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Operação contra Carlos Bolsonaro deve levar PF a Jair

Investigado por arapongagem, Zero Dois sempre deixou claro que cumpria ordens do pai.

Depois de se eleger presidente, Jair Bolsonaro informou que presentearia o filho Carlos com a Secretaria de Comunicação Social. “O cara é uma fera nas mídias sociais. Tem tudo para dar certo”, justificou. A ideia pegou mal, e o capitão desistiu do ato de nepotismo explícito. O Zero Dois não virou ministro, mas se tornaria uma eminência parda do governo.

Carluxo fabricou crises, derrubou ministros e comandou o famigerado gabinete do ódio. Sem cargo formal em Brasília, ganhou o apelido de vereador federal. O pai preferia chamá-lo de “meu pit bull”. Um cão feroz, sempre a postos para morder a canela dos adversários.

Em março de 2020, o ex-ministro Gustavo Bebianno disse que o Zero Dois queria criar uma “Abin paralela”. Um sistema de informações clandestino, que não deixaria rastros de suas atividades. Agora a Polícia Federal acredita que essa ideia também ficou pelo caminho. Os Bolsonaro acharam mais útil capturar a Abin oficial.

Na decisão que autorizou as buscas desta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes enumerou provas do “desvirtuamento” da agência no governo passado. Em vez de produzir inteligência para o Estado, a Abin fez arapongagem para o clã. Ajudou a bisbilhotar opositores e obstruir investigações que ameaçavam os filhos do presidente.

A espionagem usou um programa israelense que descobre a localização de pessoas pelo sinal do celular. A ferramenta foi acionada ilegalmente contra congressistas, uma promotora do caso Marielle e ao menos dois ministros do Supremo. A Abin era comandada por Alexandre Ramagem, hoje deputado e pré-candidato a prefeito do Rio. Acima dele estava o general Augusto Heleno, que será ouvido na semana que vem.

Para a PF, Carluxo integrava o “núcleo político” da quadrilha. Como ele nunca fez nada para si mesmo, é provável que os investigadores ainda batam na porta do ex-presidente, que agora se diz vítima de “perseguição implacável”.

No primeiro discurso como vereador, o Zero Dois avisou que não devia obediência à legenda pela qual se elegeu: “Falo não em nome do Partido Progressista, mas em nome do Partido do Papai Bolsonaro”. Vinte e quatro anos depois, só mudou a sigla de fachada.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Após auxílio eleitoreiro, internautas denunciam: ‘Jair Odeia Pobre’

Desesperado com a possibilidade de perder as eleições no primeiro turno, Bolsonaro lança pacote de bondades com prazo para acabar.

A menos de três meses das eleições, o Congresso Nacional deve promulgar em instantes a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2022. A chamada PEC do Desespero aumenta para R$ 600 o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família. Também amplia o vale-gás, além de um benefício de R$ 1.000 aos caminhoneiros, que sofrem com a alta do diesel, e outro auxílio pra taxistas, ainda sem valor definido. As medidas do governo Bolsonaro, no entanto, só valem até dezembro. O que revela o seu caráter eleitoreiro. Os internautas, no entanto, não se deixam enganar. Com mais de 20 mil menções, o tema “Jair odeia pobre” ficou entre os mais comentados do Twitter nesta quinta-feira (14).

Eles lembram, por exemplo, que Bolsonaro foi o único deputado a votar contra a criação do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza em 2000, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Mais recentemente, em meio a pandemia, o governo defendia apenas R$ 200 para o auxílio emergencial. O benefício de R$ 600 só virou realidade graças ao esforço da oposição.

O governo também desprezou a gravidade da pandemia e da situação de desemprego e paralisia econômica. Tanto que não previu nenhum auxílio nos Orçamentos do ano passado e deste. Por isso, para tentar evitar uma derrota já no primeiro turno, correu com a PEC do Desespero, para poder furar o teto de gastos.

Também são inúmeras as declarações de Bolsonaro contra o Bolsa Família. Em 2010, chegou a chamar o programa de “bolsa farelo”. Em 2021, disse que os beneficiários do programa “não sabem fazer quase nada”.

Usuários das redes sociais também destacam que Bolsonaro não reajustou a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), defasada em 24% durante o seu governo. Assim, quem ganha até R$ 1.941 pagará imposto no ano que vem, em mais um prejuízo para os mais pobres.

Confira postagens sobre ‘Jair odeia pobre’

https://twitter.com/HugoNBFarias/status/1547631184561156096?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1547631184561156096%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2Fpolitica%2F2022%2F07%2Fapos-auxilio-eleitoreiro-internautas-denunciam-jair-odeia-pobre%2F

*Com Rede Brasil Atual

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Queiroz, amigo com papel central na vida familiar do clã Bolsonaro – Episódio 3

Da jornalista Juliana Dal Piva – O terceiro episódio do podcast “UOL Investiga – A vida Secreta de Jair” conta como o policial Fabrício Queiroz assume um papel fundamental junto ao clã e os gabinetes após o fim do casamento de Jair Bolsonaro com Ana Cristina Siqueira Valle. Também revela como eram os bastidores, brigas e o relacionamento da família Queiroz com o presidente Jair Bolsonaro.

Ouça:

*Publicado originalmente no Uol

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A vida secreta de Bolsonaro – EPISÓDIO 2 “OS SEGREDOS DO COFRE DA EX”

Juliana Dal Piva – O escândalo das rachadinhas, nome popular para a prática criminosa do peculato, revela o passado oculto do presidente Jair Bolsonaro. Este é o tema do podcast “UOL Investiga – A Vida Secreta de Jair”. Intitulado “Os segredos do cofre da ex”, o segundo episódio conta a história da união de Jair Bolsonaro com Ana Cristina Siqueira Valle. E como ela é peça-chave para entender as origens do esquema ilegal de devolução de salários nos gabinetes da família Bolsonaro.

Ouça:

*Com informações do Uol

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A vida secreta de Jair

Uma série de reportagens da Jornalista Juliana Dal Piva, no Uol.
Queiroz, escondido na casa do advogado da família Bolsonaro, diz a Márcia, sua mulher, que não pode ligar para “os meninos de Rio das Pedras” por conta de um pedido de um amigo. Para o MP, é referência aos milicianos da comunidade. Queiroz tentava não ser rastreado.

Veja:

*Da redação

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Quantos dos aliados de Bolsonaro nas polícias são gente como Adriano da Nóbrega?

Investigação sobre ‘o cara da casa de vidro’ deve prosseguir com o máximo de cuidado.

O site de notícias The Intercept Brasil teve acesso a um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro em que são apresentados os resultados da quebra de sigilo telefônico do miliciano Adriano da Nóbrega, chefe da milícia Escritório do Crime, acusada pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.

No relatório, pessoas próximas a Adriano fazem referências a contatos com pessoas identificadas pelos investigadores como “Jair”, “O Cara da Casa de Vidro” e “HNI (PRESIDENTE)”, ocorridos logo após a morte do miliciano. Membros do Ministério Público ouvidos em off pelo Intercept suspeitam que se trata do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A proximidade do presidente da República com o Adriano da Nóbrega é bem documentada. O miliciano foi homenageado por Jair Bolsonaro e por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, em várias ocasiões. A irmã e a mãe de Nóbrega eram funcionárias do gabinete do filho do presidente da República e são suspeitas de terem participado do esquema criminoso de repartição de verbas conhecido como “rachadinha”.

A hipótese de que Bolsonaro seria “o homem da casa de vidro” (que, se confirmada a suspeita, seria o Palácio da Alvorada) é plausível por outro motivo: logo depois das interceptações, o Ministério Público ordenou a suspensão do grampo. Os MPs estaduais não podem investigar o presidente da República. Se o nome de Jair Bolsonaro aparecer em uma investigação, ela deve ser interrompida e remetida à Procuradoria-Geral da República.

É obviamente possível que “Jair” seja outro Jair que não o Bolsonaro, que o “homem” more em uma casa de vidro que não seja o Palácio da Alvorada, ou que, forçando um pouco a barra, “HNI (Presidente)” seja outro “homem não identificado” (HNI), amigo de Adriano da Nóbrega que fosse presidente de alguma outra coisa que não a República.

É preciso prosseguir na investigação com o máximo de cuidado, responsabilidade e transparência, preservando todo o benefício da dúvida em favor de Bolsonaro.

Por outro lado, se logo no começo da investigação da Odebrecht tivesse aparecido uma transferência bancária para um sujeito identificado como “Presidente”, Lula teria sido preso como suspeito em cinco minutos.

A proximidade de Bolsonaro com milicianos não é só um problema gravíssimo do passado do presidente. Há gente razoável que teme que, à medida em que perde apoio nas Forças Armadas, Bolsonaro passe a incentivar a radicalização das polícias.

Eu gostaria de saber se há, entre os aliados atuais de Bolsonaro na polícia, mais gente como o ex-PM Adriano da Nóbrega.

Aqui você pode dizer: não seria o caso de centrar nossa atenção nos crimes cometidos por Bolsonaro durante a pandemia, crimes muito maiores, muito mais documentados, flagrantes?

São duas investigações paralelas. Nada impede que as duas sejam conduzidas simultaneamente, por autoridades diferentes. No momento, a prioridade é a CPI dos 400 mil mortos, que, se trabalhar direito, colocará o presidente da República na cadeia.

Mas a Vaza Jato, última grande denúncia do pessoal do Intercept Brasil, também demorou algum tempo até gerar desdobramentos jurídicos importantes. Dependendo de como a política se mova, desta vez pode acontecer a mesma coisa.

*Celso Rocha de Barros/Folha

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Política

Seu Jair da casa 58 é o mesmo cara da casa de vidro

Quando Moro, ministro de Bolsonaro, colocou a PF no encalço do porteiro do Vivendas da Barra para dar um calor no coitado, e este mudar a versão de que a ordem que recebeu para liberar a entrada de Élcio de Queiroz, veio da casa 58 e a voz ouvida por duas vezes era do Seu Jair, todos sacaram que essa história de Ronnie Lessa, vizinho de Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, era chapa quente.

O interessante é que Moro, ainda era ministro, quando o miliciano Adriano da Nóbrega foi morto, ligado ao clã Bolsonaro e a Ronnie Lessa, assassino de Marielle, Moro não quis se envolver no caso, alegando que isso era um problema da polícia da Bahia.

A questão é que, quando o porteiro tomou uma prensa e mudou a sua versão sobre que voz lhe deu a ordem para abrir o portão do condomínio para que o comparsa de Ronnie Lessa entrasse no dia da morte de Marielle, foi para a Polícia Civil do Rio.

Então, qual o sentido de Moro não se meter na morte de Adriano alegando ser um problema da polícia da Bahia e se meter na investigação da polícia do Rio que conseguiu tal declaração do porteiro?

Como explicar essa contradição do ex-juiz herói que colocou Bolsonaro na cadeira da presidência?

O fato é que o “Jair”, o cara da casa de vidro, revelado neste sábado pela excelente matéria do Intercept, é o mesmo Seu Jair que morava a 50 passos da casa do assassino de Marielle, no Vivendas da Barra e que, já no Palácio do Planalto, recebeu ligações de pessoas ligadas a Adriano da Nóbrega logo depois de sua morte na Bahia.

Morte que ocorreu dois dias após Eduardo Bolsonaro chegar na Bahia e lá se manteve pelo menos até o dia da morte de Adriano. Coincidência? Pode ser, mas a coisa não para aí:

Após o Ministério Público do Rio concluir que o “cara da casa de vidro” seria Jair Bolsonaro, as escutas teriam sido interrompidas, segundo as fontes ouvidas pelo Intercept na condição de anonimato.

A interrupção das escutas reforça a ideia de que o “Jair” seria o presidente da República, já que o MP estadual não tem competência para investigá-lo e deve informar a Procuradoria-Geral da República, que possui a competência. Segundo a reportagem, a PGR não informou ao site se recebeu ou não o inquérito, como bem pontuou reportagem do Brasil de Fato.

Então, volta àquela velha história, tanto no caso de Adriano como da Marielle e o clã Bolsonaro, como diria Brizola:

“Tem rabo de jacaré, couro de jacaré, boca de jacaré, pé de jacaré, olho de jacaré, corpo de jacaré e cabeça de jacaré, como é que não é jacaré?”

*Da redação

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O caso Bolsonaro é de polícia e não de política, mas as instituições fingem não saber

O vizinho de condomínio de Jair e Carlos Bolsonaro, Ronnie Lessa, é o maior traficante internacional de armas do Rio, assassino de Marielle, foi comparsa de Adriano da Nóbrega no escritório do crime e na milícia de Rio das Pedras. Flávio Bolsonaro, por ordem do pai, condecorou Adriano e colocou sua família no esquema de corrupção do rachadão da Alerj.

Rio das Pedras é reduto de Queiroz, assessor de Flávio. Queiroz é quem fez vários depósitos na conta de Flávio e um na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Como bem disse Leonardo Sakamoto

“O mesmo “Escritório do Crime”, que estaria envolvido com o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, tinha laços com o gabinete do então deputado estadual, Flávio Bolsonaro, graças a seu assessor Fabrício Queiroz. Apesar disso ser notório, a relação permanece pouco investigada, como se ignorássemos um elefante na sala.

Um líder miliciano de Rio das Pedras apontou que três membros do Escritório do Crime estariam entre os assassinos de Marielle e Anderson, tendo apoio de Ronald Paulo Alves, major da Polícia Militar.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, por outro lado, afirmam que os executores são o policial militar da reserva Ronnie Lessa, que fez parte dessa milícia em Rio das Pedras, e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. Ou seja, independentemente de quem acusa, o Escritório do Crime (comandado por Adriano da Nóbrega) está no meio.”

Só a hipocrisia nacional justifica Bolsonaro ainda governar esse país, seu filhos não serem cassados e o clã inteiro não estar na cadeia.

O que mais é preciso descobrir pra que a coisa fique mais escancarada do que já está?

 

 

*Da redação/Com informações do blog do Sakamoto

*Imagem em destaque: arte de Bruno Debize da Motta

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Moro, Augusto Heleno e Aras, três macacos adestrados para não verem, ouvirem ou falarem nada contra Bolsonaro

Lembro-me de quando Figueiredo veio a Volta Redonda em campanha para Moreira Franco que disputava o governo do Rio contra Brizola, o pente fino que a Polícia Federal fez em todos os prédios até uns 500 metros de distância. A ordem era não abrir as janelas que ficassem de frente para o Escritório Central da CSN aonde os dois discursariam. Eram soldados e policiais à paisana pra todo lado.

Passando para os dias atuais, é curioso é como um Presidente da República, que supostamente teria recebido uma facada, ainda candidato, tem uma segurança em seu próprio condomínio tão frouxa, mesmo morando a 50 passos de um dos milicianos e traficantes de fuzis mais perigosos do Rio.

Sem falar na circulação de comparsas do miliciano, num entra e sai do Vivendas da Barra, que jamais levantou suspeita dos agentes da PF, comandados por Moro, para zelar pela segurança presidente e sua família dentro do condomínio.

E ainda tem o GSI- Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, comandado pelo general Augusto Heleno que, certamente, não levantou na Abin, a ficha da vizinhança de Bolsonaro e Carlos, que também tem casa no mesmo condomínio, encostada à casa de Ronnie Lessa, o miliciano que assassinou Marielle.

Da casa de Ronnie Lessa dá para ver cômodos da casa de Bolsonaro. Ainda bem que o miliciano nunca quis matar Bolsonaro, porque faria isso tomando suco na varanda com uma simples zarabatana ou um estilingue, sem fazer qualquer barulho ou fumaça de arma de fogo.

Vejam só que risco o “mito” corria debaixo das barbas de Moro e Augusto Heleno.

E aqui nem se lembra que Bolsonaro é uma celebridade para a milícia carioca, a começar por Queiroz, e mais uma penca de familiares de milicianos que faziam parte da nação de laranjas e fantasmas do esquema de corrupção dos quatro Bolsonaro, Jair, Carlos, Flavio e Eduardo. Família conhecida no Rio pela bandidagem carioca por distribuir honrarias oficiais ao universo miliciano da cidade.

O Clã Bolsonaro tem o mapa da milícia nas mãos, sabe de cada território controlado e quem controla, mas justo um vizinho em que o seu filho mais novo namorou a filha do miliciano e traficante de armas, ele nem sabia de sua existência, que fará saber que é seu vizinho.

Mas convenhamos, Moro e Augusto Heleno, com uma parafernália investigativa que coloca até escuta em selas e escritórios de advocacia para arapongar advogados, comeram mosca, aí já é demais né!

O interessante é que Aras, o PGR de Bolsonaro, entrou entrando no caso Marielle e o clã, pedindo para alguns contatos que ele fez dentro do Ministério Público do Rio de Janeiro fazerem um laudo pericial, provavelmente em papel de embrulho, acusando o porteiro de mentir sobre o primeiro depoimento dado, em que disse que o miliciano Élcio de Queiroz, um dos comparsas de Ronnie Lessa no assassinato de Marielle, tinha pedido para o porteiro tocar na casa 58 e seu Jair liberado a sua entrada.

Foi uma coisa tão grosseira, feita na base do sopapo, que a repercussão foi desastrosa com peritos desqualificando por completo aquele lixo pericial, que o Ministério Público do Rio expulsou a promotora bolsonarista da equipe envolvida no caso. Então, Moro deu um jeito de resolver a pendenga, colocou a PF não atrás dos milicianos, na sua federalização enviesada do caso, mas do coitado do porteiro que virou o caso de cabeça para baixo, transformando-o de testemunha, em investigado.

De lá para cá, não se tem mais notícias do coitado, não se sabe o que foi feito dele, até porque parece que a grande mídia não está interessada em descobrir nada do Queiroz, que fará do porteiro.

Falo daquela mídia que alugou quartos de hotel do lado do quarto de Dirceu na tentativa de descobrir alguma coisa, assim como para quem Dirceu foi trabalhar quando foi libertado, levantando até as marcas das cuecas usadas pelo dono da empresa para a qual Dirceu prestava serviço.

Essa gente agora não tem mais interesse em nada disso. Se Moro, Augusto Heleno e Aras não dão um pio, não veem nada e não escutam nada sobre o Queiroz, não é a gloriosa mídia investigativa que vai se meter nesse imbróglio né. Afinal de contas, pra que serve o cinismo numa hora dessas?

Poderia também estender um pouco sobre os 39kg de cocaína encontrados pela Polícia Federal da Espanha no avião da FAB que fazia parte da comitiva de Bolsonaro na viagem para o Japão, assunto sobre o qual nenhum dos três macaquinhos de Bolsonaro, Moro, Aras e Heleno abrem o bico. E trata-se do avião da FAB em que alguém entrou, não com uma trouxinha, mas com um volume proporcional a oito pacotes de 5kg de arroz, sem que ninguém tenha visto. E o mais incrível é que ninguém, no Brasil, foi responsabilizado por deixar o sargento entrar com esse volume todo de cocaína no avião.

Mais engraçado ainda é ver Moro todos os dias em seu twitter imitando Bolsonaro que imita Trump, vangloriando-se de, sob seu comando, da PF desmantelar quadrilhas de traficantes de drogas e armas, batendo recordes de produtividade, mas sobre esse assunto dos 39kg de cocaína, não há Cristo que faça Moro falar.

Então, conclui-se que, ou esse rapaz é muito ocupado ou falta espaço em sua memória para dar uma satisfação à sociedade brasileira sobre esse episódio.

Mas tanto esse assunto quanto outros tantos que envolvem Bolsonaro e seus filhos, para os quais os três macaquinhos de Bolsonaro fazem ouvidos moucos, vista grossa e boca de siri, não estão esquecidos, até porque casos como o dia do fogo em que o mundo culpa Bolsonaro por produzir a primeira centelha do incêndio que devastou boa parte da floresta amazônica, já esculacha o pária internacional e, tendo ele mesmo que se defender da lambança que produziu, fabrica a cada dia mais vexames internacionais como o fake news de que DiCaprio patrocina queimadas no Brasil via brigadistas. Mas isso também é assunto para outros episódios sobre a subserviência de Moro, Augusto Heleno e Aras ao chefe da milícia.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas