos possam trazer qualquer benefício à saúde dos contaminados pela Covid-19. O que uma pessoa minimamente racional não admite é que a cloroquina seja tratada como a pica das galáxias, quando a ciência, ao contrário de Bolsonaro que só entende de milícias, diz que ainda são inconclusivas as pesquisas sobre a eficácia do medicamento.

O que se tem de eficaz, e isso está sendo comprovado pelo mundo todo, é o isolamento social, coisa repudiada por Bolsonaro para beneficiar o empresariado do baixo clero, como o Véio da Havan e cia., assim como a plutocracia que vive de rentismo especulativo.

Se ao menos Bolsonaro estivesse agindo como um chefe de Estado em proteção ao seu povo, estaria numa campanha cerrada pela prevenção da população através da higiene das mãos e do isolamento social, porque isso sim, está cientificamente provado que é eficaz e Bolsonaro insiste em fazer de conta que não sabe, o que amplia e muito o contágio e o consequente adoecimento e óbitos produzidos pelo coronavírus de forma cada vez mais agressiva.

Na verdade, Bolsonaro está usando a cloroquina para avalizar sua tresloucada cruzada a favor da quebra do pacto social para que os lucros voltem a jorrar nos cofres de seus comparsas.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas