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Política

Governadores se unem no controle da pandemia e podem decretar lockdown nacional

Wellington Dias diz que 22 governadores, de esquerda, de direita e de centro concordam com pacto nacional de medidas restritivas para conter a Covid-19.

Sem ação do governo federal e com o caos sanitário instalado no Brasil, governadores de diferentes partidos não veem outra saída que não a de isolar Bolsonaro e tomar frente no combate à pandemia.

O governador do Piauí, Wellington Dias, representante do Fórum Nacional dos Governadores, informou neste domingo que os chefes dos executivos estaduais articulam um pacto nacional para implantar medidas restritivas até o dia 14 de março. O objetivo é conter o avanço do novo coronavírus, que já matou mais de 260 mil pessoas no país. Segundo Dias, 22 governadores estão de acordo.

De acordo com a assessoria de imprensa do governador do Piauí, a proposta foi feita por ele e, até o momento, apenas cinco estados não manifestaram uma posição favorável ao pacto: Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Acre e Roraima. Mas, também de acordo com a assessoria, a consulta aos governadores continua em andamento.

O avanço da Covid-19, com números elevados de novos casos e mortes, levou muitos estados e municípios a adotarem medidas restritivas, como fechamento de atividades não essenciais e toque de recolher. Mas o presidente Jair Bolsonaro é crítico de ações como essas e, por isso, o governo federal não vem fazendo um trabalho de coordenação nacional no sentido de restringir a circulação de pessoas ou de impedir algumas atividades econômicas consideradas não essenciais.

Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) está ajudando na consulta para que possam fechar uma proposta. De acordo com ele, a previsão é que ela fique pronta segunda-feira.

*Com informações de O Globo

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Embaixador chama Bolsonaro de “monstro” que devasta a nação e assassina brasileiros

“Não há mais nada a dizer sobre o estado de sanidade mental do monstro que se disfarça de presidente para devastar a nação e assassinar brasileiros”, diz o embaixador Paulo Roberto de Almeida, de 71 anos.

O embaixador Paulo Roberto de Almeida, de 71 anos, chamou Jair Bolsonaro de “monstro” por causa do mau gerenciamento da pandemia do coronavírus e do negacionismo do governo.

“Não há mais nada a dizer sobre o estado de sanidade mental do MONSTRO que se disfarça de presidente para devastar a nação e assassinar brasileiros. Mas, e o estado de sanidade mental dos que o cercam? Vão continuar participando do GENOCÍDIO? Vão continuar servindo a um PSICOPATA?”, escreveu o diplomata.

Em março de 2019, Almeida foi demitido do cargo de diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e foi para a Divisão de Comunicações e Arquivo, onde são exercidas funções de caráter burocrático.

*Com Informações do 247

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Notícia

Militares do Exército são flagrados em vídeo ao desviar toneladas de alimentos no Pará

Integrantes das Forças Armadas que foram designados para buscar os produtos desviaram do caminho e descarregaram parte da carga. Eles eram encarregados do transporte dos alimentos, mas no meio do caminho pararam em uma residência e desviaram parte da carga.

Quatro militares do Exército Brasileiro foram flagrados desviando alimentos que seriam destinados a um batalhão localizado em Santarém, no Pará. De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Correio, cabos do 8ª Grupamento de Engenharia de Construção (8º BEC) foram instruídos a buscar uma carga de alimentos com uso de uma balsa. No entanto, no meio do caminho pararam em uma residência e descarregaram parte do carregamento. A quantidade descarregada chegou a duas toneladas. O alimento desviado era composto principalmente por carnes que serviriam para alimentar os demais militares.

Moradores estranharam a movimentação e fizeram vídeos do ato. O material chegou até os responsáveis pelo quartel, e os quatro receberam voz de prisão. O caso ocorreu no começo da semana. O Exército atua no combate a pandemia de covid-19 na região, que é uma das mais atingidas no país pela doença.

Procurado pelo Correio Braziliense, o Exército informou, por meio do 2º Grupamento de Engenharia, que “repudia qualquer ato criminoso praticado por militares” e destacou que “autuou os envolvidos em flagrante delito, enviando os autos para a 8ª Circunscrição Judiciária Militar (8ª CJM)”.

*Com informações do Correio Braziliense

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Política

Mídia segue mais preocupada com a intervenção de Bolsonaro na Petrobras do que com sua sabotagem ao combate à covid

A capa da Veja é emblemática e não deixa dúvidas de que a mídia está muito mais preocupada com a intervenção de Bolsonaro na Petrobras do com que as mais 250 mil morte pela covid, provocadas pela sabotagem de Bolsonaro no combate à pandemia, à prevenção e à vacinação.

Para a mídia, é mais preocupante Bolsonaro ferir sua própria imagem como liberal do que assumir abertamente o comando de uma cruzada genocida em que fica perceptível a certeza de que, no Brasil atual, é crime não ser um liberal, mas não é crime provocar a morte de mais de 250 mil brasileiros.

Para a mídia, o importante é transmitir confiança aos investidores e não transmitir mensagens que promovam a redução da contaminação e, consequentemente, das mortes por covid.

Não foi por acaso que a mídia, de maneira uniforme, deixou de lado o histórico cretino de quem defende não só a ditadura, mas a tortura, para fechar apoio com quem prometia ser um liberal, mas que, com suas declarações e decisões, tem provocado terremotos no mercado.

Não há campanha para destituição e prisão desse assassino que, com o Brasil colapsado, ainda ontem, fez live contra o uso de máscaras. Talvez a mídia se importe mais, na fala criminosa de Bolsonaro, com a possível queda na venda das máscaras do que com a proteção da população.

Isso significa que é difícil saber quem tem um comportamento mais selvagem, se a mídia de mercado ou ainda com o eterno fã de Brilhante Ustra que parece ficar em êxtase cada vez que o país bate novo recorde diário de mortes por covid.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Saúde

Miguel Nicolelis: ‘Há grande chance de um colapso nacional. A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia’

Efeitos ‘sincronizadores’, como o carnaval, fizeram com que a alta de contágio abalasse todas as regiões, num efeito dominó, diz especialista.

Desde dezembro, o médico, neurocientista e professor catedrático da Universidade de Duke (EUA) Miguel Nicolelis vê o colapso se aproximar no horizonte da pandemia. Alertou autoridades e orientou as medidas a serem tomadas, em especial um necessário lockdown. Na semana passada, deixou a coordenação do Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a Covid-19.

O agravamento da pandemia da Covid-19 vem levando os sistemas hospitalares de diversos estados ao colapso, de Norte a Sul do país.

No dia em que o país registrou o pior número de mortos em 24 horas de toda a pandemia (foram 1.582 óbitos registrados em apenas um dia, com recorde também na média móvel de mortes, que ficou em 1.150), Nicolelis conversou com O GLOBO e defendeu a necessidade de um lockdown nacional por 21 dias.

Só isso, diz, pode evitar o colapso simultâneo da saúde (e depois funerário) em praticamente todo o país: “A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia”.

O senhor deixou o Comitê Científico do Nordeste. A principal razão apontada pela imprensa foi a relutância dos governos em adotar o lockdown. É isso?

Saí porque fiz o que tinha que fazer, criei estrutura, implementei procedimentos, elaboramos todas as recomendações possíveis da ciência, e agora está tudo lá na mesa dos gestores. Avisamos em 18 de dezembro que a situação ia ficar crítica. Tudo o que foi pedido foi realizado, e o resultado foi melhor do que eu esperava, mas a gente quando é cientista sabe que chega a hora que fez o que podia fazer. Minha missão foi cumprida, deixei minha vida de lado para achar as melhores formas de combater a pandemia no Brasil.

O senhor disse que São Paulo é a próxima peça no dominó a cair. Como avalia as situações dos estados brasileiros?

Santa Catarina anunciou que colapsou, o Rio Grande do Sul está dramático, o triângulo mineiro colapsou. Belo Horizonte teve dois lockdowns que provocaram queda importante nas internações e mortes, mas o sul do estado, não. Sabe aquele jogo de dominó em quem uma peça cai depois da outra? Foi a metáfora que usei.

Existem preocupações na região Norte, Rondônia já foi, Mato Grosso, o próprio Distrito Federal, São Paulo tem menos de três semanas de reservas de leitos de UTI — o que, para a cidade que é a capital de medicina brasileira, é assustador. Ultrapassamos o recorde de internações. No Estado do Rio, a letalidade é recorde no Brasil. O Nordeste ficou com o menor índice de óbitos por 100 mil nos primeiros 11 meses, mesmo assim o crescimento ainda é o menor, numa região com menos médicos do que a média nacional, menos infraestrutura. Esperava-se que o colapso ficasse restrito à região Norte. É surpreendente que o Sudeste tenha se saído tão mal.

Ou seja, o colapso está ocorrendo de Norte a Sul. Como chegamos a essa situação?

Diferentemente da primeira onda, quando foi cada estado num tempo, surgiram efeitos sincronizadores como eleição, festas de fim de ano, carnaval. Agora, tudo está explodindo ao mesmo tempo. Isso significa que não não tem medicação, não tem como intubar, não vai dar para transferir de uma cidade para outra, não vai ter como transferir para lugar nenhum. A consequência do colapso de saúde é o colapso funerário. Cientistas não olham só o presente, mas olham o futuro, enquanto o político está pensando no hoje, em como resistir à pressão do setor X para não fechar, a despeito das mortes.

Como vê esse futuro?

Eu estou vendo a grande chance de um colapso nacional. Não é que todo canto vá colapsar, mas boa parte das capitais pode colapsar ao mesmo tempo, nunca estivemos perto disso. Se eliminar o genocídio indígena e a escravidão, é a maior tragédia do Brasil. A ausência de comando do governo federal é danosa. Isso é uma guerra. Em outros países essa é a mensagem que foi dada, veja a China. É curioso ver que no mundo ocidental exista dificuldade de transmitir essa mensagem da gravidade. Em Israel, metade da população foi vacinada no meio de um lockdown, e Israel é um país que entende o que é uma guerra. Adotaram discurso de salvação nacional, a mobilização foi total.

Além da falta de gestão, a população também deixou de se mobilizar?

Eu tenho me perguntado muito: qual é o valor da vida no Brasil? Que valor os políticos dão para a vida do cidadão se não fecham as atividades num lugar com 100% de ocupação dos leitos? Ter que preservar a economia é não só uma falsidade econômica como demonstra completa falta de empatia com a vida das pessoas. O que mais me assusta é o pouco valor à vida. Os políticos são o primeiro componente, mas a sociedade também. Porque, quando alguém vai a uma festa clandestina de fim de ano, de carnaval, se aglomera numa balada ou à beira do campo de futebol, não compromete só sua saúde, mas a vida dos seus familiares, seus vizinhos e das pessoas que nem conhece. Nossa sociedade em algum momento perdeu a conexão com o quão irreparável é a vida.

O pessoal fala que daqui a um ano vai estar tudo certo, em 2022 vai ter carnaval. Do jeito que a carruagem está andando, a perda de vidas pode chegar ao dobro daqui a um ano. E tudo isso num país que tem um sistema de saúde conhecido no mundo, capilarizado, que tem tradição de campanhas de vacinação. Ninguém esperava que o Brasil fosse ter uma performance tão baixa. Poderíamos estar vacinando 10 milhões, mais do que qualquer país. É como uma tragédia grega, mas é brasileira, que alguém vai contar um dia. Porque ela é épica, como a derrota dos troianos.

O lockdown é a resposta?

O Brasil precisaria de um lockdown nacional, com uma campanha de comunicação, porque a gente precisa da colaboração da população. A população precisa acordar para a dimensão da nossa tragédia. Nessa altura, essas medidas de restrição de horário não têm efeito, porque o grau de espalhamento é tão enorme que se compensa durante o dia, quando as pessoas vão aos restaurantes, shoppings, pegam transporte lotado, não funciona.

A consequência da perda de meio milhão de pessoas não dá nem para imaginar. Sem gente não tem economia, ninguém produz, ninguém consome. É inconcebível.

É possível impedir essa catástrofe?

Tem saída, mas tem que mudar tudo. Ainda dá tempo de reverter. Estou propondo a criação de uma comissão de salvação nacional, sem Ministério da Saúde, organizado pelos governadores, para resolver a logística. É uma guerra, quando vamos bater de frente com o inimigo de verdade? O Brasil é o maior laboratório a céu aberto para ver o que acontece com o vírus correndo solto. Em segundo lugar, um lockdown imediato, nacional, de 21 dias, com barreiras sanitárias nas estradas, aeroportos fechados. E depois ampliar a cobertura, usando múltiplas vacinas. Não dá para ficar discutindo, assina o contrato e vai em frente, deixa para depois, estamos falando da vida de 1.500 pessoas por dia, são 5 boeings caindo. Vacinação, vacinação, vacinação, testagem e isolamento social. Não tem jeitinho numa guerra. Estamos diante de um prejuízo épico, incalculável, bíblico.

*Do Globo

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OIT cobra explicações do Brasil por minar direitos trabalhistas na pandemia

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) cobra do governo de Jair Bolsonaro explicações sobre mudanças legislativas ocorridas durante a pandemia da covid-19 e que, na visão dos trabalhadores, violaram convenções internacionais.

Em um detalhado informe circulado entre governos e entidades trabalhistas, o Comitê de Aplicações de Convenções da OIT deixa claro sua preocupação diante da reforma trabalhista e de leis adotadas nos últimos meses no país. A pressão sobre o governo deve dominar a participação do país na reunião anual da agência, marcada para maio.

No centro do debate estão as medidas provisórias 927 e 936, estabelecidas pelo governo nos primeiros meses da pandemia, em 2020. Foi por meio delas quer o governo criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. A norma, que permitia a suspensão temporária dos contratos de trabalho e a redução de salário e jornada proporcional em até 70%, foi alvo de questionamentos e chegou a ser chamada da MP da Morte e MP do Extermínio de Salários.

Sindicatos como CUT e outros alegaram aos órgãos da OIT que tais MPs prejudicaram “de forma severa” o direito à negociação coletiva ao garantir que acordos individuais prevaleceriam sobre todas as outras fontes legislativas e coletivas de direito do trabalho. A nova lei ainda permitiria ao empregador “o poder unilateral de decidir se deve ou não prorrogar a aplicação dos acordos coletivos que expiraram e que não podem ser renovados devido à crise sanitária”.

Diante da OIT, o governo refutou qualquer violação das convenções internacionais. Para Brasília, as MPs tornaram “possível salvaguardar imediatamente os empregos ameaçados pela crise, em uma situação de grande incerteza, incluindo a possibilidade de negociação coletiva em um contexto de distanciamento físico”.

As leis, segundo o governo, permitiram “salvar mais de 10 milhões de empregos” e foram “unanimemente transformada em um instrumento legislativo pelas duas câmaras do Congresso através da Lei nº 14.020 de 2020”.

A OIT, porém, optou por manter a pressão sobre o governo. “O Comitê reconhece plenamente as circunstâncias excepcionais vividas pelo país devido à pandemia e a necessidade absoluta de adotar medidas urgentes para mitigar os efeitos econômicos e sociais da crise resultante. Ao mesmo tempo, o Comitê lembra sua posição geral de que as medidas adotadas durante uma crise aguda que ponham de lado a aplicação dos acordos coletivos em vigor devem ser de natureza excepcional, limitadas no tempo e oferecer garantias para os trabalhadores mais afetados”, alertou.

Ainda que a MP 927 não esteja mais em vigor, o Comitê solicita ao governo que especifique se as cláusulas dos acordos coletivos que possam ter sido temporariamente suspensas por acordos individuais são novamente plenamente aplicáveis.

No que se refere à MP 936, o órgão da OIT indicou que “entende” que o objetivo seja o de permitir a redução da jornada de trabalho e suspensão temporárias de contrato durante a pandemia, assim como a criação de um mecanismo de compensação.

Mas, ainda assim, alerta que alguns critérios precisam ser seguidos. Um deles é de que mesmo com a redução da jornada, o salário por hora precisa ser mantido. O acesso a fundos de compensação por meio de acordos coletivos deve ser compulsório para determinados grupos e acordos coletivos devem, sempre, prevalecer sobre acordos individuais.

“O Comitê (da OIT) encoraja o governo a reforçar o diálogo com as organizações representativas de empregadores e trabalhadores com vistas a avaliar o impacto da implementação da Lei No. 14.020, garantindo a aplicação dos acordos e acordos coletivos que estão em vigor e promovendo, para todos os trabalhadores abrangidos pela Convenção, a plena utilização de mecanismos de negociação coletiva como meio de alcançar soluções equilibradas e sustentáveis em tempo de crise. O Comitê solicita ao governo que forneça informações sobre este assunto”, solicita o órgão internacional.

Violência contra trabalhadores

Um outro ponto levantado pela OIT se refere às alegações dos sindicatos de violência e intimidação por parte da polícia contra trabalhadores durante greves e assembleias.

O governo reagiu, minimizando os ataques. De acordo com Brasília, “houve três casos isolados para os quais as informações fornecidas não oferecem por si só prova da ocorrência de abusos pela polícia ou pelas autoridades judiciais”.

O governo ainda alegou que “não é possível apurar o que realmente aconteceu sem uma análise detalhada da ação da polícia”. Brasília, por fim, tentou alertar à OIT que, se houvesse necessidade, seria a Justiça brasileira que cuidaria da queixa. “O sistema jurídico brasileiro oferece recursos judiciais adequados para lidar efetivamente com este tipo de situação”, indicou.

Uma vez mais, a OIT optou por manter a cobrança sobre o governo. “Enfatizando a importância de que as organizações de trabalhadores possam exercer suas atividades legais em defesa dos interesses de seus membros em geral e da negociação coletiva em particular em um contexto livre de violência, o Comitê solicita ao governo que forneça informações sobre os resultados das investigações relativas aos casos encaminhados”, completou.

Jamil Chade/Uol

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Economia

Contas do governo federal têm rombo recorde de R$ 743,1 bilhões em 2020

Resultado é o pior da série histórica e reflete disparada de gastos e perda de arrecadação.

Sob efeito da pandemia do novo coronavírus, que provocou uma disparada dos gastos públicos e derrubou a arrecadação de impostos, as contas do governo federal registraram um rombo fiscal de R$ 743,1 bilhões em 2020. O resultado é o pior da série histórica iniciada há 24 anos.

O déficit primário do ano passado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (28), é maior do que a soma de todos os rombos registrados em 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.

Em dezembro, último mês de vigência do decreto de calamidade pública, o rombo nas contas do governo ficou em R$ 44,1 bilhões, contra um déficit de 14,6 bilhões do mesmo mês de 2019.

No resultado acumulado de 2020, a receita total do governo ficou em R$ 1,47 trilhão, uma queda real de 13,1%. O movimento foi motivado pela deterioração da economia. Com as medidas restritivas e de isolamento social nos estados e municípios, o faturamento das empresas caiu, afetando negativamente o pagamento de impostos.

Do lado das despesas, com resultado de R$ 1,95 trilhão, houve um aumento de 31,1% acima da inflação nos gastos do governo no ano passado, em comparação com 2019. Somente os desembolsos diretamente relacionados ao enfrentamento da crise sanitária somaram R$ 524 bilhões.

A expansão de gastos para mitigar efeitos da pandemia só foi possível porque o governo e o Congresso decretaram estado de calamidade pública de março a dezembro do ano passado, além de implementarem o chamado Orçamento de guerra.

As medidas desobrigaram o Executivo a respeitar regras fiscais no ano passado. A maior parte dos gastos relacionados à pandemia foi autorizada por meio de créditos extraordinários, mecanismo que pode ser usado em situações urgentes e imprevisíveis e que não é contabilizado no teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.

Também ficou dispensada a regra de ouro, que proíbe o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como salários, Previdência e benefícios assistenciais.

Por fim, não foi necessário cumprir a meta fiscal, o esforço que o governo promete fazer para evitar o crescimento da dívida pública. Em 2020, esse compromisso havia sido estipulado em R$ 124,1 bilhões de déficit. Portanto, o resultado fechado do ano ficou R$ 619 bilhões pior do que a meta.

*Bernardo Caram/Folha

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Economia

Estrangeiros cortam pela metade investimentos no Brasil, diz ONU

A decisão da Ford de fechar fábricas no Brasil foi apenas a ponta de um iceberg e a economia nacional vive uma das maiores quedas de investimentos diretos entre os países emergentes.

Às vésperas do início do Fórum Econômico Mundial, realizado neste ano de forma virtual, a ONU divulga neste domingo dados que mostram que os investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2020 registraram uma queda de 51% em comparação aos volumes de 2019. A redução é superior à média da queda mundial.

“No Brasil, o investimento diminuiu para 33 bilhões de dólares, enquanto o programa de privatização e as concessões de infraestrutura pararam durante a crise pandêmica”, indicou a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento.

“As indústrias mais afetadas foram as de transporte e serviços financeiros, com quedas na entrada de fluxos de mais de 85% e 70%, respectivamente, e as indústrias de extração de petróleo e gás e automotiva, que registraram ambas uma queda (preliminar) de 65% nos fluxos”, explica a ONU.

James Zhan, representante da Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio (Unctad), alerta que a recuperação brasileira pode ser lenta, já que o que se registrou foi uma queda acentuada de investimentos em novas plantas de produção. Isso, segundo ele, seria uma indicação de que a retomada não ocorrerá de forma imediata, mesmo com o fim da pandemia.

“A recessão e o choque causado pela pandemia geraram um golpe para os investimentos no Brasil e na região. Vimos produção afetada”, disse. “No curto prazo, podemos levar um tempo maior para que o Brasil se recupere, comparado com outras partes do mundo, como Europa”, indicou.

No longo prazo, porém, a esperança é de que a reestrutura de cadeias produtivas pelo mundo possa também significar que haverá uma maior integração regional na América Latina, com oportunidades de investimentos e diversificação para o setor de tecnologia.

Mas, entre as grandes economias do mundo, apenas quatro tiveram quedas ainda mais profundas que o Brasil em 2020: Reino Unido, Itália, Rússia e Alemanha.

O volume de investimentos só não é menor que em 2009, quando a crise financeira global também abalou os fluxos para o Brasil e somou apenas US$ 26 bilhões.

O país ainda terminou 2020 como o quinto maior recipiente de investimentos do mundo, superado por Índia, Cingapura, EUA e China. Em 2011, há uma década, o Brasil já era o quinto maior receptor.

Recuperação: apenas em 2022

Sem vacinas suficientes e com incertezas sobre as políticas econômicas, a ONU estima que a recuperação dos fluxos de investimentos ocorrerá apenas 2022. Para 2021, pode haver uma nova contração de até 10%, com uma “contínua pressão descendente”. A queda de novos investimentos em produção em 2020 de 35% sugere que ainda não se vislumbra uma reviravolta nos setores industriais. Na América Latina, essa queda foi de 51%.

Uma das esperanças é o setor de infraestrutura, além de negócios nas indústrias tecnológica e farmacêutica.

Mas, para os países em desenvolvimento, as tendências representa “grande preocupação”. “Estes tipos de investimento são cruciais para o desenvolvimento da capacidade produtiva e da infra-estrutura e, portanto, para as perspectivas de recuperação sustentável”, diz.

Para a ONU, os riscos relacionados à última onda da pandemia, o ritmo da implantação de programas de vacinação e pacotes de apoio econômico, situações macroeconômicas frágeis nos principais mercados emergentes e a incerteza sobre o ambiente político global para investimentos continuarão a afetar os investimentos em 2021.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Vídeo: “As classes hegemônicas decidiram que Bolsonaro é inconveniente a seus interesses”, diz embaixador Samuel Pinheiro Guimarães

“As classes hegemônicas já decidiram que o Bolsonaro é inconveniente para seus interesses de longo prazo”, diz o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, em entrevista concedida à TV 247 nesta sexta-feira (22). Referindo-se à postura crítica da grande mídia em relação a um governo que ajudou a eleger, a começar pela TV Globo, ele afirma: “José Roberto Marinho não faz coisas à toa”.

Na visão do embaixador, a atuação catastrófica do governo na pandemia da Covid-19, somada à derrocada de seu protetor Donald Trump, explica o novo ambiente político, no qual a elite brasileira passa a reconhecer Bolsonaro como aquele capataz de fazenda que atrapalha os negócios porque “está maltratando escravos”.

Autor de livros importantes sobre o desenvolvimento do país, como “Desafios brasileiros numa era de gigantes” e “Quinhentos anos de periferia”, e autor do artigo “Estados Unidos versus China versus Brasil”, sobre episódios recentes na história diplomática mundial, na entrevista, Samuel se vale de uma perspectiva histórica para debater possíveis rumos para o país.

Num mundo polarizado pela competição entre os gigantes Estados Unidos e China, o embaixador deixa claro que o Brasil não precisa conformar-se com a posição que a história lhe oferece, como uma tradicional “província” do império norte-americano.

Ele se mostra convencido de que o país não só deveria buscar maiores aproximações com a China, mas também debater políticas econômicas capazes de priorizar o desenvolvimento da indústria, oferecer uma melhor distribuição de renda e benefícios correspondentes, numa fórmula que batizou como “província desenvolvida”, categoria em que inclui vários países de PIB alto e renda equilibrada, como a França, explica na entrevista.

*Com informações do 247

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Bolsonaro tem a pior gestão da pandemia do mundo, diz consultoria britânica

Surpresa zero no fato de Bolsonaro ser considerado o pior gestor da pandemia do mundo.

Se fizer uma avaliação da sua gestão, independente da pandemia, ele ganha medalha de ouro no quesito “tragédia”, por um simples motivo, nunca produziu nada durante 28 anos como parlamentar e não seria diferente na presidência da República.

Nesse caso, a coisa só poderia ser pior. Bolsonaro quer usar todas as instituições do Estado sob seu controle total para impedir que a justiça chegue a seus familiares envolvidos até o pescoço com todo o tipo de crime e barbárie e, consequentemente, chegaria ao próprio.

Por isso Bolsonaro controla o Coaf (hoje, Unidade de Inteligência Financeira (UIF), a Abin, a PF, a PGR e, agora, quer controlar a Polícia Militar, sem falar que, através da Secom, compra apoio de boa parte da mídia, como se vê mais escancaradamente na Record e Jovem Pan.

A tragédia humanitária que ocorre em Manaus, que assombra o país inteiro, é culpa exclusiva de Bolsonaro e de seu cão adestrado, Pazuello. Não tem saída para definir a atuação do governo federal nessa tragédia sanitária em que há um total desespero por falta de oxigênio nos hospitais. Ou foi premeditado por Bolsonaro ou é total incompetência do seu governo.

O fato é que esse caos foi detectado pela pesquisa da consultoria britânica:

Segundo o Congresso em Foco, resultados preliminares da pesquisa Soft Power Index elaborada pela consultoria britânica Brand Finance, que mede a percepção sobre como cada país respondeu à pandemia, aponta que o Brasil tem a pior gestão da covid-19 entre as 30 nações avaliadas por um time de 750 especialistas formado por jornalistas, empresários, líderes políticos, acadêmicos, membros de think tanks e de organizações não governamentais.

Já para 75 mil respondentes do público em geral, o Brasil ocupa a 103ª posição em uma lista de 105 países, à frente apenas de Índia e Estados Unidos. A informação foi publicada por Luciana Gurgel, da MediTalks.

Por outro lado, países liderados por mulheres como a Nova Zelândia e Alemanha foram reconhecidos por terem maior transparência na relação com a sociedade e com a imprensa. Os países conquistaram a preferência do público geral e também da audiência especializada.

Um fator que contribuiu para o resultado da pesquisa foi o negacionismo de líderes como Donald Trump e Jair Bolsonaro. Posicionamentos contrários à ciência, conflitos com a mídia e demora na gestão da crise saltaram aos olhos dos respondentes.

Brasil teve a pior avaliação em três quesitos

A pontuação líquida, segundo diz o site, é a diferença entre as respostas “administrou bem” e “administrou mal” sobre três aspectos: gestão da economia, proteção à saúde e bem-estar, e ajuda e cooperação internacional.

Em uma escala de -100 a +100, o Brasil ficou com o pior índice geral, de -56, abaixo de Estados Unidos (-35) e Índia (-23), os três países com o maior número de casos e de mortes provocadas pela doença. O Brasil foi o que recebeu a pior avaliação dos especialistas em todos os quesitos analisados.

No quesito condução econômica o Brasil registrou o maior percentual de desaprovação, com 50%. Apenas 3% dos especialistas avaliaram positivamente a gestão do país nessa área. Foi a aprovação mais baixa entre os 30 países analisados, seguida pela do Egito. A gestão do país africano foi avaliada positivamente por 10% dos respondentes.

Já na categoria gestão de saúde, o país teve 70% de desaprovação, foi o menor índice de aprovação (3%) entre os 30 países analisados, seguido pela África do Sul, que recebeu 11% de aprovação.

Com 57% de desaprovação, o Brasil voltou a ocupar a última colocação na categoria cooperação internacional. O índice de aprovação de 5% foi também o mais baixo entre os 30 países analisados, seguido pela Índia, que obteve 10% de avaliação positiva no quesito.

No topo de cima da tabela, no entanto, a Alemanha foi o país com a melhor gestão geral da pandemia, com um índice de +71, seguida por Japão (+64) e Nova Zelândia (+57).

No quesito condução econômica o Brasil registrou o maior percentual de desaprovação, com 50%. Apenas 3% dos especialistas avaliaram positivamente a gestão do país nessa área. Foi a aprovação mais baixa entre os 30 países analisados, seguida pela do Egito. A gestão do país africano foi avaliada positivamente por 10% dos respondentes.

Já na categoria gestão de saúde, o país teve 70% de desaprovação, foi o menor índice de aprovação (3%) entre os 30 países analisados, seguido pela África do Sul, que recebeu 11% de aprovação.

Com 57% de desaprovação, o Brasil voltou a ocupar a última colocação na categoria cooperação internacional. O índice de aprovação de 5% foi também o mais baixo entre os 30 países analisados, seguido pela Índia, que obteve 10% de avaliação positiva no quesito.

No topo de cima da tabela, no entanto, a Alemanha foi o país com a melhor gestão geral da pandemia, com um índice de +71, seguida por Japão (+64) e Nova Zelândia (+57).

A pior atuação na área de cooperação internacional também ficou com os Estados Unidos, com 38% de desaprovação. O Brasil ficou em penúltimo, com 31% de avaliação negativa. A melhor avaliação foi a da Nova Zelândia, 49% de aprovação.

A pior atuação na área de cooperação internacional também ficou com os Estados Unidos, com 38% de desaprovação. O Brasil ficou em penúltimo, com 31% de avaliação negativa. A melhor avaliação foi a da Nova Zelândia, 49% de aprovação.

*Com informações do Congresso em Foco

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