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Governo Bolsonaro, um ano de ódio, fracasso, desmonte, mentiras e escândalo de corrupção

O primeiro ano de governo Bolsonaro é um roteiro de filme de terror.

O Brasil não tem como estar mais desmoralizado com um presidente visto no planeta como um psicopata com instinto assassino.

Seu sentimento intenso de raiva e aversão aos pobres, seu ódio aos negros, gays e índios e seu rancor com o universo acadêmico, com a ciência e com as artes, mostram que Bolsonaro é uma besta que mergulhou o país nas trevas do atraso.

Seu governo não tem um único avanço, pode-se percorrer o país inteiro que não se vê desenvolvimento, zonas de trabalho ou sequer uma carroça que aponte que há ali uma busca por qualquer forma de construção. Ao contrário, as cidades brasileiras estão economicamente moribundas, arrastam-se para sobreviverem numa velhice precoce que nos devolve aos tempos das cidades mortas.

O governo Bolsonaro é um volume de nada e, por isso, teve que fazer um pronunciamento tão nulo quanto seu governo sem poder dizer a que veio, sem apontar um caminho diante de uma economia murcha que só serve ao rentismo e que agora ainda coloca os banqueiros na garupa dos cofres públicos com a reedição do novo Proer.

Nem para criar lendas o governo Bolsonaro serve. Não há sinal de emprego, o que se tem para apresentar é um quadro risível de postos de trabalho com carteira assinada e uma legião cada vez maior de brasileiros sobrevivendo de bicos, isso sem falar dos que já desistiram por desolação.

Bolsonaro não governa, vinga-se, como bem disse Fabio Porchat. Não está nem um pouco interessado em governar o país, por isso dividiu seu governo em dois, entregando a Paulo Guedes a missão de fazer da economia tudo o que os ricos queriam para exploração dos pobres, dos trabalhadores ou de quem produz e que não é parte da elite empresarial que até aqui se beneficiou dessa escravidão moderna. Por isso há uma debandada de “celebridades” que apoiaram sua eleição e que hoje o chamam de psicopata, vigarista, mascate político.

Na verdade, debandaram cedo porque cedo viram que a miséria era a busca que Bolsonaro tanto queria para as famílias decaídas depois do golpe em Dilma.

Grande parte da população está assombrada com o destino de sua vida, atestando a ruína que consome o país depois da posse de Bolsonaro. O deserto econômico, a direção dada pelo dedo podre de Paulo Guedes é para isso mesmo, não aliviar para os mais pobres, para os capões, para os mais escondidos grotões. Guedes quer governar a economia para a Avenida Paulista, para a Fiesp e Febraban, como o próprio disse, não está interessado e nem quer a responsabilidade de fazer justiça social, reduzir a desigualdade assombrosa que o Brasil voltou a produzir.

O  que se tem além desse pensamento rústico, semibárbaro? Corrupção, corrupção e corrupção, escândalos que frutificam a cada dia como praga dentro da própria família de Bolsonaro. Não há um que escape ou hesite, todas as pessoas da família Bolsonaro estão envolvidas em um cartel montado por ele.

Numa tentativa desesperada de salvar o próprio pescoço, Bolsonaro sancionou a figura do juiz de garantias para ver se muda o rumo do tsunami que arrasta todo o clã.

Nos jornais, a cada dia, lê-se sobre uma nova vingança dele contra a educação ou a saúde. Bolsonaro não consegue, mesmo sob a mira de um canhão do Ministério Público do Rio, abandonar seu instinto assassino, ao contrário, parece que, com medo de tomar um impeachment na fuça, corre para produzir maldade contra tudo o que ele tem rancor.

Nisso, não há qualquer novidade. Bolsonaro ficou 28 anos como deputado não produzindo nada para o país e estimulando ódio, rancor, ira e baba de um sujeito enlouquecido que ainda não caiu porque os maiores ladrões da nação, os banqueiros, estão sugando o leite direto das tetas do Estado.

E, como é essa plutocracia que sustenta a grande mídia brasileira, cada dia mais frágil comercialmente, ele vai entregando o país à esbórnia do rentismo, da agiotagem e usando essa oligarquia quatrocentona decadente como barreira de contenção para não ser apeado do poder por formação de quadrilha e corrupção generalizada.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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O Campeão Voltou!

Que grande quadro!

Por um inexplicável milagre, Lula, que comove à distância, fez a massa do povo estremecer o chão neste sábado (9) em São Bernardo do Campo.

Para Lula, política é a grande arte. Uma arte tão nobre quanto as obras dos grandes mestres da nossa música. Aquela arte brasileira que nos toma de emoção quando ouvimos Villa Lobos, Nazareth, Pixinguinha e etc.

Lula fala com a alma brasileira como num conto de Machado de Assis, por isso, durante o seu discurso, saltava aos olhos as gargalhadas da multidão quando Lula brincava ou criticava a situação do governo atual, num bailado leve, mas objetivo, levando a água à fervura e produzindo um rodamoínho que levantou a poeira da esquerda brasileira.

Lula nunca esteve tão liberto, tão solto, tão senhor dos seus direitos, tão pleno de conhecimento do cotidiano que assola o povo nesse momento.

Estava ali o indivíduo completo, a liderança forte, o cidadão do Brasil em sua especialidade, conduzindo um tema de convivência de toda uma vida.

O fato é que a classe média miliciana sentiu. Bolsonaro e Moro bambearam as pernas e Lula sorriu. Mesmo a grande mídia teve que admitir que Lula saiu muito mais forte do que entrou em seu cárcere político.

Lula não se importa com a festa que lhe façam aqui ou ali no mundo oficial, já alcançou um certo grau de imunidade que não lhe permite ser tragado pela vaidade no exercício da individualidade.

Não há qualquer dúvida de que o campeão voltou e com uma largada impressionante, com uma explosão que trouxe uma outra perspectiva à disputa política e de classe nesse país.

Lula retornou ao seu palco com uma força que impressiona. O que parece é que, cada dia em que ficou encarcerado, Lula processou cada minuto para representar efetivamente a situação em que vivia. E o resultado dessa reflexão, ontem, foi posto para fora, sem ódio, sem insultos, sem rancor.

Lula acumulou afeto ainda maior para dividir com a massa presente. Polarizou sim, marcou território, mostrou o lado em que está para construir uma nova ordem nacional, um comportamento político que defende os trabalhadores, os negros, os índios, os gays, gente do povo. Um discurso que, além dos direitos humanos, reivindicava os direitos de cada homem, de cada mulher, dando tratamento adequado a cada fração que hoje se sente oprimida por um governo que segue as orientações de uma democracia de mercado em que o centro de sua gestão é o neoliberalismo e a milícia, não o povo.

A condução da esquerda brasileira será outra, completamente outra. A racionalidade e a razão, misturadas com a emoção, foram a tônica do discurso de Lula, tudo cheirando a povo.

A consciência de sua posição foi tão explícita que a esperança e a promessa de um novo país renasceu imediatamente naquele momento e não só o governo como toda a imprensa reagiram, cada um a seu modo, com discursos contra ou a favor, mas não tiveram como ignorar a triunfal volta do campeão.

 

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Bolsonaro avisa: Não terá CPI da Lava Toga, mas terá a CPMF do Paulo Guedes

Bolsonaro, em modo contínuo, vem, compasso a compasso, opondo-se aos próprios compromissos de campanha.

Os dois novos cantos de aboio para a manada são, a sua sabotagem à CPI da Lava Toga e, na mesma partitura, a volta da CPMF. Ou seja, o que Bolsonaro disse que faria, não fará; e o que disse que não faria, fará.

O mais interessante no admirável mundo animal é o eleitor, que foi enganado por FHC, Aécio e, em certa medida, por Temer quando assumiu o governo através de um golpe de Estado, acreditar num Messias neoliberal, pior, apostar na moral  dos fariseus em nome de Deus.

Essa gente, que faz uma leitura da vida e que passou a citar todas as porcarias ditas por Bolsonaro, está se sentindo mutilada, já não entende mais se Bolsonaro e Moro estão juntos ou separados, até porque já entendeu que Bolsonaro precisa implodir todas as instituições de controle para que Queiroz não seja incomodado e que seu pescoço se mantenha a salvo. Até o modorrento Gabeira já entendeu isso.

Agora vem Paulo Guedes anunciando que, além da privatização até da mãe, o governo Bolsonaro quer de volta a CPMF para satisfazer a fúria do rentismo. Fica então a pergunta: o que esse sujeito está cumprindo das promessas que fez de campanha além de vingança contra a Amazônia, os índios, os negros, os pobres, os estudantes, a ciência, a tecnologia, a arte, a cultura, a seguridade social e o emprego?

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeos: PM do MS, sem ordem judicial, ataca índios Kinikinau, incluindo crianças e idosos

Os quiniquinaus, também conhecidos como Kinikinau ou Kinikináo são um povo indígena que habita as margens do médio rio Miranda, no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul, mais precisamente na Área Indígena Lalima. Constituíram-se como um subgrupo dos guanás.

Durante muito tempo, os Kinikinau foram foram convencidos, pelo órgão indigenista oficial brasileiro, a renunciar à sua identidade, autodeclarando-se Terena – grupo com os qual têm estreitos vínculos históricos e culturais.

Porém, nos últimos anos, os Kinikinau passaram a reivindicar o reconhecimento de sua singularidade étnica e a reconquista de parte de seu território tradicional.

Os kinikinau não têm nenhuma área demarcada. Eles ficam na terra indígena Cachoeirinha, do povo Terena, em Miranda (MS).

Pois na madrugada dessa quinta-feira, 1º de agosto, os Kinikinau retomaram uma parte da terra tradicional deles, situada numa fazenda que hoje está em nome do Bradesco.

Porém, no decorrer do dia, eles foram atacados de surpresa e expulsos com truculência pela Polícia Militar (PM) de Mato Grosso do Sul, provavelmente a mando de grandes fazendeiros e políticos ruralistas da região.

“Foi um despejo violento e sem ordem judicial de reintegração de posse”, denuncia Cleber César Buzatto, secretário-executivo do Conselho Missionário Indigenista (Cimi).

Segundo Buzatto, os kinikinau estão agora na Terra Indígena Taunay Ipegue, do povo Terena.

A advogada Tânia Mandarino, que atua muito em defesa dos povos indígenas e é membro do Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD), nos enviou a nota das lideranças dos Guarani e Kaiowá em apoio total ao parente povo Kinikinawa.

“Crianças Kinikinau choram em desespero pela família”, atenta Mandarino. “Muita crueldade”.

Cerca de 130 homens da Polícia Militar, apoiados por dois helicopteros, foram detacados para retirar cerca de 100 índios do povo Kinikinau de uma área indígena tradicional, do município de Aquidauana, a 143 km da capital Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A operação foi coordenada pelo prefeito da cidade, Odilon Ferraz Alves Ribeiro (PSDB), primo da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Assista ao vídeo de crianças Kinikinau em desespero com o desaparecimento de sua mãe durante a ação violenta:

https://twitter.com/eugenio_aragao/status/1157248676202536961?s=20

 

*Com informações do Viomundo