Categorias
Economia

Bolsa brasileira tem a maior queda do mundo em 2020

Após forte expansão nos últimos anos, Ibovespa recua 42,5% na moeda americana.

Após uma valorização de quase 100% entre o impeachment de Dilma Rousseff (PT) até o fim de 2019, o Ibovespa segue como o pior índice global em dólares em 2020.

Em março deste ano, com a declaração da OMS (Organização Mundial da Saúde) de pandemia de Covid-19, a situação piorou e a Bolsa voltou a níveis de 2017. A saída de estrangeiros da Bolsa aumentou, e o Ibovespa passou a ser o índice global com mais perdas em dólar do mundo, de acordo com estudo do Goldman Sachs.

A forte queda de 18,7% do índice neste ano somada à forte desvalorização do real levam a Bolsa paulista a cair 42,5% na moeda americana. Segundo o banco dos EUA, a desvalorização do mercado brasileiro em março superou a média de crises anteriores —o Ibovespa teve o pior trimestre da história no início de 2020.

A Bolsa da Colômbia é a segunda que mais se desvaloriza, com perdas de 40,5% na moeda americana. Na moeda local, porém, cai mais que o Ibovespa neste ano (29,9%).

Em seguida vem a Indonésia, com queda de 31,8% na moeda americana e de 21,8% na moeda local. Logo atrás estão Chile, Turquia, México e Rússia, países cujas moedas também se depreciam ante o dólar.

Por ser um mercado líquido —de fácil venda dos ativos— que vinha de uma forte alta nos últimos anos, estrangeiros aproveitaram o momento de incerteza para realizar os ganhos no Brasil e buscar investimentos mais seguros, como dólar, ouro e títulos do Tesouro dos EUA.

A saída do investidor de fora, porém, começou em 2018, com a alta de 76% do Ibovespa entre 2016 e 2017, impulsionada pelo impeachment pelos cortes de juros —a Selic foi de 14,25% em 2016 para 6,% em 2018. Foram R$ 11,5 bilhões a menos de dinheiro estrangeiro na Bolsa em 2018 e R$ 44,5 bilhões em 2019 e, até setembro deste ano, há uma saída recorde de R$ 87,7 bilhões.

“Em 2019, a Bolsa estava alta e o dólar estava em baixa, então, tivemos muita realização de lucros. Agora, o investidor sai em busca mercados mais sólidos e dinâmicos, com recuperação mais rápida, como os Estados Unidos”, diz George Sales, professor do Ibmec. Segundo o economista, a perspectiva de recuperação lenta do Brasil, com um baixo crescimento nos últimos anos, deixa o país pouco atrativo para investidores.

“A Covid-19 foi um azar, mas o governo também não ajuda, o que gera muita oscilação no mercado. O governo tinha que ser mais discreto, mas a campanha política nunca passou. Isso assusta investidor e o de longo prazo é o primeiro a sair.”

Na última sexta (2), o ministro Paulo Guedes (Economia) protagonizou mais um desentendimento em Brasília, desta vez com o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) sobre o Renda Cidadã, cujo financiamento pode deteriorar a saúde fiscal do país, segundo especialistas. O atrito levou a Bolsa a cair 1,5%.

“A economia está muito ruim e a perspectiva futura é incerta. Já vínhamos de uma crise fiscal, que, com o coronavírus, se agravou, deixando todo mundo com pé atrás”, diz Bruno Giovannetti, professor da FGV.

Os economistas também afirmam que a crise ambiental em torno da Amazônia deixou o país mal visto pelos estrangeiros, especialmente europeus, levando-os a deixar o Brasil.

 

*Julia Moura/Folha

 

Categorias
Uncategorized

Relação comercial de Lula e Dilma com a China e as bilionárias reservas deixadas pelos petistas, salvam Bolsonaro

Que ironia!

Segundo o Infomoney, na manhã desta segunda-feira (2), Donald Trump, presidente dos EUA, surpreendeu novamente no Twitter ao dizer que vai retomar, de imediato, a imposição de tarifas a importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina, inaugurando uma nota etapa da guerra comercial.

A sua justificativa é de que ambos os países “vêm promovendo maciça desvalorização” de suas moedas, “o que não é bom” para produtores agrícolas americanos.

Assim, no pré-market da bolsa de Nova York, os American Depositary Receipts (ADRs) da Gerdau (GGBR4) chegaram a cair 3%, antes da abertura da bolsa brasileira.

O movimento se estendeu na abertura, com os ativos GGBR4 chegando a ter queda de 2,18%.

Contudo, os papéis da companhia, assim como de outras siderúrgicas, passaram de queda para ganhos, com o anúncio sendo compensado pelos dados positivos vindos da China e também com os investidores digerindo o real impacto do anúncio feito pelo presidente americano.

Já o dólar, segundo a antipetista Folha, subiu e foi a R$ 4,257 com declaração de Trump e o Banco Central interveio.

A Folha só não disse que a intervenção foi feita pelo Banco Central com uma extraordinária monta em reservas internacionais deixadas por Lula e Dilma.

Categorias
Economia

Dólar vai a R$ 4,207, maior valor nominal da história

Cotação sobe 0,4% nesta segunda-feira (18) e quebra recorde

A cotação do dólar voltou a subir nesta segunda-feira (18) e fechou a R$ 4,207, maior valor nominal (sem contar a inflação) da história. O recorde em valores reais (corrigido pela inflação) é de 2002, quando a moeda chegou a R$ 4 nominalmente, que hoje seriam R$ 10,80.

O dólar está em trajetória de alta desde o leilão do pré-sal, em 6 de novembro. A expectativa do mercado era de alta participação dos estrangeiros e grande entrada de dólares no país, o que não se concretizou.

Desde então, a cotação da moeda americana acumula alta de mais de 5%, indo de R$ 3,99 a quase R$ 4,21 nesta segunda (18).

Nesta sessão, o dólar subiu 0,4% ante o real, que foi a terceira moeda emergente que mais se desvalorizou, atrás do peso colombiano e rand sul-africano. Na outra ponta, o peso chileno e o argentino se recuperam depois de fortes desvalorizações nas últimas semanas.

O movimento desta segunda (18) foi impulsionado pelo temor de investidores com o acordo comercial entre China e Estados Unidos. Os países têm negociado a meses o que chamam “fase 1” do acordo, que retiraria algumas tarifas de importação entre si.

Segundo a rede de televisão americana CNBC, chineses estariam pessimistas com relação ao acordo com a relutância do presidente americano Donald Trump em remover tarifas a importações chinesas.

Com a notícia, índices acionários americanos operam estáveis. A Bolsa brasileira cai 0,2%, a 106.345 pontos.

O risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap) de cinco anos sobe 1,77%, a 124 pontos, maior valor desde a aprovação da reforma da Previdência em segundo turno no Senado, em 23 de outubro. Neste período, o CDS chegou ao menor patamar desde 2013.

 

 

*Com informações da Folha

Categorias
Uncategorized

Fracasso do megaleilão significa o fracasso total da última viagem de Bolsonaro

Investidores ficaram muito decepcionados com a falta de interesse dos estrangeiros no megaleilão, diz o Infomoney, seguindo o mesmo tom de toda a mídia industrial que estava eufórica com a entrega do petróleo brasileiro à empresas estrangeiras.

Quem leu os dois artigos de Miriam Leitão no Globo, antes e depois do traque que foi o megaleilão, acha que se trata de artigos de pessoas diferentes, mas não é. A euforia de Miriam, antes, deu lugar a uma insofismável depressão com sua nítida frustração pelo fracasso dos que sonhavam entregar a maior riqueza brasileira para petrolíferas americanas.

E se não é a própria Petrobras arrematar a imensa maior parte do leilão, com uma participação ínfima de 10% de duas empresas chinesas, seria certamente o maior fracasso da história dos leilões de petróleo no mundo.

O mais interessante é que a mídia, mas principalmente a Globo, que dizia que o pré-sal existia somente na propaganda do PT, de uma semana para cá, era só euforia com a venda do pré-sal, pois a Globo refletia a própria ideia dos especuladores na bolsa brasileira. Hoje todos estão absolutamente frustrados.

Foi o maior banho de água fria que a escória golpista tomou desde que sequestraram o mandato de Dilma em 2015, porque todo o mundo mineral sabia que o principal motivo do golpe da Lava Jato, tendo à frente o juiz corrupto e ladrão, era entregar de bandeja o petróleo brasileiro às multinacionais preferencialmente americanas.

Para dar mais cores ao fracasso, o megaleilão sublinha o fiasco da viagem de Bolsonaro à Ásia e países árabes, tendo como prêmio de consolação apenas a pequena participação dos chineses. Ou seja, aquele trem fantasma saído de Rio das Pedras em viagem pelo mundo em busca de compradores para o pré-sal e investidores para o Brasil, foi 100% negativo, zero, nada.

Bolsonaro, possivelmente a figura que causa mais repulsa ao mundo, viu o tamanho de seu desprestígio global e o quanto a sua imagem é vista com repugnância até pelos capitalistas que ainda têm um mínimo de civilidade. O mundo todo sabe que o Brasil é governado por uma milícia em parceria com militares pérfidos, madeireiros, escroques, grileiros assassinos de quilombolas e índios, assim como garimpeiros sem um mínimo escrúpulo.

O resultado do megaleilão foi um recado do mundo ao Brasil de que, enquanto Bolsonaro estiver no poder e a democracia não for restaurada, o país ficará cada vez mais isolado do mundo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas