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Política

Ministro dos Direitos Humanos diz que acabar com as ‘saidinhas’ de presos é inconstitucional e fortalece crime organizado

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirma que o fim das saídas temporárias de presos é inconstitucional, “contraria a ideia de ressocialização” e fortalece o crime organizado.

Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, Silvio Almeida diz que “a forma como se está lidando” com o tema no país “vai na contramão de tudo que tem sido feito mundialmente para racionalizar e diminuir a pressão do sistema carcerário”.

Lula vetou parcialmente o texto que acabava com as saídas temporárias que tinha sido aprovado pelo Congresso. Com isso, o presidente manteve a saída temporária em datas comemorativas para presos do semiaberto, além da liberação para estudar e trabalhar.

O petista manteve, porém, alguns pontos como a obrigação de os detentos passarem por exame criminológico para progressão de regime. Agora, o projeto será novamente analisado pelo Congresso, e a tendência é a de que o veto presidencial seja derrubado, o que restabeleceria restrições para que detentos possam visitar a família.

“Isso contraria a ideia de ressocialização, que é um dos objetivos expressos na lógica do sistema penitenciário brasileiro. Ou seja, essa medida só serve para desestabilizar um sistema que já tem muitos problemas, além de fortalecer o crime organizado que ganha mais mão de obra”, afirma Silvio Almeida em nota enviada à coluna.

E segue: “Consideramos o projeto inconstitucional, pois inviabiliza a ressocialização e tende a ampliar o caos já reinante no sistema penitenciário”.

Antes dele, os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, defendiam fortemente junto a Lula o veto ao fim das saidinhas. Os dois travaram uma queda de braço com as chamadas linha dura e linha pragmática do governo, que defendiam a manutenção do artigo.

A ala dura, liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, entende que as leis penais devem ser endurecidas no país. Já a ala pragmática, que inclui líderes do governo no Congresso, é até contra o fim da saidinha, mas entende que o veto gerou um desgaste desnecessário a Lula, já que seria derrubado posteriormente pelos parlamentares

Na semana passada, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasil) se manifestou a favor da manutenção da saída temporária de presos em datas comemorativas.

No texto, a entidade católica afirma que “o sistema estatal deve favorecer a reinserção das pessoas condenadas e promover uma justiça reconciliadora” e que a própria legislação brasileira tem a premissa de reintegração. “As saídas temporárias no decorrer do cumprimento da pena respondem a essas premissas”, afirma trecho da nota.

O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) também aprovou, por unanimidade, um parecer que diz que o projeto de lei que acaba com a saidinha temporária de presos em datas comemorativas é inconstitucional.

O parecer, do conselheiro federal Cristiano Barreto, afirma que o fim das saidinhas “implicará em forte obstáculo à efetivação da ressocialização dos encarcerados e configurará flagrante retrocesso em matéria de direitos humanos, que atinge o núcleo fundamental do direito à dignidade humana”.

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Cotidiano

Ministro dos Direitos Humanos viverá abolicionista Luiz Gama em desfile da Portela

Além dele, o ator Lázaro Ramos também vai dar vida ao personagem, que foi um dos principais líderes do movimento pela libertação dos escravos no Brasil.

O ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania, confirmou sua participação no desfile da Portela no Carnaval 2024. Ele vai interpretar o advogado abolicionista Luiz Gama, tema do enredo “Um defeito de cor”, baseado no romance de Ana Maria Gonçalves.

Além dele, o ator Lázaro Ramos também vai dar vida ao personagem, que foi um dos principais líderes do movimento pela libertação dos escravos no Brasil. O enredo vai mostrar a trajetória de Gama, desde sua infância na Bahia até sua atuação como jurista em São Paulo, destacando a influência de sua mãe, Luiza Mahim.

Silvio Almeida é advogado, professor e doutor em Direito, e foi o primeiro presidente do Instituto Luiz Gama, uma entidade que defende os direitos humanos, especialmente dos negros e das minorias. Ele visitou o barracão da Portela no dia 13 de janeiro e aceitou o convite da escritora Ana Maria Gonçalves, que é a autora do livro que inspirou o enredo.

Outra integrante do governo Lula que vai desfilar no Carnaval é a ministra Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas. Ela vai representar o povo Yanomami no desfile do Salgueiro, que tem como enredo “A floresta que se move”.

 

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Curiosidades

Advogado pede impeachment de ministro do STF, mas não diz qual

Advogado espanhol líder de grupo de extrema direita protocolou pedido de impeachment contra ministro do STF, mas não cita qual.

Um advogado espanhol líder do grupo de extrema direita CitizenGo protocolou no Senado pedido de impeachment contra um “ministro do STF”, mas não disse qual dos 11 integrantes da Corte, segundo Igor Gadelha, Metrópoles.

Protocolado no último dia 5 de setembro, o pedido é assinado pelo advogado Ignacio Arsuaga, conhecido líder direitista espanhol.

Na peça, Arsuaga diz que é preciso “colocar um freio” no STF e solicita o “impeachment” do ministro do Supremo Tribunal Federal, mas não cita o nome de tal ministro.

Pedido de impeachment de ministro do STF - MetrópolesPedido de impeachment de “ministro do STF” protocolado por espanhol

A petição diz apenas que Arsuaga e a “grande maioria do povo brasileiro” querem a saída do ministro por suas “declarações de fundo partido partidário, por se utilizar de seu posto para promover suas convicções políticas”.

A Lei do Impeachment de ministros do STF diz que qualquer “cidadão” pode protocolar petição no Senado sobre o tema, sem especificar que o cidadão tem de ser “brasileiro”.

O CitizenGo, grupo do qual Arsuaga é um dos líderes, se define como uma “comunidade” na qual “cidadãos” usam petições on-line para defender a “vida, a família e as legítimas liberdades fundamentais”.

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Justiça

Ministro aciona PF e PGR contra bolsonarista por fala racista sobre africanos

Silvio Almeida pede providências para que deputado, que corre o risco de ser cassado, responda por declarações racistas na esfera criminal.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, informou que acionou a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (28), solicitando providências para que o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) responda criminalmente pela declaração racista que fez durante participação em um podcast.

Em entrevista ao podcast Três Irmãos que vem repercutindo nas redes sociais, Gayer concordou com uma fala do apresentador de que macacos teriam o QI maior que a de pessoas que nasceram em países da África.

“Aí você vai ver na África: quase todos os países são ditaduras. Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter democracia, é preciso ter o mínimo de capacidade cognitiva para entender o bom e o ruim, o certo e o errado. Tentaram fazer democracia na África várias vezes. O que acontece? Um ditador toma tudo e o povo [simula aplausos]. O Brasil está desse jeito. O Lula chegou à presidência e o povo burro: ‘êeee, picanha, cerveja!’ [simula aplausos novamente]”

Além de incorrer em flagrante desrespeito para com os povos africanos, Gayer ainda sugeriu que os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são burros. As falas do bolsonarista possuem clara conotação racista e podem configurar, inclusive, o crime de injúria racial, cuja pena, prevista na Lei 14.532/2023, é de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.

Ao acionar órgãos competentes para que Gayer seja investigado, Silvio Almeida destacou que “a imunidade parlamentar não é escudo para quem pratica crimes”.

“Acabo de enviar ao Min. da Justiça, à PF, à Câmara dos Deputados e à PGR vídeo em que deputado federal bolsonarista faz ofensas discriminatórias a brasileiros e africanos, bem como a autoridades da República”, escreveu Almeida através das redes sociais.

O ministro enviou o vídeo com a declaração racista de Gayer através de ofícios em que pede “a tomada das providências cabíveis por parte das autoridades”.

Cassação
Além dos pedidos para que Gayer seja investigado na esfera criminal, Silvio Almeida oficiou a Câmara dos Deputados para que a Casa tome providências com relação à conduta do parlamentar.

A ação reforça uma medida já tomada pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), que anunciou que protocolará junto ao Conselho de Ética da Câmara um pedido de cassação do bolsonarista.

“Entraremos hoje com o pedido de cassação do Deputado Gustavo Gayer no Conselho de Ética da Câmara. A Câmara não pode ser espaço para racista! Deveria ser preso além de perder o mandato”, disse Duda.

“Entraremos hoje com o pedido de cassação do Deputado Gustavo Gayer no Conselho de Ética da Câmara. A Câmara não pode ser espaço para racista! Deveria ser preso além de perder o mandato”, disse Duda. 

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Política

Ministro de Minas e Energia anuncia que Petrobras acabará com preço internacional dos combustíveis; estatal responde

A Petrobras passará a adotar preços de combustíveis compatíveis com o mercado interno e não mais com os preços de importação e internacionais. Em comunicado, a estatal afirmou que não recebeu nenhuma proposta do governo.

O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em declaração à GloboNews, nesta quarta (05), no qual classificou a atual política, de adotar o Preço por Paridade de Importação (PPI), como “um verdadeiro absurdo”.

“O tal PPI é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, afirmou.

Com a decisão, que segundo o ministro deve começar a valer a partir do final de abril, com a próxima Assembleia Geral da estatal, o diesel sofrerá a principal redução nos preços, com cálculos de R$ 0,22 a R$ 0,25 a menos no preço do litro.

Posicionamento da Petrobras

Em resposta, após a declaração do ministro, a Petrobras emitiu um comunicado informando que não recebeu nenhuma proposta de colocar fim ao PPI.

“(…) quaisquer propostas de alteração da Política de Preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”, diz a Petrobras.

Aos acionistas, a Petrobras disse, também, que ajustes de preços de combustíveis “são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais.”

Visão do governo

A mudança na política de preços da Petrobras seria uma das principais medidas do governo Lula para diminuir o impacto da inflação e crises internacionais de petróleo no preço nacional.

Desde que assumiu, o ministro de Minas e Energia defendeu o preço do mercado nacional atrelado à competição interna, mas protegendo o consumidor da volatilidade internacional.

De acordo com Silveira, por ser uma estatal, a Petrobras é obrigada a cumprir “o que está nas Leis das Estatais e na Constituição Federal”, com a função de “criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis”.

“Isso vai resolver o problema definitivo quando a gente tiver uma crise internacional? Não. Não vamos iludir ninguém. Nós vamos estar sempre suscetíveis às questões da volatilidade internacional. Mas a Petrobras tem, sim, muito a contribuir com a questão social brasileira”, concluiu.

*GGN

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Política

Lula diz a aliados esperar explicação de ministro sobre uso de avião da FAB

Agenda do Poder – Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizem que ele aguarda explicações do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, sobre o uso de avião da FAB e recebimento de diárias para uma agenda majoritariamente privada em São Paulo. A situação de Juscelino provoca constrangimento no Palácio do Planalto, mas a ordem de Lula é para que os ministros não comentem o assunto em público.

Em conversas reservadas, deputados e senadores da base aliada afirmam que Lula deveria demitir rapidamente Juscelino, após a série de reportagens publicadas pelo Estadão revelar esquemas envolvendo o titular das comunicações. A indicação está na cota do União Brasil, embora a bancada diga que não tenha tido qualquer influência nessa nomeação. Deputados da bancada disseram ao Estadão que Juscelino não conseguiria 30 assinaturas no partido hoje em apoio a ele.

“Ele tem que responder”, disse o deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO). A indicação de Juscelino deveria partir da Câmara, mas o senador Davi Alcolumbre (União-AP) o levou à pasta. O líder da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), pediu que os congressistas não comentassem sobre o ministro.

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) diz esperar orientações do Palácio do Planalto sobre como lidar com a crise no Ministério das Comunicações.

De acordo com a reportagem, Juscelino Filho recebeu quatro diárias e meia e usou jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir e voltar de São Paulo entre os dias 26 a 30 de janeiro, onde dedicou três dos quatro dias da sua agenda para assistir leilão de cavalos, uma predileção pessoal sua.

O ministro também foi ao Oscar do Quarto de Milha, na qual foi homenageado, e inaugurou uma praça em Boituva (SP) em homenagem a um cavalo do seu ex-sócio. No discurso, disse que estava ali como integrante “da equipe do presidente da República”. Nenhum dos compromissos envolvendo cavalos está registrado na agenda de Juscelino. Procurado, ele não comentou o assunto.

Quando era deputado federal, pouco antes de virar ministro de Lula, Juscelino destinou recursos do orçamento secreto para o asfaltamento de uma estrada que passa na sua fazenda e de sua família no interior do Maranhão, onde mantém uma pista de pouso particular. Juscelino foi um dos principais beneficiados com o esquema de distribuição de dinheiro público montado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para cooptar o Congresso. Na campanha, Lula afirmou que se tratava de uma “excrescência”.

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Justiça

Ministro da CGU diz que há registro de que Bolsonaro se vacinou contra Covid

Vinícius de Carvalho diz que CGU investiga se registro que aponta suposta vacinação de Bolsonaro em 19/7/2021 pode ter sido adulterado.

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, confirmou que existe um registro de vacinação contra a Covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A informação foi dada em entrevista à CNN Brasil, nesta sexta-feira (17/2). O ministro confirmou que houve uma troca de ofícios entre a CGU e o Ministério questionando se o ex-presidente recebeu uma dose do imunizante da Janssen em 19 de julho de 2021.

“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar”, disse.

Em nota divulgada nesta sexta, o CGU afirmou que apura a a suspeita de adulteração do cartão de vacinação de Bolsonaro.

“Há, de fato, uma investigação preliminar sumária em curso no âmbito da Corregedoria-Geral da União (CRG), iniciada nos últimos dias do governo anterior, envolvendo denúncia de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro”, diz a nota.

A investigação foi aberta após uma denúncia recebida no ano passado sobre a suposta adulteração.

A CGU informou, ainda, que a matéria foi submetida à avaliação da Consultoria Jurídica, que emitirá parecer quanto à viabilidade de divulgação da decisão, já que o caso é sigiloso.

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Ministro aciona AGU contra atleta que postou sobre dar tiro em Lula

Comissão da Alerj diz que denunciará caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) por incitação ao crime e ameaça.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou nesta terça-feira (31/1) que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) contra o jogador de vôlei Wallace Souza. O atleta, em publicação no Instagram, sugeriu que um tiro fosse dado “na cara” do presidente Lula.

Um seguidor perguntou se Wallace daria um tiro com uma “12”, uma espingarda, no rosto do presidente. O atleta, então, abriu uma enquete perguntando sobre a sugestão. Em captura de tela que viralizou nas redes sociais, 64% dos seguidores de Wallace responderam que aprovam a violência.

O chefe da Secom da Presidência repudiou a atitude do jogador do Sada Cruzeiro, que também jogou na Seleção Brasileira de Vôlei. “Já acionei a AGU e vamos tomar todas as providências necessárias. Não vamos tolerar ameaças feitas por extremistas e golpistas!”, afirmou Paulo Pimenta nas redes sociais.

A Comissão de Combate às Discriminações da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) afirmou que acionará a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso. O comitê quer saber se o jogador cometeu infrações de incitação ao crime e ameaça.

Entidades esportivas repudiam publicação

O clube de Wallace se pronunciou sobre o caso nas redes sociais e lamentou a postagem. “Vivemos um momento delicado, em que precisamos ter muita cautela com as nossas manifestações. As redes sociais podem parecer um espaço em que tudo está liberado, sem muita avaliação das possibilidades de interpretação, e isso é uma armadilha gigantesca”.

“Ressaltamos, principalmente, que a violência nunca deve ser exaltada ou estimulada, e da parte do Sada Cruzeiro pedimos sinceras desculpas a todos”, finaliza a mensagem.

Procurada, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) repudiou o caso. “A CBV repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”.

*Com Metrópoles

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O ministro que mais interrompeu julgamentos de processos no STF

Para alguma coisa ele serve.

André Mendonça, o ministro terrivelmente evangélico nomeado por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF), completará um ano no cargo como o juiz que mais suspendeu julgamentos em 2022 mediante pedidos de vista de processos.

Ele pediu vista de 49 processos julgados em plenário pelos 11 ministros da Corte de forma virtual ou presencial. Gilmar Mendes pediu de 29, Ricardo Lewandowski de 16, Kássio Nunes de 12, e Alexandre de Moraes de 11. Rosa Weber não pediu de nenhum.

Na Segunda Turma do STF, composta por Mendonça e mais quatro ministros, ele também foi o que mais pediu vista: 62 vezes, contra 23 de Gilmar. Nenhum dos ministros da Primeira Turma fez tantos pedidos de vista.

*Noblat/Metrópoles

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A pergunta que nunca quis se calar: por que Moro, como ministro, não investigou o tráfico de armas do vizinho de Bolsonaro e assassino de Marielle?

Não há qualquer dúvida de que Sergio Moro, quando super ministro da Justiça e Segurança Pública, não quis investigar o tráfico de armas do vizinho de Bolsonaro, Ronnie Lessa que assassinou Marielle.

Isso está claro e aparece em qualquer resumo sobre essa macabra coincidência.

No exercício de suas funções, Moro não só tinha o Ministério Público Federal e Polícia Federal com capacidade técnica para tratar desse caso de forma objetiva, como vimos acontecer hoje.

Mas Ronnie Lessa, que está ligado, num outro grau de coincidência, ao clã Bolsonaro por não só ser comparsa do escritório do crime de Adriano da Nóbrega, que foi tratado por Bolsonaro com a maior condecoração da Alerj, dentro da cadeia, como também era chamado de patrãozão em Rio das Pedras, local que acolheu Queiroz por um bom tempo, justamente pela ligação deste, que era gerente dos negócios do clã Bolsonaro, ao esquema de peculato e formação de quadrilha.

Então, voltamos à seguinte questão, por que Moro mutilou ou fingiu que não viu que Ronnie Lessa estava com 117 fuzis? Instrução superior? Por que Moro não fala desse seu passado recente tanto quanto menciona o modelo de combate à corrupção e de combate ao crime organizado?

Hoje as relações de Moro e Bolsonaro são antagônicas, no entanto, isso não impede que a mídia lhe cobre o nível de integração do ministro da Justiça e Segurança Pública com o tratamento de blindagem que dava ao clã, a começar por esse exemplo, porque naquela época, Bolsonaro, Carluxo, Queiroz, Flávio e moro estavam todos num mesmo saco. Basta lembrar que não foi uma ou duas vezes que Moro considerou natural os processos de repasses de Queiroz aos membros da família Bolsonaro, sobretudo Michelle, usando o cargo de ministro para carimbar como oficial as suas próprias declarações.

Aqui são duas questões, por que Moro não fala sobre isso, respaldado apenas no silêncio? Por que a mídia até hoje se comporta como se Moro ainda fosse o herói de barro da Lava Jato? Claro, ela não quer lhe causar maiores problemas e, por isso finge que esse capítulo de sua passagem pelo ministério jamais aconteceu.

Esse acordo tácito é vitalício?

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