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‘O resultado da votação poderia ser outro se réu não fosse Lula’, diz Lewandowski

O Ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que votou pela liberdade de Lula, disse:

“Não sei se é porque o paciente ou o réu é uma determinada pessoa, mas eu me lembro que aqui inúmeras vezes em circunstâncias análogas, quando houve uma lesão a esse direito fundamental que é o da participação do advogado em julgamento, inclusive com sustentação oral, com prévia intimação, quantos e quantos processos anulamos porque o advogado não foi intimado? Até esqueço quantos, tão grande foi o número”.

Na votação sobre o primeiro HC, impetrado após o STJ negar a liberdade de Lula, Gilmar e Lewandowski votaram a favor do Habeas Corpus. Cármen Lúcia, Edson Fachin e Celso de Mello foram contra.

Na primeira votação, os ministros do STF estavam pautando um recurso dos advogados do ex-presidente contra a decisão do ministro do STJ Felix Fischer, que, no dia 23 de novembro do ano passado, rejeitou a absolvição de Lula. Na ocasião, a defesa da principal liderança popular do País havia destacado na que não houve aviso prévio e direito à sustentação oral.

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A Derrota de Moro no STF

Sim, Lula continua preso. Mas como disse Wadih Damous, Lula não foi derrotado, seu Habeas Corpus nem foi julgado, teve apenas uma vitória adiada.

Moro, o sujeito que era herói até há pouco tempo, está no banco dos réus. Ou seja, o pacto entre a mídia, a escória, o dinheiro e o judiciário, foi rompido.

A Globo queria dirigir sozinha mais um espetáculo em que o protagonista, o canastrão da novela policial é Moro. Mas ela não tem como travar ou pautar os vazamentos contra Moro.

A persistir nessa pegada, Moro poderá ter um destino que desejou a Lula. Nada está garantido, claro.

A tropa de ocupação ligada umbilicalmente a Moro, tentará muitas manobras e das mais sujas.

Mas o fato é que, o domínio da aura de herói que Moro ostentava foi pro espaço sem passagem de volta e, com isso, inevitavelmente o curso do país muda de rumo.

Além do que, o site The Intercept Brasil gruda cada vez mais na testa de Moro a marca do juiz parcial beirando ao criminoso.

Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, prometeu na câmara dos deputados injetar mais luz a essa sombra lavajatista, revelando um meticuloso esquema comandado por Moro na Lava Jato, para condenar e prender Lula sem provas.

Isso, naturalmente, vai acender mais pavios incendiários contra Moro.

A dúvida agora, é quanto à natureza dos malfeitos de Moro, e qual caminho será mais adequado para derrubá-lo do ministério e, em seguida, torná-lo um réu comum.

Isso será o começo do fim da iniquidade que sangra hoje o Brasil.

A ver.