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Zucolotto conversava com Deltan e mandava pra mim, diz Tacla Duran, que promete adiantar provas

O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou nesta segunda-feira (19) que tem provas da comunicação entre o advogado Carlos Zucolotto, compadre de Sergio Moro, e os ex-procuradores da Lava Jato, onde eles teriam negociado um acordo de delação premiada em que se exigia a cobrança de 5 milhões de dólares por fora, para que Tacla Duran pudesse se livrar de denúncias.

A Câmara dos Deputados convidou Tacla Duran para contar como sofreu uma suposta tentativa de extorsão por parte dos expoentes da Lava Jato nesta segunda (19), mas o advogado está com o passaporte retido por autoridades na Espanha graças a uma ação de Sergio Moro. Por conta disso, não conseguiu viajar a Brasília.

Nesta manhã, Tacla Duran falou ao jornalista Joaquim de Carvalho sobre as provas que pretende apresentar contra Moro, Zucolotto, Dallagnol e companhia. O advogado também deve lançar um livro chamado “Testemunho”, em que narrará os bastidores do seu caso, que chacoalhou a República de Curitiba quando Moro ainda era juiz.

Para não me ferrar, eu tinha que fazer um acordo. E, para fazer o acordo, tinha que pagar o valor proposto por Zucolotto. De fato, houve essa situação e conversa entre eles. Isso eu tenho como comprovar. Rodrigo Tacla Duran

Revelações comprometedoras
No livro, Tacla Duran narra que teve encontro com procuradores então liderados por Deltan Dallagnol e, depois disso, recebeu mensagem de Carlos Zucolotto se oferecendo para intermediar o acordo de delação com a Lava Jato.

Nas mensagens, Zucolotto dizia que precisava conversar com DD (Deltan Dallagnol) para acertar os detalhes do acordo que estava propondo. “Eles conversavam sobre o assunto. Vocês vão saber como eles conversaram no momento apropriado. Ele conversava com o Deltan e mandava para mim”, diz Tacla Duran.

Questionado se tem como comprovar que havia elo direto entre Zucolotto e os procuradores de Curitiba, Tacla Duran respondeu que “sim”.

Tacla Duran ainda disse que, à luz de uma recente decisão tomada pela Suprema Corte [leia mais abaixo], ele está analisando os documentos para verificar o que poderá adiantar como provas, antes de depor à Câmara dos Deputados.

“Espero, antes de comparecer pessoalmente, poder adiantar uma série de coisas.”

Outro caminho para se defender
Na entrevista a Joaquim de Carvalho, Tacla Duran contou que quando decidiu não sucumbir à pressão e tentativa de extorsão em Curitiba, ele procurou um advogado para se defender.

“Eles continuaram insatisfeitos e me perseguindo, e eu procurei o Marlus Arns, por indicação de outra pessoa, para tentar abrir um novo caminho para que parassem de me prejudicar.”

Tacla Duran confirmou ao canal Brasil 247 que “quem me apresentou o Marlus foi uma pessoa que já vinha trabalhando com ele. Não tem relação com Zucolotto“, que além de compadre, é sócio de Rosangela Moro em um escritório de advocacia.

O advogado Marlus Arns de Oliveira trabalhava na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Curitiba, em contato direto com a então diretora jurídica Rosângela Moro.

Em artigo publicado em maio, o jornalista Luis Nassif revelou que foi o doleiro Wu Yu Sheng quem indicou Marlus Arns para Tacla Duran. Veja o artigo aqui.

Em depoimento à 13ª Vara, Tacla Duran disse, segundo a apuração de Nassif, que “Wu Yu teria relatado que ele também participou das operações de pagamento de taxa de proteção [a advogados]. Depois, Wu teria pago 500 mil dólares ao próprio Marlus Arns para não ser processado em Curitiba. (…) Disse que a operação vinha desde o Banestado, por conta da atuação do então procurador Carlos Fernando Santos Lima e seu pai. Segundo Tacla Duran, o pagamento era feito ao próprio Carlos Fernando.”

Decisão de Toffoli
Ainda na entrevista, Rodrigo Tacla Duran celebrou a recente decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que na semana passada suspendeu duas ações penais que tramitavam em Curitiba, admitindo que usaram contra Duran uma série de provas nulas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht.

“Na verdade, em 2017, quando eu fui na CPMI, eu apresentei evidências de que o sistema Drousys havia sido manipulado. Para mim, é gratificante porque é demonstração de que o que eu disse 5 anos atrás é a realidade dos fatos. O Supremo já havia reconhecido a manipulação das provas para outros réus; e, agora, para mim, reconheceu a nulidade das provas.”

*GGN

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Justiça

Toffoli anula todas as provas de ações penais contra Tacla Duran; advogado deve voltar ao Brasil para depor contra Moro

Magistrado considerou material ‘imprestável’; advogado diz que foi extorquido no âmbito da Operação Lava Jato.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou todas as provas de ações penais contra Rodrigo Tacla Duran que corriam na 13a Vara Federal de Curitiba, segundo Mônica Bergamo, Folha.

Com isso, o STF abre caminho para o trancamento das ações contra ele.

O advogado deve também, em consequência, ser liberado de processos equivalentes que sofre na Espanha com base nessas supostas provas. Com isso, conseguirá retornar do país europeu ao Brasil.

Tacla Duran está convidado pela Câmara dos Deputados para esclarecer denúncias de extorsão que diz ter sofrido na Lava Jato, e que têm o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) como alvo.

De acordo com Toffoli, as ações contra Tacla Duran usavam provas do acordo de leniência da Odebrecht que já haviam sido consideradas imprestáveis pelo STF.

Na decisão desta quinta (15), o magistrado reafirma “a imprestabilidade, quanto ao ora requerente, dos elementos de prova obtidos a partir dos sistemas Drousys e MyWebDay B [de contabilidade paralela] utilizados no acordo de leniência celebrado pela Odebrecht”.

As ações contra Tacla Duran já tinham sido suspensas em março pelo então ministro Ricardo Lewandowski.

Ele também usou o argumento de que o próprio STF, em julgamento da 2a Turma, havia considerado as provas da delação da Odebrecht “inapelavelmente comprometidas” por “vícios insanáveis”.

Cópias de dados retirados dos sistemas da empreiteira haveriam sido inclusive adulteradas. Processos envolvendo o presidente Lula e outros réus já haviam sido, por isso, encerrados.

Um mês depois da decisão de Lewandowski, no entanto, o desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4), restabeleceu uma ordem de prisão contra Tacla Duran, que hoje vive na Espanha.

Malucelli é pai de João Malucelli, namorado da filha de Moro e sócio da mulher dele, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), em um escritório de advocacia.

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Justiça

Toffoli concede salvo-conduto para Tacla Duran vir ao Brasil depor

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um habeas corpus preventivo ao advogado Rodrigo Tacla Duran, garantindo-lhe um salvo-conduto para que ele possa entrar no Brasil, prestar depoimento à Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados no dia 19 de junho e deixar o país posteriormente.

A solicitação para que Tacla Duran compareça ao depoimento foi feita pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara, e o ministro Toffoli determinou que o Ministério da Justiça e a Polícia Federal adotem as medidas necessárias para garantir a segurança e a livre circulação do advogado durante sua entrada, permanência e saída do país relacionadas ao depoimento.

Tacla Duran foi convidado a depor sobre a suposta extorsão que teria sido praticada contra ele por interlocutores do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador da República Deltan Dallagnol, no contexto da Operação Lava Jato. Em um depoimento prestado remotamente ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara de Curitiba, Tacla Duran implicou Moro e Dallagnol. Após o depoimento, o advogado foi incluído no programa federal de proteção a testemunhas, o que lhe garantiu imunidade processual e segurança para retornar ao Brasil e depor na Lava Jato.

No entanto, próximo à data da viagem marcada para abril, o desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desrespeitou uma ordem do STF e cassou a decisão de Appio, ameaçando Duran com a possibilidade de ser preso caso entrasse em território brasileiro. Essa ação de Malucelli desafiou o STF, uma vez que a Corte havia determinado a suspensão das ações penais envolvendo Tacla Duran.

No habeas corpus concedido, o ministro Toffoli ressaltou que as ações da 13ª Vara de Curitiba e do TRF-4, que deveriam estar suspensas, serão analisadas paralelamente à concessão do salvo-conduto.

É importante ressaltar que o depoimento de Tacla Duran à Câmara dos Deputados promete trazer novas informações e esclarecimentos sobre as alegações de extorsão no contexto da Lava Jato, envolvendo o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol.

*Com 247

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Opinião

Sentiu!

Malandro demais vira bicho.

Moro, na GloboNews, nervoso, enrolou-se todo ao falar de Tacla Duran.

Além disso, confessou que foi ele que arquitetou e operou a saída do juiz Eduardo Appio da Lava Jato, justamente por dar voz a Tacla Duran.

A sua entrevista foi reveladora. Sergio Moro caiu em todas as arapucas que os entrevistadores armaram para o pato metido a esperto.

Marcelo Lins e, sobretudo, Octavio Guedes deram a isca e Moro mordeu, em absolutamente todas bambeou e Guedes, assim como Lins, sorria.

Moro sentiu feio. Para piorar, seu sócio e genro foi quem armou a farsa contra o Juiz Appio. Não tinha lado B para justificar as cascas de banana que encontrou e foi se esborrachando, pergunta a pergunta.

Respondia mais do que era perguntado com um diversionismo boboca que lhe deixou ainda mais exposto.

Esse catálogo desculpas esfarrapadas de Moro, se seus adversários quiserem explorar vai sobrar leitão assado para todo lado.

De muito gorda a porca já não anda.

Tudo indica que a armação de Moro e seu genro e sócio contra o Juiz Appio é mais grotesca que a farsa da facada em Bolsonaro.

O som da voz característico do mentiroso entrega o sujeito e Moro estava com esse som na entrevista da Globonews.

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Justiça

Tacla Duran diz que decisão que afastou juiz da Lava Jato é “absurda”

Jamil Chade*

Em declarações exclusivas ao UOL, o advogado Rodrigo Tacla Duran criticou a decisão que afastou o juiz Eduardo Appio, à frente da Operação Lava Jato, da 13ª Vara de Curitiba. A decisão de ontem foi do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Appio foi denunciado à Corregedoria Regional por suposta ameaça ao desembargador federal Marcelo Malucelli. Ele teria consultado, em um processo, por duas vezes, o número de João Eduardo Barreto Malucelli, filho de Marcelo, no dia 13 de abril deste ano, pouco antes de João receber uma ligação telefônica, considerada suspeita, solicitando informações sobre seu pai, o que foi considerado como possível tentativa de intimidação ou ameaça.

João Malucelli é sócio do escritório de advocacia do ex-juiz Sergio Moro, que já esteve à frente da Operação Lava Jato, e da esposa do senador, a deputada federal Rosângela Moro.

Para Tacla Duran, trata-se de uma “decisão liminar absurda do TRF-4” e que deve ser entendida como “mais uma tentativa para afastar o juiz natural da 13ª Vara Federal de Curitiba”.

“Extrapolaram a competência e a prevenção do CNJ [Conselho Nacional de Justiça] e do ministro Luís Felipe Salomão”, disse. Segundo ele, o CNJ “já conhecia a matéria, uma vez que as questões afetas ao desembargador Malucelli e o relacionamento de seu filho com Sergio Moro já são processadas e conhecido pelo CNJ em um pedido de providências extra oficio, vinculado a reclamações disciplinares promovidas por mim e pelo senador Renan Calheiros”.

O desembargador Malucelli, infelizmente, mais uma vez demonstra sua parcialidade, ocultando essas informações prestadas ao ministro Salomão, para criar artificialmente uma competência da Corregedoria do TRF-4Tacla Duran

“Não podemos esquecer que foi o próprio TRF-4 que publicou uma nota dizendo que o desembargador Malucelli havia restabelecido um mandado de prisão contra mim e que depois por meio de sua equipe informática removeu esta nota do portal”, afirmou Tacla.

“Tal fato já se encontra em apuração no CNJ”, explicou. “O desembargador Malucelli preferiu burlar a competência do CNJ para, junto com pessoas que já lhe haviam protegido da sanção disciplinar – apagando os dados do portal do TRF-4 – para afastar o magistrado, que é criticado por Sergio Moro, sogro e sócio de seu filho”, insistiu Tacla Duran.

“A própria suspeição de Malucelli já por ele reconhecida, vicia na origem este procedimento”, defendeu.

O advogado indicou que irá tomar “as providências necessárias junto aos procedimentos em andamento no CNJ”.

Tacla foi advogado da Odebrecht e acusado pelo antigo grupo da Lava Jato de lavagem de dinheiro em 2016. Mas só foi ouvido pela primeira vez na Vara de Curitiba há dois meses.

Há quatro anos, em entrevista exclusiva concedida a esta coluna, ele disse que saiu do Brasil em decorrência da Operação Lava Jato. “Paguei para não ser preso”, acusou, então. Tacla Duran detalhou, naquela ocasião, a suposta extorsão, no valor de US$ 5 milhões, que começou quando seu nome veio à tona na investigação.

Tacla Duran disse ter pago uma primeira parcela de US$ 612 mil ao advogado Marlus Arns, mas alega que se recusou a pagar o restante.

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Justiça

TRF-4 afasta juiz Eduardo Appio da Lava Jato

Alegação do TRF4 é que Appio ligou ao meio dia para filho do desembargador Malucelli, para confirmar sua filiação.

O TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4a Região) acaba de atravessar o Rubicão estreito, que separa a legalidade do ativismo político. Atendendo a uma representação do desembargador Marcelo Malucelli, afastou de sua jurisdição o juiz Eduardo Appio.

Malucelli é o desembargador da 8a Turma, pai de um sócio do escritório do ex-juiz Sérgio Moro. Tentou impedir o depoimento de Tacla Duran. ordenando a sua prisão com base em processos antigos. Depois de reveladas as ligações familiares, ele se afastou das decisões envolvendo a Lava Jato. Mas continuou atuando em defesa da operação.

Agora, volta à carga e o TRF4 acata sua representação ignorando as decisões judiciais, em um ato claramente político. A alegação é bisonha. O motivo alegado é que Appio teria ligado para o filho de Malucelli, fora do horário de expediente – meio-dia – para saber se era mesmo filho do desembargador.

O episódio compromete mais ainda a atuação do TRF4 perante a opinião pública e suscita indagações maiores: o que se pretende esconder.

*Com GGN

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Por risco de fuga, Tacla Durán pede tornozeleira e retenção de passaporte de Moro

O advogado Tacla Duran, que denuncia ser alvo de uma tentativa de extorsão para que não fosse preso no âmbito da “lava jato”, reivindicou em suas redes tornozeleira e a retenção do passaporte de Sergio Moro diante do risco de fuga do Brasil, segundo o 247.

A fala do advogado ocorre após Moro sinalizar renúncia do cargo de senador e saída do Brasil, após seu colega, Deltan Dallagnol, ter sido cassado pelo TSE. De acordo com o jornalista Daniel Cesar, do portal IG, “O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) sondou amigos e aliados que moram nos EUA na busca por um emprego, que lhe garantiria a permanência no país americano”.

“Não seria o caso de tornozeleira e retenção do passaporte, já que o Russo é investigado?”, questionou.

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Opinião

Deltan Dallagnol, o ficha suja

Dallagnol foi cassado porque quis dar uma volta no Conselho Nacional de Justiça. O esperto quis usar a proteção do foro privilegiado que ele próprio tanto atacou.

Claro que ele vai recorrer ao próprio TSE e não terá chance nenhuma de reverter essa sua tragédia pessoal, que é dupla, pois, além de ser cassado, vai enfrentar o CNMP irritado com sua malandra tentativa de driblar a lei e, consequentemente, seu julgamento no CNMP.

Dallagnol sempre se achou mais esperto que ele próprio. Fala rápido demais e, de forma confusa para ser confusamente entendido.

Isso é típico dos picaretas que se acham muito vivos, pois julgam que as pessoas são idiotas e que não percebem esse tipo de malandragem.

O fato é que o ficha suja, que, não resta dúvidas, terá que enfrentar a justiça no caso de Tacla Durán sem qualquer proteção, ou seja, sem foro privilegiado. Neste caso, Dallagnol pode enfrentar uma cana dura.

Dallagnol sofreu ontem uma derrota avassaladora, que vai lhe custar ainda cara daqui por diante.

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Justiça

Em denúncia, MPF cita cobrança de “taxa de proteção” a investigados

Jamil Chade*

Uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal e que corre na Justiça do Rio de Janeiro aponta para indícios de um esquema no qual advogados e intermediários cobravam “taxa de proteção” para que suspeitos não fossem investigados e até mesmo a adoção de uma “mesada”.

A informação faz parte de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, em 2020, e que apontava para evasão de divisas, exploração de prestígio, tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Um dos denunciados é Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto. Procurado, ele indicou que “a questão está com o Judiciário, no qual confiamos e falaremos somente em juízo”.

Figueiredo Bastos é o advogado acusado por Rodrigo Tacla Duran como parte do esquema que supostamente garantia a proteção para que certos nomes não fossem investigados pela Operação Lava Jato. Tacla foi advogado da Odebrecht e acusado pelo antigo grupo da Lava Jato de lavagem de dinheiro em 2016.

Há quatro anos, em entrevista exclusiva concedida a esta coluna, ele disse que saiu do Brasil em decorrência da Operação Lava Jato. “Paguei para não ser preso”, acusou. Tacla Duran detalhou, naquela ocasião, a suposta extorsão, no valor de US$ 5 milhões, que começou quando seu nome veio à tona na investigação.

A apuração do MPF do Rio de Janeiro, em 2018, aponta a suposta existência de um esquema. Na denúncia, os colaboradores Claudio Fernando Barboza de Souza e Vinicius Claret “afirmaram que a organização criminosa de doleiros liderada por Dario Messer sofria cobrança e realizava pagamento de uma denominada “taxa de proteção” em espécie aos advogados Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores durante oito anos.

“Os denunciados Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, Luis Gustavo Rodrigues Flores e Enrico Vieira Machado [que intermediaria a operação] afirmavam a Messer, Barboza e Claret que tais pagamentos seriam repassados a autoridades envolvidas nas investigações”, apontou.

Parte do dinheiro era transferido “para conta mantida no exterior, em nome de empresa offshore de fachada, constituída com a única finalidade de distanciar os valores de sua origem ilícita”.

De acordo com o MPF, houve uma “confissão parcial por Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores de atos criminosos de evasão de divisas”.

Na peça de denúncia, Figueiredo Basto reconheceu os fatos confessados por seu sócio Luis Gustavo Flores, indicando “que esse dinheiro recebido no exterior não foi declarado.” Ainda em seu depoimento, ele teria afirmado “que os pagamentos geralmente eram feitos no escritório em Curitiba” e “que acredita que parte desses valores tenham sido declarados, e parte, não.”

Mesada

Na denúncia, Claret e Barboza informaram ainda que algum tempo após o início do pagamento dessa “taxa de proteção” foi criada formalmente no sistema de contabilidade da organização criminosa uma conta, sob a rubrica “MESADA” ou “MÊS”, para contabilizar os pagamentos feitos como essa “taxa de proteção”.

Nos extratos bancários colhidos pelo MPF, de fato, a palavra “mesada” é citada.

Segundo a denúncia, Claudio Barboza ainda traz prova de que, embora no Sistema somente tenha sido possível recuperar o extrato de duas contas das diversas criadas para contabilizar tais pagamentos (“MES”, “MESADA”, “MES.N”, “MES2”), uma das contas referente ao pagamento da “taxa de proteção” foi criada no Sistema ST em 13/09/2006 e o último pagamento que consta em uma das contas é de 19/03/2013, corroborando o que havia sido anteriormente afirmado que o pagamento de tal taxa foi realizado desde 2006 até 2013, por Claudio Barboza e Vinicius Claret.

Depoimento de Tacla e conta na Suíça

O pagamento do sistema de proteção voltou à tona em audiência realizada em 9 de maio de 2023. Naquele dia, Rodrigo Tacla Duran prestou depoimento como testemunha na 13ª Vara Federal de Curitiba, num processo envolvendo o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glass.

Tacla Duran relatou uma série de constrangimentos praticados por procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba, para supostamente forçar delações.

Na ocasião, o advogado também detalhou pagamentos, que segundo ele, destinavam-se a uma taxa de proteção, em um esquema montado entre procuradores e alguns advogados próximos da Força Tarefa, para que possíveis alvos não fossem investigados.

Na audiência, Tacla Duran informou que Figueiredo Basto possuiria uma sociedade offshore de fachada, a Big Pluto Universal, com uma conta no Banco Vantobel na Suíça.

Segundo seu relato, foram enviados dessa conta 750 mil dólares para a conta da Ultra Sky Corporation, no Banco Hang Seng, em Hong Kong, e de titularidade do chinês Wu Yu Sheng, acusado pelo MPF de ser o responsável por recolher dinheiro vivo na rua 25 de Março, em São Paulo.

Antônio Augusto Figueiredo Basto rechaçou o relato de Tacla Duran. “Ele ouviu dizer da boca de uma pessoa que já morreu? Não sei quem é o tal Sheng, a existência dele fiquei sabendo agora”, disse. “Cada dia ele traz uma mentira nova. Desafio ele a provar. Minha conta está declarada no Banco Central e Receita Federal. Meus sigilos estão disposição, como sempre fiz e farei. Não temo qualquer investigação”, insistiu.

Em 18 de setembro de 2020, Antônio Augusto Figueiredo Basto e seu sócio Luis Gustavo Rodrigues Flores foram denunciados pelo MPF, justamente por não haverem declarado a conta na suíça em nome da offshore.

A mesma denúncia demonstrou que de fato a Ultra Sky Corporation, de Wu Yu Sheng, recebeu três transferências de Figueiredo Basto. Segundo o documento oficial obtido pelo UOL, a acusação aponta:

  • 400 mil dólares em 20/05/2016
  • 230 mil dólares em 07/06/2016
  • 120 mil dólares em 17/06/2016

Naquele momento, o MPF pediu a quebra do sigilo bancário de Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores, “bem como a autorização judicial para Cooperação Jurídica Internacional junto à Suíça, para que se tenha acesso a todos os extratos das contas do Banco Vontobel, em Zurique, em nome da empresa offshore Big Pluto Universal, bem como as contas pessoais de Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores”.

O MPF ainda pediu que, uma vez confirmadas as imputações, “a condenação dos denunciados, determinando-se o valor de confisco e cumulativamente, um valor mínimo correspondente ao dobro dos valores lavados por cada um dos denunciados, para reparação dos danos morais e materiais causados pela infração”.

*Uol

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Justiça

Carlos Fernando, procurador da ‘lava-jato’ recebeu propina de doleiros, diz Tacla Duran

Conjur – O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou que o procurador aposentado Carlos Fernando dos Santos Lima liderou um “esquema de proteção” para não processar doleiros na “lava-jato”. A informação foi dada durante depoimento ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

De acordo com a coluna do jornalista Chico Alves, do UOL, Taclan Duran disse que Wu-Yu Sheng, conhecido como “Paulo China”, pagou US$ 500 mil a advogados que teriam participado do esquema.

“Essa proteção era praticada mediante a cobrança de uma taxa, para que o doutor Carlos Fernando se comprometesse a não-persecução penal (sic) desses doleiros que participavam da mesada, entre eles o Wu”, explicou. “Ele passou a ajudar a pagar esse valor todo mês, por muito tempo.”

O doleiro chinês naturalizado brasileiro não foi processado em Curitiba. Wu-Yu Sheng morreu em agosto de 2020.

Aposentado da carreira do Ministério Público Federal, Carlos Fernando trabalha atualmente como advogado nas áreas de compliance, investigações internas, monitoria, gestão de crises e acordos de leniência e colaboração premiada.

Appio encaminhou à Superintendência da Polícia Federal no Paraná dados sobre contas bancárias que teriam movimentado as propinas com objetivo de abertura de investigação.

O depoimento de Rodrigo Tacla Duran foi feito por meio de videoconferência, já que ele mora na Espanha. O advogado falou na condição de testemunha indicada pelo ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, que responde a processo por denúncia feita pelo ex-procurador Deltan Dallagnol.

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