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Leandro Fortes: Ainda Bem

A frase infeliz de Lula (“ainda bem que a natureza criou o coronavírus, etc,etc,etc”) é extremamente reveladora, mas não da essência do emissor, sobre o qual nunca pairou nenhum tipo de desvio humanitário.

Lula é e sempre foi um humanista pautado pela política de solidariedade, nos discursos e nas ações, ancorado na força do Estado como agente financiador de mudanças. Em dois mandatos como presidente da República, ele fez do desenvolvimento econômico do Brasil de então, o maior da história republicana, um ponto de partida para tirar o País do mapa da fome mundial, resgatar 40 milhões de pessoas da pobreza e garantir que cada brasileiro tivesse, ao fim de seu governo, três refeições diárias.

É preciso ser um ignorante absoluto sobre a história de Luiz Inácio Lula da Silva para interpretar uma frase mal construída como expressão de pensamento, em si. A alternativa, como rapidamente se pôde notar, foi a interpretação de má fé, opção adotada, de imediato, pelos arautos do universo antipetista: bolsonaristas, isentões, sabujos da mídia e ressentidos em geral.

Na mídia, a fala de Lula caiu como uma luva para o modelo de narrativa com a qual se pretende, em 2022, finalmente recolocar no Palácio do Planalto um tucano – embora, não necessariamente, do PSDB. Nessa moldura, Bolsonaro e Lula são antípodas do mesmo mundo bizarro, cada qual com suas loucuras extremistas, daí a necessidade de se buscar uma opção alegadamente moderada, de preferência, um ex-juiz capacho da TV Globo – ou um apresentador da emissora, se tudo der errado.

Comparar uma fala desastrada de Lula, um estadista reconhecido e admirado por todo o mundo civilizado, com o esgoto diário que transborda da boca imunda do demente que ora nos governa é, antes de tudo, uma opção pelo mau-caratismo.

 

*Do facebook de Leandro Fortes

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Perderam para Lula, playboys de Curitiba! A casa caiu

Falta pouco para se dizer “grande dia!”. Mas esse grito na garganta está muito próximo. Não demora, os vassalos da oligarquia e lacaios dos EUA cairão em desgraça.

Na verdade, eles já caíram em desgraça pública. O que falta é a caricatura da Gestapo enfrentar os tribunais e ser condenada.

A mentira da Lava Jato nunca esteve com o rabo tão de fora como agora. Nunca perdeu tanta cobertura de quem lhe dava casa, comida e roupa lavada, como a Globo.

Ingênuos na arte da picaretagem, berraram diante dos holofotes da Globo como se aquilo fosse eterno. Mentiram em cimento armado vendo ali oportunidade de promoção na vida política, empresarial ou na propina que receberam para caçar Lula e aliviar os verdadeiros corruptos do país.

Dallagnol, nos vazamentos do Intercept, aparecia como um milionário dedilhando a grana que a perseguição a Lula lhe rendia na indústria de palestras para empresários e banqueiros interessados na prisão de Lula. O homem montou uma igreja com fieis por todo o país na carona do cometa Moro, o chefe da guarda da república de Curitiba.

Mas Moro é um caso à parte e não há duvidas de que sua batata está assando e não falta muito para chegar no ponto de ser saboreada pela justiça. Mas, nesse caso em particular, tudo será feito de modo inconfundível, peculiar para que o judiciário restabeleça um mínimo de credibilidade que a Lava Jato destruiu diante dos olhos da sociedade.

Por hora, os que usaram a máscara alheia para criar sua própria imagem, como Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo, Roberson Pozzobon, já estão na marca do pênalti, ali naquele pedacinho da circunferência que tem um rebaixamento próprio no gramado para que o cobrador da penalidade chute para o fundo da rede, no caso aqui, das grades e a galera gritar, gol.

As coisas não acontecerão, como não acontecem, de estalão. O Intercept sangrou os bacorinhos e disso o judiciário foi fazendo chouriço. Agora já estão prontos e temperados para enfrentar a alta temperatura do forno onde serão assados com uma maçã na boca.

A Folha, por exemplo, traz uma informação fundamental sobre os novos rumos que a denúncia contra Paludo chegarm, com o Ministério Público fungando no seu cangote.

Segundo a reportagem, a Corregedoria do Ministério Público Federal instaurou uma sindicância para apurar as mesmas suspeitas do ponto de vista ético-disciplinar.

Dario Messer, conhecido como “o doleiro dos doleiros”, que a PF teve acesso a uma conversa dele com a namorada, revelando que pagava um mensalão ao pai dos procuradores da Lava Jato, Januário Paludo, é um dos que devem ser ouvidos na investigação penal no STJ. Outros nomes que acusam a Lava Jato de praticar desvios também poderão ser chamados a depor, como o advogado Rodrigo Tacla Duran, conforme apurou o jornalista Reynaldo Turollo Jr. da Folha de S.Paulo.

Certamente, Tacla Duran vai despejar outras informações que atingirão em cheio não só os procuradores, mas Moro e sua esposa, pois tem muita informação que Moro conseguiu embaçar para que Duran não desse com a língua nos dentes diante da justiça brasileira, mesmo ele insistindo em depor sobre o que sabe.

Basta isso para afirmar, sem medo de errar, que a casa da Lava Jato caiu. Mas a coisa não para aí. O jornalista Leandro Fortes escreveu um artigo que mostra em que pé está a situação de um outro crime praticado pelos procuradores da Lava Jato contra Lula e que já recebeu ordem judicial para que a caixa preta da Odebrecht seja aberta.

Leandro Fortes:

“Os procuradores da República de Curitiba decidiram impor condições para acatar a ordem de um juiz federal e, assim, liberar planilhas de contabilidade da Odebrecht usadas nas acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ordem partiu do juiz Valisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, mas os procuradores querem que permaneçam as regras do juiz original dos casos, ele mesmo, Sérgio Moro.

Ou seja, não liberar nada que possa desmontar as farsas montadas em torno do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia.

Trata-se de crime explícito de desobediência. Não se sabe ainda se Valisney vai reagir ou colocar o rabo entre as pernas – o que é bem possivel.

Mas o fato é que, em países minimamente civilizados, promotores que desobedecem ordens judiciais são encarcerados, no ato.”

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Vídeo: Pela repercussão dos áudios de Queiroz, depois das hienas, Carluxo posta vídeo com ataque de piranhas

Muito se falou sobre o vídeo das hienas atacando um leão, pois bem, nesta terça (29), dobrando a aposta, Carluxo, sem utilizar siglas como fez com o vídeo das hienas, compartilha um outro vídeo em que um cardume de piranhas ferozes ataca duas mulheres, com a mesma mensagem subliminar do outro vídeo.

Mas a questão é, ninguém discutiu o que motivou tais postagens onde aparece uma conspiração de partidos, STF, movimentos e etc., atacando o leão sem dente, no caso, Bolsonaro. E, agora, o vídeo das piranhas.

Em outro vídeo compartilhado por Carluxo de Olavo de Carvalho, o guru terraplanista, o papa hierárquico dos que acreditam em Jesus na goiabeira, ataca Lula dizendo que ele roubou R$ 6 trilhões. Mas a questão não é a corrupção, segundo o mastodonte mistificador, mas o que Lula financiou com esse valor, que é a maior morticínio, maior carnificina, o maior genocídio promovido pelos comunistas das galáxias e sei lá mais o quê com essa grana.

Então, vem a pergunta: o que esses idiotas, Carluxo e Olavo de Carvalho querem com isso?A resposta vem no final do vídeo em que Olavo de Carvalho diz, “o Lula fazendo essa barbaridade toda e vocês preocupados com crimezinho do Queiroz? Vão tomar no C…”.

Agora, uma outra pergunta: Por que esses socos desesperados no vento que Carluxo e Olavão estão dando? A resposta, a meu ver, está no artigo de Leandro Fortes:

Queiroz pode ter se tornado bomba relógio para o governo Bolsonaro

“Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia, afirma que a família Bolsonaro “deve ter percebido que Fabrício Queiroz está decidido a não se volatizar sozinho sob a pica do tamanho de um cometa, como ele mesmo diz, que o Ministério Público do Rio de Janeiro estaria preparando para enterrar nele”. “Resta saber quanto tempo Queiroz ainda aguenta sem proteção”, diz

A família Bolsonaro, mesmo com todas as limitações intelectuais tornadas públicas, diariamente, deve ter percebido que Fabrício Queiroz está decidido a não se volatizar sozinho sob a pica do tamanho de um cometa, como ele mesmo diz, que o Ministério Público do Rio de Janeiro estaria preparando para enterrar nele.

Antes de seguir adiante, abro parênteses.

Não é impressionante como toda metáfora da narrativa dos Bolsonaros e seus agregados gira em torno de pau no cu? Essa obsessão só pode ser resultado em algum abuso na caserna, haja vista que Queiroz é, também, militar.

Fecho parênteses.

A história das máfias tem demonstrado que, diante do abandono, mesmo os soldados mais leais acabam entregando os esquemas dos chefões para salvar a própria pele. Queiroz, o malandro agulha que depositou um cheque maroto na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro e ficou milionário, alegadamente, vendendo carros usados na porta da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, até ele, tem um ponto de saturação.

Ainda mais agora que, em um dos áudios vazados, provavelmente, pelo próprio Queiroz, o contribuinte descobriu que o presidente tratou com o gerente do laranjal de Flávio Bolsonaro da demissão de Cileide Barbosa Mendes, doméstica da família e laranja na empresa do ex-marido de Ana Cristina Valle – personagem nova dessa novela miliciana, mas com grande potencial de protagonismo, uma vez que já foi casada, também, com o capitão Bolsonaro.

Cileide trabalhava no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, o Carluxo, na Câmara Municipal do Rio, o que torna a história ainda mais atraente: revela, por exemplo, que o presidente da República, junto com Queiroz, cuidou, pessoalmente, de apagar pistas e dar sumiços em arquivos quando o MP começou a apertar o cerco em torno das atividades criminosas da família.

Resta saber quanto tempo Queiroz ainda aguenta sem proteção.

É possível que o laranja já tenha se tornado uma bomba relógio.”

Assista aos vídeos:

 

*Artigo de Leandro Fortes foi originalmente publicado no 247

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AEROÍNA, por Leandro Fortes

Bolsonaro tem, claro, o benefício da dúvida. Afinal, contra tudo e contra todos, ele vetou a gratuidade de bagagens nos voos nacionais. No limite, portanto, ele não permitiria, ao menos de graça, o embarque de 39 quilos de cocaína pura no avião presidencial reserva (!?) que o acompanhava ao Japão.

Mas a tolerância com Bozo e sua trupe, rumo ao Oriente, para por aí.

Isso porque imaginar que apenas um militar da FAB, cujo nome ainda está providencialmente mantido em sigilo, montou sozinho um esquema com potencial de faturamento de quase 50 milhões de reais é ridículo, até para a lógica bolsonarista.

39 quilos de cocaína equivalem a, aproximadamente, 8 sacos de 5 quilos de arroz. Um sujeito qualquer, mesmo sendo da comitiva presidencial, não enfia uma carga dessas na esteira da Base Aérea de Brasília sem um amplo apoio logístico de outros criminosos, provavelmente, também fardados.

Há, certamente, mais gente envolvida dentro do Palácio do Planalto, talvez no Cerimonial, onde ficam os responsáveis pelas missões precursoras e de apoio às viagens presidenciais.

Para um governo que arrota, diariamente, o desejo de prender e matar bandidos, notadamente, traficantes de drogas dos morros cariocas, esse acontecimento é extremamente emblemático sobre a hipocrisia bolsonarista – sem falar no óbvio baixíssimo nível de toda gente que cerca Bozo e seus asseclas, dentro e fora dos quartéis.

Imagino que, ao ser abordado pelas autoridades aduaneiras de Sevilha, onde foi preso, o tal militar da FAB tenha sacado as arminhas de dedos e gritado “Brasil acima de tudo!”, certo de que essas palavras mágicas tinham validade universal.

Descobriu, talvez, estupefato, que fora da bolha de idiotas montada pelo governo, pessoas envolvidas em máfias, milícias e quadrilhas de tráfico de armas e drogas acabam no xilindró