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Votos de ‘tia’ de Flávio e de postulante ao STJ abriram alas para PF voltar ao caso da facada

No último 3 de novembro, exatos dois meses antes da enésima e mais nova internação de Jair Bolsonaro após o episódio da facada, a 2ª Seção do TRF-1 decidia por dar azo à desconfiança disseminada por Bolsonaro e bolsonaristas de que Adelio Bispo dos Santos agiu em Juiz de Fora a mando de alguém, mesmo após duas investigações da Polícia Federal terem concluído o contrário, segundo o jornalista Hugo Souza, do Come Ananás.

Por 3 votos a 1, a 2ª Seção do TRF-1 negou mandado de segurança ajuizado pela OAB Nacional e pela OAB mineira contra uma decisão da Justiça Federal de Minas que autorizou a quebra do sigilo bancário, apreensão de registros de pagamentos de honorários e do celular de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado de Adelio Bispo.

A 2ª Seção derrubou assim, naquele dia, dois meses atrás, decisão liminar do próprio TRF-1 que havia suspendido as ações contra a defesa de Adelio. Votaram contra o mandado de segurança da OAB, contra a liminar que vigorava desde março de 2019, contra o voto do relator, os desembargadores Saulo José Casali Bahia, Ney Bello e Maria do Carmo Cardoso.

Maria do Carmo Cardoso é chamada pelos filhos de Jair Bolsonaro de “tia Carminha”. Ela é amiga da família, especialmente do senador Flavio Bolsonaro. Em 2019, Bolsonaro pai nomeou para o Cade uma filha da desembargadora, a advogada Lenisa Rodrigues Prado. Segundo os bastidores da notícia, foi “tia Carminha” quem sugeriu a Bolsonaro enfiar Kassio Nunes Marques no STF.

Antes de ser de repente, num susto, indicado para o STF, Kassio Nunes era favorito, isto sim, para ir parar no STJ. Com ele tornado entreposto bolsonarista no Supremo, quem ganhou força para virar ministro da terceira instância da Justiça foi outro desembargador do TRF-1 e outro que votou por liberar as ações e apreensões contra o advogado Adelio Bispo dos Santos: Ney Bello.

Ney Bello espreita, há tempos, e com apoio de Gilmar Mendes, uma das duas vagas que foram abertas recentemente no STJ, com as aposentadorias dos ministros Napoleão Nunes Maia Filho e Nefi Cordeiro. As listas tríplices deverão chegar à mesa de Bolsonaro no fim de fevereiro.

Bello é favoritíssimo a uma dessas vagas desde que, no início de 2021, mandou trancar um inquérito na Polícia Federal contra Frederick Wassef, advogado de Jair e de Flavio Bolsonaro, logo após a 3ª Turma do TRF-1 decidir pela nulidade de um relatório do Coaf sobre transações suspeitas de Wassef, também com os votos de Bello e Maria do Carmo Cardoso formando maioria.

Foi precisamente Frederick Wassef o autor do recurso contra a liminar do TRF-1 de março de 2019 que havia suspendido as ações contra o advogado de Adélio Bispo dos Santos. Em novembro do ano passado, no dia em que 2ª Seção do tribunal derrubou a liminar, o famoso anfitrião de Fabrício Queiroz em Atibaia deu uma entrevista dizendo que:

“Encomendaram a morte do presidente da República. Adélio Bispo é um assassino profissional que foi cooptado para assassinar Jair Messias Bolsonaro. Adelio Bispo não agiu sozinho. Adelio Bispo não é louco. E existem fortes indícios e robusto conjunto probatório de que a esquerda brasileira encomendou a morte do presidente Jair Bolsonaro”.

“Fatos novos surgirão. Certamente a investigação continuará pela Polícia Federal. Com o surgimento de novos fatos e elementos informativos, será possível a abertura de novos inquéritos para se chegar à organização criminosa que mandou assassinar Jair Messias Bolsonaro”, disse ainda Wassef, há dois meses.

Nesta quarta-feira, 5, enquanto Jair Bolsonaro deixava o hospital Vila Nova Star, o delegado Martin Bottaro Purper assumia a terceira investigação da PF, que agora tem salários novos, sobre o episódio da facada, escolhido por Paulo Maiurino. Martin Purper ficou conhecido por investigar o núcleo financeiro do PCC e um cadastro de integrantes da temida facção.

Talvez sejam esses, todos esses, os verdadeiros movimentos de preocupação, por assim dizer, visando 2022, em vez da escolha dos vices: das escolhas da “tia Carminha” à obstrução intestinal – e providencial – de ano novo, passando pelo manejo pouco republicano das indicações judiciárias e pelas aberturas de inquérito em busca de um mandante, até conseguirem um.

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Bolsonaro tem 2 filhos acusados de liderar organizações criminosas

O Judiciário deu um enorme alívio para o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no ano de 2021 com tantas decisões favoráveis ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Essa marca está bastante relacionada a tudo que impediu uma análise das milhares de provas recolhidas pelos promotores do antigo Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), do MP-RJ (Ministério Público do Rio), sobre o esquema de desvio de dinheiro público no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), a dita rachadinha, informa Juliana Dal Piva, do Uol.

A família Bolsonaro, então, saiu da tormenta? Não exatamente. Já que o presidente termina o ano não com um, mas com dois filhos apontados como líderes de organizações criminosas.

Os tribunais superiores em Brasília passaram todo o ano de 2021 discutindo “questões processuais” e impedindo a desembargadora Maria Augusta Vaz de Figueiredo, relatora do caso no TJ-RJ, de analisar a denúncia contra o senador.

Passo a passo, foi como se ministros no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Superior Tribunal Federal) atuassem para desarmar uma bomba prestes a explodir no colo de Flávio, mas com potencial para dragar toda a família Bolsonaro (lembra dos cheques do policial Fabrício Queiroz para Michelle Bolsonaro? E da parentada toda de Ana Cristina Valle, segunda mulher de Jair Bolsonaro, que era funcionária fantasma de Flávio?).

Pois antes que a desembargadora pudesse fazer o seu voto sobre a denúncia do MP sobre Flávio, o STJ anulou, em fevereiro deste ano, a decisão que permitiu o acesso aos dados financeiros de Flávio e os demais investigados.

O motivo? Insuficiência de fundamentação para autorizar, já que o juiz escreveu dois parágrafos aderindo aos motivos apresentados pelos promotores. Ficou ali de lado a jurisprudência da Corte que, tantas outras vezes, aceitou decisões de quebra semelhantes, com os mesmos dois parágrafos ou até menos, só que em casos de investigados menos ilustres, por assim dizer.

Também passou quase batido que o ministro João Otávio Noronha trabalhou nas férias, em janeiro de 2020, fundamentando o voto divergente que anulou as quebras de sigilo, e era parte essencial das provas contra Flávio. O ministro que foi amor à primeira vista de Jair Bolsonaro, nas palavras do próprio presidente.

Outra coincidência foi que, depois de vários meses, Flávio Bolsonaro e Frederick Wassef foram vistos juntos em um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro, em 22 de janeiro. Duas semanas antes do julgamento do STJ em um habeas corpus feito por Wassef. O advogado que publicamente tinha deixado o caso, após a prisão de Queiroz em sua casa.

Outros meses passaram e, em novembro, o STJ também anulou, de modo bastante difícil de compreender, diversas outras provas porque entendeu que o juiz que autorizou as medidas não era competente.

Só que essa competência do juiz de primeira instância quem deu foi o STF. Em janeiro de 2019, o senador pediu que a Corte analisasse e o ministro Marco Aurélio, agora aposentando, cumprindo a decisão do fim do foro privilegiado, mandou o caso para a primeira instância, porque ele tratava de fatos anteriores ao mandato de Flávio como senador.

Aliás, a própria defesa do senador apresentou esse habeas corpus querendo mudar o foro em setembro de 2019 e chegou a desistir dele. Só o retomou em março de 2020.

Não se fala mais, mas o grande objetivo disso tudo era tirar o caso das mãos do juiz Flávio Itabaiana, tido como duro, e que estava permitindo o avanço da investigação. A mudança de foro tirou Itabaiana do caso. Mas isso não era suficiente, já que outro juiz poderia analisar as provas. Era então necessário destruir o que foi feito. Anular as provas.

Na prática, é como se você estivesse num jogo de tabuleiro e, prestes a chegar ao fim, te mandassem voltar ao início por regras inventadas no final.

Eis que, para colocar mais lenha no fogo da queima de provas, o MP também perdeu o prazo do recurso para contestar essa decisão. Ninguém sequer foi punido por isso.

Mas não é porque anularam parte das provas coletadas ao longo de mais de dois anos de investigação que essas informações não trouxeram fatos e mais fatos sobre a existência de uma organização criminosa no antigo gabinete do senador Flávio na Alerj. Uso o verbo “existir” porque, às vezes, vejo a palavra “suposto” antecedendo alguns textos e não me parece adequada.

As mais de seis mil páginas de documentos, depoimentos e até confissões de integrantes do esquema não deixam dúvidas de que assessores do então deputado, em sua maioria “funcionários fantasmas”, devolviam quase 90% dos salários a intermediários como o policial Fabrício Queiroz e esse dinheiro retornava a Flávio Bolsonaro lavado com compra de imóveis, pagamento de despesas pessoais em dinheiro vivo e no caixa de uma loja de chocolates.

Por inúmeras vezes, Flávio foi apontado como líder de uma organização criminosa nas petições do MP.

Mais recentemente, foi possível verificar a existência também de outros operadores, como um ex-colega de Jair Bolsonaro no Exército, o coronel reformado Guilherme Hudson, e também de Ana Cristina Valle, segunda mulher do presidente.

E, por mais que as Cortes Superiores tenham desarmado, temporariamente, a bomba no colo de Flávio, o pesadelo da família Bolsonaro (das rachadinhas, dos gabinetes, dos funcionários fantasmas e de um patrimônio que não se explica com o soldo das Casas Legislativas) não se encerra.

O ano de 2021 termina com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) com sigilo bancário quebrado, além de outros 26 investigados em uma lista que inclui sua ex-madrasta Ana Cristina Vale, mãe de Jair Renan, o “04”.

Na decisão que autorizou a quebra, o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), escreveu ao longo de 79 páginas que verificou “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado” e que “Carlos Nantes é citado diretamente como o chefe da organização”.

O material da quebra ainda é desconhecido do público e está sob investigação. Impossível imaginar que, com o filho e a ex-mulher na lista, o próprio presidente não vá figurar de alguma maneira nos dados. Também existe um novo pedido de quebra de sigilo do Flávio a ser julgado no TJ em 2022.

Por isso, existe um motivo pelo qual o tema “rachadinha” tira Jair Bolsonaro do sério e não é só porque ele se preocupa com os filhos. Mas porque ele sempre soube que tudo relacionado a esse caso retorna a ele.

No balanço de 2021, Jair Bolsonaro está com dois filhos acusados como líderes de organizações criminosas que funcionavam em seus gabinetes parlamentares. Só que, quando eles estrearam nesse papel, os dois tinham apenas 18 e 21 anos, respectivamente. E, como o próprio Jair Bolsonaro já disse anteriormente, tudo era uma coisa só.

As Cortes Superiores podem anular provas. Mas não conseguem apagar os fatos. Estes e seus protagonistas ainda serão julgados pelos brasileiros em 2022.

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Senado aprova a Lei Paulo Gustavo; Flávio Bolsonaro votou contra

Filho do presidente foi um dos cinco senadores que votou contra o texto, que foi aprovado pela Casa. R$ 3,8 bilhões serão direcionado aos entes federativos para amenizar o impacto negativo da pandemia no setor cultural.

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (24/11), o projeto de lei complementar (PLP 73/21), conhecido como Lei Paulo Gustavo, que prevê o repasse de R$ 3,8 bilhões para o setor cultural, a fim de amenizar o impacto negativo econômico e social dos trabalhadores e negócios da área. Foram 68 votos a favor e cinco contra, entre eles, o do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). O texto segue para análise da Câmara dos Deputados, segundo reportagem do Correio Braziliense.

Criada conjuntamente por mais de oito senadores, a proposta tem o objetivo de visibilizar e proteger o setor que foi atingido severamente pelas medidas — necessárias — de isolamento social durante a pandemia, é o que diz o relator, Eduardo Gomes (MDB-TO). “Os autores da matéria ressaltam que o setor cultural foi o primeiro a parar em decorrência da atual pandemia e, possivelmente, será o último a voltar a operar”, disse ao defender o substitutivo apresentado por ele.

“Daí a necessidade de continuar a ajuda, iniciada em 2020 pela lei Aldir Blanc, aos artistas, aos criadores de conteúdo e às empresas que, juntos, compõem uma cadeia econômica equivalente a 2,67% do Produto Interno Bruto e que são responsáveis por cerca de 5,8% do total de ocupados no país, cerca de 6 milhões de pessoas”, pontuou Eduardo.

O filho do presidente da república, Flávio Bolsonaro, e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE) votaram contra a proposta. Flávio chegou a dizer que o projeto “esvazia a Secretaria Especial de Cultura, que tem feito um grande trabalho com o secretário Mario Fria”, sem prover recursos “àqueles que sempre foram atendidos pelos governos passados, sem nenhum critério, apenas na base do compadrio”. Já Fernando, disse que vê “dificuldade para execução” da lei.

O PLP, aprovado na forma do substitutivo do relator, determina que o valor será deslocado do Fundo Nacional de Cultura aos estados, municípios e ao Distrito Federal. Caso seja aprovado pela Câmara dos Deputados, a Presidência da República deverá editar uma medida provisória que viabilize o repasse.

Entre as principais mudanças feitas por Eduardo, está a retirada de artigos que alteravam a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Rouanet que proibiam e limitavam o empenho dos recursos do Fundo Nacional de Cultura. De acordo com o relator, os dispositivos fugiam ao objeto principal da matéria, que é a concessão de ajuda emergencial.

Um dos criadores da matéria, o senador Paulo Rocha (PT-PA) ressaltou que o setor é de relevância “crucial para o país” e que sem ela, a nação “desconhece seu passado, que ignora seu presente e compromete seu futuro”.

“Esta lei, que nós batizamos de Paulo Gustavo, discute a questão do Fundo Nacional de Cultura, que é uma conquista do setor, que já é um fundo do setor, que é apenas gerido pelo governo. Portanto, a nossa lei é uma lei simples”, afirma.

“A Lei Paulo Gustavo financia o coletivo da cultura, os setores da cultura, e também tem um impacto local, na economia dos municípios e dos estados (…). Ela também valoriza a riqueza do nosso país à medida que tem impacto fundamental na economia. Não é à toa que setores empresariais investem muito em cultura, porque há essa questão do impacto na nossa economia”, declara Paulo.

Projeto prevê divisão de valores para setores da cultura

O texto determina que, dos R$ 3,862 bilhões que serão repassados, R$ 2,797 bilhões devem ser direcionados exclusivamente a ações voltadas ao setor audiovisual, salas de cinema, mostras, festivais e ações de capacitações.

A prioridade é justificada pelos senadores pela fonte dos recursos. O Fundo Setorial do Audiovisual, uma categoria do Fundo Nacional de Cultura, será o principal financiador desse repasse. Originalmente, o texto dividia os recursos por entes federativos, mas o relator decidiu fazer a mudança.

Já R$ 1,065 bilhão, valor restante, deverá ser destinado a ações emergenciais atendidas pelo Fundo em outras áreas do setor. São exemplos de ação editais, chamadas públicas e outras formas de seleção para apoio a projetos e iniciativas culturais, assim como para manutenção de espaços culturais. Neste caso, metade do valor irá para estados e o DF, e a outra para municípios e o DF. A destinação dos recursos deverá ser feita até o fim de 2022.

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Flávio Bolsonaro é alvo de nova ação por ‘rachadinha’, mas Justiça nega quebra de sigilo

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) abriu uma nova frente para derrubar os sigilos bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e outros investigados no caso das “rachadinhas”. A Justiça estadual, porém, negou as quebras solicitadas.

A nova linha de atuação da Promotoria é distinta da criminal, na qual o Judiciário já vem impondo várias derrotas aos investigadores. Essa ação é no campo cível, pois tem como objetivo o ressarcimento aos cofres públicos, e também pode levar ao impedimento de que eventuais condenados ocupem cargos públicos.

O novo pedido de quebras foi feito em setembro pela Promotoria e teve como alvo 39 pessoas e empresas, em sua maioria já investigadas no âmbito criminal.

Contudo, a juíza Neusa Regina Leite, da 14ª Vara de Fazenda Pública, negou acesso aos dados bancários e fiscais dos suspeitos. O MP-RJ recorreu na semana passada da decisão. Os termos do pedido de quebra, da decisão da magistrada e da apelação estão sob sigilo.

O braço cível da investigação foi aberto em 2019, após a divulgação pública do relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que apontava as movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo de décadas do presidente Jair Bolsonaro.

Até setembro, ele havia tramitado apenas dentro do MP-RJ, sem atos que necessitavam de pedido à Justiça.

As decisões da Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que anularam provas do caso da “rachadinha” tiveram efeito sobre os atos autorizados pelo juiz Flávio Itabaiana, no campo penal.

Em nota, a defesa do senador afirma que a decisão da corte superior também atinge o procedimento cível, motivo pelo qual ele deveria ser encerrado.

“Alguns integrantes do honrado Ministério Público do Rio de Janeiro tentaram uma manobra para driblar a Justiça e dar continuidade a uma investigação que era ilegal e enviesada. A despeito de tudo isso, a Justiça, mais uma vez, foi feita e o pedido do MP foi negado”, diz o senador, em nota.

O senador é acusado no âmbito criminal de liderar uma organização criminosa para recolher parte do salário de seus ex-funcionários em benefício próprio. A prática, conhecida como “rachadinha”, consiste na exigência feita a assessores parlamentares de entregarem parte de seus salários ao detentor do mandato eletivo.

*Com informações da Folha

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STJ aceita recurso de Flávio Bolsonaro e anula decisões e provas da investigação das rachadinhas

Quinta Turma da Corte entendeu que juiz Flávio Itabaiana não poderia ter atuado no caso.

Por quatro votos a um, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou pedido feito pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, para anular todas as decisões tomadas pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro no caso das “rachadinhas”. Na prática, isso significa derrubar a investigação desde o início.

O primeiro a votar favor de Flávio Bolsonaro foi o ministro João Otávio de Noronha. Ele foi acompanhado por Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik. Apenas o relator, Jesuíno Rissato, que já havia votado na sessão de 21 de setembro, foi contra o pedido da defesa.

*Com informações de O Globo

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Decisão de Kassio Nunes sobre TCE do Rio abre espaço para indicação de Flávio Bolsonaro

A decisão do ministro do STF Kassio Nunes Marques de derrubar o afastamento de um conselheiro do Tribunal de Contas Estadual do Rio de Janeiro, tomada há dez dias, vai abrir caminho para uma indicação de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) para o tribunal.

Ao anular a medida do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que afastou Domingos Brazão e outros quatro conselheiros do cargo por suspeita de corrupção, no último dia 26 de outubro, Nunes Marques criou um precedente que terá efeito cascata na composição do órgão e poderá abrir a vaga que Flávio quer preencher.

Isso porque, em sua decisão, o ministro do STF considerou que o afastamento cautelar prolongado – Brazão está impedido de exercer o cargo há quase cinco anos – configura constrangimento ilegal.

Segundo Nunes Marques, como não foi condenado nesse período, Brazão está liberado para voltar ao tribunal. Sua recondução, porém, ainda depende de decisão do STJ.

Brazão já foi investigado pela CPI das milícias da Câmara Municipal do Rio e denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça por participação no assassinato da vereadora Marielle Franco. Mas seu afastamento se deu em razão da operação operação O Quinto do Ouro, em 2017. Ele e outros quatro conselheiros do TCE foram acusados de receber propina para fazer vista grossa com as contas do governo estadual nas gestões de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do MDB.

Como Nunes Marques é relator de pedidos de habeas corpus dos outros conselheiros, o mesmo entendimento aplicado a Brazão deve ser usado no caso deles. Se conseguirem ser reconduzidos, três deles deverão se aposentar. E das três vagas a serem abertas, uma é de indicação do Executivo – a que hoje está ocupada por José Nolasco.

É nessa vaga que Flávio Bolsonaro gostaria de ver seu ex-professor Vitor Marcelo Rodrigues, que hoje é juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio na cota da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em setembro de 2020, Rodrigues também foi nomeado por Jair Bolsonaro para o TRE por influência de Flávio, depois de ser indicado para a lista tríplice por meio de votação do colégio de desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Segundo apurou a equipe da coluna, o filho mais velho do presidente já comunicou diretamente o governador Cláudio Castro (PL) que deseja preencher a vaga com seu apadrinhado. Auxiliares de Castro no governo negam que Flávio tenha exigido a vaga, mas a coluna apurou com dois nomes envolvidos nas conversas que o pedido foi feito.

O caminho até as aposentadorias incidentais depende, no entanto, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro Nunes Marques rejeitou a recondução de Domingos Brazão ao cargo por entender que o habeas corpus não é o instrumento jurídico adequado para o pedido da defesa.

Castro tem seus próprios planos para o cargo, mas não pode se dar ao luxo de rejeitar um pedido de Flávio Bolsonaro. Ele vem tendo problemas com a bancada bolsonarista no Rio por discordâncias quanto à composição do secretariado, e os parlamentares têm incentivado o vice-presidente Hamilton Mourão a concorrer ao governo.

*Com informações de O Globo

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Flávio Bolsonaro e Dallagnol gargalham no dia da impunidade

Parceiro na construção macabra que levou um genocida ao poder que ceifou mais de 600 mil vidas, mas que o Grupo Globo, que é lavajatista, opôs-se a classificar Bolsonaro como genocida.

O presidente da CPI, Omar Aziz, entendeu o recado e, subserviente como é, mudou seu entendimento e passou a brigar na CPI para que a voz da Globo prevalecesse.

Flávio, por sua vez, comemorou com uma gargalhada a impunidade do pai e, consequentemente dele próprio e dos irmãos, tem efeito de um bundalelê na cara dos brasileiros.

Dallagnol, não só votou em Bolsonaro, mas como escancarou a Vaza Jato, prometeu a banqueiros e investidores que Lula permaneceria preso e, por consequência, o homem que daria mais lucros para banqueiros e rentistas, seria o presidente. Assim foi feito.

Mas não só nesse ponto, os representantes da milícia de Rio das Pedras e de Curitiba se irmanam. Dallagnol deu gargalhadas e comemorou nas redes a rejeição da PEC 5, fazendo bundalelê na cara da sociedade dizendo que foi uma grande vitória da mesma sociedade.

Ou seja, o Ministério Público segue livre, leve e solto para produzir Dallagnois e Aras que nada sofreram em nome do corporativismo, o que tem jogado na lama o nome do Ministério Público, sem credibilidade e moral, porque eles seguem achando que podem tudo, inclusive ou sobretudo, atropelar a justiça.

Esse mesmo grupo de procuradores de Curitiba, que colocou uma família de corruptos no poder, também se sentiu vitorioso, é a união da powerpoint com a cloroquina. E os criminosos utilizam o Ministério Público e a Presidência da República para se cercarem de mecanismos de impunidade ampliando ainda mais seus crimes contra a sociedade, recebendo salários estratosféricos extraídos do lombo do povo.

Isso mostra que as instituições no Brasil são espelho de uma classe dominante que moldou o Estado colonial e que mantém o país, em pleno 2021, num eterno fazendão.

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Vídeo – Escárnio: Flávio Bolsonaro faz chacota com mortos pela covid

Arrogante, em entrevista coletiva antes da leitura do relatório final da CPI, o senador gargalhou ao ser questionado sobre os crimes atribuídos ao seu pai.

Em menos de uma semana o senador Flávio Bolsonaro voltou a debochar das vítimas da Covid-19. Desta vez, o escárnio desumano se deu durante conversa com os jornalistas momentos antes do início da leitura do relatório final da CPI.

Ao ser questionado sobre os crimes imputados ao seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e como ele recebeu a informação, o senador debochou. “Ele recebeu da seguinte forma, conhece aquela gargalhada dele ‘hahahahaha’… não tem o que fazer diferente disso”, respondeu o 01.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1450824274814672896?s=20

*Com informações da Forum

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Cotidiano

Vídeo: Flávio Bolsonaro é hostilizado ao se vacinar em Brasília

Flávio Bolsonaro recebeu a 2ª dose da vacina contra a Covid-19 em Brasília, nesta quinta-feira (14/10). Na saída, enquanto entrava no carro, foi hostilizado por cidadãos que estavam do lado de fora.

“Miliciano! Fura fila”, gritou um homem que filmou a saída da comitiva na Unidade Básica de Saúde 1 (UBS 1) da Asa Sul. Outro homem disse: “Seu manezão”.

A médica residente da UBS 01 da Asa Sul, Sylvia Telles Chicarino disse que Flávio Bolsonaro “deu dedo” após ela chamá-lo de “assassino” e gritar: “Fora Bolsonaro”. “Ele e o ministro Queiroga não pegaram fila e foram para a sala de vacina sem contato com ninguém”, afirmou.

Confira:

*Com informações do Metrópoles

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Política

Mais R$ 50 milhões foram direcionados por Michele e Flávio em publicidade e patrocínio da Caixa

A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) atuaram em um esquema que direcionou mais de R$ 50 milhões em verbas de publicidade e patrocínio da Caixa Econômica Federal (CEF). O parlamentar seria o responsável pelo direcionamento de cerca de 57% dos R$ 87,5 milhões investidos pelo banco em patrocínios entre janeiro e agosto de 2021. A primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em Organizações Não Governamentais (ONGs) que têm ligação com igrejas evangélicas.

Um dos beneficiados pelo direcionamento de recursos foi a Confederação Brasileira de Ginástica, presidida por Maria Luciene Cacho Resende e representada por Ricardo Cacho Resende, filho dele e amigo de Flávio. A entidade recebeu patrocínio de R$ 30 milhões, o maior repassado pela entidade neste ano.

No caso de Michelle, a primeira-dama aplicou o direcionamento de patrocínios em ONGs que têm ligação com igrejas evangélicas.

A Associação Beneficente Criança Cidadã, por exemplo, recebeu R$ 1,75 milhão em 2019 e R$ 2,2 milhões em abril deste ano. O primeiro deles foi creditado um mês após encontro de Myrna Salsa da Nóbrega Targino, presidenta da ONG, com Michele, em novembro de 2019.

Em troca, a primeira-dama recebeu o título de “madrinha” da entidade.

*Com informações do 247

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