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Vídeo: Depois do genocídio com a pandemia, Bolsonaro quer exterminar os pobres privatizando o SUS

A gravíssima denúncia de deputados e de várias entidades de que um decreto em que Paulo Guedes e Bolsonaro pretendem privatizar o SUS, ganhou grande  dimensão nas redes sociais contra mais esse absurdo  do governo Bolsonaro.

Bolsonaro parece não estar satisfeito com a crise social que assola o Brasil e com o genocídio de praticamente 160 mil brasileiros, perdendo apenas para os Estados Unidos, comandado por Trump, para quem Bolsonaro rasteja como um cão adestrado.

Um governo militar que cheira à morte, a partir do próprio presidente ligado à milícias, de um lado, comemora o recorde de vendas de armas de fogo, com a liberação indiscriminada e, de outro, busca, através da privatização do SUS, o extermínio da saúde pública garantida pela constituição e, consequentemente, um massacre generalizado da população mais pobre do país na pior das rapinagens neoliberais desse governo protofascista.

Tudo para atender à ganância sem limites de gente do mercado que vê na pilhagem do que foi construído pela sociedade durante anos, uma forma de enriquecimento instantâneo e faraônico.

Isso escancara que o neofascismo e o neoliberalismo partem do mesmo ponto e atuam juntos para produzirem tragédias coletivas numa nação para que poucos ganhem muito.

Não há qualquer escrúpulo, sequer por disfarce. Bolsonaro e Guedes, para atender aos interesses de grandes empresários, que agem como aves de rapina, não colocam freios na ganância, mas ao contrário, estimulam o vale tudo e a lei do mais forte dentro do pensamento de mercado.

Eles usam taticamente o momento de pandemia quando há uma grande dificuldade de mobilização da sociedade nas ruas, aproveitando o distanciamento social para organizar o assalto ao Estado brasileiro.

É sempre bom lembrar que Bolsonaro e Guedes são os mesmos que estiveram com Moro antes das eleições para tratar da prisão de Lula em troca de uma super pasta do Ministério da Justiça e segurança Pública.

Com isso, os dois, Bolsonaro e Paulo Guedes, tentam empurrar o Brasil para a boca do inferno.

Sim, porque a privatização do SUS é o mesmo que o incineramento de milhões de brasileiros jogados num inferno em que a saúde vai se transformar em um mero negócio.

Quem não tem dinheiro para pagar a saúde e dar grandes lucros aos mercadores da morte, então, que morra.

https://twitter.com/PCdoB_Oficial/status/1247623872956059648?s=20

https://twitter.com/jandira_feghali/status/1321232736200368128?s=20

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Janio de Freitas: É humilhante que o país continue suportando a vergonheira nos seus Poderes

O Brasil não tem governo e é difícil saber o que lhe resta.

Bolsonaro teve uma ideia. Ofertou-a a você, eleitor talvez inseguro entre os possíveis destinos do seu voto. Bolsonaro criou a chave atualizada para o voto justo, consciente e consequente. “Você quer reeleger um cara ou não. Vê o que ele fez durante a pandemia. Vê se você concorda com as medidas que ele tomou, se fez o que você achava que tinha que fazer ou não. E você decide o seu voto.”

É uma chave suficiente para lançar a ambição reeleitoral e o próprio Bolsonaro, e antes alguns prefeitos, na famosa lixeira da história. É ainda a resposta do eleitor a quem o abandona aos piores riscos, se não já à vitimação perversa, à ausência inapagável de familiares. É a resposta necessária para compensar, ao menos no plano individual, o escapismo acovardado e vendilhão dos apelidados de autoridades institucionais. As figuras minúsculas incumbidas de resguardar a população, e seu país, da sanha louca que não os quer sob a proteção nem de incertas vacinas.

Surpreendo-me no dever de dar a João Doria o reconhecimento da única reação adequada ao desaforo feito ao país por Bolsonaro. “Não abrir mão” da sua “autoridade” para cancelar uma providência antipandemia, por politicagem obtusa, não é ato de autoridade. É o que disse Doria em seu momento até agora único: “O presidente da República negar o acesso a uma vacina aprovada pela Anvisa, em meio a uma pandemia que já vitimou 155 mil brasileiros e deixou 5,1 milhões infectados, é criminoso”.

O Brasil não tem governo. E é difícil saber o que lhe resta, inclusive vergonha. Seu nome é posto em acordo de um punhado de ditaduras contra direitos das mulheres. O governo Trump manda a Brasília uma comissão para acordos econômicos. Econômicos? O chefe da delegação foi o secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos. O grupo, na verdade, veio pressionar os generais de Bolsonaro e outros da ativa no Exército contra a China.

Pressão em especial contra a adoção do sistema 5G da Huawei, o mais avançado em prodígios da comunicação (os Estados Unidos estão com anos de atraso nesse campo). No seu disfarce habitual, que é um suborno nunca pago por completo, o governo Trump acenou com US$ 1 bilhão em ajuda, mas para comprar componentes americanos que substituam os da China em uso na telefonia daqui.

A Amazônia e o Pantanal ardem, e os 1.600 combatentes do fogo recebem ordem de voltar às bases, porque não foram disponibilizados R$ 19 milhões que pagassem três meses de salários em atraso. No mesmo dia, Paulo Guedes discursa com pedido de dinheiro a investidores americanos e lhes diz: “Nos ajudem, em vez de só criticar. Toda essa história de matar índios, queimar florestas, é exagero”. Saíam os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais: em setembro foram detectados 32.020 focos na Amazônia, 60% acima de setembro do ano passado. Na mesma comparação mensal, o aumento do fogo no Pantanal chegou a 180%, com o maior quadro de incêndios de sua história.

O cinismo, como o de Paulo Guedes, não pega mais. Nem por isso deixa de crescer. É o idioma desses que se passam por governo, dos que se deixam desmoralizar por Bolsonaro e desmoralizam seu generalato, dos que não podem fazer sessões no Supremo e podem fazer almoços e jantares com Bolsonaro e outros carnavalescos morais. Ao eleitor, é só não esquecer a ideia de Bolsonaro para escolher o voto. Mas é humilhante que o Brasil continue suportando, apenas para proveito do raso segmento de influentes, a vergonheira que se passa nos seus Poderes.

 

*Janio de Freitas/Folha

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Economia

Bolsa brasileira tem a maior queda do mundo em 2020

Após forte expansão nos últimos anos, Ibovespa recua 42,5% na moeda americana.

Após uma valorização de quase 100% entre o impeachment de Dilma Rousseff (PT) até o fim de 2019, o Ibovespa segue como o pior índice global em dólares em 2020.

Em março deste ano, com a declaração da OMS (Organização Mundial da Saúde) de pandemia de Covid-19, a situação piorou e a Bolsa voltou a níveis de 2017. A saída de estrangeiros da Bolsa aumentou, e o Ibovespa passou a ser o índice global com mais perdas em dólar do mundo, de acordo com estudo do Goldman Sachs.

A forte queda de 18,7% do índice neste ano somada à forte desvalorização do real levam a Bolsa paulista a cair 42,5% na moeda americana. Segundo o banco dos EUA, a desvalorização do mercado brasileiro em março superou a média de crises anteriores —o Ibovespa teve o pior trimestre da história no início de 2020.

A Bolsa da Colômbia é a segunda que mais se desvaloriza, com perdas de 40,5% na moeda americana. Na moeda local, porém, cai mais que o Ibovespa neste ano (29,9%).

Em seguida vem a Indonésia, com queda de 31,8% na moeda americana e de 21,8% na moeda local. Logo atrás estão Chile, Turquia, México e Rússia, países cujas moedas também se depreciam ante o dólar.

Por ser um mercado líquido —de fácil venda dos ativos— que vinha de uma forte alta nos últimos anos, estrangeiros aproveitaram o momento de incerteza para realizar os ganhos no Brasil e buscar investimentos mais seguros, como dólar, ouro e títulos do Tesouro dos EUA.

A saída do investidor de fora, porém, começou em 2018, com a alta de 76% do Ibovespa entre 2016 e 2017, impulsionada pelo impeachment pelos cortes de juros —a Selic foi de 14,25% em 2016 para 6,% em 2018. Foram R$ 11,5 bilhões a menos de dinheiro estrangeiro na Bolsa em 2018 e R$ 44,5 bilhões em 2019 e, até setembro deste ano, há uma saída recorde de R$ 87,7 bilhões.

“Em 2019, a Bolsa estava alta e o dólar estava em baixa, então, tivemos muita realização de lucros. Agora, o investidor sai em busca mercados mais sólidos e dinâmicos, com recuperação mais rápida, como os Estados Unidos”, diz George Sales, professor do Ibmec. Segundo o economista, a perspectiva de recuperação lenta do Brasil, com um baixo crescimento nos últimos anos, deixa o país pouco atrativo para investidores.

“A Covid-19 foi um azar, mas o governo também não ajuda, o que gera muita oscilação no mercado. O governo tinha que ser mais discreto, mas a campanha política nunca passou. Isso assusta investidor e o de longo prazo é o primeiro a sair.”

Na última sexta (2), o ministro Paulo Guedes (Economia) protagonizou mais um desentendimento em Brasília, desta vez com o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) sobre o Renda Cidadã, cujo financiamento pode deteriorar a saúde fiscal do país, segundo especialistas. O atrito levou a Bolsa a cair 1,5%.

“A economia está muito ruim e a perspectiva futura é incerta. Já vínhamos de uma crise fiscal, que, com o coronavírus, se agravou, deixando todo mundo com pé atrás”, diz Bruno Giovannetti, professor da FGV.

Os economistas também afirmam que a crise ambiental em torno da Amazônia deixou o país mal visto pelos estrangeiros, especialmente europeus, levando-os a deixar o Brasil.

 

*Julia Moura/Folha

 

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Política

Guedes se tornou um zero à esquerda no governo, mas vai ficando por ali

Não tenho competência para ser ministro da Economia, como acusam alguns gentis detratores a cada vez que critico Paulo Guedes. Dizem que eu também não poderia ser titular da Justiça sempre que aponto uma bobagem de André Mendonça, o que acontece todo dia. Se há alguém fiel a si mesmo, eis o homem. Os línguas de trapo se esquecem, no entanto, de que, com efeito, não reunindo qualidades para comandar a economia, eu não a comando. Mas Guedes sim!

O ministro é hoje aquele parente inconveniente, chamado para as festas de aniversário e para a churrasco da família porque, afinal, ficaria chato não convidar, mas todos esperam que não compareça porque vai acabar dizendo inconveniências distintas e combinadas. Todos ficam chateados, e nisso entram em acordo, mas por motivos distintos.

É tão difícil assim constatar que a hora do ministro chegou? Acabou! O que havia de supostamente virtuoso não há mais. Quando Bolsonaro estava empenhado em hostilizar a classe política, apostando nas saídas escatológicas oferecidas por seus extremistas de direita, o ministro da Economia cumpria bem o papel do “baixinho invocado”. É um tipo literário, não um preconceito.

Como esquecer seu chilique do já pré-histórico 30 de outubro de 2018, quando uma jornalista argentina insistiu na pergunta sobre o futuro do Mercosul? O homem disparou, como um gigante: “O Mercosul não será uma prioridade no próximo governo. É isso que você queria ouvir? Você está vendo que aqui tem um estilo que combina com o presidente, que fala a verdade. Não estamos preocupados em agradar”.

Ali estava aquele que se via como o Pigmaleão de uma estátua, então muda em economia, chamada Jair Bolsonaro. Mesmo sem saber para onde ia ou ter um plano de voo detalhado — além da permanente demonização do Estado e do que ele chamava “social-democracia” —, o homem ia empurrando o troço com arrogância que fazia as vezes da barriga.

E o mercadismo respondia bem. Imberbes e “baby facies” iam inaugurando páginas de finanças pessoais no Youtube, ensinando à velharada os caminhos do sucesso e da fortuna. O Brasil regredia à surrealista condição de um Jardim de Infância do liberalismo dos anos 50, com pós-crianças de “gadgets” nas mãos a nos dizer qual era a boa do século passado.

O manejo que faziam do vocabulário, da regência e da sintaxe estavam a me indicar que não tomavam nem o cuidado de ler uma bula de remédio, como faço, para depois procurar em mim os efeitos colaterais que atingem apenas 0,1% dos que experimentaram a droga em teste cego…

Os escatológicos do golpismo perderam a parada, com medo do inquérito aberto por Dias Toffoli e relatado por Alexandre de Moraes. Veio o coronavírus para antecipar a ineficácia das soluções do liberalismo de anteontem de Guedes, e foi preciso arrancar da gaveta, ainda que ninguém ousasse pronunciar o nome, um keynesianismo de efeito rápido — uma espécie, assim, de adrenalina, na forma de cinco parcelas de R$ 600, contra o choque anafilático que sufocava a economia.

Foi ali que Guedes perdeu o pé da realidade. E ele nunca mais se encontrou. Bolsonaro, a estátua, evidenciou que tinha vida própria, mas não subordinada àquele que se considerava seu escultor. Sem a perspectiva do autogolpe, que nunca se mostrou viável, restava-lhe o caminho do povo. Guedes e reeleição não se combinam.

Alguém precisa encontrar uma saída para Bolsonaro que estabeleça um novo teto de gastos, mas a revisão tem de ser parte de um plano de reformas que não leve aquela molecada — e outros nem tanto — à especulação desenfreada. E isso tem de ser feito com o Congresso.

A última grande ideia de Guedes, no entanto, foi hostilizar Rodrigo Maia, presidente da Câmara, acusando-o de conspirar com as esquerdas contra as privatizações. Como se estas pudessem estar descoladas de um pacote de rearranjo da economia — e não podem — e como se o Executivo houvesse modelado uma proposta, o que não aconteceu.

Guedes atrapalha Bolsonaro. É por isso que, dia desses, o general Luiz Eduardo Ramos o pegou pelo braço e o tirou de circulação. Já não diz coisa com coisa. Se é que chegou a fazê-lo algum dia. Não tendo de encarar uma frente de oposição minimamente articulada, resta a Bolsonaro cair nos braços do povo ainda se aproveitando da popularidade decorrente do auxílio emergencial e ir administrando a bagunça que é seu governo.

 

*Reinaldo Azevedo/Uol

 

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Guedes, de Vaca Sagrada a Gado de Corte

Guedes não caiu, é verdade, mas também não está de pé, ao contrário, está de joelhos.

O língua de trapo, não deu uma dentro. Tudo que Guedes fogueteou, deu o oposto.

Convenhamos, Guedes não comanda a economia, a economia é que comanda o Guedes. Depois ele “explica”.

Guedes ainda não virou churrasco para não piorar a imagem de Bolsonaro no mercado que, por sua vez, já não leva fé nas lorotas do Posto Ipiranga.

Mas trocá-lo, seria sublinhar o que até o mundo mineral sabe. Paulo Guedes não tem a menor ideia de como tocar a pasta da economia e Bolsonaro, idem.

Quando o o general Luiz Eduardo Ramos rebocou a mala, arrancando de uma coletiva, ele o enfiou no quarto dos loucos e o tirou de circulação, numa das cenas mais dantescas da história do Brasil. Ali já estava selada a sua sorte no governo.

E nada adianta Bolsonaro fazer live fingindo prestigiar Guedes. Isso só piora a sua imagem e a do próprio Bolsonaro diante do mercado e da sociedade.
Bolsonaro quer fingir que esse governo não é uma bagunça que é?
Os resultados trágicos da economia estão expostos em praça pública fedendo cada vez mais.

Com a metade do valor do auxílio emergencial, o que já é fúnebre promete se transformar em catastrófico.

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Vem aí uma nova CPMF? É que aposta a ala política de Bolsonaro para bancar o Renda Brasil

É isso, o (des)governo anuncia um programa social, mas sem saber de onde vai tirar recursos para bancar. Talvez amanhã o governo tenha uma ideia diferente, pois a cada dia ele apresenta uma fonte de recursos.

Avaliação é que medida pode avançar no Congresso se for para reforçar política social. Pela manhã, Mourão admitiu possibilidade e sugeriu flexibilizar o teto de gastos.

Diante do impasse sobre a fonte de financiamento do Renda Cidadã, integrantes da ala política do governo passaram a avaliar que uma solução possível seria criar um novo imposto, vinculado ao novo programa social, que substituirá o Bolsa Família.

Além disso, seria feita uma revisão nas despesas da União, inclusive com precatórios (dívidas decorrentes de condenações judiciais) para abrir espaço do teto de gasto público com o objetivo de acomodar o novo programa.

Apesar da rejeição à criação de um novo imposto, há uma avaliação dentro do governo e de lideranças partidárias de que a medida tem chance de avançar no Congresso se a justificativa for reforçar a política social para abrigar a parcela mais vulnerável da população.

Mas só receita nova não resolve o problema porque há o limite do teto de gastos. Ou seja, é preciso cortar despesas também.

Para auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, isso ficou claro na entrevista dada ontem pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Com aval do presidente, Guedes disse que o Renda Cidadã precisará de uma receita permanente e não pode ser um puxadinho, em referência aos recursos dos precatórios.

O ministro, no entanto, chamou atenção para o crescimento desse tipo de despesa, alegando que ela precisa ser revista.

Mais cedo, o vice-presidente, Hamilton Mourão, também falou na criação de imposto para financiar o programa, mas a nova receita e o programa ficariam fora do teto de gastos.

Guedes defendeu a consolidação de todos os programas sociais, o que resultará em ajustes em alguns deles, como abono. A proposta, no entanto, já foi rejeitada por Bolsonaro, que disse não tirar de pobres para dar a “paupérrimos”.

Na equipe econômica estão descartadas soluções rápidas para a questão e, além disso, a proximidade as eleições é outro complicador que pode empurrar a solução para depois do resultado das urnas.

O plano do ministro é criar um imposto sobre transações nos moldes da extinta CPMF para reduzir os encargos trabalhistas e gerar empregos. Mas esta narrativa enfrenta resistência no Congresso.

Na visão de parlamentares, a reação seria diferente se o governo vincular as novas receitas ao financiamento do programa social. Não necessariamente o novo tributo seria uma CPMF, disse uma fonte.

 

*Com informações de O Globo

 

 

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Guedes fracassa e moeda brasileira se firma como a pior do mundo

Moeda brasileira apresenta desempenho bem pior que a lira turca, enquanto no acumulado de 12 meses seu desempenho é próximo do peso argentino.

Com a questão fiscal aumentando a tensão entre os investidores aqui no Brasil, o dólar comercial fechou setembro com uma alta de 2,46% ante o real, cotado a R$ 5,6150 na compra e R$ 5,6160 na venda.

Além da crise do coronavírus, que afeta boa parte das moedas emergentes, o real tem outros fatores que estão pesando em seu desempenho. E um dos principais deles é o risco fiscal, elevado ainda mais esta semana com a decepção do mercado com o programa Renda Cidadã.

Na última semana, analistas já havia apontado esta preocupação diante das dificuldades que o governo já enfrentava para realizar os ajustes necessários na economia. O Bank of America, inclusive, disse estar mais cauteloso com o real e alertou para volatilidade no curto prazo.

Em entrevista para a Bloomberg, Sergio Zanini, sócio gestor da Galapagos Capital, destacou que o mercado está na “torcida para que o que foi anunciado na segunda [o Renda Cidadã] seja revertido em algum momento”.

“O mercado não compra mais esse discurso do Executivo, em que por um lado sempre defende o teto de gastos e a responsabilidade fiscal, mas por outro sempre anuncia planos que vão na contramão”, disse Breno Martins, trader de renda fixa da MAG Investimentos, também para a Bloomberg.

Na segunda, o governo apresentou o novo programa social e tem em sua proposta a ideia de usar o Fundeb e precatórios como forma de financiamento, decisão que foi vista por muitos especialistas como uma “pedalada fiscal”. Isso gerou muitas críticas à proposta e agora o mercado fica de olho para ver o que o governo fará sobre isso.

Nesta quarta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que nunca foi proposta da equipe econômica romper teto ou financiar programas de forma equivocada, em referência ao direcionamento de recursos para o Renda Cidadã com a limitação ao pagamento de precatórios.

Em coletiva de imprensa, Guedes afirmou que seu time está estudando como fazer a fusão de 27 programas que já existem como forma de consolidar um programa de transferência de renda mais robusto, que represente uma aterrissagem após o fim do auxílio emergencial neste ano. Ele frisou que, como se trata de uma despesa permanente, terá que ser coberta por uma receita permanente.

Com esta preocupação crescente nas últimas semanas, o real se consolidou como a moeda com pior desempenho do mundo em 2020 até o momento, com o dólar subindo 39,60% ante a divisa brasileira, segundo dados da Refinitiv.

A performance é de longe a pior, já que contra a segunda pior divisa, a lira turca, o dólar subiu 29,69%. Com isso, o real também aparece bem atrás de moedas de países com grandes crises, como a Argentina, em que o dólar teve valorização de 27,25% contra o peso.

Outras moedas que veem o dólar registrar forte valorização no ano são o rublo da Rússia (25,17%), o rand sul-africano (19,59%) e os pesos mexicano (16,77%) e colombiano (16,44%).

A crise por conta do coronavírus tem pesado bastante para o desempenho das moedas de emergentes, já que em momentos de maior tensão os investidores globais tendem a procurar ativos mais seguros, entre eles o dólar americano.

Tanto que contra algumas divisas consideradas mais fortes, a moeda dos EUA registra queda neste ano. É o caso do euro, com queda de 4,33% do dólar, do iene japonês (-3,10%) e do franco suíço (-4,86%). Confira:

Já no acumulado de 12 meses, o dólar subiu 34,94% contra o real, em um desempenho muito parecido com a Argentina, por exemplo, onde a moeda americana teve alta de 32,26% no mesmo período.

Vale lembrar que os nossos vizinhos passam por um momento bastante complicado, com diversos calotes de suas dívidas e uma inflação que já supera 42% no acumulado de 12 meses até agosto.

Confira o desempenho das principais moedas em 12 meses:

 

*Rodrigo Tolotti/Infomoney

 

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Paulo Guedes está igual a titica, quanto mais mexe, mais fede

No dia em que se tem a notícia de que o Ibovespa tem o pior mês desde março com queda de 4,8%; dólar fechando a R$ 5,62, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30) para tentar mostrar que suas ideias ainda estão vivas dentro do governo e do Congresso. Mas o tiro saiu pela “culatra”.

Ele acabou confirmando que a decisão sobre a fonte de financiamento para o programa Renda Cidadã veio da ala política e não da equipe econômica. E, ao tentar rebater as críticas que têm sofrido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acabou sendo taxado de “desequilibrado” pelo deputado.

A briga entre Guedes e Maia vem de meses, e por vários motivos. Um deles é a reforma tributária.

O ministro disse que o presidente da Câmara estava interditando o debate em torno da proposta do governo ao não topar pautar a criação da nova CPMF em troca da desoneração da folha para todos os setores. Em suas redes sociais, Maia respondeu dizendo que Guedes é quem estava travando a reforma tributária e lançou o questionamento aos seus seguidores: “Por que Paulo Guedes interditou o debate da reforma tributária?”

Nesta quarta-feira, Guedes foi para a tréplica, falando sobre outra interdição. Disse que ouviu boatos de que o presidente da Câmara teria feito um acordo com partidos da esquerda para não dar andamento aos projetos de privatização do governo. O texto que permite a venda da Eletrobras, por exemplo, está desde novembro de 2019 na gaveta de Maia aguardando despacho para iniciar a tramitação. “Não há razão para interditar as privatizações”, afirmou Guedes.”

 

*Com informações da Gazeta do Povo

 

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No desespero de um afogado, Guedes chuta Friedman e abraça Lula

Segundo a jornalista Vera Rosa, do Estadão, o desespero pelo fracasso do seu liberalismo de botequim, o Chicago Boy tardio, Paulo Guedes, agarrou-se às barras da saia do Bolsa Família, citando Lula como exemplo de solução para a vida dos mais pobres. Pobres dos quais, hoje, por ironia do destino, Bolsonaro é refém, com o aplauso entusiasta da turma do ódio ao Bolsa Família.

O que Guedes deixou, de maneira bem clara, é que o governo está levando fumo na asa e o sonho de transformar o Brasil no Chile de Pinochet, está melado, enterrado e só não está soterrado porque foi salvo política e economicamente pelo auxílio emergencial que o Congresso propôs e aprovou a contragosto de Bolsonaro. Ou seja, até os dois neurônios de Bolsonaro tiveram que funcionar depois que os dois calos apertaram.

Guedes ainda solta o bordão em defesa do Bolsa Família, “é dinheiro na veia do povo”.

Isso, se não é uma clara confissão de derrota desse governo que se limita a um único olhar sobre toda uma gama de políticas econômicas e sociais produzidas pelos 13 anos de governo do PT, com Lula e Dilma, eu não sei o que é.

Agora, Bolsonaro e Guedes tentam arrumar um suspiro debaixo  de um monumento de estupidez que levou o governo à falência precoce, afogado no próprio gorfo provocado pelo garganta Paulo Guedes.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

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Ex-sócio de Paulo Guedes fala do fracasso da economia e afirma, “acabou o combustível do Posto Ipiranga”

Empresário e fundador do banco Pactual em 1983, ao lado do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, Luiz Cezar Fernandes disse à TV 247 que Jair Bolsonaro, mediante o esgotamento do ‘combustível’ do ministro, chamado de ‘posto Ipiranga’, passa adotar uma estratégia populista com o apoio do Centrão para financiar seus projetos. Ele disse também que o governo tem sérios problemas com a dívida interna brasileira e que o calote deve acontecer.

Fernandes explica que o primeiro passo para a implementação de uma agenda populista é conquistar apoio popular e, para isso, não se pode “combater inicialmente o inimigo mais forte”. “Para que ele implemente o populismo ele precisa de apoio popular, então o que o governo está fazendo é tentar buscar apoio onde ninguém possa identificar e apontar o dedo, então ele vai e procura o Centrão, que todo mundo sabe que existe mas ninguém sabe quem é, e aí o seguinte passo é como conseguir pegar segmentos da sociedade que não criem muita resistência e que tenha um certo apoio popular”.

Para o empresário, a iniciativa de tentar financiar o Renda Cidadã com verba de precatórios e do Fundeb é um gesto claro de tentar mobilizar recursos em áreas com baixa resistência para viabilizar um programa social que trará grande retorno de uma camada ampla da sociedade. “Quando o governo fala ‘vou meter a mão no precatório’, quem são os líderes que vão brigar por precatório? Qual a sociedade organizada que vai falar disso? É muito pulverizado, é um foco que não tem resistência. O Fundeb é a mesma coisa, vai ter lá um deputado que vai reclamar, uma Tabata, mas quem é Tabata dentro do contexto político? É muito pouco. Então ele começa a buscar recursos nessas áreas de menor resistência”.

Luiz Cezar Fernandes alertou, porém, que este tipo de ação que toma Bolsonaro é o início apenas de uma política populista, que poderá se agravar ao longo do tempo, chegando até uma atitude como a do ex-presidente Fernando Collor, que confiscou a poupança dos brasileiros. “Como todo populismo, isso não basta. Esse degrau é um dos primeiros. Isso vai avançando até chegar no limite, como já aconteceu várias vezes na Argentina e no nosso caso com o confisco do Collor, o que me surpreende, porque o Paulo Guedes e nós fomos muito resistentes ao Plano Collor e principalmente ao confisco cambial. Agora, como acabou a gasolina do posto Ipiranga, o Centrão está vindo com essas ideias populistas”.

Dívida interna

Para Luiz Cezar Fernandes, o governo Jair Bolsonaro já encontra problemas para rolar a dívida interna brasileira e tenta arrumar possibilidades para sanar a questão. “Nosso problema é a dívida interna, nós não temos problema com a dívida externa. A pressão do mercado internacional é muito menor, nós não somos devedores brutais do mercado internacional, então nosso problema é o mercado interno. De alguma maneira o capital vai ser punido nos próximos anos”.

O mercado se iludiu com Guedes

Ainda na linha do populismo pretendido por Bolsonaro, Fernandes afirma que o mercado, que apoiou a chegada do bolsonarismo ao Palácio do Planalto, se iludiu com o governo e com Guedes. O mercado financeiro, segundo o empresário, acreditou que Guedes poderia fazer sua vontade no ministério da Economia, mas não contava com o desconforto de Bolsonaro diante do “super ministro” Guedes e, agora, o processo de fritura já está em andamento. “Acho que o mercado comprou a ideia de que o Paulo Guedes, tendo essa visão macroeconômica muito forte, saberia mexer claramente as pecinhas. Mas ele, como nós, acho que comprou a ideia de que ele poderia ser realmente o posto Ipiranga. Só que o presidente, que quer uma estratégia populista, tinha que eliminar aquilo que deu popularidade a ele e criar substitutos. Então ele vai eliminando alguns ministros, o Moro, o Mandetta, e agora eu preciso criar um espaço para desfazer a força que tinha o posto Ipiranga. Então não estou fornecendo mais combustível, estou tirando o combustível e daqui a pouco alguém já esqueceu do posto Ipiranga. O Moro, o Mandetta, todos eles achavam que o propósito do presidente era consertar, enquanto o propósito é ser populista”, esclareceu.

Classe média é o marisco

De acordo com o empresário, a classe média é quem pagará a conta pela agenda populista de Bolsonaro. Com o mercado sempre se moldando e se adequando ao cenário momentâneo e as camadas mais populares nos olhos do governo, por conta dos interesses populistas, a classe média é quem deve ser deixada de lado, de acordo com Luiz Cezar Fernandes. “A classe média sempre foi e sempre será o marisco da brincadeira. Ela é o marisco da brincadeira, fica entre o rochedo e o mar. Quem foi para a rua desde 2013 não sabia por que estava indo à rua. Se você pegar 90 pessoas que estavam ali, cada uma tinha uma razão diferente para ir, não existia um movimento coeso. Qual era o objetivo? Então esses movimentos que nós vimos foram todos muito dispersos, então você não conseguia unir, e o Bolsonaro sabe disso, ele não tinha o mote para unir a sociedade, e ele está agora criando isso”.

 

*Com informações do 247