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Nos EUA, os ventos mudaram a favor da Palestina

Segundo o NYT, pesquisas nos EUA revelam erosão rápida do apoio dos norte-americanos a Israel no genocídio em Gaza.

Várias pesquisas de 2025 destacam essa transformação, com a desaprovação das ações de Israel agora superando a aprovação por grandes margens.

O apoio despencou entre democratas, independentes, jovens e até alguns republicanos, refletindo frustração com as baixas civis, a ajuda financiada pelos EUA e a percepção de excesso por parte de Israel.
Essas tendências não são isoladas.

Uma análise da Brookings observa uma “mudança paradigmática” entre jovens americanos (especialmente democratas e independentes), que veem o “horror” de Gaza como reflexo do caráter de Israel.

Até democratas mais velhos estão se tornando críticos, isolando republicanos mais velhos como a base principal de apoio a Israel nos EUA.

O Papel das Mídias Sociais
Imagens Cruas vs. Narrativas ControladasAs redes sociais democratizaram a narrativa de Gaza, inundando os feeds americanos com vídeos não filtrados de ataques aéreos, crianças famintas procurando comida e famílias vasculhando escombros — conteúdos muitas vezes ausentes dos meios de comunicação tradicionais.

Plataformas como TikTok, Instagram e X (antigo Twitter) são populares entre os menores de 35 anos, onde a oposição a Israel é mais alta (por exemplo, 76% dos jovens americanos nas pesquisas da Pew veem Israel desfavoravelmente).

Amplificando Vozes Palestinianas
Jornalistas e influenciadores de Gaza, como Motaz Azaiza (mais de 10 milhões de seguidores no Instagram), compartilharam imagens em primeira mão, humanizando a crise e acumulando bilhões de visualizações.

Hashtags como #FreePalestine e #GazaUnderAttack têm sido tendência global, fomentando solidariedade e ativismo.

Um relatório do CSIS destaca como essa “guerra de representação” influenciou jovens americanos, com as redes sociais permitindo compartilhamento em tempo real que contorna os vieses da mídia tradicional (por exemplo, meios ocidentais mencionam visões israelenses 3 vezes mais que palestinas).

Esforços de Contrapropaganda de Israel: Israel também usou as redes sociais como “ferramenta” para influenciar a opinião dos EUA, admitindo em 2025 o uso de influenciadores pagos, conteúdo gerado por IA e bots.

O governo de Netanyahu financiou campanhas secretas visando democratas, mas estas tiveram efeito contrário em meio a acusações de desinformação.

Apesar de restrições a postagens palestinas (por exemplo, limitações do Meta em contas de Gaza), o volume de conteúdo bruto de Gaza superou as narrativas pró-Israel.

Essa batalha digital acelerou a mudança de opinião.

Pesquisas pós-7 de outubro mostravam 47% de simpatia dos EUA por israelenses contra 20% por palestinos; em meados de 2025, isso se inverteu.

Especialistas como Shibley Telhami (Universidade de Maryland) argumentam que as redes sociais “consolidaram um paradigma geracional”, tornando a política dos EUA — que ainda fornece mais de US$ 3,8 bilhões em ajuda anual — politicamente insustentável a longo prazo.

Implicações Mais Amplas: Política, Política Interna e um Acerto GeracionalO backlash ameaça fraturar a política dos EUA.

Democratas estão cada vez mais vocais: quase metade do caucus apoiou a suspensão de envios de armas no verão de 2025, e figuras como a deputada Summer Lee exigem um cessar-fogo.

À direita, isolacionistas do MAGA (por exemplo, Tucker Carlson, Matt Gaetz) condenam a hipocrisia do “America First”, enquanto até republicanos pró-Israel como Lindsey Graham alertam sobre a erosão do apoio.

Evangélicos, antes aliados firmes, veem defecção entre jovens
Globalmente, isso reflete tendências.

Reino Unido e França avançaram para reconhecer a Palestina, e 78% dos americanos (incluindo 75% dos republicanos) agora querem um cessar-fogo imediato.

Para Israel, a perda do “amor incondicional” dos EUA pode significar redução de ajuda e isolamento; para os palestinos, sinaliza uma possível alavanca para a criação de um Estado.

No entanto, como observa a Al Jazeera, a política de Washington está atrasada em relação à vontade pública — o apoio inabalável persiste apesar das pesquisas.

Em resumo, a lente crua das redes sociais expôs a devastação de Gaza, catalisando um despertar nos EUA. Isso não é passageiro: à medida que eleitores mais jovens ganham influência, o velho consenso desmorona, forçando uma reavaliação do papel dos EUA em um conflito há muito definido por assimetria e impunidade.


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Política

A principal diferença entre Lula e Trump ficou evidente no púlpito da ONU: Lula só falou verdades, Trump, só mentiras.

A sinceridade de Lula em seu discurso na ONU, foi das coisas mais importantes apontadas pela imprensa internacional e não contestada pela mídia nacional.

Até os bolsonaristas se calaram sobre as abordagens enfáticas de Lula que chegaram a milhões de lares no mundo todo. O discurso de Trump não teve valor algum.

O ególatra usa as velhas táticas bufonas para soltar traques funestos e forçados, tentando esconder verdades sobre a economia dos EUA que, no mínimo, patina nas próprias sandices do aventureiro.

Lula foi duro e cirúrgico em sua defesa emocionada da Palestina e do povo palestino, sobretudo as crianças, denunciando o genocídio de maneira didática e focando na covardia com que o exército de Israel ataca a população civil desarmada.

Trump veio com aquela velhaca xaropada de “combate a Hamas”
Lula foi gigante e Trump, minúsculo.

Hoje. Trump anunciou um possível cessar-fogo na Palestina que, mesmo comemorando tal possibilidade, o mundo segue de pé atrás com o bufônico falastrão.

Por essas e outras razões, Lula se apresentou com um dos grandes chefes de Estados na ONU e, Trump, apenas uma caricatura de si mesmo.


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Brasil

Movimentos convocam ato em SP e denunciam que fome é ‘arma para o extermínio do povo palestino’

À frente da iniciativa que será realizada neste domingo (27), Soraya Misleh acusa bloqueio israelense e exige que governo brasileiro rompa relações com Tel Aviv

A Frente em Defesa do Povo Palestino organiza uma ação contra a fome em Gaza a ser realizada neste domingo (27/07), na Avenida Paulista, em São Paulo.

Segundo a coordenadora da Frente Paulista Palestina, Soraya Misleh, a ação atende a um “chamado global urgente diante do uso criminoso da fome como arma para o genocídio e limpeza étnica de palestinos na Faixa de Gaza” pelo governo de Israel.

A convocação vem em meio a mais um anúncio da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a fome no enclave: 85% da população em Gaza encontra-se às portas do estágio 5 de desnutrição, em que os danos à saúde são potencialmente irreversíveis.

Misleh explica que a fome causada por Israel no enclave palestino não é de agora. “Diante do bloqueio criminoso de Israel à Faixa de Gaza há 18 anos, a situação já era grave: 80% da população em Gaza já dependia de ajuda humanitária e os palestinos já eram submetidos a uma “dieta forçada”, com restrições de água, alimentos e condições de subsistência”, lembra.

Mas a partir de outubro de 2023, quando a mais recente ofensiva de Israel contra Gaza começou, o governo Netanyahu “avalizado pelo imperialismo dos EUA e potências europeias para buscar a solução final na contínua Nakba (a catástrofe palestina)”.

De acordo com a representante da Frente em Defesa do Povo Palestino, Israel usa a fome com objetivo de exterminar o povo palestino. “Eles falam declaradamente em substituir dois milhões de palestinos por judeus sionistas, ou seja, limpeza étnica, e fome é a arma fundamental”.

“Desde que retomou diretamente o genocídio, em março último, o bloqueio criminoso é total, impedindo a entrada de alimentos, água, medicamentos, tudo. Os palestinos sequer podem pescar, porque estão proibidos de acessar o mar de Gaza. Bombardeios destruíram tudo e contaminaram as terras agricultáveis”, detalha.

A questão da fome em Gaza não representa falta de alimentos, explica a organização. “A vida de um milhão de crianças está ameaçada pelo bloqueio israelense, palestinos estão desmaiando de fome e morrendo à espera de alimentos. Enquanto isso, a Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) tem o suficiente em seus armazéns, inclusive em al-Arish, no Egito, para alimentar toda a população de Gaza”.

“A ajuda humanitária entraria pela fronteira de Rafah, sul de Gaza, com o Egito. Há fila de caminhões com alimentos apodrecendo na fronteira com o Egito impedidos de entrar, e colonos sionistas criminosos têm saqueado e queimado toda essa ajuda que impediria a morte da população palestina em Gaza”, lamenta Misleh.
A UNRWA está proibida de atuar no enclave palestino por Israel. Quem está fazendo esta função é a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelo governo norte-americano e israelense.

Contudo, a Frente em Defesa do Povo Palestino lembra que mais de mil pessoas foram assassinados tentando obter os alimentos da GHF. “É uma armadilha mortal, o contrário de humanitário”, insta Misleh.

Diante deste cenário, a ação exige um cessar-fogo imediato em Gaza, o fim do bloqueio, e também que o governo brasileiro sancione Israel, com embargos energéticos referente ao petróleo que exporta, além de ruptura de todas as relações.

*Opera Mundi


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Mundo

Quem é Israel na fila do pão?

Qual a importância de Israel na geopolítica global?

A violência deliberada de Israel contra civis desarmados na Palestina, sobretudo crianças, bebês e mulheres, as maiores vítimas do carrasco sionista, é um escárnio civilizatório diante da comunidade internacional, o que coloca as instituições globais em cheque pela falta de ação contra o genocídio em Gaza, além do silencio obsequioso da expansão colonialista em pleno século 21, numa escancarada limpeza étnica na base do genocídio

Tem que ter uma explicação robusta sobre esse fenômeno das trevas no chamado “mundo civilizado”

Mas qual é a explicação?

Israel é um país que nasceu a fórceps dentro da ONU.Mais que isso, é  um país de proveta. Ou seja, um país de laboratório.
De A a Z, Israel é uma mentira a olho nu!

Não faz parte nem das 29 maiores economias do planeta. Mas, com seus contos de fada, vende-se como uma potência econômica global.

Tem uma concentração de renda pornográfica, o que explica por que mais de 30% dos habitantes de Israel vivem abaixo da linha de pobreza.

E a coisa só piora com aumento cavalar de pobreza no país, ano após ano.

Para ser mais exato, 10% da população têm uma renda vinte vezes maior que metade da população de Israel.

Se Israel acabasse hoje, o mundo nem sentiria sua falta, tal a relevância nenhuma que ele tem fora do círculo de ódio sionista que exporta para o mundo.

Nisso, tem que se reconhecer, Israel é imbatível.

Por isso é importante tentar entender como operam os sionistas no mundo para inventar uma Israel totalmente irrelevante na geopolítica global, mas que vende um triunfalismo e arrogância sem igual na história da humanidade.


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Mundo

Vídeo: Libertações na Palestina escancaram assimetrias do genocídio

Como parte das condições para o estabelecimento de um cessar-fogo no conflito em Gaza, uma das medidas acordadas foi a troca de um certo número de palestinos detidos em prisões israelenses pelos cidadãos israelenses que estavam sendo mantidos como reféns por parte da organização da Resistência do povo palestino conhecida como Hamas.

Nesta oportunidade, pôde-se evidenciar mais uma das aberrantes assimetrias que vêm caracterizando este conflito desde que o mesmo foi desatado há mais de 75 anos, quando os colonizadores de origem europeia, organizados sob a direção de sionistas também europeus, decidiram ocupar aquelas terras e montar ali seu próprio Estado.

Mas, como o povo palestino já vivia por ali há milênios, os sionistas europeus decidiram que eles teriam de ser expulsos, ou eliminados. E é a isto que eles têm se dedicado com afinco desde, pelo menos, a metade do século passado.

Porém, trata-se de um confronto marcado por grandes e inocultáveis assimetrias. Primeiramente, do ponto de vista militar, o sionista Estado de Israel está entre as potências mais bem armadas de todo o planeta. Suas forças armadas, conhecidas pelas siglas IDF, são financiadas como nenhuma outra pelos Estados Unidos, pela Alemanha e por todos os grandes países da Europa ocidental.

Já os palestinos estão quase que inteiramente desarmados, dispondo nada mais do que algumas poucas armas que lhes chegam a duras penas por contrabando.

Em decorrência do anterior, uma outra assimetria que se torna impossível de não ser observada é o número de mortos de cada parte nos confrontos que vão acontecendo.

Se nos limitarmos tão somente ao período iniciado em 7 de outubro de 2023 até o presente, vamos nos dar conta de que pelos cerca de 1.100 israelenses que perderam a vida em função das ações armadas, o número de palestinos já ultrapassou a casa dos 62.000, ou seja, uma proporção quase que de 62 mortos palestinos por cada morte israelense. Uma nítida assimetria.

Agora, com a consecução das primeiras trocas de prisioneiros, outra assimetria assombrosa se fez visível. O estado físico e mental dos prisioneiros em poder de cada bando.

Enquanto a maioria dos cidadãos israelenses que foram liberados podiam ser vistos e percebidos como tendo sido tratados dentro de um nível apropriado de humanidade, os palestinos que saíam das masmorras israelenses se mostravam mais parecidos a zumbis, a mortos-vivos, em razão da precariedade de suas condições de saúde e mental.

É sobre este último aspecto que o vídeo deste enlace trata (embaixo).

Por isso, recomendamos que o vejam com atenção, que discutam com o maior número possível de outras pessoas o significado do que está ali exposto, e procurem divulgá-los a quantas mais pessoas puderem.

*Jair de Souza/Viomundo

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Ualid Rabah: “Genocídio na Palestina fez o mundo saber o que é Israel e apartheid”

Presidente da FEPAL criticou a postura dos Estados Unidos e de Israel, denunciando o genocídio em Gaza e apontando os interesses econômicos e políticos.

Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), denunciou o que classificou como o maior genocídio da história da Palestina, destacando o papel decisivo dos Estados Unidos no apoio a Israel. Segundo Rabah, “mais de 25 mil, talvez 30 mil pessoas” foram mortas desde a declaração de cessar-fogo pelo Conselho de Segurança da ONU, vetada diversas vezes pelos Estados Unidos.

Rabah, criticou a insistência dos EUA e de Israel em bloquear propostas de cessar-fogo, afirmando que “todas as vezes o boicote ao cessar-fogo foi estadunidense e israelense”. Ele destacou ainda o papel do governo norte-americano no fornecimento de armas: “Os Estados Unidos continuaram fornecendo armamento, munições e sistemas, e o genocídio prosseguiu”.

Ao abordar a dinâmica do conflito, Rabah apontou a desproporcionalidade do impacto na população civil palestina. “Foram sequestrados por Israel, incluindo profissionais de saúde, 18.700 pessoas, dos quais 6.600 em Gaza e 12.100 na Cisjordânia”, afirmou. Ele também ressaltou a ausência de discussão sobre temas cruciais para a Palestina: “Nenhuma palavra sobre o desbloqueio, nenhuma palavra sobre Jerusalém, nenhuma palavra sobre a retirada dos colonos da Cisjordânia”.

Rabah relacionou o apoio incondicional dos EUA a Israel ao governo do presidente Joe Biden. “Biden é o gestor desse genocídio… sem o apoio incondicional dos Estados Unidos, Israel não teria condições de manter esse conflito”, afirmou. Ele comparou a atuação de Biden com a gestão nazista na Alemanha, dizendo que “Biden faz a mesma coisa” ao dedicar um terço de seu mandato ao conflito.

Ao ser questionado sobre a disputa política nos EUA e as tentativas de Donald Trump em se apropriar de méritos por um eventual cessar-fogo, Rabah declarou: “Quem determina o cessar-fogo é quem determina que ele aconteça, e esses são os Estados Unidos”. Ele ainda criticou a proposta de Israel de estabelecer uma área desmilitarizada em Gaza: “Não tem cabimento… cinco vezes mais zona de segurança israelense, onde a soberania é de Israel”.

Sobre as causas econômicas envolvidas no conflito, Rabah destacou a existência de reservas de gás na costa de Gaza e a proposta de construção do Canal Ben-Gurion, que ligaria o Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Segundo ele, “a ideia é roubar isso dos palestinos e ficar com essa reserva”.

Rabah também alertou para o risco de apagamento das provas do genocídio durante a reconstrução de Gaza. “Se você não reconstrói Gaza sob coordenação palestina… você corre o risco de apagar os vestígios e as provas do genocídio”, disse, referindo-se à destruição de hospitais e ao assassinato de profissionais de saúde e jornalistas.

Encerrando a entrevista, Rabah ressaltou que, apesar da tragédia, o conflito tornou visível a realidade vivida pelos palestinos. “Graças aos próprios palestinos, o mundo hoje sabe o que é Israel, o mundo sabe hoje o que é o sionismo, o mundo sabe hoje o que é apartheid”, concluiu. Com 247.

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Histórico: Palestina conquista lugar na Assembleia Geral da ONU

Nesta terça-feira (10), a Palestina fez história ao assumir um assento oficial na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Este é o primeiro assento palestino na Assembleia em mais de 70 anos de história da organização.

Imediatamente após a posse, as autoridades palestinas anunciaram a intenção de apresentar uma resolução que solicita a retirada de Israel dos territórios ocupados em um prazo de seis meses, informa Jamil Chade, no UOL.

O momento foi celebrado como histórico pela diplomacia árabe, com a delegação egípcia anunciando a chegada dos palestinos e recebendo aplausos da Assembleia. O embaixador palestino, Riyad Mansour, foi saudado por diversas delegações. A presença palestina foi destacada como um marco importante, já que 140 países reconhecem a Palestina como um estado soberano.

Israel criticou a medida e disse que Palestina não deveria ter assento

Em resposta, o governo de Israel criticou a medida, alegando que a Palestina não deveria ter um assento na Assembleia e acusando a decisão de favoritismo político. Israel argumenta que apenas estados soberanos podem ocupar tal posição e questionou se houve uma mudança na Carta da ONU para justificar a inclusão da Palestina.

Apesar da aprovação de uma resolução em maio, patrocinada pelo Brasil e que pede o reconhecimento da Palestina como um estado e sua entrada na ONU, a adesão plena ainda não foi garantida. A resolução precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança, onde os EUA já vetaram a proposta.

Status de observador

Atualmente, na sua função de observador, a Palestina não pode votar ou apresentar candidaturas para órgãos da ONU, mas agora tem um lugar simbólico entre os estados membros. A partir deste ponto, a delegação palestina poderá se sentar na ordem alfabética, inscrever-se para falar em assuntos não relacionados especificamente ao Oriente Médio, e propor itens para a pauta das sessões da Assembleia Geral. Além disso, poderá participar de conferências e reuniões internacionais convocadas sob os auspícios da Assembleia.

Em maio, a resolução que reconheceu a Palestina recebeu 143 votos favoráveis, com apenas 9 países se opondo e 25 se abstendo. Esse resultado evidenciou o isolamento dos EUA na questão e aumentou a pressão sobre o respeito à soberania palestina.

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Presidente da Turquia ameaça invadir Israel em apoio à Palestina

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou invadir Israel em retaliação contra a ofensiva liderada por Netanyahu em Gaza.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou invadir Israel em resposta à ofensiva liderada por Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza, que já dura mais de nove meses. A fala do líder turco aconteceu nesse domingo (29/7).

“Nós temos que ser muito duros para que Israel não faça essas coisas ridículas com a Palestina”, alertou Erdogan. “Assim como entramos em Karabakh, assim como entramos na Líbia, podemos fazer algo similar com eles. Não existem razões para não fazermos isso”.

Erdogan se referia as intervenções militares turcas realizadas no enclave armeno de Nagorno Karabakh, no fim da década de 80, e de quando a Turquia enviou tropas para a Líbia, em 2020, para apoiar o governo do então primeiro-ministro Adbul Hamid Dbeibah.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas, Erdogan tem se destacado como um dos líderes do Oriente Médio com a retórica mais inflamada contra a ofensiva israelense no território palestino.

Apesar de a Turquia ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o presidente turco condenou de forma firme as ações israelenses em Gaza sob o comando de Netanyahu.

o início do conflito, Erdogan chegou a afirmar que o Hamas não é uma organização terrorista, mas sim um grupo de “libertação”. Além disso, o presidente da Turquia comparou Netanyahu a Hitler algumas vezes.

Após a ameaça de Erdogan, o ministro das Relações Exteriores de Israel disse que o presidente turco está seguindo os passos de do ex-presidente do Iraque Saddam Hussein.

“Erdogan segue os passos de Saddam Hussein e ameaça atacar Israel”, escreveu Israel Katz em uma publicação no X, antigo Twitter. “Apenas deixe-o lembrar o que aconteceu lá e como terminou”, disse o chanceler fazendo referência a captura do ex-presidente iraquiano por forças dos Estados Unidos, em 2023, que acabou executado posteriormente.

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Vídeo: israelense chuta bandeira da Palestina, que explode

Apesar da explosão, israelense sofreu ferimentos leves e se recusou a ser encaminhado ao hospital. O incidente ocorreu na Cisjordânia

Um israelense, de identidade desconhecida, foi vítima de uma explosão após chutar uma bandeira da Palestina em uma área do assentamento de Kochav Hashahar, na Cisjordânia. Ainda não foi possível determinar quando o incidente ocorreu.

Imagens começaram a circular nas redes sociais nesse domingo (21/4) e mostram o momento em que a vítima caminha até a bandeira, que está fincada em um campo, e tenta removê-la. A informação é do jornal The Times of Israel.

Depois disso, o homem é surpreendido por um dispositivo explosivo, que, segundo a mídia israelense e palestina, estava enterrado no chão e explodiu com o chute.

Após a explosão, uma nuvem de fumaça e escombros se formou. Os passageiros no veículo, que gravavam a tentativa de retirar a bandeira, chegaram a gritar assustados.

Veja:

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Política

Jeferson Miola: Lula balizou o debate mundial sobre o genocídio palestino

Lula é um dos raros estadistas da atualidade e um dos maiores líderes populares do mundo contemporâneo.

A voz do Lula tem enorme ressonância na geopolítica mundial. Além da respeitabilidade e autoridade política conquistadas na cena internacional, Lula é o chefe de Estado de um país com a relevância do Brasil que atualmente exerce a presidência rotativa do G20 e integra o grupo fundador dos BRICS.

A posição expressa por Lula, dando o nome real à tragédia terrível que vive o povo palestino, similar à vivida por judeus sob o nazismo de Hitler, se tornou uma baliza mundial sobre o extermínio do povo palestino.

Aliás, no veredito provisório de 26 de janeiro, a Corte Internacional de Justiça [CIJ] da ONU reconheceu as graves violações da Convenção sobre a prevenção e punição do crime de genocídio por parte de Israel – ou seja, confirmou o extermínio em curso.

Apesar da decisão da CIJ, os EUA e outros países mantiveram-se inertes diante do agravamento da situação.

É uma trágica ironia da história Israel desrespeitar a Convenção do direito internacional criada pelas Nações Unidas em 1948 justamente em resposta ao Holocausto de judeus pela Alemanha nazista.

Lula colocou no centro da agenda da ONU a responsabilidade ética de o mundo interromper urgentemente a matança israelense nos territórios palestinos, onde pelo menos uma criança palestina é exterminada a cada 13 minutos e outra é aleijada a cada 2 horas e meia.

Nenhum líder mundial, nem mesmo dos EUA e de Taiwan, caninos defensores de Israel, se solidarizaram com Bibi Netanyahu, o comandante-em-chefe da limpeza étnica, pela declaração do Lula.

E, por outro lado, a caracterização do Lula sobre a natureza do regime nazi-sionista não foi contestada por nenhum líder mundial, porque sabem que Lula tem razão.

Há um reconhecimento tácito da pertinência da denúncia do presidente brasileiro.

É inevitável a analogia relativa entre a realidade das vítimas de Netanyahu no Gueto de Rafah com a realidade dos judeus na Alemanha nazista dos anos 1933/1945.

É urgente a necessidade de intervenção para deter a fúria de Israel antes da “solução final”; ou seja, antes de se consumar o extermínio total dos palestinos.

Este é o significado do apelo humanitário feito por Lula, e que o Conselho de Segurança da ONU finalmente poderá escutar.

Pela primeira vez os EUA, depois de vetaram todas as resoluções anteriores de cessar-fogo na Faixa de Gaza, finalmente agora propuseram a medida. E também a proibição de Israel seguir a agressão terrestre em Rafah, que pode causar a carnificina de 1,5 milhão de palestinos.

A aprovação, nesta terça-feira, 20/2, da resolução do Conselho de Segurança da ONU, se confirmada, consagra a política externa brasileira e confirma o acerto da posição perseverantemente defendida por Lula.

Lula fincou uma baliza no debate mundial sobre a monstruosidade do governo israelense.

O mundo inteiro, até mesmo o grupo de governos cúmplices de Israel, tem consciência sobre os horrores nazi-sionistas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada.

É urgente deter essa infâmia.

*Jeferson Miola/Viomundo