Categorias
Mundo

Em um mês, 516 palestinos famintos são mortos enquanto buscam alimentos em Gaza

A situação descrita refere-se a uma grave crise humanitária na Faixa de Gaza, onde, segundo fontes como a Agência Brasil, Opera Mundi, entre outras, 516 palestinos foram mortos em um mês enquanto tentavam acessar ajuda alimentar em pontos de distribuição controlados por Israel, operados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), instalada por Israel e pelos Estados Unidos.

Esses ataques, que incluem um massacre na manhã de 24 de junho de 2025, com cerca de 50 mortes, são descritos como parte de uma série de eventos violentos em torno desses centros de ajuda.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e organizações não governamentais, além de agências da ONU, confirmaram as mortes, relatando cenas de multidões famintas sendo alvos de disparos. A ONU classificou Gaza como o “lugar mais famoso do mundo” e alertou que impedir o acesso a alimentos pode configurar crime de guerra.

Israel alega que os ataques ocorreram devido à aproximação de “suspeitos” de suas forças, enquanto o Hamas e outros acusam as forças israelenses de atacar puramente civis em busca de comida, descrevendo a matança como “emboscadas”.

A UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, considera a ajuda distribuída pela GHF insuficiente, com cerca de 2 milhões de pessoas de enfrentamento fome e mais de 5 mil crianças tratadas por desnutrição aguda somente em maio de 2025. A infraestrutura de Gaza foi amplamente destruída, e a ONU relata que 6 mil caminhões de ajuda humanitária estão bloqueados na fronteira, com Israel justificando a restrição para evitar que a ajuda seja desviada para o Hamas, em violação ao direito humanitário internacional.

O conflito, intensificado desde outubro de 2023 após um ataque do Hamas quando morreram 1,2 mil pessoas e fez 220 reféns, levou a uma intervenção israelense que deslocou 90% da população de Gaza e destruiu toda a infraestrutura local, sendo considerada por alguns países e organizações como genocídio.

O governo de Benjamin Netanyahu defende uma ocupação permanente de Gaza, com o pretexto de resgatar reféns e eliminar o Hamas, o que Israel de fato pretende é tomar o território, para tabto, promove a emigração de palestinos.

A crise humanitária é agravada pela fome generalizada, com relatos de crianças morrendo de desnutrição e famílias recorrendo a medidas extremas para sobreviver.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Política

Viagem de prefeitos a Israel previa propaganda da versão israelense sobre o genocídio em Gaza

Estava previsto um encontro com familiares e vítimas do atentado de 7 de outubro.

Os prefeitos brasileiros, a maioria de direita, que estavam em Israel no início do conflito com o Irã, viajaram ao país do Oriente Médio para a Muni Expo, uma feira organizada pela Federação das Autoridades Locais de Israel para vender armas e tecnologia de segurança. A programação, no entanto, indicou que o evento era somente uma parte do roteiro da viagem, que envolvia um lobby para divulgar a versão israelense sobre o genocídio de palestinos na Faixa de Gaza.

De acordo com uma cópia da programação da viagem à qual o site dce notícias Intercept Brasil teve acesso, estava previsto o encontro “Trauma, resiliência e caminhos para a reabilitação física e humana”, com familiares e vítimas do atentado de 7 de outubro, quando o Hamas, um grupo político-militar palestino invadiu o território israelense.

“O evento será realizado sob o lema ‘Bússola Local’ e discutirá as direções que Israel tomará nos próximos anos para promover o crescimento compartilhado e a esperança em cada um de nós como cidadãos, como comunidade e como nação”, diz a descrição do evento no documento enviado aos prefeitos, de acordo com a apuração do The Intercept Brasil (TIB).

Na Muni Expo, estaria presente a Reshef Security, que fornece soluções de segurança para os postos de controle israelenses em Jerusalém e na Cisjordânia. “Esta é uma excelente oportunidade para se expor a novos conteúdos inovadores, aprofundar relações e conhecer de perto o que move o setor”, diz um post da empresa divulgando o evento no LinkedIn.

Os prefeitos deixaram Israel na última segunda-feira (16), e a Muni Expo começaria no dia seguinte, mas foi frustrada devido ao conflito entre Israel e Irã. A viagem foi financiada pela Mashav, agência israelense de cooperação internacional, em parceria com o Instituto Internacional de Liderança, entidade ligada a uma federação que representa trabalhadores israelenses.

A comitiva brasileira incluiu 11 políticos, incluindo Álvaro Damião (União Brasil), prefeito de Belo Horizonte; Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa; Jhonny Maycon (PL), prefeito de Nova Friburgo; Gilson Chagas, secretário de Segurança de Niterói; e as vice-prefeitas Claudia Lira, de Goiânia, e Janete Aparecida (Avante), de Divinópolis.

Para Pablo Nunes, coordenador adjunto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, o CESeC, e da Rede de Observatórios da Segurança Pública, “a ida de prefeitos para conhecer como Israel usa suas tecnologias para lidar com os palestinos tanto na Cisjordânia quanto na Faixa de Gaza é muito sintomático de um movimento já muito bem conhecido em que políticos brasileiros visitam Israel para conhecer essas tecnologias”, disse ao TIB.

Segundo o pesquisador, Israel tem se consolidado como um exportador de tecnologias, inclusive aquelas amplamente questionadas, que encontram um mercado próspero no Brasil, especialmente durante governos de direita e extrema direita.

Um levantamento publicado pelo Brasil de Fato mostrou que, por exemplo, desde 2023, o primeiro ano de mandato do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), São Paulo (SP) gastou R$ 37,3 milhões em contratos com três empresas de Israel especializadas em produtos para segurança pública.

Com a Meprolight, que trabalha com a mira de armas, a Polícia Militar (PM) comprou cerca de 6,1 mil unidades para auxiliar na pontaria de armas de fogo em dois contratos que somam R$ 13.309.052,30. Com a Israel Weapons Industries (IWI), uma das mais antigas de Israel no setor bélico, foram adquiridos 22 fuzis e seis metralhadoras no valor de R$ 6.584.233,20.

O maior montante foi repassado à Cellebrite, que produz softwares de espionagem e monitoramento digital, de recuperação de dados apagados de dispositivos e de reconhecimento facial. No total, foram R$ 17.413.328,60 em pelo menos cinco contratos.

Dois deles são do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que comprou um software para o desbloqueio de dispositivos computacionais portáteis com sistemas operacionais Android e IOS no valor de R$ 4.995.975,00. O órgão também contratou serviços de suporte técnico de hardware e renovação e suporte técnico de software por 36 meses para laboratório forense pelo montante de R$ 427.767,69.

Já o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) adquiriu equipamentos e softwares para compor solução integrada de investigação forense digital a ser utilizada pelo Laboratório de Análises de Crimes Eletrônicos por R$ 10,29 milhões. ]

Por fim, o governo estadual tem dois contratos com a Cellebrite para serviços prestados à Prodesp, empresa de tecnologia da informação do estado. Um deles é para a modernização do Laboratório de Forense Digital, no total de R$ 453.931,89, e outro para a aquisição de ferramentas forense, pelo montante de R$ 437.328,07.

*BdF


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

Categorias
Mundo

Ataque ao Irã segue lógica de mentiras usadas na guerra do Iraque, segundo especialista

Ofensiva de Israel pode ter envolvimento direto dos EUA e mira mudança de regime, segundo Arturo Hartmann

A ofensiva aérea de Israel contra o Irã, ocorrida na noite de quinta-feira (12), pode marcar o início de um novo ciclo de desinformação, semelhante ao que justificou a invasão do Iraque em 2003, segundo Arturo Hartmann, doutor em Relações Internacionais e membro do Centro Internacional de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Ele argumenta que a operação foi planejada em conjunto com os Estados Unidos e tem como objetivos não apenas atacar instalações militares iranianas, mas também potencialmente buscar uma mudança de regime no Irã.Hartmann acredita que a ação é mais coerente se vista como um esforço conjunto de Washington e Tel Aviv.

Ele destaca que os EUA não foram arrastados para a guerra por Israel, mas que a ofensiva serve a interesses estratégicos do presidente Donald Trump, que já manifestou a intenção de reconfigurar a presença americana na região.

Uma das possíveis razões para a operação é repetir a lógica que sustentou a guerra do Iraque, que envolve o uso de força militar para eliminar lideranças que resistem a um acordo, possibilitando assim a imposição de termos mais favoráveis aos EUA.

Um dos objetivos pode ser pressionar o Irã a desistir ou limitar seu programa nuclear, mesmo que a finalidade seja civil. Hartmann observa que, após inicialmente se mostrar aberto ao diálogo, o governo Trump reverteu essa posição, exigindo uma “produção zero de urânio”, o que gerou um impasse nas negociações.

Nesse contexto, a crise militar atual poderia ser vista como uma ferramenta de barganha.Contudo, Hartmann se interroga sobre a viabilidade da estratégia de “decapitação da liderança”, já utilizada contra o Hamas e em operações no Líbano, quando aplicada ao Irã. Ele destaca que o Irã é um Estado, onde, apesar de haver oposição interna e insatisfação com o governo, existe também uma ampla resistência à intervenção externa.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Este é um dilema que envolve não apenas o governo, mas também a população.A escalada atual, segundo Hartmann, está inserida em um movimento mais amplo de reconfiguração geopolítica no Oriente Médio, que tem sido impulsionado por Israel desde o final de 2023.

Ele afirma que Netanyahu reconheceu uma janela de oportunidade entre os governos dos EUA, observando que a administração de Joe Biden facilitou ações que resultaram em genocídio em Gaza. Com Trump, segundo Hartmann, surge uma nova janela para reconfigurar toda a ordem regional.

Os eventos recentes lembram a necessidade de um exame cuidadoso das dinâmicas que envolvem os conflitos no Oriente Médio, onde interesses estratégicos e alianças entre países desempenham papéis cruciais. Hartmann sugere que o potencial para mudanças de regime ou intervenções não deve ser subestimado, embora a natureza do Estado iraniano e a dinâmica interna apresentem obstáculos significativos a tais esforços.

A análise destaca a complexidade de lidar com uma nação com uma população que resiste à interferência externa, independentemente de suas lideranças.

Assim, a ofensiva israelense pode ser vista não apenas como um ato militar isolado, mas como parte de um jogo geopolítico mais amplo, onde as decisões tomadas hoje podem ter repercussões importantes para o futuro da região e suas relações internacionais. Hartmann enfatiza a necessidade de um entendimento mais profundo sobre as consequências de tais ações, que podem perpetuar ciclos de violência e instabilidade.

Hartmann afirma que o Irã está atento às repercussões das intervenções ocidentais em países vizinhos, apontando que a situação no Oriente Médio sugere que o que ocorreu no Líbano e na Síria poderia se repetir no Irã.

O governo iraniano está ciente dos riscos que uma intervenção externa pode trazer, utilizando os exemplos do Afeganistão, Iraque e Líbano como alertas sobre as consequências desse tipo de ação.Recentemente, o Irã sofreu um ataque que resultou na morte de líderes militares importantes, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária, Hassan Salami, e o comandante das Forças Armadas, Mohammed Bagheri, além de cientistas nucleares.

Em resposta, o Irã lançou mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém. O governo de Israel contra-atacou, alegando que o Irã estava atacando civis e ameaçando impor um “preço alto” ao país persa.

Para Hartmann, a retórica israelense faz parte de uma estratégia diplomática para justificar a continuidade da escalada militar. Ele observa que os ataques de Israel são frequentemente respondidos pelo Irã, e essa dinâmica não é nova, com o governo Netanyahu promovendo a ideia de atacar o Irã há mais de dez anos.

Além disso, Hartmann menciona a possibilidade de que o ataque ao Irã possa unir forças da resistência palestina, embora isso dependa da superação da fragmentação interna existente. Ele destaca que, apesar de o Hamas ainda existir, ele está enfraquecido, enquanto o Fatah continua a colaborar com forças ocidentais.

Para que haja uma reunião de forças, seria necessário encontrar uma agenda comum, mesmo que de curto ou médio prazo, o que se mostra desafiador devido às discórdias internas e às forças colonizadoras que buscam fragmentar essas alianças.O especialista argumenta que a devastação em Gaza e a situação de cerco na Cisjordânia dificultam qualquer tentativa de organização política ou militar. Ele observa que Gaza se tornou um lugar devastado, com cenas de fome que comprometem a possibilidade de qualquer articulação política.

A Cisjordânia, por sua vez, está sob um bloqueio total, e a violência interna em sua periferia também aumentou.Hartmann criticou a postura do Ocidente em relação a esses conflitos, evidenciando uma falta de sensibilidade nas ações que perpetuam a instabilidade na região. A visão ocidental muitas vezes ignora as consequências humanitárias decorrentes das intervenções e políticas adotadas, exacerbando os problemas em vez de resolvê-los.

Além disso, ele faz uma crítica ao Brasil, ponderando sobre a necessidade de uma postura mais ativa e crítica em relação às dinâmicas do Oriente Médio. Hartmann sugere que a diplomacia brasileira deveria agir com mais contundência, posicionando-se de maneira a defender os direitos das populações afetadas e buscando facilitar diálogos e negociações que possam mitigar os conflitos.

Em síntese, Hartmann delineia um panorama tenso no Oriente Médio, permeado por intervenções externas, reações militares e a complexidade da fragmentação política interna, e propõe uma reflexão sobre a responsabilidade coletiva de atores internacionais e regionais na busca por soluções pacíficas e justas. O futuro da resistência palestina e a estabilidade do Irã e de suas fronteiras permanecem em jogo, influenciados por essas dinâmicas.

O governo brasileiro condenou a ofensiva israelense, considerando-a uma violação da soberania iraniana e do direito internacional. O especialista Hartmann observa contradições na postura do Brasil, que apoia a criação de um Estado palestino e classifica a situação em Gaza como genocídio, mas mantém relações comerciais com Israel. Ele argumenta que, para impactar verdadeiramente Israel, seria necessário atingir sua capacidade militar, algo que somente os Estados Unidos podem fazer.

Segundo Hartmann, embora a condenação do Brasil tenha importância, não resolve a questão principal, que é a aliança de Israel com os EUA; romper essa relação seria uma mudança significativa.Em relação ao Conselho de Segurança da ONU, Hartmann se mostra cético. Ele acredita que os países ocidentais tendem a apoiar Israel, pelo menos em termos diplomáticos, enquanto imagina um cenário diferente para a Palestina.

Hartmann critica também o debate sobre a criação de um ou dois Estados para a Palestina, enfatizando que essa decisão deve ser tomada pelos palestinos. Para ele, o foco imediato deve ser a sobrevivência do povo palestino, destacando que a urgência atual é impedir a exterminação do povo.

Hartmann defende que, diante da gravidade da situação, o papel de um governo ou de uma diplomacia não deve ser o de atuar como mediador, mas sim de interromper o genocídio em curso. A escalada do conflito exige uma mudança de abordagem para garantir a proteção da população palestina, em vez de meramente promover discussões teóricas sobre a estrutura do Estado.

Ele observa que a situação atual transcende debates políticos convencionais, sendo uma questão de sobrevivência e dignidade humana. Esse chamado à ação é central na análise que faz sobre o momento político e diplomático atual.

*Com BdF

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

Categorias
Mundo Política

Lula reafirma que guerra em Gaza é genocídio e que judeus são contra

Presidente reitera pedido de paz também entre Rússia e Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o posicionamento brasileiro em defesa do fim dos conflitos que estão ocorrendo entre Israel e Palestina; e entre Rússia e Ucrânia. As afirmações foram feitas neste domingo (1º) em Brasília, durante o encerramento da convenção do PSB, partido que integra a base do governo federal.

Durante o discurso, o presidente brasileiro leu a íntegra da nota emitida hoje pelo Itamaraty, condenando “nos mais fortes termos” o anúncio feito por Israel, de que aprovava mais 22 assentamentos israelenses na Cisjordânia – território que, segundo a nota, é “parte integrante do Estado da Palestina”.

Israel x Palestina
Sob os gritos de “Palestina Livre” por parte dos presentes, Lula reiterou afirmações feitas anteriormente, de que essa guerra não é desejada nem pelo povo judeu, nem pelo povo de Israel. “Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do Estado Palestino. Por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”, disse Lula.

“O que nós estamos vendo não é uma guerra entre dois exércitos preparados, em campo de batalha com as mesmas armas. É um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza. Isso não é uma guerra. É um genocídio contra e em desrespeito a todas as decisões da ONU, que já pediu o fim essa guerra”, acrescentou.

Palestinos se reúnem em local de ataque a casa em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza
22/04/2025 Reuters/Hatem Khaled/Proibida reprodução

Rússia x Ucrânia
Lula manifestou também posição contrária à guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele lembrou das conversas que teve com o presidente Russo, Vladimir Putin, na qual teria falado que já estava na hora de os dois países fazerem um acordo, dando fim ao conflito.

“O Brasil também foi contra a ocupação territorial feita pela Rússia. A gente não quer guerra. O mundo está precisando de paz, de harmonia, o mundo está precisando de livros e não de armas. É dessas coisas que as pessoas têm de compreender”, disse Lula.

“O mundo gastou o ano passado US$ 2,4 trilhões em armas, enquanto 733 milhões de seres humanos vão dormir toda a noite sem ter o que comer. Não por falta de alimento, mas por falta de dinheiro para as pessoas comprarem os alimentos. Se esse dinheiro gasto em armas fosse gasto em comida, teríamos todo mundo com a barriga cheia, todo mundo saudável”, argumentou o presidente.

Hospital atingido por drone russo em Sumy, Ucrânia
28/09/2024
Serviço de Emergência da Ucrânia/Divulgação via Reuters

Reformas no Conselho de Segurança
Lula voltou a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU, como forma de dar mais força a uma entidade que, segundo ele, tem se mostrado frágil e desrespeitada por conta de decisões unilaterais de membros de seu conselho.

“Os EUA invadiram o Iraque por conta própria, sem consultar a ONU. A França e a Inglaterra invadiram a Líbia sem consultar ninguém. E Israel fez o que está fazendo sem consultar ninguém. A Rússia também invadiu a Ucrânia sem consultar ninguém. Se os membros do Conselho de Segurança da ONU não se respeitam e não discutem coletivamente, a ONU perdeu credibilidade”, afirmou Lula.

O presidente brasileiro disse que luta para mudar este conselho, de forma a incluir, entre seus integrantes, Alemanha, África, Índia, Japão e Brasil, além de México e Argentina. “O que nós queremos é que o mundo esteja melhor representado na ONU, para que a gente possa evitar esse desconforto”, complementou.

*BdF

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Mundo

Polícia em Israel monitora ativistas contrários ao genocídio em Gaza, segundo jornal

Segundo Haaretz, policiais foram até as casas de manifestantes horas depois de expirarem as penas de prisão domiciliar, obtidas após protestos antigovernamentais.

Três ativistas que se opõem ao massacre promovido pelo governo de Israel na Faixa de Gaza relataram terem sido surpreendidos por uma operação de policiais em suas respectivas residências, horas após o término de suas prisões domiciliares. Os relatos foram feitos ao jornal israelense Haaretz.

Os militantes pró-Palestina – incluindo Alon-Lee Green, líder do movimento de esquerda israelense Standing Together – foram presos dias antes durante um protesto perto da fronteira com Gaza. Apesar de os três terem sido liberados do regime de prisão domiciliar na quinta-feira (22/05) à meia-noite, os policiais compareceram em suas casas entre 3h e 3h30 da manhã de sexta-feira, questionando-os sobre participação em novos protestos.

De acordo com o veículo israelense, os ativistas foram questionados pela polícia se planejavam marcar presença em futuros protestos antiguerra. Segundo a defesa dos militantes, as visitas policiais têm como objetivo intimidar e dissuadir protestos antigovernamentais, embora a polícia negue ter interrogado os indivíduos.

Green descreveu ao Haaretz que os agentes bateram repetidamente em sua porta, exigindo identificação.

“Eu disse a eles que minha prisão domiciliar havia terminado à meia-noite e perguntei o que eles queriam. Eles disseram: ‘Somos nós que fazemos as perguntas’. Então eles perguntaram se eu estava planejando ir ao próximo protesto e o que eu já havia planejado. A coisa toda parecia agressiva e ameaçadora”, contou o ativista.

Hillel, outro manifestante, afirmou ter atendido a porta após receber uma chamada de um número bloqueado.

“Ela perguntou se eu estava em prisão domiciliar. Eu disse a ela que havia terminado há três horas. Então ela pediu minha identidade e depois foi embora”, relatou.

Prisões
Os manifestantes ouvidos pela reportagem do Haaretz fazem parte de um grupo de nove ativistas detidos na semana passada, durante uma marcha de Sderot até a fronteira com Gaza, onde tentaram bloquear uma estrada. Na ocasião, a polícia justificou as prisões por “agressão, interferência com um policial no exercício de suas funções, participação em uma reunião ilegal, conduta suscetível de perturbar a paz e bloqueio ou interferência em uma via pública”.

Seis dos manifestantes tiveram suas prisões prorrogadas até a quarta-feira (21/05), logo após um tribunal de Be’er Sheva liberá-los da prisão domiciliar.

Ao Haaretz, os advogados dos ativistas pró-Palestina, incluindo Gaby Lasky e Gonen Ben Yitzhak, acusaram a polícia de agir como “milícia privada” para suprimir dissidência.

“Qualquer maneira que eles tentem explicar isso não pode esconder o fato de que apenas uma força policial que se tornou uma milícia privada pode enviar policiais às 3 da manhã, sem motivo, para a casa de uma pessoa que se manifestou a favor de um acordo de reféns e contra a guerra. Isso é inaceitável e ilegal, constituindo uma tentativa de dissuadir e intimidar os civis de realizar seu direito de se manifestar contra o governo”, disse Lasky.

Por outro lado, a polícia classificou tais alegações como “falsas” e insistiu que “monitora o cumprimento de prisões domiciliares”.

*Opera Mundi

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

 

Categorias
Mundo

Mais de 100 mil participam de manifestação histórica em Haia na Holanda contra o genocídio em Gaza

Dezenas de milhares de manifestantes vestidos de vermelho marcharam por Haia no domingo para exigir uma ação governamental que ponha fim à campanha de Israel em Gaza.

Os organizadores consideraram-na a maior manifestação do país em duas décadas, com grupos de direitos humanos e agências de ajuda – incluindo a Amnistia Internacional, a Save the Children e os Médicos Sem Fronteiras – a estimarem a multidão pacífica em mais de 100.000 pessoas.

As ruas da capital política neerlandesa estavam repletas de idosos, jovens e até alguns bebés no seu primeiro protesto.

A cor vermelha dominou a manifestação. Atendendo ao chamado dos organizadores, os participantes se vestiram de vermelho para traçar simbolicamente uma “linha vermelha” contra os ataques em Gaza, pedindo que o governo dos Países Baixos rompa com a cumplicidade diante do que classificam como um genocídio.

Os manifestantes percorreram um percurso de cinco quilómetros em torno do centro da cidade de Haia, para criar simbolicamente a linha vermelha que, segundo eles, o governo não conseguiu estabelecer.

Categorias
Mundo

Genocídio em Gaza tem sim as crianças como principais alvos dos terroristas de Israel; os números denunciam

A crise humanitária em Gaza, documentada pela BBC, The Guardian e ONU, é inegável, com crianças sofrendo um impacto terrível do genocídio planejado pelo governo terrorista de Israel.

Elas, as crianças, são a maiores vítimas fatais e as mais mutiladas.

Lógico que o mundo todo sente a dor dessas crianças, pois são crianças como qualquer criança de qualquer país, raça, credo e etnia.

A monstruosidade de Israel, com seu exército de bárbaros, cada dia que passa, é mais criticada pela comunidade internacional em uma pulsação única contra o terrorismo sionista.

A cegueira de alguns diante de relatórios que destacam a escassez de alimentos, água potável, medicamentos e infraestrutura básica, com milhares de mortos e feridos, além de deslocamentos em massa, é doentia.

A situação é agravada por conflitos contínuos, bloqueios e restrições de acesso à ajuda humanitária.

Crianças, as maiores vítimas fatais, quando não morrem, são mutiladas e muitas totalmente órfãs, enfrentam desnutrição aguda, traumas psicológicos e falta de acesso à educação e saúde.

Dados da ONU indicam que mais de 1,9 milhão de pessoas (quase 90% da população de Gaza) estão deslocadas, com números alarmantes de vítimas infantis.

Mas a Conib, aqui no Brasil, resolveu atacar Lula por ele levar a sério todos esses dados e denunciar internacionalmente os racistas sionistas.
Israel, é sim, um Estado assassino de crianças!

Categorias
Mundo

Israel: após plano para expansão do genocídio, ministros defendem limpeza étnica dos palestinos

Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, ameaçaram ‘destruição total’ da Faixa de Gaza e ‘migração’ da população palestina.

Um dia após Israel aprovar um plano para a expansão da operação militar e ocupação da Faixa de Gaza, o ministro das Finanças do premiê Benjamin Netanyahu, Bezalel Smotrich, declarou, nesta terça-feira (06/05), que o enclave será “totalmente destruído” e a população palestina “partirá em grande número para outros países”.

Anteriormente o político de extrema direita disse que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não se retirarão de Gaza. “Estamos ocupando Gaza para ficar. Deixaremos de ter medo da palavra ‘ocupação’”, disse Smotrich ao Canal 13 de Israel.

Já o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, reafirmou sua insistência em usar a fome como arma de guerra contra os palestinos em Gaza. De acordo com o Canal 14 de Israel, Ben-Gvir disse que “a única ajuda que deve entrar em Gaza é para fins de migração voluntária”, em apoio ao deslocamento forçado dos palestinos.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se
“Enquanto [os prisioneiros israelenses] estiverem presos nos túneis, nenhuma ajuda deverá entrar lá, nem do exército israelense, nem de organizações humanitárias”, acrescentou.

As falas dos ministros vão ao encontro da medida aprovada pelo gabinete de segurança de Israel, que prevê a ocupação do enclave e a manutenção territorial, o deslocamento da população palestina para o sul, além de negar ao Hamas a distribuição de suprimentos humanitários.

O plano também permite ataques violentos contra militantes árabes locais, o que segundo o governo do país, ajudará a garantir sua vitória na região.

A declaração de Smotrich e o plano aprovado pelo governo de Tel Aviv ocorrem após o presidente dos Estados Unidos e aliado de Israel, Donald Trump, já ter defendido, ao lado de Netanyahu, o deslocamento forçado dos palestinos.

“A Faixa de Gaza é uma incrível e importante propriedade imobiliária. Se você mover os palestino para diferentes países, você realmente tem uma ‘zona de liberdade’”, disse na ocasião.

*Opera Mundi

Categorias
Mundo

‘Microsoft alimenta o genocídio’ em Gaza, protestam funcionários pró-Palestina

Segundo jornal The Guardian, trabalhadores que têm denunciado empresa de fornecer serviços de inteligência artificial a Israel para facilitar massacre no enclave foram demitidos.

Pela segunda vez em menos de um mês, funcionários da Microsoft interromperam um evento em Redmond, na capital norte-americana de Washington, que celebrava os 50 anos da empresa, em 4 de abril, como protesto contra a cumplicidade da companhia no genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza.

De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira (18/04), as funcionárias Ibtihal Aboussad e Vaniya Agrawal foram demitidas após impedirem diretores de discursar e confrontarem o CEO de inteligência artificial (IA), Mustafa Suleyman.

O veículo também lembrou o caso ocorrido em 20 de março, quando o presidente da Microsoft, Brad Smith, e o ex-diretor Steve Ballmer foram interrompidos por um funcionário e um ex-colaborador durante um evento em Seattle. Na ocasião, também ocorreram protestos do lado de fora, onde manifestantes projetaram mensagens como “A Microsoft alimenta o genocídio”.

A empresa de tecnologia tem vivido uma onda crescente de protestos por parte de engenheiros e outros funcionários que denunciam que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) fazem uso dos serviços de IA e computação em nuvem da Microsoft para facilitar suas operações no território palestino.

Demissões polêmicas na Microsoft após protestos contra IA militar

Nos últimos meses, trabalhadores da companhia têm pressionado pelo rompimento de laços da gigante com o regime sionista. Entretanto, a empresa tem reduzido o debate como um “conflito no local de trabalho”. Segundo fontes ouvidas pelo The Guardian, a tensão abre espaço a mais demissões e saídas voluntárias.

A mobilização na Microsoft também impulsionou ações em outras gigantes de tecnologia, como o Google, onde empregados também foram demitidos após protestos semelhantes. Em fevereiro, o Google alterou suas políticas de IA, retirando veto ao uso da tecnologia em armas e vigilância.

Ao jornal britânico, Hossam Nasr, ex-engenheiro da Microsoft e um dos funcionários demitidos por organizar atos pró-Palestina, mencionou o protesto ocorrido em fevereiro contra o diretor Satya Nadella, quando cinco funcionários exibiram camisetas que tinham a frase “Nosso código mata crianças, Satya?”.

Aboussad, também demitida, relatou ao The Guardian que se sentiu “sem como ter as mãos limpas” após ter conhecimento sobre os contratos que a Microsoft possuía com o regime sionista.

“Não sei se meu salário vem do governo israelense”, afirmou.

Mobilização online e boicote
As discussões começaram em fóruns internos da empresa, como o Viva Engage, onde funcionários criticavam as ações de Israel na Faixa de Gaza. Em novembro de 2023, um mês após o início do massacre, a Microsoft bloqueou o canal “All Company”, que transmite mensagens para todos os 400 mil funcionários e fornecedores da companhia, em meio a debates acalorados sobre a questão palestina.

Fora as declarações públicas, em 2024, Nasr liderou a campanha “No Azure for Apartheid”, uma referência ao conjunto de produtos de computação em nuvem e IA Azure da Microsoft, pressionando a empresa pelo fim do fornecimento de serviços do tipo ao exército israelense. Posteriormente, o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) incluiu a Microsoft em sua lista de boicotes.

Apurações feitas por veículos como The Guardian, AP e independentes revelaram provas sobre a existência de relações contratuais entre Microsoft e Israel, permitindo que os funcionários tenham maior conhecimento do posicionamento da companhia em relação ao massacre no território palestino. Documentos vazados inicialmente pelo Dropsite no início de 2025 revelaram uma “corrida do ouro” de empresas de tecnologia, incluindo a Microsoft, para fornecer serviços às IDF.

“A Microsoft é uma máquina de fazer dinheiro. Só importam IA e trabalho”, denunciou uma funcionária ao jornal britânico, sob condição de anonimato.

 

 

Categorias
Mundo

‘Mundo renunciou a nós, mas nós não renunciaremos’, diz poeta palestino

Ensaísta e ativista Murad Al Sudani está no Brasil para assinar acordo de cooperação entre escritores palestinos e brasileiros.

“O mundo renunciou a nós, palestinos, mas nós não renunciaremos. Este é um desafio que fazemos à consciência mundial”, provoca o poeta, ensaísta, professor universitário, crítico literário e editor palestino Murad Al Sudani, em passagem por São Paulo nesta sexta-feira (11/04) para assinar um acordo de cooperação cultural entre Palestina e Brasil.

Secretário-geral da União Geral dos Escritores Palestinos, Al Sudani fez uma série de denúncias contra o Estado sionista de Israel durante encontro com jornalistas no sindicato da categoria na capital paulista. Pelo convênio firmado com a União Brasileira de Escritores, na quinta-feira (10/04), as duas entidades se comprometeram a traduzir e divulgar obras literárias de seus respectivos associados no outro país, com foco principal na produção de jovens autores.

O projeto deve se iniciar com a tradução para o português de uma série de contistas palestinos que têm produzido seus trabalhos no calor da hora, “em tempo de sangue”, como definiu o secretário-geral. “Os contos já estão escritos, por gente que estava sendo bombardeada”, disse ao explicar que os trabalhos ainda são inéditos, estão em processo de seleção e contam com o interesse de editoras brasileiras para a publicação local.

Genocídio em Gaza
Atribuindo a motivação genocida dos sionistas à cobiça pelas reservas de gás ao norte de Gaza, o escritor denuncia o Estado “criminoso” de Israel e seus sócios neste crime, como os Estados Unidos (“a polícia do mundo”): “Israel é um Estado de ladrões, que rouba os palestinos desde que foi fundado”. E completa: “agora vem Trump dizer ao povo de Gaza que deve ir embora. Ele nos considera Estados americanos?”.

Al Sudani descreve em números o extermínio em curso, citando o assassinato de centenas de acadêmicos, professores universitários e pesquisadores, de 211 jornalistas e de 47 integrantes da União Geral dos Escritores Palestinos, cujos corpos em parte ainda permanecem sob os escombros. “Foram destruídas 550 aldeias desde que o Estado de Israel foi implantado. Trocaram seus nomes, atacaram os lugares e suas identidades, falsificando e fabricando mentiras. Esses invasores não têm relação com o lugar, roubam todos os símbolos e tradições palestinos e dizem que pertencem a eles. Cortam centenas de oliveiras palestinas, roubam a comida popular palestina e dizem que é deles”, indigna-se. “Não têm raízes, então tentam arrancar as raízes do povo palestino.”

O escritor e ativista ressaltou também a destruição sistemática de universidades, escolas, centros culturais e museus, e concluiu, na mesma direção: “os sionistas não têm civilização nem cultura, por isso querem destruir a civilização e a cultura dos outros povos. O genocídio é físico e cultural, em todos os níveis, nas telas de vídeo, diante dos olhos do mundo”. Al Sudani deixa uma pergunta no ar: “o que este mundo hipócrita vai fazer? Eu me limito a ficar calado”.

Acordo entre escritores do Brasil e Palestina
Nesse contexto em que parte do mundo parece fechar os olhos para o genocídio palestino, o poeta afirmou que objetivo do acordo entre escritores de dois lados do mundo é sensibilizar intelectuais, literatos e comunicadores brasileiros para um extermínio que não diz respeito apenas aos palestinos, mas a toda a humanidade.

“Devemos dialogar com a consciência dos escritores, comunicadores e elites pensantes do mundo todo. Se não se mexerem com esse massacre, o que vai fazer eles se mexerem? O massacre é de toda a humanidade”, alertou o ativista, editor, entre outras, da Revista dos Prisioneiros, voltada para a realidade de cerca de 7 mil palestinos encarcerados, entre esses escritores que conseguem enviar seus relatos clandestinamente de dentro da prisão para a revista publicar.

Intermediado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), o encontro entre as uniões de escritores daqui e de lá é desdobramento de iniciativa semelhante travada com a Rússia, no âmbito do BRICS e das tratativas para a criação de uma liga de escritores do bloco, de que a Palestina deve participar, embora não seja membro oficial do agrupamento. Quanto ao Brasil, seus intelectuais e seus editores, Murad Al Sudani é objetivo: “precisamos das vozes de vocês”.

*Opera Mundi