A crise humanitária em Gaza, documentada pela BBC, The Guardian e ONU, é inegável, com crianças sofrendo um impacto terrível do genocídio planejado pelo governo terrorista de Israel.
Elas, as crianças, são a maiores vítimas fatais e as mais mutiladas.
Lógico que o mundo todo sente a dor dessas crianças, pois são crianças como qualquer criança de qualquer país, raça, credo e etnia.
A monstruosidade de Israel, com seu exército de bárbaros, cada dia que passa, é mais criticada pela comunidade internacional em uma pulsação única contra o terrorismo sionista.
A cegueira de alguns diante de relatórios que destacam a escassez de alimentos, água potável, medicamentos e infraestrutura básica, com milhares de mortos e feridos, além de deslocamentos em massa, é doentia.
A situação é agravada por conflitos contínuos, bloqueios e restrições de acesso à ajuda humanitária.
Crianças, as maiores vítimas fatais, quando não morrem, são mutiladas e muitas totalmente órfãs, enfrentam desnutrição aguda, traumas psicológicos e falta de acesso à educação e saúde.
Dados da ONU indicam que mais de 1,9 milhão de pessoas (quase 90% da população de Gaza) estão deslocadas, com números alarmantes de vítimas infantis.
Mas a Conib, aqui no Brasil, resolveu atacar Lula por ele levar a sério todos esses dados e denunciar internacionalmente os racistas sionistas. Israel, é sim, um Estado assassino de crianças!
Bezalel Smotrich, das Finanças, e Itamar Ben-Gvir, da Segurança Nacional, ameaçaram ‘destruição total’ da Faixa de Gaza e ‘migração’ da população palestina.
Um dia após Israel aprovar um plano para a expansão da operação militar e ocupação da Faixa de Gaza, o ministro das Finanças do premiê Benjamin Netanyahu, Bezalel Smotrich, declarou, nesta terça-feira (06/05), que o enclave será “totalmente destruído” e a população palestina “partirá em grande número para outros países”.
Anteriormente o político de extrema direita disse que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não se retirarão de Gaza. “Estamos ocupando Gaza para ficar. Deixaremos de ter medo da palavra ‘ocupação’”, disse Smotrich ao Canal 13 de Israel.
Já o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, reafirmou sua insistência em usar a fome como arma de guerra contra os palestinos em Gaza. De acordo com o Canal 14 de Israel, Ben-Gvir disse que “a única ajuda que deve entrar em Gaza é para fins de migração voluntária”, em apoio ao deslocamento forçado dos palestinos.
Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp! Inscreva-se “Enquanto [os prisioneiros israelenses] estiverem presos nos túneis, nenhuma ajuda deverá entrar lá, nem do exército israelense, nem de organizações humanitárias”, acrescentou.
As falas dos ministros vão ao encontro da medida aprovada pelo gabinete de segurança de Israel, que prevê a ocupação do enclave e a manutenção territorial, o deslocamento da população palestina para o sul, além de negar ao Hamas a distribuição de suprimentos humanitários.
O plano também permite ataques violentos contra militantes árabes locais, o que segundo o governo do país, ajudará a garantir sua vitória na região.
A declaração de Smotrich e o plano aprovado pelo governo de Tel Aviv ocorrem após o presidente dos Estados Unidos e aliado de Israel, Donald Trump, já ter defendido, ao lado de Netanyahu, o deslocamento forçado dos palestinos.
“A Faixa de Gaza é uma incrível e importante propriedade imobiliária. Se você mover os palestino para diferentes países, você realmente tem uma ‘zona de liberdade’”, disse na ocasião.
Segundo jornal The Guardian, trabalhadores que têm denunciado empresa de fornecer serviços de inteligência artificial a Israel para facilitar massacre no enclave foram demitidos.
Pela segunda vez em menos de um mês, funcionários da Microsoft interromperam um evento em Redmond, na capital norte-americana de Washington, que celebrava os 50 anos da empresa, em 4 de abril, como protesto contra a cumplicidade da companhia no genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza.
De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian nesta sexta-feira (18/04), as funcionárias Ibtihal Aboussad e Vaniya Agrawal foram demitidas após impedirem diretores de discursar e confrontarem o CEO de inteligência artificial (IA), Mustafa Suleyman.
O veículo também lembrou o caso ocorrido em 20 de março, quando o presidente da Microsoft, Brad Smith, e o ex-diretor Steve Ballmer foram interrompidos por um funcionário e um ex-colaborador durante um evento em Seattle. Na ocasião, também ocorreram protestos do lado de fora, onde manifestantes projetaram mensagens como “A Microsoft alimenta o genocídio”.
A empresa de tecnologia tem vivido uma onda crescente de protestos por parte de engenheiros e outros funcionários que denunciam que as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) fazem uso dos serviços de IA e computação em nuvem da Microsoft para facilitar suas operações no território palestino.
Nos últimos meses, trabalhadores da companhia têm pressionado pelo rompimento de laços da gigante com o regime sionista. Entretanto, a empresa tem reduzido o debate como um “conflito no local de trabalho”. Segundo fontes ouvidas pelo The Guardian, a tensão abre espaço a mais demissões e saídas voluntárias.
A mobilização na Microsoft também impulsionou ações em outras gigantes de tecnologia, como o Google, onde empregados também foram demitidos após protestos semelhantes. Em fevereiro, o Google alterou suas políticas de IA, retirando veto ao uso da tecnologia em armas e vigilância.
Ao jornal britânico, Hossam Nasr, ex-engenheiro da Microsoft e um dos funcionários demitidos por organizar atos pró-Palestina, mencionou o protesto ocorrido em fevereiro contra o diretor Satya Nadella, quando cinco funcionários exibiram camisetas que tinham a frase “Nosso código mata crianças, Satya?”.
Aboussad, também demitida, relatou ao The Guardian que se sentiu “sem como ter as mãos limpas” após ter conhecimento sobre os contratos que a Microsoft possuía com o regime sionista.
“Não sei se meu salário vem do governo israelense”, afirmou.
Mobilização online e boicote As discussões começaram em fóruns internos da empresa, como o Viva Engage, onde funcionários criticavam as ações de Israel na Faixa de Gaza. Em novembro de 2023, um mês após o início do massacre, a Microsoft bloqueou o canal “All Company”, que transmite mensagens para todos os 400 mil funcionários e fornecedores da companhia, em meio a debates acalorados sobre a questão palestina.
Fora as declarações públicas, em 2024, Nasr liderou a campanha “No Azure for Apartheid”, uma referência ao conjunto de produtos de computação em nuvem e IA Azure da Microsoft, pressionando a empresa pelo fim do fornecimento de serviços do tipo ao exército israelense. Posteriormente, o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) incluiu a Microsoft em sua lista de boicotes.
Apurações feitas por veículos como The Guardian, AP e independentes revelaram provas sobre a existência de relações contratuais entre Microsoft e Israel, permitindo que os funcionários tenham maior conhecimento do posicionamento da companhia em relação ao massacre no território palestino. Documentos vazados inicialmente pelo Dropsite no início de 2025 revelaram uma “corrida do ouro” de empresas de tecnologia, incluindo a Microsoft, para fornecer serviços às IDF.
“A Microsoft é uma máquina de fazer dinheiro. Só importam IA e trabalho”, denunciou uma funcionária ao jornal britânico, sob condição de anonimato.
Ensaísta e ativista Murad Al Sudani está no Brasil para assinar acordo de cooperação entre escritores palestinos e brasileiros.
“O mundo renunciou a nós, palestinos, mas nós não renunciaremos. Este é um desafio que fazemos à consciência mundial”, provoca o poeta, ensaísta, professor universitário, crítico literário e editor palestino Murad Al Sudani, em passagem por São Paulo nesta sexta-feira (11/04) para assinar um acordo de cooperação cultural entre Palestina e Brasil.
Secretário-geral da União Geral dos Escritores Palestinos, Al Sudani fez uma série de denúncias contra o Estado sionista de Israel durante encontro com jornalistas no sindicato da categoria na capital paulista. Pelo convênio firmado com a União Brasileira de Escritores, na quinta-feira (10/04), as duas entidades se comprometeram a traduzir e divulgar obras literárias de seus respectivos associados no outro país, com foco principal na produção de jovens autores.
O projeto deve se iniciar com a tradução para o português de uma série de contistas palestinos que têm produzido seus trabalhos no calor da hora, “em tempo de sangue”, como definiu o secretário-geral. “Os contos já estão escritos, por gente que estava sendo bombardeada”, disse ao explicar que os trabalhos ainda são inéditos, estão em processo de seleção e contam com o interesse de editoras brasileiras para a publicação local.
Genocídio em Gaza Atribuindo a motivação genocida dos sionistas à cobiça pelas reservas de gás ao norte de Gaza, o escritor denuncia o Estado “criminoso” de Israel e seus sócios neste crime, como os Estados Unidos (“a polícia do mundo”): “Israel é um Estado de ladrões, que rouba os palestinos desde que foi fundado”. E completa: “agora vem Trump dizer ao povo de Gaza que deve ir embora. Ele nos considera Estados americanos?”.
Al Sudani descreve em números o extermínio em curso, citando o assassinato de centenas de acadêmicos, professores universitários e pesquisadores, de 211 jornalistas e de 47 integrantes da União Geral dos Escritores Palestinos, cujos corpos em parte ainda permanecem sob os escombros. “Foram destruídas 550 aldeias desde que o Estado de Israel foi implantado. Trocaram seus nomes, atacaram os lugares e suas identidades, falsificando e fabricando mentiras. Esses invasores não têm relação com o lugar, roubam todos os símbolos e tradições palestinos e dizem que pertencem a eles. Cortam centenas de oliveiras palestinas, roubam a comida popular palestina e dizem que é deles”, indigna-se. “Não têm raízes, então tentam arrancar as raízes do povo palestino.”
O escritor e ativista ressaltou também a destruição sistemática de universidades, escolas, centros culturais e museus, e concluiu, na mesma direção: “os sionistas não têm civilização nem cultura, por isso querem destruir a civilização e a cultura dos outros povos. O genocídio é físico e cultural, em todos os níveis, nas telas de vídeo, diante dos olhos do mundo”. Al Sudani deixa uma pergunta no ar: “o que este mundo hipócrita vai fazer? Eu me limito a ficar calado”.
Acordo entre escritores do Brasil e Palestina Nesse contexto em que parte do mundo parece fechar os olhos para o genocídio palestino, o poeta afirmou que objetivo do acordo entre escritores de dois lados do mundo é sensibilizar intelectuais, literatos e comunicadores brasileiros para um extermínio que não diz respeito apenas aos palestinos, mas a toda a humanidade.
“Devemos dialogar com a consciência dos escritores, comunicadores e elites pensantes do mundo todo. Se não se mexerem com esse massacre, o que vai fazer eles se mexerem? O massacre é de toda a humanidade”, alertou o ativista, editor, entre outras, da Revista dos Prisioneiros, voltada para a realidade de cerca de 7 mil palestinos encarcerados, entre esses escritores que conseguem enviar seus relatos clandestinamente de dentro da prisão para a revista publicar.
Intermediado pela Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), o encontro entre as uniões de escritores daqui e de lá é desdobramento de iniciativa semelhante travada com a Rússia, no âmbito do BRICS e das tratativas para a criação de uma liga de escritores do bloco, de que a Palestina deve participar, embora não seja membro oficial do agrupamento. Quanto ao Brasil, seus intelectuais e seus editores, Murad Al Sudani é objetivo: “precisamos das vozes de vocês”.
Número total de mortos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, é de 50.357 pessoas.
O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse na segunda-feira (31) que 1.001 pessoas foram mortas no território e 2.359 feridas no território palestino desde que Israel retomou os ataques em larga escala em 18 de março. De acordo com o comunicado do ministério, o número inclui 80 pessoas mortas nas últimas 48 horas, elevando o número total de mortos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, para 50.357 pessoas.
O Gabinete de Mídia do governo de Gaza detalhou os ataques israelenses contra profissionais da área médica e de emergência, bem como seus locais de trabalho e veículos desde o início da ofensiva israelense em 2023. Ao todo 1.402 profissionais da área médica foram mortos, sendo 111 trabalhadores de emergência. Ao todo, 362 trabalhadores da área de saúde foram presos, 26 trabalhadores de emergência presos, 34 hospitais queimados, atacados ou colocados fora de serviço e 142 ambulâncias bombardeadas.
Um dirigente do Hamas pediu, nesta segunda-feira (31), aos seus simpatizantes em todo o mundo que peguem em armas para lutar contra o projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocar os habitantes de Gaza em países vizinhos.”Diante deste plano sinistro, que combina massacres com fome, qualquer pessoa que possa portar armas, em qualquer parte do mundo, deve entrar em ação”, afirmou Sami Abu Zuhri em um comunicado.”Não retenham um explosivo, uma bala, uma faca ou uma pedra. Que todo mundo rompa seu silêncio”, acrescentou.
No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que permitiria que os líderes do Hamas abandonassem Gaza, se o movimento islamista palestino aceitar entregar as armas. Netanyahu também disse que Israel está trabalhando na ideia de Trump de deslocar os moradores de Gaza para outros países.
O primeiro-ministro disse que, após a guerra, Israel garantiria a segurança geral em Gaza e “permitiria a implementação do plano de Trump”. Alguns dias após sua chegada à Casa Branca, no final de janeiro, Trump propôs um deslocamento em massa das 2,4 milhões de pessoas que vivem no território palestino, sem que elas que possam retornar.
Em sua primeira entrevista desde que foi libertado da Faixa de Gaza, em fevereiro, em meio ao primeiro acordo de trégua, um ex-prisioneiro israelense em Gaza afirmou que a recente retomada das operações militares de Israel este mês não ajudaria a libertar as dezenas de reféns ainda mantidos no território palestino.
O Hamas afirmou, em novembro de 2023, que os três morreram em um ataque aéreo israelense que atingiu o local onde estavam detidos. Os corpos foram devolvidos em fevereiro, após a libertação do pai. O prisioneiro entrevistado, Yarden Bibas, disse que não acredita que a retomada dos combates em Gaza encorajaria o Hamas a libertar os reféns.
O Hamas nasceu em 1980, ou seja, mais de 30 anos após o inicio dos massacres promovidos pelos sionistas de Israel na Palestina.
Dito isso, qualquer justificativa para Israel matar civis inocentes em sua própria terra, que é a Palestina, é mais um tipo de roubo adicionado numa lista de tantos outros que os europeus colonialistas de Israel têm em suas costas.
Essa nojeira, essa podridão chamada Estado de Israel, que tem a permissão do mundo, dito civilizado, para exterminar palestinos, tendo as crianças e bebês como alvo primeiro, não passa de cretinice de quem, como a Europa e EUA, finge acreditar nas mentiras de Israel para colonizar Gaza.
Qualquer relatório sério sobre as ações assassinas de Israel na Faixa de Gaza desde 1948, só pode chegar a uma conclusão, Israel repete em Gaza a Alemanha Nazista de Hitler contra os judeus.
Todo o resto, é só um amontoado de cinismo, roubos e mentiras dos assassinos genocidas do Estado pirata-sionista de Israel.
Crise humanitária se agrava com bloqueio total imposto por Israel, impedindo a entrada de alimentos, remédios e combustível.
A crise humanitária na Faixa de Gaza atinge níveis alarmantes, com mais de dois milhões de palestinos em necessidade extrema de alimentos e produtos essenciais. A denúncia foi feita pela emissora Al Jazeera neste sábado (9), destacando que 2,3 milhões de pessoas enfrentam uma escassez crítica de comida, medicamentos e suprimentos básicos devido ao bloqueio total imposto por Israel às entregas humanitárias na região.
De acordo com a emissora, além da falta de mantimentos, a situação se agrava pela interrupção no fornecimento de combustível, essencial para a geração de energia e o aquecimento das residências. Nos últimos sete dias, não houve qualquer entrega de combustível a Gaza, aprofundando ainda mais as dificuldades enfrentadas pela população.
Sem recursos para reconstrução e sem meios de subsistência, moradores da Faixa de Gaza recorrem a materiais encontrados entre os escombros para tentar erguer abrigos improvisados. “Eles buscam qualquer material disponível nos destroços”, reportou a Al Jazeera, evidenciando a precariedade extrema vivida pelos palestinos sob o cerco israelense.
A crise em Gaza se intensificou nos últimos meses com os ataques israelenses e a total obstrução das rotas humanitárias. Organizações internacionais alertam para o risco iminente de fome em larga escala e para o colapso dos serviços médicos, diante da escassez de insumos básicos e da destruição de hospitais e infraestruturas essenciais.
Como parte das condições para o estabelecimento de um cessar-fogo no conflito em Gaza, uma das medidas acordadas foi a troca de um certo número de palestinos detidos em prisões israelenses pelos cidadãos israelenses que estavam sendo mantidos como reféns por parte da organização da Resistência do povo palestino conhecida como Hamas.
Nesta oportunidade, pôde-se evidenciar mais uma das aberrantes assimetrias que vêm caracterizando este conflito desde que o mesmo foi desatado há mais de 75 anos, quando os colonizadores de origem europeia, organizados sob a direção de sionistas também europeus, decidiram ocupar aquelas terras e montar ali seu próprio Estado.
Mas, como o povo palestino já vivia por ali há milênios, os sionistas europeus decidiram que eles teriam de ser expulsos, ou eliminados. E é a isto que eles têm se dedicado com afinco desde, pelo menos, a metade do século passado.
Porém, trata-se de um confronto marcado por grandes e inocultáveis assimetrias. Primeiramente, do ponto de vista militar, o sionista Estado de Israel está entre as potências mais bem armadas de todo o planeta. Suas forças armadas, conhecidas pelas siglas IDF, são financiadas como nenhuma outra pelos Estados Unidos, pela Alemanha e por todos os grandes países da Europa ocidental.
Já os palestinos estão quase que inteiramente desarmados, dispondo nada mais do que algumas poucas armas que lhes chegam a duras penas por contrabando.
Em decorrência do anterior, uma outra assimetria que se torna impossível de não ser observada é o número de mortos de cada parte nos confrontos que vão acontecendo.
Se nos limitarmos tão somente ao período iniciado em 7 de outubro de 2023 até o presente, vamos nos dar conta de que pelos cerca de 1.100 israelenses que perderam a vida em função das ações armadas, o número de palestinos já ultrapassou a casa dos 62.000, ou seja, uma proporção quase que de 62 mortos palestinos por cada morte israelense. Uma nítida assimetria.
Agora, com a consecução das primeiras trocas de prisioneiros, outra assimetria assombrosa se fez visível. O estado físico e mental dos prisioneiros em poder de cada bando.
Enquanto a maioria dos cidadãos israelenses que foram liberados podiam ser vistos e percebidos como tendo sido tratados dentro de um nível apropriado de humanidade, os palestinos que saíam das masmorras israelenses se mostravam mais parecidos a zumbis, a mortos-vivos, em razão da precariedade de suas condições de saúde e mental.
É sobre este último aspecto que o vídeo deste enlace trata (embaixo).
Por isso, recomendamos que o vejam com atenção, que discutam com o maior número possível de outras pessoas o significado do que está ali exposto, e procurem divulgá-los a quantas mais pessoas puderem.
Presidente da FEPAL criticou a postura dos Estados Unidos e de Israel, denunciando o genocídio em Gaza e apontando os interesses econômicos e políticos.
Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), denunciou o que classificou como o maior genocídio da história da Palestina, destacando o papel decisivo dos Estados Unidos no apoio a Israel. Segundo Rabah, “mais de 25 mil, talvez 30 mil pessoas” foram mortas desde a declaração de cessar-fogo pelo Conselho de Segurança da ONU, vetada diversas vezes pelos Estados Unidos.
Rabah, criticou a insistência dos EUA e de Israel em bloquear propostas de cessar-fogo, afirmando que “todas as vezes o boicote ao cessar-fogo foi estadunidense e israelense”. Ele destacou ainda o papel do governo norte-americano no fornecimento de armas: “Os Estados Unidos continuaram fornecendo armamento, munições e sistemas, e o genocídio prosseguiu”.
Ao abordar a dinâmica do conflito, Rabah apontou a desproporcionalidade do impacto na população civil palestina. “Foram sequestrados por Israel, incluindo profissionais de saúde, 18.700 pessoas, dos quais 6.600 em Gaza e 12.100 na Cisjordânia”, afirmou. Ele também ressaltou a ausência de discussão sobre temas cruciais para a Palestina: “Nenhuma palavra sobre o desbloqueio, nenhuma palavra sobre Jerusalém, nenhuma palavra sobre a retirada dos colonos da Cisjordânia”.
Rabah relacionou o apoio incondicional dos EUA a Israel ao governo do presidente Joe Biden. “Biden é o gestor desse genocídio… sem o apoio incondicional dos Estados Unidos, Israel não teria condições de manter esse conflito”, afirmou. Ele comparou a atuação de Biden com a gestão nazista na Alemanha, dizendo que “Biden faz a mesma coisa” ao dedicar um terço de seu mandato ao conflito.
Ao ser questionado sobre a disputa política nos EUA e as tentativas de Donald Trump em se apropriar de méritos por um eventual cessar-fogo, Rabah declarou: “Quem determina o cessar-fogo é quem determina que ele aconteça, e esses são os Estados Unidos”. Ele ainda criticou a proposta de Israel de estabelecer uma área desmilitarizada em Gaza: “Não tem cabimento… cinco vezes mais zona de segurança israelense, onde a soberania é de Israel”.
Sobre as causas econômicas envolvidas no conflito, Rabah destacou a existência de reservas de gás na costa de Gaza e a proposta de construção do Canal Ben-Gurion, que ligaria o Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Segundo ele, “a ideia é roubar isso dos palestinos e ficar com essa reserva”.
Rabah também alertou para o risco de apagamento das provas do genocídio durante a reconstrução de Gaza. “Se você não reconstrói Gaza sob coordenação palestina… você corre o risco de apagar os vestígios e as provas do genocídio”, disse, referindo-se à destruição de hospitais e ao assassinato de profissionais de saúde e jornalistas.
Encerrando a entrevista, Rabah ressaltou que, apesar da tragédia, o conflito tornou visível a realidade vivida pelos palestinos. “Graças aos próprios palestinos, o mundo hoje sabe o que é Israel, o mundo sabe hoje o que é o sionismo, o mundo sabe hoje o que é apartheid”, concluiu. Com 247.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as grandes potências globais e a concentração de poder durante discurso na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (24).
“Na fundação da ONU, éramos 51 países. Hoje somos 193. Várias nações, principalmente no continente africano, estavam sob domínio colonial e não tiveram voz sobre seus objetivos e funcionamento. (…) Estamos chegando ao final do primeiro quarto do século 21 com as Nações Unidas cada vez mais esvaziada e paralisada. É hora de reagir com vigor a essa situação, restituindo à Organização as prerrogativas que decorrem da sua condição de foro universal”, afirmou.
Ao colocar os países emergentes no centro de sua fala, Lula destacou a crise humanitária em Gaza e na Cisjordânia, mencionando a expansão do conflito para o Líbano e o impacto sobre a população palestina.
“Em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, e que agora se expande perigosamente para o Líbano. O que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes tornou-se punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo”, afirmou.
Na ocasião, o presidente brasileiro também fez referência à presença do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na Assembleia. Esta é a primeira vez em aproximadamente 80 anos que a Palestina se senta ao lado dos demais países na ONU. Ao final do discurso, a delegação de Israel optou por não aplaudir.
Nesta terça-feira, durante a Assembleia Geral da ONU, Lula ainda condenou a guerra entre Rússia e Ucrânia, destacando a iniciativa conjunta do Brasil e da China para promover um diálogo entre Moscou e Kiev. Ele também enfatizou que, sem uma maior participação dos países em desenvolvimento na liderança do FMI e do Banco Mundial, não haverá mudanças efetivas no cenário internacional.