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Fux não tirou a cabeça de Bolsonaro da guilhotina

O entusiasmo dos bolsonaristas com o lero-lero de Fux é só para piorar a própria vida da direita.

Isso adiciona mais lenha na guerra interna entre o Clã e Tarcisio sobre a liderança de Bolsonaro na direita, mesmo preso.

Como o Congresso é formado, em sua maioria, por oportunistas, os congressistas ligados a Bolsonaro devem abandonar o “mito” para abraçar Tarcísio que segue no jogo.

A angustia piora porque ainda teremos os amantes de ETs e Pneus mantendo devoção ao “mito” dos tolos.

O voto de Fux foi inútil para ajudar a dar uma guinada na condenação de Bolsonaro. Ele vai sim para Papuda.

Na vida como ela é, Bolsonaro seguirá rumo ao cemitério político e será enterrado e, consequentemente, ficará fora da vida nacional.

A direita terá que refazer contas e estratégias atrasando um traçado fecundo para a candidatura de Tarcisio.

Foi uma casca de banana jogada no caminhar da campanha do sabujo dos EUA, Tarcisio de Freitas.

Fora desse disse me disse lateral, Fux apenas jogou para o vento. Não melhorou em nada o resultado da condenação de Bolsonaro.


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Estratégia de Fux é abrir caminho para Bolsonaro tentar anulação de julgamento

Bolsonaro está sendo julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por participação em uma trama golpista relacionada aos eventos de 8 de janeiro de 2023.

O relator, ministro Alexandre de Moraes, assim como o ministro Flavio Dino, votou pela condenação. No terceiro dia, o julgamento ganhou contornos dramáticos com o voto do ministro Luiz Fux, que divergiu e abriu uma brecha para questionamentos futuros.

A Estratégia de Fux: Anulação e Competência da Corte

Em seu voto, proferido em 10 de setembro de 2025, Fux defendeu a anulação de todos os atos decisórios do processo contra Bolsonaro e os outros sete réus. Seus principais argumentos foram:

Falta de competência do STF: Fux sustentou que a Corte não tem foro privilegiado para julgar réus sem prerrogativa de função, como Bolsonaro após deixar a Presidência. Segundo ele, o caso deveria ser remetido à Justiça Federal comum, e a Primeira Turma não seria o foro adequado.

Violação ao devido processo legal

Os réus teriam sido sobrecarregados com um “tsunami de dados” (milhões de páginas de provas), configurando cerceamento de defesa e inépcia na denúncia. Fux enfatizou a necessidade de imparcialidade do juiz, criticando a condução do processo.

Impacto prático

Com essa divergência, o julgamento foi interrompido, dada a duração de 14 do voto de Fux, que cria um precedente para que a defesa de Bolsonaro entre com embargos ou recursos, alegando nulidade total. Isso poderia levar o caso ao plenário do STF ou a um novo julgamento em instância inferior, efetivamente “zerando” o processo.

Essa posição de Fux é vista por analistas como uma “porta aberta” para anulação, especialmente porque ele não votou pela condenação imediata, mas por invalidar o trâmite.

Críticos, como juristas, interpretam isso como uma manobra para beneficiar Bolsonaro, enquanto apoiadores do ex-presidente celebram como “honra à toga”.

Reações nas Redes e na Mídia

Críticos e perfis progressistas, acusam Fux de priorizar formalismos processuais sobre a defesa da democracia, chamando a decisão de “traste preso” (referindo-se a Bolsonaro).

Implicações Políticas

Essa estratégia de Fux pode prolongar o caso por meses ou anos, beneficiando Bolsonaro politicamente – ele recupera direitos como elegibilidade enquanto o processo é reavaliado. No entanto, o STF já rejeitou anistias a crimes contra a democracia em casos semelhantes, como o indulto de Bolsonaro anulado por Fux em decisão anterior. O plenário pode confirmar ou derrubar a nulidade, mas o debate expõe divisões no STF entre garantismo processual e combate ao extremismo criminoso.

A conferir.


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Voto de Fux no julgamento da trama do golpe, além de vergonhoso, gerou memes nas redes sociais

Decisão do ministro absolveu Bolsonaro e outros cinco réus, mas manteve condenação de Braga Netto e Mauro Cid

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (10), quando o ministro Luiz Fux apresentou um voto surpreendente que absolveu a maior parte dos réus, com argumentos contraditórios.

Durante mais de 11 horas de exposição, Fux defendeu a condenação apenas do general Walter Souza Braga Netto e do tenente-coronel Mauro Cid, deixando de fora da sentença o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros cinco acusados. A explanação do ministro inspirou memes nas redes sociais.

As montagens ressaltam que o voto de Fux foi favorável a Jair Bolsonaro e reforçou os argumentos que levaram Donald Trump a impor sanções tarifárias ao Brasil e ao ministro Alexandre de Moraes por razões políticas.

Alguns memes também fazem alusão ao logo tempo que o ministro usou para justificar seu voto, como na montagem em que ele aparece de pijama em meio ao julgamento.

O placar atual está em 2 a 1 pela condenação do ex-presidente, e o julgamento será retomado nesta quinta-feira (11) com os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O julgamento histórico deve se estender até sexta-feira (12), quando será definido o desfecho do núcleo 1 da investigação da Procuradoria-Geral da República.

Veja alguns memes sobre o voto de Fux:

Imagem

r/brasil - In Fux we trust!

*ICL

*Foto-arte: Jota


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“Naldo de toga”: Fux condena Cid por golpe, diz que não houve golpe e absolve Bolsonaro

Ajudante de ordens tentou derrubar democracia, mas presidente não teve nada a ver com isso. Voto do ministro é o mais esdrúxulo da história do STF, algo simplesmente surreal

O ministro Luiz Fux resolveu mostrar, de fato, que seu voto na ação penal da sublevação armada que quase derrubou a democracia brasileira entre o fim de 2022 e o começo de 2023 é o mais esdrúxulo da história do Supremo Tribunal Federal. Após falar por intermináveis oito horas, explanando de maneira enfadonha uma visão dos episódios completamente descolada da realidade, atacando a esquerda e discursando com o tom verbal de um advogado de defesa, ele chegou à bizarra conclusão de que o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, um reles ajudante de ordens do Planalto, articulou uma tentativa de golpe de Estado, o condenando por isso, ao passo que considerou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inocente, inocentando-o.

Sim, você não leu errado. Fux condenou Cid por um golpe de Estado que ele mesmo disse que não ocorreu, para na sequência inocentar Bolsonaro, o presidente da República e comandante em chefe das Forças Armados, o único que poderia ser beneficiado por uma ruptura institucional.

Voto de Fux invoca ‘tias do zap’ e incorpora “e o Lula, e o PT?”
Foto ilustrativa de la nota titulada: Visto e cartão de crédito: Seria esse o preço da democracia no Brasil?

O voto do ministro Luiz Fux no julgamento da tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já soma mais de oito horas, sem previsão de acabar, teve um tom tão surreal que constrangeu praticamente todas as personalidades dos universos político e jurídico nacionais. Ele divergiu de tudo, contrariou suas próprias posições históricas na Corte, atacou colegas e abraçou abertamente o bolsonarismo.

Numa espécie de mistura de conteúdos das ‘tias do zap’ com cortes de comentaristas da Jovem Pan, Fux apelou em sua argumentação para citações que claramente apenas tiveram como propósito tragar a esquerda e o governo Lula (PT) para o centro de uma ação penal que julga exclusivamente personagens da extrema direita brasileira, identificada aberta e oficialmente com Bolsonaro. Ele relembrou as longínquas jornadas de 2013, tentando tornar equivalentes as confusões que aconteceram no país à época e a tentativa golpista do 8 de Janeiro, e ainda seguiu comparando situações completamente descabidas, tudo para citar “a esquerda” e o PT, com menções a “organizações extremistas” supostamente ligadas ao espectro progressista, algo típico de postagens amalucadas e conspiracionistas das redes sociais mais reacionárias.

Fux é o ministro mais punitivista do STF, ou seja, o que menos decide levando em consideração garantias fundamentais da Constituição Federal para beneficiar os réus. Ele é também o integrante que menos concede habeas corpus na atual composição da Corte. Invariavelmente rígido, condena sem dó e foi assim que agiu com os “bagrinhos” do 8 de Janeiro, aqueles bolsonaristas ultrarradicalizados que tentaram o golpe de Estado invadindo as sedes dos Três Poderes, em Brasília, nos primeiros dias deste terceiro mandato do presidente Lula (PT).

Suas decisões sempre foram no sentido de dar uma interpretação rígida à lei quando aplicada a crimes que atentem contra o Estado Democrático de Direito. Quando apresentada a denúncia pela Procuradoria-Geral da República contra os então oito indiciados do chamado “núcleo crucial”, do qual Bolsonaro faz parte, Fux a acolheu por enxergar indícios de autoria e materialidade na acusação, discordando apenas de algumas preliminares, algo perfeitamente normal e corriqueiro.

Mas Fux não apenas divergiu radicalmente, também defendeu a anulação total do processo. Argumentou pela “incompetência absoluta” do STF para julgar o caso, alegando que os réus, sem prerrogativa de foro privilegiado após o fim dos mandatos, deveriam ser processados na primeira instância da Justiça Federal. Além disso, acolheu preliminares de cerceamento de defesa, questionou a validade de delações como a de Mauro Cid por inconsistências e criticou a condução do relator Moraes, acusando-o de atuar como investigador em vez de julgador imparcial. Fux ainda sugeriu que, se o STF insistisse na competência, o caso deveria ir ao plenário com os 11 ministros, e não à Turma de cinco, para evitar “juízo político” disfarçado de justiça. Acha que acabou por aí?

As divergências de Fux vão muito além do mérito: ele rejeitou a tipificação de “organização criminosa armada” por “banalização do conceito”, defendeu penas mais brandas para figuras como os generais Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno, e questionou a cumulatividade de crimes como “golpe de Estado” e “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, argumentando absorção para evitar duplicidade punitiva.

Essa posição contrasta com sua própria trajetória: Fux, ex-presidente do STF e autor de decisões emblemáticas contra o ativismo judicial, já condenou executores menores do 8 de Janeiro sem alarde sobre foro, o que juristas veem como seletividade absurda, inaceitável e cínica, diz Henrique Rodrigues, Forum.


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Política

Afinal, de qual Fux estamos falando?

Não dá para levar a sério um mesmo ministro do STF votar contra as sardinhas do dia 8 de Janeiro e livrar a corja golpista de tubarões que tramou aquele ato terrorista na praça dos Três Poderes.

Na hora de detonar os peixes pequenos, o sujeito enfiou o pé na jaca, já para cravar o arpão nos peixes graúdos, Fux foi um festival de platitudes desconexas.

Como bem disse Míriam Leitão
“Fux não vota contra Gonet ou Moraes, vota contra ele mesmo. É Fux versus Fux”

Mas qual é o verdadeiro, o ministro do STF ou o humorista?

Até o insuspeito João Amoedo, descascou o topetudo que enfrenta todos, inclusive a si mesmo.

Amoedo, em post no X, sapecou: “O voto do ministro Fux acaba com a falsa narrativa de que vivemos em uma ditadura. Ao contrário, todos os brasileiros são livres. Podem falar as maiores incongruências e não são calados.”


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Fux, o sabujo dos sabujos

Para Fux, saquear a sede dos três poderes, incluindo sua cadeira no STF, num plano armado por Bolsonaro e seus articulistas de golpe, não foi nada.

Fux, notório lavajatista, transformou-se, de estalão, um garantista fundamentalista.

Que coisa comovente!

Na verdade, ele foi escancaradamente parcial, ponto.

Lenio Luiz Streck:
“Sobre voto de Fux: O STF já tem posição firmada sobre a competência. Não há como rever isso. E, aliás, Fux deveria ter levantado isso no recebimento da denúncia. Ali aceitou. A justificativa de que aceitou a competencia quando do recebimento da denúncia DE QUE O FEZ POR IN DUBIO PRO SOCIETATE não faz sentido neste momento. O próprio judiciário já não adota esse adágio (in dubio a favor da sociedade). Quer dizer: no fundo, Fux foi do in dubio pro societate para o in dubio pro reo. Além disso, por 7×4 o STF já definiu o foro. Fux é vencido na discussão!”


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Humor

Sensacionalista: Fux tem medo de Lei Magnitsky impedi-lo de importar perucas

Especialistas tentam explicar o voto

O ministro Luiz Fux votou por declarar a incompetência do STF para julgar o caso Bolsonaro e defendeu ao menos que o plenário avalie a situação.

O voto de Fux equivale ao gol de Oscar no 7×1 do Brasil contra a Alemanha.

Nos bastidores corre que Fux tem medo de ter seu visto cassado e não poder renovar o estoque de perucas nos Estados Unidos. O voto de Fux deixou a oposição de cabelo em pé. Menos Moraes, por motivos óbvios.

A única coisa verdadeira em Fux é a sua cabeleira.


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Acompanhe: Fux vota no julgamento de Bolsonaro e mais sete réus pela trama golpista

Núcleo Crucial

Entre os réus estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier, o deputado Alexandre Ramagem, o ex-ministro Anderson Torres e o tenente-coronel Mauro Cid.

Os cinco ministros da Turma vão decidir se as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra as lideranças do grupo são procedentes. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram, nesta terça-feira (9), pela condenação de todos os réus. Votarão ainda os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, nessa ordem.


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In fux we trust: Fux se isola ao votar contra a tornozeleira para Bolsonaro; medida confirmada por 4 a 1

O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou contra o uso de tornozeleira eletrônica e a aplicação de outras medidas cautelares a Jair Bolsonaro (PL). O magistrado abriu divergência com a maioria já formada na Primeira Turma, que confirmou a decisão do ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente.

Fux ficou isolado no julgamento, que terminou com o placar de 4 votos a 1. Além de Moraes, votaram a favor das medidas os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O ministro afirmou que a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-geral da República (PGR) não apresentaram novas provas de “qualquer tentativa de fuga empreendida ou planejada pelo ex-presidente” e que, portanto, “não se vislumbra nesse momento a necessidade, em concreto, das medidas cautelares impostas”.

Fux acrescentou ainda que a proibição do uso de redes sociais, de forma prévia e abstrata, “confronta-se com a cláusula pétrea da liberdade de expressão”.

“A amplitude das medidas impostas restringe desproporcionalmente direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão e comunicação, sem que tenha havido a demonstração contemporânea, concreta e individualizada dos requisitos que legalmente autorizariam a imposição dessas cautelares”, afirmou.

O ministro é visto com simpatia por aliados de Bolsonaro. Pessoas que acompanham as discussões sobre as recentes sanções impostas pelo governo dos EUA a ministros do STF afirmam que Fux foi poupado da revogação de visto aplicada a Moraes e outros integrantes da corte.

No julgamento da trama golpista, Fux tem questionado a confiabilidade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, além de ter criticado a tramitação do caso na Primeira Turma da corte.

No voto divergente, Fux disse que, apesar da acusação de que Bolsonaro e seu filho que está nos Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fazem uma articulação com o governo dos EUA para pressionar o STF no julgamento da trama golpista, os integrantes do tribunal não são permeáveis a “pressões dos setores que manifestam desagrado com as suas decisões”.

Para o ministro, “juízes julgam conforme a sua livre convicção, em análise dos elementos fáticos e jurídicos constantes de cada caso”.

Na sexta-feira (18), Moraes autorizou uma operação da Polícia Federal contra o ex-presidente e impôs medidas contra ele, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação com Eduardo.

Fux diverge de relator sobre “questões econômicas”
O STF está em recesso até o fim do mês, mas a sessão extraordinária foi marcada poucas horas depois da operação.

Na decisão, Moraes lista publicações nas redes sociais e entrevistas de Jair e Eduardo, além de uma manifestação do presidente americano Donald Trump citando o ex-presidente, e diz que as condutas “caracterizam claros e expressos atos executórios e flagrantes confissões da prática dos atos criminosos”.

O ministro cita as tarifas impostas por Trump como parte de uma articulação envolvendo Jair e Eduardo para praticar os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e atentado à soberania.

Segundo Moraes, Jair e Eduardo Bolsonaro atuaram para induzir, instigar e auxiliar um governo estrangeiro na prática de atos hostis contra o Brasil e na ostensiva tentativa de submeter o Supremo Tribunal Federal aos Estados Unidos, com o objetivo de “arquivar ou extinguir” a AP 2668, ação penal que investiga o núcleo central da trama golpista.

Ao divergir do relator, Fux diz que as questões econômicas “devem ser resolvidas nos âmbitos políticos e diplomáticos próprios”, citando o papel do presidente da República e do Congresso Nacional, diz o ICL

Antes do voto de Fux, o ministro Flávio Dino acompanhou a posição de Moraes e, no voto, se manifestou sobre a ofensiva de Trump contra o Brasil. Segundo o magistrado, as declarações e ações do americano são uma “intolerável estratégia de retaliação política”.

“Os eventos deflagradores desta decisão em referendo têm direta conexão com deliberações de governo estrangeiro, explicitamente voltadas contra competências exclusivas do STF”, disse o ministro.

A referência do ministro é à ofensiva do presidente Trump contra o Brasil, com o anúncio de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e acusações contra o sistema de justiça do país quanto ao julgamento de Bolsonaro no caso da trama golpista de 2022.

“Esta coação assume uma forma inédita: o ‘sequestro’ da economia de uma Nação, ameaçando empresas e empregos, visando exigir que o Supremo Tribunal Federal pague o ‘resgate’, arquivando um processo judicial instaurado a pedido da Procuradoria-geral da República, sob a regência exclusiva das leis brasileiras”, escreveu Dino no voto.


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In Fux we trust: O constrangimento no STF após Fux viar “símbolo” dos bolsonaristas no ato pela anistia

Fux vai arrepiar a acbeleira.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram que há um clima de constrangimento na Corte pelo fato de Luiz Fux ter se tornado um “símbolo” para bolsonaristas que defendem a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O incômodo aumentou após Fux ter votado para que a cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues, que escreveu “perdeu, mané” com batom na estátua em frente ao Supremo, recebesse a pena de um ano e seis meses de prisão. Depois disso, Fux passou a ser elogiado e parabenizado pelos organizadores do ato.

O magistrado argumentou que Débora viajou a Brasília “por conta própria” e que não havia provas de sua ligação com outros manifestantes. “No presente caso, o que se tem é precisamente o contrário: há prova apenas da conduta individual e isolada da ré”, escreveu o ministro.

A decisão provocou desconforto interno, já que, para colegas da Corte, soa contraditório ver um ministro sendo celebrado por manifestantes que atacam o STF e pedem anistia para crimes cometidos contra a democracia. A avaliação de ministros é que esse apoio coloca o tribunal em uma posição delicada.

Muitos ainda estão inseguros sobre o que levou Fux a mudar sua posição em relação às penas impostas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, especialmente depois de concordar com o relator Alexandre de Moraes em cerca de 500 processos.

Para evitar mais desconforto, Fux chegou a procurar Moraes antes de proferir seu voto sobre o caso da bolsonarista Débora Rodrigues.

O protesto convocado por Bolsonaro deve começar na torre da antena de TV em Brasília, com a intenção inicial de seguir até o Congresso Nacional, com o objetivo de pressionar os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.

No entanto, após uma reunião entre a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e os organizadores do ato, foi decidido que a caminhada será interrompida antes de chegar à Praça dos Três Poderes, localizada atrás do Congresso.