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Perigo! Agrotóxicos invadem o Brasil

O governo precisa equilibrar o interesse da indústria com a atuação dos órgãos reguladores, alega especialista, consultado pela Sputnik Brasil.

O número de licenças de defensivos agrícolas registrado em 2019 é o mais expressivo desde 2005, de acordo com monitoramento feito pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, quando começou a série histórica.

Segundo o Greenpeace, desses produtos, 22 contêm ingredientes ativos que têm seu uso proibido na União Europeia. Além disso, 25 constam na lista dos produtos extrema ou altamente tóxicos à saúde humana.

Sob o governo Bolsonaro, o Brasil bateu recorde do número de agrotóxicos liberados, com 467 licenças em 2019.

Segundo a pesquisa da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – 23% dos alimentos analisados têm resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido ou proibidos para a cultura.

O governo Bolsonaro afrouxou deliberadamente o controle sobre os agrotóxicos no Brasil? Isso pode repercutir no mercado externo? Quais são os riscos para a saúde da população?

Segundo Carlos Canejo, professor de Engenharia Ambiental na Universidade Veiga de Almeida, é necessário que as regras sobre o uso de agrotóxicos sejam mais rígidas.

“O uso desses agrotóxicos causa uma significativa degradação ambiental. Ele contamina solos, rios, lençol freático. Isso vem a ocorrer porque esses agrotóxicos que são usados durante o processo de irrigação, fazem com que aconteça uma contaminação de todo o sistema de modo contínuo”, alertou o especialista para Sputnik Brasil.

Desse modo, os agrotóxicos afetam uma região muito maior, do que a área, na qual são aplicados.

Por outro lado, o professor destacou que uma fiscalização mais rigorosa deve ser aplicada, uma vez que o uso de substâncias químicas no solo nem sempre é realizado de forma legal.

Canejo destacou que a legislação brasileira “não deve nada” aos países mais desenvolvidos. O problema, segundo ele, está na implementação das leis.

“A grande gama de agrotóxicos disponibilizados pelo mercado dificulta essa fiscalização. E também não temos a segurança sobre o uso humano de muitos desses agrotóxicos”, ponderou o especialista.

Apesar da Anvisa realizar pesquisas sobre a segurança das substâncias químicas utilizadas no cultivo, o avanço da indústria nem sempre é acompanhado pelos órgãos governamentais.

“A gente está sujeito a problemas que devem ser melhor avaliados”, alertou o professor.

Carlos Canejo avalia que, o novo governo, sem entrar em méritos políticos, buscou firmar um acordo para o avanço na “liberação de novas licenças para motivar a indústria”.

“Claro que isso precisa de uma discussão mais ampla”, avaliou o interlocutor da Sputnik Brasil.

A indústria agrícola é muito importante para o país, afirmou o acadêmico. No entanto, o setor precisa de maior regulação.

“A gente opera com agrotóxicos que não foram liberados em outros países…então a gente precisa refletir um pouco”, declarou o entrevistado.

“O grande passivo ambiental acaba ficando no nosso país”, concluiu o pesquisador.

O governo não está medindo os riscos para pode exportar mais, dessa forma. Para o cientista a resposta está na regulação e na implementação das leis já existentes, que são muito mais modernas, do que a prática do mercado.

 

 

*Com informações do Sputnik

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Ignorantes ou levianos? Como classificar os compadres do mercado, na Globo, que vendiam uma economia em recuperação quando já estava falida?

É emblemático ver o sorriso amargo de Bonner anunciando, a conta-gotas, o fracasso da economia do governo Bolsonaro.

Aquele âncora do Jornal Nacional cheio de viço, vendendo uma recuperação econômica, incapaz de apresentar os feitos para tal conclusão, ter que falar das perebas que começam a brotar no corpo da economia brasileira, não deve ser moleza.

Para quem vive consagrando o neoliberalismo como um processo natural da globalização financeira, o baque econômico do governo Bolsonaro, que é muito maior do que os críticos imaginavam, tem levado os correspondentes dos jornalões a levantarem acampamento e apresentarem um quadro desfavorável a tudo aquilo que eles prometeram diuturnamente com as reformas trabalhista e da Previdência.

Ao contrário disso, o que se assiste é a uma desagregação do discurso que prometia o retorno do Darwinismo econômico em que a grande vítima é o povo brasileiro em sua quase totalidade.

E essa situação estrutural se acumula de forma progressiva, representando na bagagem uma realidade que parece ter saído do controle.

A central do mercado, espetacularizada pelos discursos dos economistas da mídia, privilegiou sim uma parcela ínfima da sociedade num país que já tem a maior concentração de renda e riqueza nas mãos de 1%, consagrando a mesquinhez, a ganância e o preconceito de uma elite que acredita que pode fazer um mercado sem consumidor, a partir de um trabalhador sem poder de compra, sem garantias e de um cidadão sem cidadania.

Nem para o reino do consumo o que o poderoso mercado prometeu, via governo Bolsonaro, mas também via Globo, apresenta um processo econômico ao menos estável. O que realmente está sendo apresentado são numerosos índices de putrefação econômica do país que produz uma desesperança instantânea tanto para os cidadãos e para os trabalhadores, quanto para os micros e médios empresários, levando a um efeito dominó.

Então, pergunta-se, aonde foi parar quele júri cheio de inspiração que prometia a felicidade celestial com as reformas neoliberais reprovadas pelo povo? Aonde está aquele oceano de oportunidades que o reino do capitalismo prometeu à nação? Não existe.

Os brasileiros passaram a ser peregrinos pulando de galho em galho, de bico em bico, arrancando força que não têm para sobreviver. Às vezes sem um tostão sequer para fazer a próxima refeição.

Mas esses dramas não aparecerão no Jornal Nacional, nem a economia em coma, o que se testemunhará são as doses homeopáticas ditas diariamente sobre a hecatombe econômica que o país vive nesse um ano de governo Bolsonaro, sem que os economistas da Globo e congêneres assumam que, ou erraram ou mentiram para o povo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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O caos do governo Bolsonaro: Dívida bruta brasileira, de 79,8% do PIB, é a maior da história

No melhor momento da série, em dezembro de 2013 foi no governo Dilma, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Bolsonaro Geral fechou agosto aos R$ 5,618 trilhões, o que representa 79,8% do Produto Interno Bruto (PIB). O porcentual, divulgado pelo Banco Central, é maior que os 79,0% de julho.

A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais – é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

O Banco Central informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 55,8% para 54,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em agosto de 2019. A DLSP atingiu R$ 3,862 trilhões.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 63,644 bilhões em agosto.

Em julho, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 30,263 bilhões e, em agosto de 2018, deficitário em R$ 76,928 bilhões.

No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 61,835 bilhões.

Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 1,527 bilhão, enquanto as empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 282 milhões.

No ano até agosto, o déficit nominal somou R$ 280,759 bilhões, o que equivale a 5,96% do PIB.

Em 12 meses até agosto, há déficit nominal de R$ 444,711 bilhões, ou 6,32% do PIB.

 

 

*Com informações do Correio Braziliense

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Com queda de 20,5% em 2019, balança comercial do governo Bolsonaro tem pior resultado em 4 anos

Superávit menor ocorre em ano de enfraquecimento PIB menor que 1%, muito menos do que garganteado na base do “deixa que eu chuto” de Paulo Guedes

A balança comercial brasileira fechou 2019 com superávit de 46,674 bilhões de dólares, recuo de 20,5% pela média diária sobre 2018, num ano marcado pelo menor crescimento doméstico que o inicialmente projetado.

A última previsão feita pelo Ministério da Economia para a balança era de que ela ficaria positiva em 41,8 bilhões de dólares em 2019. Mesmo acima deste patamar, o resultado efetivamente alcançado representou o pior para o país desde 2015, quando houve superávit de 19,5 bilhões de dólares.

Em dezembro, o superávit foi de 5,599 bilhões de dólares, informou o Ministério da Economia nesta quinta-feira, acima do saldo positivo de 4,352 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters.

No último mês do ano, as exportações alcançaram 18,155 bilhões de dólares, enquanto as importações somaram 12,555 bilhões de dólares.

 

*Da redação

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The Guardian diz que Governo Bolsonaro é formado por “desqualificados, lunáticos ou perigosos”

Reportagem do jornal inglês foca principalmente nos perfis de Filipe Martins, Roberto Alvim, Sérgio Camargo e Dante Mantovani. “Eles parecem ter sido escolhidos pelo seu QI: isto é, seu quociente de imbecilidade, incapacidade, idiotice, incompetência ou impiedade”.

Uma longa reportagem do jornal britânico The Guardian, publicada nesta quinta-feira (2), traz uma elaborada lista de figuras do seu governo consideradas inaptas para o cargo que ocupam e inclusive perigosas. “Diga o que quiser sobre Bolsonaro, mas é preciso reconhecer seu raro talento em escolher as pessoas mais desqualificadas, lunáticas e/ou perigosas para os empregos”, comentou um dos entrevistados, o jornalista Mauro Ventura.

A matéria é assinada pelos jornalistas Tom Phillips e Dom Phillips, e se foca principalmente em quatro nomeados por Bolsonaro: Filipe Martins (consultor de política externa), Roberto Alvim, (secretário especial de cultura), Sérgio Camargo (Fundação Palmares) e Dante Mantovani (Funarte).

O primeiro a ser analisado é Filipe Martins, um dos principais assessores de Bolsonaro para política externa e descrito pela matéria como um “discípulo do escritor e teórico da conspiração Olavo de Carvalho, assim como os filhos do presidente, que são seus amigos pessoais”. A matéria conta que Martins “se diverte nas redes sociais atacando esquerdistas, feministas e globalistas, e também é fã de Steve Bannon, razão pela qual ganhou o apelido de `Sorocabannon´, graças às suas origens na cidade brasileira de Sorocaba”. Também lembra que o consultor acusou meios estadunidenses como o canal de notícia CNN e o diário The New York Times de cumplicidade com uma campanha de engenharia social para promover a pedofilia.

No caso de Roberto Alvim, um dos principais responsáveis pela política cultural do governo de Bolsonaro, o The Guardian afirma que “apesar de já ter recebido um prêmio por uma produção de “O Quarto”, antes de ser nomeado secretário de cultura, ele era mais conhecido por insultar a grande dama do teatro brasileiro, a atriz indicada ao Oscar Fernanda Montenegro, como `esquerdista sórdida´”. Também fala sobre como a conversão de Alvim à religião evangélica o transformou em um bolsonarista incondicional. “Em postagens recentes no Facebook, ele critica os oponentes de seu líder, chamando-os de `baratas ordinárias´, ataca o `bastardos do Greenpeace´ e acusa o mundo artístico `podre e demoníaco´ do Brasil por `repudiar Bolsonaro injustamente´”.

No caso de Sérgio Camargo, nomeado para a administração da Fundação Palmares, a reportagem lembra que seu cargo tem como missão promover a cultura negra no Brasil, para mostrar que tal tarefa é incompatível com “uma figura que afirma que o Dia da Consciência Negra deve ser descartado, e considera que muitas das celebridades e artistas negras mais conhecidas do país são `parasitas da raça negra´”. Também mostra como, em suas redes sociais, Camargo se descreve como um “negro de direita” que se opõe à “vitimização e ao politicamente correto”, e considera que “a escravidão era terrível, mas terminou sendo benéfica para os descendentes”.

Finalmente, no caso de Dante Mantovani, nomeado para presidir a Funarte (Fundação Nacional das Artes), a reportagem conta que “o novo encarregado das políticas de artes visuais, música e dança alega que a União Soviética se infiltrou na CIA para distribuir LSD em Woodstock”, e lembra de suas declarações dizendo que “o rock promove as drogas que ativam o sexo, e assim alimenta a indústria do aborto”, e que “John Lennon havia dito que fez um pacto com o diabo”.

 

 

*Com informações da Forum

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Bolsonaro extingue 27,6 mil cargos da saúde e coloca em prática plano de acabar com o SUS pra privatizar a saúde pública

Esta frase de Paulo Guedes, “Não olhe para nós procurando o fim da desigualdade social”, precisa ser entendida dentro das principais questões que balizam esse governo, o preconceito, o racismo e a discriminação. Com isso, o governo Bolsonaro mostra que já escolheu as formas de tratar as pessoas em função da classe social a que pertence. Por isso, em apenas um ano de governo, os ricos ficaram bem mais ricos e os pobres bem mais pobres.

E o que Bolsonaro e Guedes querem garantir com esse ato é o fim da cidadania e, num estado exceção, garantir que a realidade dos pobres no Brasil seja bem pior que esse modelo residual deixado por Temer para que o modelo econômico ditado pelo mercado agrave ainda mais o regime autoritário e a própria democracia brasileira, culminando na privatização do Sistema Único de Saúde (SUS) com o lema, quem pode pagar, tem saúde, quem não pode, que morra.

E é com essas e outras artimanhas que o Brasil produzirá a grande vítima do governo de milicianos, a camada mais pobre da população.

O corte brutal na saúde é o fermento principal para dar início à privatização da sobrevivência, da saúde, respaldado na ideia de que quem não pode pagar por sua saúde e sobrevivência, não merece viver num país cada vez mais rendido ao ultraliberalismo.

Bolsonaro editou um decreto que extinguirá até 27,5 mil cargos na saúde. Essa é a segunda vez que o governo corta postos este ano. Além disso, concursos para as vagas estão suspensos.

O órgão mais impactado pela medida será o Ministério da Saúde. Na pasta ocorrerá a redução de 22.476 cargos, o que representa cerca de 81% do total de cargos extintos. Apenas no cargo de Agente de Saúde Pública, serão extintos 10.661 cargos.

Segundo a Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP), do total de cargos que serão extintos, 14,2 mil já estão desocupados e serão suprimidos imediatamente. Ainda existem 13.384 cargos ocupados. Ao todo, 13 órgãos serão afetados.

De acordo com o decreto, os cargos deverão ser exauridos até fevereiro de 2020. Em abril de 2019, o governo realizou outro movimento de adequação da força de trabalho e publicou o Decreto nº 9.754, que promoveu a extinção de outros 13 mil cargos.

Entre os cargos extintos estão os de auxiliar de laboratório, cartógrafo, desenhista, guarda de endemias, laboratorista, microscopista e técnico em cartografia.

Já aqueles que não estão vagos, serão extintos postos de auxiliar de higiene dental, técnico de laboratório, auxiliar institucional, técnico federal de finanças e controle, fotógrafo, assistente de laboratório e assistente social.

 

*Da redação

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Fernanda Montenegro detona Bolsonaro e diz que direção da Ancine é assassina

A veterana atriz Fernanda Montenegro, de 90 anos, resolveu se pronunciar a respeito do desmonte do governo Bolsonaro na área da cultura, que promove uma jornada fundamentalista na pasta e censura de várias peças do conteúdo audiovisual. Em ação mais recente, a direção atual da Ancine ordenou a retirada de cartazes de filmes brasileiros históricos das paredes do órgão.

Segundo o portal TV em foco, Fernanda criticou a censura estabelecida no órgão. “Se eles pudessem, estaríamos todos num paredão e eles atirando em nós com metralhadoras”.

Ela também disse que o período em que vivemos é semelhante à ditadura, quando a cultura no Brasil era censurada por estar sob o regime militar entre 1964 e 1985. “Nós somos imorredouros. Nós sobrevivemos uma vez. Desta vez, é uma forma assassina”, disse.

“É difícil. Sem cultura não há educação e sem educação não há cultura. Eu não entendo o que está acontecendo com este país, com tantos xingamentos. Não há explicação. É uma nova moralidade que condena qualquer estrutura contrária ao seu Deus”, acrescentou a veterana.

 

 

*Com informações do 247

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É pra valer: Caminhoneiros confirmam greve nacional na próxima segunda-feira

Lideranças dos caminhoneiros confirmaram que a categoria deverá parar suas atividades em todo o Brasil a partir as 6h da próxima segunda-feira (16). A expectativa é que a greve, contra o aumento nos preços dos combustíveis e contra as políticas recessivas do governo Bolsonaro, obtenha a adesão de até 70% dos profissionais do setor de transporte de cargas rodoviárias.

“Temos um governo que só fez nos enganar. Muitas mentiras, promessas antes da campanha. E o que foi que ele fez para nós? Nada. Só virou as costas para os caminhoneiros. Como vocês podem acreditar num homem desses?”, diz um caminhoneiro identificado como Genivaldo, de Itabaiana (BA), em questionamento as lideranças da categoria que teriam sido cooptadas pelas promessas do governo Jair Bolsonaro.

“Todas as lideranças estavam a favor da paralisação. Alguma coisa aconteceu que todo mundo se calou, como o Chorão e o Júnior de Ourinhos. Não sei se está bom para eles. Mas para nós não está”, completa.

Em um outro vídeo, segundo reportagem da Revista Fórum, Sergio Bucar ressalta os seguidos aumentos nos preços do óleo diesel, gasolina e do gás de cozinha. “Convoco a população brasileira. Vamos parar o Brasil. Queremos que na segunda-feira dia 16 às 6 horas da manhã já esteja tudo parado “, afirma o caminhoneiro.

Na semana passada, o líder dos caminhoneiros autônomos, Marconi França, disse que a categoria “não aguentava mais ser enganada” pelo governo. “O governo não cumpriu nada do que prometeu. O preço do óleo diesel teve 11 altas consecutivas, em 2019. Não aguentamos mais ser enganados pelo senhor Jair Messias Bolsonaro, que protege o agronegócio e diz que o caminhoneiro só sabe destruir rodovias”, disse ao sinalizar com a possibilidade de uma greve nacional da categoria.

 

 

*Com informações do 247

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Dados do governo Dilma quando o Brasil virou a 6ª economia global foram usados para favorecer Bolsonaro nas redes sociais

Por essas e outras, 80% da população acha Bolsonaro um vigarista mentiroso, como mostrou o Datafolha.

Por isso o nome de Bolsonaro se confunde com fraude.

O sujeito usa qualquer ato ardiloso para tentar enganar a população.

Não há um mínimo de dignidade nos atos desse fascista.

Falsifica deliberadamente qualquer coisa e ainda tem Moro como guarda-costas de seus crimes.

Por isso montou um exército de laranjas milicianos em seu gabinete e de seus filhos tão picaretas quanto o pai.

Do blog Falando Verdades:

O Uol mostra que uma notícia de 2011 foi usada no Whatsapp por apoiadores de Bolsonaro, para mostrar que o país “estava melhorando”

Uma notícia de 2011, durante o governo da presidente Dilma Rousseff, foi usada nas redes sociais principalmente no Whatsapp, como o UOL Conferiu, para dizer que o Brasil superou o Reino Unido e se tornou a 6ª maior economia do mundo. A notícia foi espalhada, principalmente no Whatsapp.

O UOL averiguou que a notícia foi compartilhada, como se fosse atual, também em grupos de Facebook. Segundo o texto, que vinha acompanhado do link, “essa seria a primeira que o país europeu ficou atrás de um país sul-americano”. O UOL encontrou a notícia sendo compartilhada em portais , que teriam ligação com publicação de fake news.

Os textos das correntes vinham acompanhados de elogios ao presidente Jair Bolsonaro e ao Ministro da Economia, Paulo Guedes.

A notícia é verdadeira, contudo, é do ano de 2011. O Brasil se tornou naquele ano, a 6ª maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido, em dezembro de 2011, primeiro ano do governo Dilma Rousseff.

De acordo com o FMI, hoje o Brasil é a 9ª economia mundial , mostra a reportagem do UOL.

O texto confunde quem não tem olhares atentos, acreditando que a economia se tornou a sexta economia em 2019. A economia desse ano, no entanto deve crescer apenas 1,1%, segundo a agência de classificações Fitch Ratings. Recentemente, o jornal britânico Financial Times, colocou sob suspeita os dados econômicos do governo Bolsonaro.

A reportagem do jornal também cita, o resultado de um PIB “melhor que o esperado” no terceiro trimestre de 2019 e que há dúvidas entre analistas, sobre os números do governo.

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“Democracia na saúde” do governo Bolsonaro é fake; vai destruir o SUS e o direito à assistência

Paulo Capel – O dinheiro do SUS está sendo “disputado a bala” em muitos municípios. Não se trata de metáfora.

Os recursos do orçamento da União destinados ao financiamento das ações de saúde pública são transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos correspondentes nos Estados e Municípios.

Segundo regras definidas em leis e normas infralegais, esses recursos, somados às transferências estaduais e aos recursos próprios, devem ser aplicados no pagamento de salários, investimentos e demais despesas com materiais, medicamentos e equipamentos das unidades da rede de saúde.

Na maioria dos municípios, é isto o que ocorre, mas em vários têm sido constatados graves desvios de finalidade.

Em muitas situações, o dinheiro das transferências aos municípios representa um volume proporcionalmente elevado, por vezes equivalente ao conjunto da arrecadação do município.

Embora sejam recursos com destinação específica, os controles são frágeis e a fiscalização precária.

Em consequência, “mete-se a mão” no dinheiro público da saúde. Impunemente. Recursos que deveriam ser aplicados na prevenção de doenças, no alívio da dor, e para evitar mortes e promover a vida, acabam se destinando ao oposto disso.

Os casos de Santa Luzia, município da região metropolitana de Belo Horizonte, e de Igarapé-Açu, no nordeste do Pará, são exemplares.

Em Santa Luzia, um pistoleiro acusado de ser o matador de um jornalista foi pago com dinheiro da saúde [1].

Em Igarapé-Açu, Paulo Henrique Sousa, eleito presidente do Conselho Municipal de Saúde, interessado em examinar as contas do SUS local, não chegou a tomar posse: foi assassinado com quatro tiros na nuca [2].

Fora dos serviços de saúde, o dinheiro do SUS está, literalmente, matando. Quadrilhas que vêm se especializando em roubar dinheiro do SUS estão na ponta final da cadeia de interesses que produz assassinatos.

No meio da cadeia encontram-se funcionários e autoridades públicas venais, dos três poderes, criminosos que se especializaram em sair das cenas de mãos limpas e bolsos cheios. Os instrumentos são conhecidos e variados.

Vão de licitações fraudulentas às contratações ilegais de organizações ditas “sociais” e de “saúde”, as OSS.

Muitas OSS, de “sociais” não têm mais nada, se é que algum dia tiveram. São apenas empresas. Algumas, inclusive, são postas à venda por seus verdadeiros donos, como se fossem uma empresa qualquer [3].

Há, decerto, por toda parte, OSS éticas e que poderiam seguir prestando serviços ao SUS.

Mas um grande número de OSS está envolvido com o noticiário policial [4] [5]. Registram-se, não poucas vezes, casos em que dirigentes do SUS estão diretamente envolvidos com a direção de OSS [6].

A falta de transparência ao lidar com recursos públicos atiça a cobiça de bandidos.

Em certos municípios, o SUS parece uma “terra de ninguém”. É, portanto, urgente, dar um basta nessas situações específicas que, embora minoritárias, prejudicam as populações dos municípios afetados.

Há saídas democráticas para enfrentar essa “terra de ninguém” e mostrar que “esta terra tem dono”.

Uma dessas saídas foi apontada pela 16ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), um complexo processo de participação social em saúde que envolveu movimentos sociais, entidades e instituições públicas, em 4.612 municípios.

Nas etapas municipais e estaduais da conferência, 22.839 pessoas participaram das discussões e elaboração de propostas, aprovadas na etapa nacional, realizada em Brasília, de 4 a 7/8/2019.

O tema central da 16ª CNS foi “Democracia e Saúde”.

Seu relatório final é um alentado documento de 254 páginas que detalha as 31 diretrizes e 328 propostas aprovadas em Brasília.

As conferências de saúde, nos municípios, estados e no âmbito nacional, vêm se constituindo, desde a histórica 8ª CNS, realizada em 1986, em exemplo de democracia participativa.

A 16ª CNS dedicou cinco diretrizes e 88 propostas ao tema do “financiamento adequado e suficiente para o SUS”.

Constatou o subfinanciamento crônico do SUS e o risco de desfinanciamento e indicou, dentre outros aspectos,

“a revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016, que congelou os investimentos públicos em saúde por 20 anos”, a criação de uma “Lei de Responsabilidade Sanitária”, desvinculando a saúde dos estrangulamentos da Lei de Responsabilidade Fiscal [7],

“o aumento do percentual mínimo do município destinado à saúde, de 15% para 20%, com aumento no investimento para a atenção básica”,

e “construir e implantar para todas as categorias (…) um plano de cargos, carreiras e salários”, a Carreira-SUS, “garantindo o piso nas três esferas de governo, conforme as diretrizes nacionais para a gestão do trabalho no SUS”.

Porém, outro caminho para enfrentar e superar o banditismo que avança sobre o dinheiro do SUS, está sendo imposto pelo Ministério da Saúde (MS), como se todo o SUS fosse mesmo uma “terra de ninguém”.

O MS alega preocupação com a otimização dos recursos públicos e com o melhor desempenho do sistema, na atenção básica, aspectos dos quais, registre-se, ninguém discorda.

Para isto encaminhou e se empenhou para aprovar na reunião de 31 de outubro de 2019 da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), composta por representantes da União, Estados, DF e Municípios, uma “nova política de financiamento” da Atenção Básica, da qual muita gente discorda.

Trata-se de uma mudança radical que estabelece que, após uma transição em 2020, e definitivamente a partir de janeiro de 2021, os mecanismos atuais de transferência de recursos serão substituídos por quatro modalidades de financiamento federal.

Basicamente, extingue-se o ‘Piso de Atenção Básica Fixo’, como mecanismo de transferência contínuo, baseado em critérios demográficos, e se introduz um valor per capita fixo, cujo montante a ser transferido ficará desvinculado de critérios populacionais, mas será definido a partir de critérios gerenciais, notadamente a produtividade e o desempenho.

A nova política de financiamento colide, frontalmente, com todas as diretrizes e propostas aprovadas na 16ª CNS.

Com ela, o MS regride aos anos 1990 e, arvorando-se competente para tutelar e decidir o que Estados e Municípios podem ou não podem fazer em saúde, nos seus âmbitos, passa a considerá-los não mais como entes federativos autônomos e partícipes da gestão e desenvolvimento institucional do SUS, mas como meros “prestadores de serviços” ao governo federal, segundo a lógica contratual que rege as relações entre empresas privadas.

A medida, essencialmente autoritária, foi objeto da Portaria nº 2.979, de 12/11/2019, que institui um programa federal denominado “Previne Brasil” [8].

Por recusar as indicações da 16ª CNS, o programa de Bolsonaro foi recebido como uma verdadeira “contra-reforma” sanitária, pois contraria dispositivos legais e nega toda uma tradição de democracia participativa que marca a trajetória de construção do SUS, desde sua criação em 1988.

O anúncio da decisão da CIT, para atender pressões do governo federal, gerou um número expressivo de críticas e denúncias do campo democrático, reunido no movimento da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) [9].

“Será a pá de cal no SUS, sepultando definitivamente nosso sistema universal de saúde” é a frase-síntese do tom geral dessas manifestações, pois o novo modelo se assenta em “cadastro de pessoas”, restringindo a esse público as ações do SUS, violando a Constituição e as leis orgânicas do SUS, ratificadas pela Lei Federal nº 141/2012, que se referem à universalidade da atenção à saúde, como um “direito de todos”.

O mecanismo criado pelo governo Bolsonaro, recomendado pelo Banco Mundial, impõe perdas importantes, que podem chegar a mais da metade dos recursos que recebem até agora, a centenas de municípios, notadamente os de menor porte demográfico, ainda que esteja previsto um aumento de cerca de R$ 2 bilhões para a transição de 2020, ano de eleições municipais.

Estima-se que tais perdas atingirão quase um quarto dos municípios, em todo o país.

Mas o anúncio é de que haverá mais recursos e que a decisão teria sido tomada democraticamente, pois teve o apoio do Conasems, o conselho que reúne os representantes dos municípios, com o objetivo de atender os “mais necessitados”.

Mas os conselhos equivalentes ao Conasems dos estados de SP e RJ, dentre outros, divulgaram notas técnicas expondo divergências relevantes.

O que o governo Bolsonaro, quer, efetivamente, é negar na prática o direito constitucional à saúde, necessariamente universal, e substituí-lo pela denominada cobertura universal.

Não são simples palavras, nem expressões sinônimas: sistemas universais de saúde operam para que o conjunto das políticas públicas produzam socialmente a saúde, com o setor saúde integrado a esse conjunto.

Assegurar a saúde de todos é, para os sistemas universais, atribuição do Estado, que deve ser democrático e desenvolver ações referenciadas no interesse público.

Na cobertura universal, ao contrário, o que se busca é ampliar a cobertura da assistência médica às pessoas, reduzindo, portanto, toda a complexidade da saúde aos serviços médico-hospitalares, que podem ser públicos ou privados.

Nessa vertente, a saúde é considerada uma responsabilidade individual, passível de ser “comprada” como se fosse uma mercadoria. São bastante conhecidas as deformações impostas às ações e serviços de saúde quando relações comerciais são adotadas em substituição à concepção de direitos sociais, para mediar o acesso a cuidados de saúde: de modo geral a cobertura cai e, com ela, a qualidade dos programas.

Em reunião na primeira semana de dezembro de 2019, o Conselho Nacional de Saúde anunciou uma agenda de debates sobre a Portaria nº 2.979 e o programa ‘Previne Brasil’.

Mas esta agenda não tem efeito suspensivo e a Portaria do novo financiamento passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2020.

Os representantes do governo Bolsonaro rebatem as críticas argumentando que suas decisões são democráticas, que foram discutidas durante vários meses e têm apoio dos municípios.

Mas, é bem estranha essa “democracia na saúde” que, ao invés de aprofundar o grau de democracia participativa, combatendo o clientelismo político-partidário e o nepotismo de alguns conselhos, embaralha palavras e deforma significados.

Nesse contexto, não faz sentido falar em democracia na saúde se o governo Bolsonaro é essencialmente autoritário e não faz questão, sequer, de parecer ter algum compromisso com a democracia, conforme demonstrações diárias de seus dirigentes, desde os terraplanistas até os abertamente fascistas e seu notório desprezo pelos valores e a convivência democrática.

Na saúde, porém, o governo finge ser o que não é, embora imponha, de modo igualmente autoritário, medidas radicais que afetam milhões de brasileiros, desconsiderando qualquer posição divergente e lidando com a complexidade institucional do SUS como se este fosse ‘terra de ninguém’, à espera de medidas ordenadoras e racionais.

Ignora os mais de 4 milhões de profissionais de saúde vinculados ao nosso sistema universal e as entidades que os representam e despreza conselhos e conferências de saúde ao tomar decisões sobre o SUS.

Mas essa “democracia” na saúde não deve iludir ninguém, pois se trata de democracia fake, uma falsificação grosseira.

As consequências, contudo, não são de placebos. Têm, ao contrário, efeitos colaterais destrutivos, nocivos para o SUS e o direito à saúde.

Ao seu modo, essa democracia fake também mata.

 

 

*Viomundo/ Paulo Capel Narvai é professor titular de Saúde Pública na USP