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Covid-19 deve ‘explodir’ em janeiro, alerta diretora do Hospital das Clínicas

Eloisa Bonfá alerta riscos das festas de fim de ano. “De tirar o sono”. Ela pede responsabilidade da população até a vacina contra a covid-19 chegar. “Os profissionais de saúde estão exaustos”.

São Paulo – Após a queda no número de internações pelo coronavírus em setembro e o início do remanejamento de leitos para outras enfermidades, o Hospital das Clínicas de São Paulo (HC) já se prepara para uma possível explosão de casos de covid-19 em janeiro. O prognóstico é de Eloisa Bonfá, diretora clínica do HC. O hospital, ligado à Faculdade de Medicina da USP, é o maior complexo hospitalar da América Latina e só recebe quadros graves da infecção.

A médica, em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo, alerta que o intervalo entre esta sexta (25) e a chegada de 2021 prenuncia o recrudescimento da epidemia de covid-19 no estado e no Brasil. E isso em meio à sensação de exaustão generalizada dos profissionais de saúde.

“É como se o soldado tivesse saído da guerra e nós já tivéssemos que recrutar de novo”, diz Eloisa sobre sua categoria. “As pessoas estão exaustas. O grande apoio que a sociedade pode nos dar agora é se cuidar. Estamos falando de cuidado, afastamento, usar máscara. Isso vai fazer toda diferença até a vacina chegar.”

A diretora clínica do HC diz que os brasileiros precisam entender sua responsabilidade social nesta, que é a maior crise sanitária já vivida pelo país.

“As pessoas estão bebendo e comendo como se nada estivesse acontecendo e depois ainda encontram o pai, o avô. É preciso acreditar que não é hora de ‘estou com saudade da minha mãe, vou visitar minha avó’. Não tem justificativa. Se você gosta mesmo do seu familiar, tem que entender que, se ele adoecer, ele precisa ter leito”, afirma. “Caminhamos para um número que está subindo como se fosse a primeira onda. Isso, para mim, é de tirar o sono”, completa.

Covid não tem precedentes

A diretora clínica é categórica ao dizer que nenhuma epidemia, nem mesmo a de H1N1, se compara ao desafio imposto pela covid-19. “Elas não chegam nem perto do que vivenciamos agora”, diz. “Na da (epidemia de) H1N1, lembro que a gente achou que fez um ato heroico por montar dez leitos de UTI em 24 horas.”

Para efeitos de comparação, em um período de um ano, entre 2009 e 2010, o vírus H1N1 deixou cerca de 2 mil mortes tendo contagiado 60 mil brasileiros.

O HC é composto por oito institutos. Com a chegada do vírus, o Instituto Central foi adaptado exclusivamente para casos de covid-19. Dos 2.400 leitos, cerca de 500 estão reservados para pacientes que receberam o diagnóstico e apresentam sintomas graves da infecção. Desde o dia 30 de março, seis mil pessoas já foram atendidas no local.

A médica diz ainda que o HC não usa Cloroquina e aposta na vacina para combater a pandemia. “É preciso convencer a população a aderir à imunização. As vacinas estão passando por protocolos internacionais extremamente rígidos. Qualquer vacina deve ser muito bem-vinda”, explica.

Eloisa Bonfá diz ainda que “se tem uma coisa que une a saúde, a vida e a economia é a vacina. Se nós tivermos vacina, vidas serão salvas, o desemprego vai diminuir e as lojas e os restaurantes vão abrir.”

 

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Vídeo: Bolsonaristas selvagens promovem buzinaço na porta do Hospital das Clínicas, lotado de pacientes com Covid-19

Essa gente presta?

Uma legião de bolsonaristas sádicos chegou ao ápice da selvageria.

Foi buzinar na porta do Hospital das Clínicas, lotado de pacientes com Covid-19, sofrendo de dor, medo, angústia e muitos morrendo.

São Paulo é o epicentro do coronavírus no Brasil aonde morre uma pessoa a cada 30 minutos.

A intenção desses monstros é provar que não tem pacientes ali e que tudo não passa de uma farsa.

Parar e buzinar em frente ao hospital das clínicas não foi obra do acaso.

Isso foi minuciosamente pensado e planejado antes, com requinte de crueldade, pelo gabinete do ódio comandado por Eduardo e Carlos Bolsonaro. Tática da milícia extremamente perversa.

E esse ato macabro, tenebroso de assassinato provocado de forma perversa, contou com o apoio público de Bolsonaro.

Esse bandido tem que ser tirado, à força, da cadeira de presidência antes que promova o genocídio que tanto sonha.

 

*Da redação

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Roberto Irineu Marinho, que foi a favor do corte de verba da saúde, revela que fez transplante pelo SUS

É certo que, da noite para o dia, o SUS passou de patinho feio a grife, sobretudo porque está estampado no colete do ministro Mandetta.

O SUS, que há décadas, vem sofrendo uma perseguição implacável da grande mídia, mas principalmente da Globo, que apoiou e apoiará sempre cortes de verbas da saúde pública do país, obriga seus detratores a baixarem o tom da crítica e muitas vezes, como é o caso aqui, ter que elogiar um sistema que tem sim problemas e, por isso mesmo precisa de investimento e apoio, mas que é extremamente exitoso naquilo a que se propõe como ferramenta de cidadania que permite que milhões de brasileiros sejam assistidos como cidadãos.

Isso é muito num país que tem a escravidão como herança civilizatória. Portanto, qualquer homenagem ao SUS nesse momento de pandemia, ainda é muito pouco, porque o SUS nada contra a corrente de uma democracia de mercado em que o fundamentalismo é o consumo e, consequentemente o lucro. E a saúde é uma dessas fontes que a ganância tem como uma das joias da coroa a ser conquistada.

Certamente, depois da pandemia, a discussão sobre saúde pública no Brasil vai ganhar a exata dimensão que ela merece. E o SUS será o grande alvo de investimentos públicos, já que sofreu pesados cortes tanto de Temer quanto de Bolsonaro, e com apoio da Globo e congêneres, para atender aos interesses dos mercenários da saúde que tratam as pessoas como clientes e não como pacientes.

Que esta nota de Roberto Irineu Marinho seja devidamente arquivada e apresentada à população todas as vezes em que a Globo fizer seus ataques baixos ao Sistema Único de Saúde do Brasil.

Leia a nota publicada por Roberto Irineu Marinho:

“Dia 23 de março passei por um transplante de fígado realizado pela equipe do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e que opera também no Hospital Sírio Libanês de SP. Eu tinha uma cirrose hepática não alcoólica devido à gordura depositada no fígado e também ao estresse acumulado durante alguns anos.

Decidi fazer o transplante com os médicos brasileiros inscritos no Sistema Nacional de Transplantes e na Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que administra a doação e a alocação de órgãos neste estado.

Fiquei na fila por quatro semanas esperando que meu índice MELD (no Brasil se transplanta usando-se o critério de gravidade) subisse para me tornar o próximo candidato. Na segunda-feira dia 23 de março, recebi um telefonema me informando que tinham achado um fígado compatível e que eu era o próximo por ter cumprido todas as exigências da gravidade.

A operação foi um sucesso apesar das dificuldades que uma operação desse porte traz. Já tive alta hospitalar, estou em plena recuperação e só posso agradecer a todos da espetacular equipe de transplantes de fígado do Hospital das Clínicas de SP liderada pelo Prof. Dr. Luiz Carneiro de Albuquerque.

Roberto Irineu Marinho”

 

 

*Com informações do 247