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Bolsonaro tem 2 filhos acusados de liderar organizações criminosas

O Judiciário deu um enorme alívio para o presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no ano de 2021 com tantas decisões favoráveis ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Essa marca está bastante relacionada a tudo que impediu uma análise das milhares de provas recolhidas pelos promotores do antigo Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), do MP-RJ (Ministério Público do Rio), sobre o esquema de desvio de dinheiro público no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), a dita rachadinha, informa Juliana Dal Piva, do Uol.

A família Bolsonaro, então, saiu da tormenta? Não exatamente. Já que o presidente termina o ano não com um, mas com dois filhos apontados como líderes de organizações criminosas.

Os tribunais superiores em Brasília passaram todo o ano de 2021 discutindo “questões processuais” e impedindo a desembargadora Maria Augusta Vaz de Figueiredo, relatora do caso no TJ-RJ, de analisar a denúncia contra o senador.

Passo a passo, foi como se ministros no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Superior Tribunal Federal) atuassem para desarmar uma bomba prestes a explodir no colo de Flávio, mas com potencial para dragar toda a família Bolsonaro (lembra dos cheques do policial Fabrício Queiroz para Michelle Bolsonaro? E da parentada toda de Ana Cristina Valle, segunda mulher de Jair Bolsonaro, que era funcionária fantasma de Flávio?).

Pois antes que a desembargadora pudesse fazer o seu voto sobre a denúncia do MP sobre Flávio, o STJ anulou, em fevereiro deste ano, a decisão que permitiu o acesso aos dados financeiros de Flávio e os demais investigados.

O motivo? Insuficiência de fundamentação para autorizar, já que o juiz escreveu dois parágrafos aderindo aos motivos apresentados pelos promotores. Ficou ali de lado a jurisprudência da Corte que, tantas outras vezes, aceitou decisões de quebra semelhantes, com os mesmos dois parágrafos ou até menos, só que em casos de investigados menos ilustres, por assim dizer.

Também passou quase batido que o ministro João Otávio Noronha trabalhou nas férias, em janeiro de 2020, fundamentando o voto divergente que anulou as quebras de sigilo, e era parte essencial das provas contra Flávio. O ministro que foi amor à primeira vista de Jair Bolsonaro, nas palavras do próprio presidente.

Outra coincidência foi que, depois de vários meses, Flávio Bolsonaro e Frederick Wassef foram vistos juntos em um voo de São Paulo para o Rio de Janeiro, em 22 de janeiro. Duas semanas antes do julgamento do STJ em um habeas corpus feito por Wassef. O advogado que publicamente tinha deixado o caso, após a prisão de Queiroz em sua casa.

Outros meses passaram e, em novembro, o STJ também anulou, de modo bastante difícil de compreender, diversas outras provas porque entendeu que o juiz que autorizou as medidas não era competente.

Só que essa competência do juiz de primeira instância quem deu foi o STF. Em janeiro de 2019, o senador pediu que a Corte analisasse e o ministro Marco Aurélio, agora aposentando, cumprindo a decisão do fim do foro privilegiado, mandou o caso para a primeira instância, porque ele tratava de fatos anteriores ao mandato de Flávio como senador.

Aliás, a própria defesa do senador apresentou esse habeas corpus querendo mudar o foro em setembro de 2019 e chegou a desistir dele. Só o retomou em março de 2020.

Não se fala mais, mas o grande objetivo disso tudo era tirar o caso das mãos do juiz Flávio Itabaiana, tido como duro, e que estava permitindo o avanço da investigação. A mudança de foro tirou Itabaiana do caso. Mas isso não era suficiente, já que outro juiz poderia analisar as provas. Era então necessário destruir o que foi feito. Anular as provas.

Na prática, é como se você estivesse num jogo de tabuleiro e, prestes a chegar ao fim, te mandassem voltar ao início por regras inventadas no final.

Eis que, para colocar mais lenha no fogo da queima de provas, o MP também perdeu o prazo do recurso para contestar essa decisão. Ninguém sequer foi punido por isso.

Mas não é porque anularam parte das provas coletadas ao longo de mais de dois anos de investigação que essas informações não trouxeram fatos e mais fatos sobre a existência de uma organização criminosa no antigo gabinete do senador Flávio na Alerj. Uso o verbo “existir” porque, às vezes, vejo a palavra “suposto” antecedendo alguns textos e não me parece adequada.

As mais de seis mil páginas de documentos, depoimentos e até confissões de integrantes do esquema não deixam dúvidas de que assessores do então deputado, em sua maioria “funcionários fantasmas”, devolviam quase 90% dos salários a intermediários como o policial Fabrício Queiroz e esse dinheiro retornava a Flávio Bolsonaro lavado com compra de imóveis, pagamento de despesas pessoais em dinheiro vivo e no caixa de uma loja de chocolates.

Por inúmeras vezes, Flávio foi apontado como líder de uma organização criminosa nas petições do MP.

Mais recentemente, foi possível verificar a existência também de outros operadores, como um ex-colega de Jair Bolsonaro no Exército, o coronel reformado Guilherme Hudson, e também de Ana Cristina Valle, segunda mulher do presidente.

E, por mais que as Cortes Superiores tenham desarmado, temporariamente, a bomba no colo de Flávio, o pesadelo da família Bolsonaro (das rachadinhas, dos gabinetes, dos funcionários fantasmas e de um patrimônio que não se explica com o soldo das Casas Legislativas) não se encerra.

O ano de 2021 termina com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) com sigilo bancário quebrado, além de outros 26 investigados em uma lista que inclui sua ex-madrasta Ana Cristina Vale, mãe de Jair Renan, o “04”.

Na decisão que autorizou a quebra, o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), escreveu ao longo de 79 páginas que verificou “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado” e que “Carlos Nantes é citado diretamente como o chefe da organização”.

O material da quebra ainda é desconhecido do público e está sob investigação. Impossível imaginar que, com o filho e a ex-mulher na lista, o próprio presidente não vá figurar de alguma maneira nos dados. Também existe um novo pedido de quebra de sigilo do Flávio a ser julgado no TJ em 2022.

Por isso, existe um motivo pelo qual o tema “rachadinha” tira Jair Bolsonaro do sério e não é só porque ele se preocupa com os filhos. Mas porque ele sempre soube que tudo relacionado a esse caso retorna a ele.

No balanço de 2021, Jair Bolsonaro está com dois filhos acusados como líderes de organizações criminosas que funcionavam em seus gabinetes parlamentares. Só que, quando eles estrearam nesse papel, os dois tinham apenas 18 e 21 anos, respectivamente. E, como o próprio Jair Bolsonaro já disse anteriormente, tudo era uma coisa só.

As Cortes Superiores podem anular provas. Mas não conseguem apagar os fatos. Estes e seus protagonistas ainda serão julgados pelos brasileiros em 2022.

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Condenação de Lula no TRF-4 mostra que Moro ainda manda na Lava Jato e segue seu projeto de poder

Para quem virou ministro da Justiça de um presidente miliciano ao qual o próprio Moro hoje denuncia como bandido, Moro não teria chances de continuar no seu ambicioso protejo de ocupar a cadeira da presidência.

Mas Moro, que nunca deixou de ser patrão de seus comandados na Lava Jato, acaba de mostrar, com a condenação digital de Lula, que suas sujeiras em busca de poder, seguem inabaladas.

O TRF-4, que atuou como puxadinho da República de Curitiba durante a Lava Jato, continua acoplado ao castelo de cartas montado por Moro para tentar chegar à presidência.

Isso mostra também que Moro agiu de caso pensado contra Bolsonaro dando linha na pipa do miliciano para, no momento apropriado, dar a ferroada fatal de escorpião no rato que ajudou a eleger.

Ocorre que, depois do Golpe contra Dilma, os ratos que a derrubaram começaram uma guerra pelo queijo, e essa guerra está longe de acabar, ao contrário, ficará como nas guerras entre milícias ou quaisquer outras organizações criminosas mais sangrentas, até que uma execute o comando da outra.

Atualmente, assistimos a esse pega pra capar de dois porcos no chiqueiro. Moro representa a milícia judiciária de Curitiba, Bolsonaro a de Rio das Pedras e Muzema no Rio de Janeiro.

Moro já teve sua pré-campanha lançada pelo Jornal Nacional como o candidato dos Marinho, enquanto Bolsonaro, segue se afogando em sua própria baba de ódio dando cada dia mais munição a Moro para abater seu atual concorrente, mostrando que Moro acumulou muitas informações que vão sendo usadas, agora, como mina a cada passo dado por Bolsonaro que chegará ao ponto de, não podendo mais caminhar, Bolsonaro vai tombar deixado o caminho livre para Moro se transformar no candidato único da direita nas próximas eleições.

A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Entre militares e milicianos, Bolsonaro escolhe proteger Ronnie Lessa, miliciano, traficante de armas e assassino de Marielle

Reinaldo Azevedo: “Ao assim agir, ou seja, ao impedir a edição de normas compatíveis ao ordenamento constitucional e que são necessárias para o exercício da atividade desempenhada pelo Comando do Exército, o Sr. Presidente da República viola a Constituição Federal, na medida em que impede a proteção eficiente de um bem relevante e imprescindível aos cidadãos brasileiros, que é a segurança pública, e possibilita mecanismos de fuga às regras de controle da utilização de armas e munições”, escreveu Raquel Branquinho.

“O presidente Jair Bolsonaro revogou nesta sexta-feira (17) três portarias do Exército que estabeleciam regras para rastreamento e identificação de armas de fogo no Brasil. As normas também tratavam da obrigatoriedade de dispositivos de segurança em armas de fogo”.

“Atiradores e colecionadores: determinei a revogação das portarias Colog [Comando Logístico do Exército] nº 46, 60 e 61, de março de 2020, que tratam do rastreamento, identificação e marcação de armas, munições e demais produtos controlados por não se adequarem às minhas diretrizes definidas em decretos”, escreveu o mandatário em sua conta no Twitter. (Folha)

A imprensa publicou nesta terça-feira que os militares se disseram decepcionados com Moro, depois que o ex-juiz e ex-ministro, Sergio Moro revelou, através do Jornal Nacional, mensagens trocadas entre ele e a deputada (PSL) Carla Zambelli e entre ele e Bolsonaro, uma mistura explosiva e perigosa para a própria imagem das Forças Armadas a um governo que tem como oposição não só o PT, a esquerda e os tais “comunistas” que sempre criaram para justificar seus atos autoritários.

O mundo todo trata Bolsonaro como a figura mais repugnante do planeta por suas ações criminosas em parceria com garimpeiros, madeireiros, grileiros nos incêndios da Amazônia, como agora na ação criminosa contra o povo brasileiro, aliando-se ao coronavírus em benefício do mercado.

No caso das Forças Armadas, ainda surge o fato de esmagar a autoridade da instituição para beneficiar traficantes de armas, milicianos, traficantes de drogas e assassinos de aluguel como os do escritório do crime, comandado por Adriano da Nóbrega, morto recentemente na Bahia, e sobretudo Ronnie Lessa, seu vizinho no condomínio Vivendas da Barra que, preso por ter assassinado Marielle Franco e Anderson Gomes, a polícia descobriu 117 fuzis em sua posse, mostrando que o mesmo que matou Marielle é o maior traficante de armas do Rio de Janeiro, cidade em que circula o maior tráfico de armas do país.

Pergunta inevitável: aonde foi parar a sanidade do comando das Forças Armadas para seguir, como bolsonaristas fanáticos, um maníaco, expulso da instituição, além de ser ligado à cúpula mais pesada das organizações criminosas cariocas?

O tal Bolsonaro grosseirão que às vezes serve de mote para alguns textos elogiosos, vendendo sua suposta simplicidade, neste caso expõe de maneira despudorada, sua intenção de proteger criminosos e se, depois dessa desmoralização das Forças Armadas, o oficialato ainda se mantiver cego, surdo e mudo como um gado bolsonarista, a instituição está completamente falida no propósito mais simples de garantia da defesa do território nacional.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Marcelo Freixo: Bolsonaro está acuado

“Bolsonaro usa a Presidência para repetir mentiras à exaustão até que elas ganhem status de verdade”

Jair Bolsonaro está acuado. O presidente sempre defendeu milicianos, mas essas relações ganharam nova dimensão após a morte de Adriano da Nóbrega, cuja ex-mulher e mãe foram assessoras do ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Para tentar tirar o foco de si, Bolsonaro dobrou a aposta e transformou fake news em política de governo. Em vez de alimentar clandestinamente os discursos de ódio nos subterrâneos dos grupos de Whatsapp, presidente e ministros assumiram a ofensiva, passando a usar canais oficiais para disseminar mentiras contra opositores e jornalistas.

Bolsonaro usou o perfil da Presidência no Twitter para afirmar que a oposição é a verdadeira interessada em eliminar Adriano. A inversão da narrativa parece estapafúrdia, mas é preciso lembrar que o campo de batalha bolsonarista não é o da razão, é o da emoção — mais precisamente do ódio. Ele sabe que nesse embate os fatos importam menos do que o engajamento que uma determinada versão é capaz de gerar. O objetivo é manter coesas e insuflar suas hostes nas redes para tentar se manter em pé.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, usou a mesma estratégia. No Twitter, o ex-juiz acusou a mim, que há mais de dez anos vivo sob ameaça de morte por ter enfrentado as milícias, de defender milicianos. Mas o fato é que Moro propôs que esses bandos deixassem de ser enquadrados no Código Penal e passassem para a Lei das Organizações Criminosas, o que reduziria a pena dos bandidos. Nós mantivemos a regra mais dura. O ministro sabe disso, mas preferiu mentir para incitar seguidores.

O recrudescimento contra a imprensa faz parte dessa artilharia: Bolsonaro usa a Presidência para repetir mentiras à exaustão até que elas ganhem status de verdade ou pelo menos façam barulho suficiente para bagunçar o jogo. Por isso, tenta deslegitimar profissionais e métodos reconhecidos de produção de informação.

 

*Do Globo

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Uol prova que Moro mentiu e Glauber e Freixo falaram a verdade: Moro tentou proteger a milícia no pacote anticrime

Tem sido cada vez mais comum presenciar (digitalmente, pelo menos) discussões públicas de representantes eleitos. Nesta semana, um debate acalorado entre o ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, e deputados do PSOL tomou as redes sociais e rendeu uma série de acusações.

Na última quarta-feira (12), a reunião de uma comissão especial na Câmara dos Deputados foi encerrada em meio a um bate-boca entre parlamentares do governo e da oposição. No meio da confusão, o deputado Glauber Braga (PSOL -RJ) acusou Moro, presente no encontro, de ser “capanga da milícia”.

As provocações continuaram no Twitter do deputado do PSOL e até o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, saiu em defesa do colega de governo.

Na quinta-feira (13), Moro retomou o assunto e afirmou que, em seu pacote anticrime, classificou as milícias como organizações criminosas, mas o PSOL foi contra essas propostas.

Marcelo Freixo (PSOL-RJ), citado no tuíte de Moro, rebateu as declarações do ministro e afirmou que o pacote proposto por Moro, na verdade, reduzia a pena de milicianos. Segundo o deputado, ele e sua bancada apenas “corrigiram esta aberração”.

Como era o pacote original?

O artigo 13 do pacote anticrime original (PL nº 882/2019), de autoria de Moro e enviado pelo Executivo ao Congresso em fevereiro de 2019, estabelecia que o artigo 1º da Lei das Organizações Criminosas (nº 12.850/2013) passaria a considerar como organizações criminosas “a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas” que, entre outros aspectos “se valham da violência ou da força de intimidação do vínculo associativo para adquirir, de modo direto ou indireto, o controle sobre a atividade criminal ou sobre a atividade econômica, tais como:

  • o Primeiro Comando da Capital;
  • o Comando Vermelho;
  • a Família do Norte;
  • o Terceiro Comando Puro;
  • o Amigo dos Amigos;
  • as milícias ou outras associações como localmente denominadas”.

Na prática, isso significa que milícias e associações similares passariam a ser regidas regidas pela Lei de Organizações Criminosas, e não pelo artigo 288-A do Código Penal, que estabelece a constituição de milícias desde 2012.

A diferença é que a Lei das Organizações Criminosas estabelece, no artigo 2º, pena de três a oito anos de reclusão, enquanto o 288-A do Código tem pena de quatro a oito anos de reclusão.

Ou seja, como rebateu Freixo, o projeto enviado por Moro de fato reduziria em um ano a pena mínima para condenados por crime de milícia.

 

 

*Com informações do Uol

 

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Vídeo: Marcelo Freixo escancara a ambição de Moro no combate às milícias

Freixo foi ao ponto, Moro, quando coloca no mesmo balaio tráfico e milícia, quer dar a entender à sociedade que, quando prende traficantes, está prendendo milicianos, quando a realidade é bem outra.

Na verdade, Moro usa a publicidade de combate ao tráfico de drogas para fugir do tema e, consequentemente fugir da ação, pois, do contrário, seria obrigado a desembocar qualquer investigação sobre milícia no condomínio Vivendas da Barra. Isso é tudo o que Moro não quer, vide a pressão que exerceu sobre o porteiro do condomínio para que mudasse a versão.

Por isso também Moro quis federalizar o caso Marielle, mas não quer federalizar o caso do miliciano Queiroz/Flávio Bolsonaro. Se estivesse mesmo interessado em combater a milícia e não jogando aleatoriamente no balaio do tráfico para se esquivar de sua escancarada omissão sobre esse tipo particular de crime, o primeiro caso que ele deveria atuar, é o de Queiroz, miliciano que opera até hoje como uma espécie de PC Farias da família Bolsonaro.

Marcelo Freixo coloca os pingos nos Is e não deixa dúvidas sobre o padrão Moro de “combate à milícia”

“É evidente que milícias e o tráfico de drogas são organizações criminosas, mas o ministro da Justiça Sergio Moro dizer que são as mesma coisa e apenas “muda um pouco o perfil” é um erro elementar. As milícias transformam o domínio territorial em domínio eleitoral, elegem um monte de gente, vereadores, deputados, senadores, como o ministro bem sabe, isso é mero detalhe? As milícias têm projeto de poder, frequentam palácios, isso é detalhe?

O que Moro trata como detalhe revela o tamanho de seu desconhecimento sobre Segurança Pública. Há mais de um mês entreguei uma cópia do relatório da CPI das Milícias ao ministro, parece que ele não leu o documento”. (Marcelo Freixo)

https://www.facebook.com/MarceloFreixoPsol/videos/408667859933409/?t=47

 

*Da redação

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Gilmar Mendes diz a Moro: Não pode combater organizações criminosas se tornando uma

Gilmar Mendes, que já fez diversas críticas a Moro após o escândalo do vazamento das conversas secretas pelo Intercept Brasil, volta a criticá-lo e a força-tarefa.

“aquele que combate a corrupção não pode cometer crimes, os fins não justificam os meios”.

Em entrevista ao Uol, o Ministro declarou que: declarou que “não pode combater organizações criminosas tornando-se uma”. 

As mensagens sugerem que a Lava Jato não quis investigar suspeitas de corrupção envolvendo o instituto criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) para não melindrá-lo e porque o caso poderia ajudar na defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mendes classificou o vazamento das mensagens como sério, mas diz que é necessário atentar ao que é revelado nos diálogos assim como a forma como eles foram obtidos e se são mesmo reais.

Estamos aguardando e esperando os desdobramentos. Junto com o debate da ilegalidade destes vazamentos, devemos apreciar a substância destas denúncias. Precisamos saber se houve irregularidades na condução do caso e quais irregularidades são essas com muito cuidado.