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É bom ir arrumando as malas: Paulo Guedes ameaça ir embora do Brasil se a reforma da Previdência não for aprovada como ele quer

“Se eu sentir que o presidente não quer a reforma … pego o avião e vou morar lá fora”, afirmou Guedes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em matéria publicada na Veja, nesta sexta-feira (24), que deixa o governo caso a reforma da Previdência não seja aprovada.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em matéria publicada na Veja, nesta sexta-feira (24), que deixa o governo caso a reforma da Previdência não seja aprovada.

“Se só eu quero a reforma, vou embora para casa. Se eu sentir que o presidente não quer a reforma, a mídia está a fim só de bagunçar, a oposição quer tumultuar, explodir e correr o risco de ter um confronto sério… pego o avião e vou morar lá fora.”

As ameaças de Guedes, no entanto, não param por aí. Os recursos que foram temporariamente bloqueados em diversas áreas do governo, como na educação, poderão ser liberados caso a reforma da Previdência seja aprovada e a economia apresente sinais de recuperação.

“Estamos tendo de rever as previsões que eles deixaram contingenciando gastos. Isso quer dizer que as Forças Armadas param em setembro. E as universidades, em agosto ou julho. Não vai ter dinheiro. Se a gente fizer as reformas, a economia vai retomar o crescimento e as receitas vão voltar. Aí, podemos fazer uma aposta no futuro e descontingenciar vários desses cortes.”

Já com relação ao desempenho do Governo, o Posto Ipiranga do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) avalia que as coisas poderiam ter ido melhor em seus primeiros meses.

“De zero a 10, dou 7… 7,5. O governo está excepcional? Não. Se na política tivéssemos conseguido fazer rápido a aliança entre centro e direita, se vocês, da imprensa, tivessem feito a sua parte, explicando para todo mundo entender, poderia ser 10”.

 

 

 

 

 

*Com informações da Forum

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Paulo Guedes e Bolsonaro querem os pobres da porta para fora

Em discurso para cerca de 30 empresários reunidos na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Guedes diz que a Constituição provocou gastos excessivos na área social.

Num pacto entre a mídia, a escória, o dinheiro e o judiciário para a restauração neoliberal, Paulo Guedes é a ponta de lança.

Qual solução Bolsonaro e Guedes encontraram?

Exilar os pobres dentro do próprio país.

Os manuais dos “cidadãos de bem” contemplam esse muro entre os muito ricos e os pobres.

Na verdade, Guedes e Bolsonaro estão garantindo que a área social do governo seja um peso morto para que a tropa de ocupação encontre caminho livre para demolição social, como tem sido feito nos programas Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família.

É essa a pedagogia do governo Bolsonaro.

É um passo meticulosamente estudado.

E não é só isso, os interesses dominantes triunfarão nesse governo.

O sonho de um Brasil no qual caiba por inteiro o povo, acabou.

Guedes e Bolsonaro querem os pobres da porta para fora, do lado de fora da democracia, da dignidade e da civilização.

 

 

 

*Por Carlos Henrique Machado – Músico, compositor e pesquisador da música brasileira

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Paulo Guedes diz que o grande mal do país é o ‘gasto excessivo’ com social

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a uma plateia de empresários da Fiesp, em São Paulo, que a Constituição Federal provocou “gastos excessivos” na área social e que a inclinação social-democrata adotada pelos últimos governo, “do ponto de vista técnico” se tornou obsoleta.

Enquanto a população enfrenta a falta de médicos, medicamentos, escolas sucateadas e a falta de equipamentos para a segurança pública, o ministros afirma foi excessivo.

“Com a Constituição viemos a gastar mais na área social e passamos 30 anos investindo com uma ênfase maior na plataforma social-democrata, que é uma plataforma do ponto de vista técnico mais obsoleta”, destacou.

Guedes ainda aproveitou para dizer que o grande mal do país é o sistema de repartição e a legislação trabalhista, que levou ao excesso de gastos pelo Estado brasileiro.

“São 40 anos de excessos de gastos públicos financiados pela reciclagem dos petrodólares do governo [militar de Ernesto] Geisel. O resultado foram crises cambiais recorrentes que até hoje cobram o preço. Foram quase US$ 400 bilhões em reservas para conter crises cambiais”, afirmou Guedes.

Vale lembrar que a desigualdade de renda dos brasileiros atingiu o maior patamar já registrado no primeiro trimestre de 2019. Segundo pesquisa do estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), o índice que mede a desigualdade vem subindo consecutivamente desde 2015, e atingiu em março o maior patamar desde o começo da série histórica, em 2012.

O índice de Gini, indicador da desigualdade, mostra que o Brasil ficou em 0,6257 em março. A escala é de 0 a 1 – sendo que, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade.

 

 

 

 

*Com informações do 247

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Economia

Paulo Guedes diz: Privatização dos ‘peixes grandes’ começará em breve

Com as mãos, Paulo Guedes mostra o tamanho do problema que está criando.

Com Reuters – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (22) que as privatizações durante o governo Jair Bolsonaro chegarão “aos peixes grandes”. É a concretização do projeto de liquidação do patrimônio nacional. “Está tudo sendo preparado”, assegurou Guedes. O primeiro “peixe grande” a ser entregue será anunciado já nesta quarta-feira, quando a Petrobrás comunicar o início da privatização da BR Distribuidora.

“Por enquanto não tem peixe grande, só coisinha pequena aqui, concessões ali. Daqui a pouco vão entrar os grandes, nós vamos começar os grandes também. Está tudo sendo preparado”, disse sem citar quais empresas estariam na mira das privatizações.

O ministro fala com orgulho do fato de entregar o patrimônio dos brasileiros: “Tínhamos botado uma meta de US$ 20 bilhões de privatizações este ano — queríamos aí R$ 80 bilhões, quase R$ 100 bilhões — e já privatizamos US$ 11 bilhões, mais da metade em menos da metade do tempo”.

Guedes sustenta o falacioso discurso de que os recursos obtidos com as privatizações serão empregados no pagamento da dívida pública, mas o dinheiro arrecadado não irá interromper a festa dos bancos e rentistas, que sangram o Tesouro Nacional há décadas. No anúncio dos “peixes grandes” ele informou que os pagamentos de juros da dívida deverão chegar a R$ 360 bilhões neste ano. Ele compara o valor arrecadado ao pagamento dos juros, mas o fato é que o dinheiro auferido não terá o condão de reduzir o volume da dívida. Enquanto Guedes fala com orgulho da venda de R$ 100 bilhões, a dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior R$ 3,877 trilhões, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional.

 

 

 

 

 

*Com informações do 247

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Economia

Paulo Guedes admite: “Estamos no fundo do poço”, mas quem cavou o buraco?

O falso profeta admite o fracasso atual, mas o mergulho depressivo começa com Dilma e atende ao recado popular: quanto mais cai, mais afunda.

Anunciam os analistas do mercado em seus boletins: o Ministério da Fazenda reduz projeção do PIB de 2019 de 2% para 1,5%. No mesmo diapasão, o ministro Paulo Guedes encerrou seu depoimento na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional com uma angustiada proclamação: “A realidade é que estamos no fundo do poço”.

Paulo Guedes joga todas as fichas na reforma da Previdência. Feita a reforma, nos moldes propostos pelo governo, o Brasil retoma o crescimento. Digo, sem ironia: no crepúsculo dos 76 anos, auguro que o sonho do ministro alcance a felicidade dos meus filhos. Dos meus, dos seus, dos nossos.

Desde os anos 80 do século passado, os governos do mundo e seus súditos estão empenhados em reformar os sistemas de proteção social para conter os efeitos indesejáveis sobre os déficits e a dívidas públicas. Solapadas pelas transformações geoeconômicas, tecnológicas e laborais, as reformas são reformadas de tempos em tempos. A experiência do capitalismo internacional deveria ter ensinado que não há bala de prata para derrotar o irrequieto dragão que ameaça deglutir as finanças públicas.

O poço de Paulo Guedes começou a ser cavado com esmero e persistência na posteridade das eleições de 2014. A presidenta eleita convocou Joaquim Levy para os trabalhos de perfuração com as ferramentas, pás, enxadas e picaretas, oferecidas pelos operadores do mercado financeiro e recomendadas pelos senhoritos da mídia e da academia.

O mergulho depressivo iniciado entre os estertores de 2014 e a crisálida de 2015 pode ser apresentado como um exemplo do fenômeno que as teorias da complexidade chamam de “realimentação positiva” ou, no popular, “quanto mais cai, mais afunda”.

A interação entre a subida da taxa de juros, a desvalorização do real, o corte dos investimentos públicos e o choque de tarifas determinaram a elevação da inflação em simultâneo à contração do nível de atividade e daí à restrição do crédito. O encolhimento do circuito de formação da renda levou, inexoravelmente, à derrocada da arrecadação pública.

A combinação entre choques negativos de oferta e seus efeitos sobre a renda agregada da economia suscitou um processo de “realimentação positiva” decorrente das reações de autoproteção das empresas, bancos e consumidores, estes ameaçados pelo desemprego.

As fábricas se encharcam de capacidade ociosa. Endividadas, as empresas são constrangidas a ajustar seus balanços diante das perspectivas de queda da demanda e do salto do serviço da dívida. Para cada uma delas era racional dispensar trabalhadores, funcionários, assim como, diante da sobra de capacidade, procrastinar investimentos que geram demanda e empregos em outras empresas. Para cada banco individualmente era recomendável subir o custo do crédito e racionar a oferta de novos empréstimos.

Os consumidores, bem, os consumidores reduzem os gastos. Uns estão desempregados e outros com medo do desemprego. Assim, o comércio capota, não vende e reduz as encomendas aos fornecedores que acumulam estoques e cortam ainda mais a produção. As demissões disparam. A arrecadação míngua, sugada pelo redemoinho da atividade econômica em declínio. Isso enquanto a dívida pública cresce sob o impacto dos juros reais em queda, mas ainda mais elevados que a taxa de crescimento da economia.

 

 

 

 

*Com informações da Carta Capital