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Assessores de lideranças do PL e de Carlos Bolsonaro receberam R$ 2,4 milhões como “bolsistas” da Uerj

Assessores e pessoas ligadas a Carlos Bolsonaro, ao líder do PL na Câmara e ao líder do PL no Senado receberam.

Aliados de lideranças do PL e um dos principais assessores de Carlos Bolsonaro (Republicanos) na Câmara do Rio receberam, pelo menos, R$ 2,4 milhões da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), sob o nome de supostos projetos de pesquisa.

Reportagem do Uol obteve o acesso a folhas de pagamento secretas que revelam as transferências da Universidade, com a justificativa de supostas contratações de projetos de pesquisa, a lideranças do PL na Câmara do Rio, às vésperas das campanhas eleitorais de 2022.

Os contemplados pelos recursos

Um dos beneficiados dos pagamentos foi Rogério Cupti de Medeiros Júnior, assessor direto do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-mandatário. Segundo o jornal, uma tia do assessor também aparece nas planilhas de pagamentos secretos da Uerj.

Já na Câmara dos Deputados de Brasília, também receberam os recursos 20 aliados e pessoas ligadas ao líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, o quinto deputado federal mais votado do RJ no ano passado e amplo defensor de Jair Bolsonaro.

No Senado, a mãe e um assessor de gabinete do líder do PL, Carlos Portinho, também receberam recursos de pesquisa da universidade.

Às vésperas das campanhas eleitorais

Os pagamentos foram feitos entre 2021 e 2022, com maior distribuição no início do ano passado, às vésperas de darem início as campanhas eleitorais. Essas pessoas figuram como bolsistas de projetos da Universidade. Os recursos públicos são autorizados a partir da gestão do governo do Rio, de Cláudio Castro (PL).

Em resposta ao jornal, os nomeados de receber bolsas negam que tenham tido influência nas contratações. A Uerj disse que está “apurando rigorosamente todas as denúncias apresentadas”.

*Com GGN

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Google lança ofensiva contra PL das Fake News

OUTRO LADO: Empresa nega que privilegie links contrários ao projeto e diz que não altera manualmente resultados

O Google lançou uma ofensiva contra o PL 2630, o projeto de lei que regula a internet e que deve ser votado nesta terça-feira (2), mostram emails, prints e relatos obtidos pela Folha, além de um levantamento do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Quem usa o Google nesta segunda-feira (1º) se depara com um link bem embaixo da caixa de busca, com os dizeres: “O PL das fake news pode piorar sua internet”. O link direciona para um post do blog do Google com inúmeras críticas ao projeto. Segundo o site de dados Statista, 97% dos brasileiros usam o Google para buscas na internet. De acordo com levantamento do NetLab, a plataforma também está privilegiando links de conteúdo de oposição ao PL nos resultados das buscas sobre o projeto de lei, além de anúncios do próprio Google criticando a nova legislação.

Procurada pela reportagem, a plataforma negou que esteja privilegiando links contra o PL em seu buscador e afirmou que seus sistemas de ranqueamento se aplicam para todas as páginas da web, incluindo aquelas que administra.

De acordo com o NetLab, quando se procura por “PL 2630” no buscador, entre os primeiros resultados está um link de publicidade com o título: “PL da Censura”. Ele leva a um post no blog do Google que diz que a proposta “pode piorar a sua internet”.

Além desse, os outros links que aparecem nos primeiros resultados das buscas pelo termo são oficiais, como do Senado e Câmara, de veículos de imprensa e de sites hiperpartidários que se posicionam contra o PL, como a Revista Oeste, PlenoNews, PLdaCensura e Boletim da Liberdade, de propriedade do ex-deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), que lidera campanha contra a regulação, além de vídeos do canal do Brasil Paralelo no YouTube.

Conforme o NetLab, os links do Google contra o PL também apareceram na primeira página não como propaganda, mas como resultado da busca orgânica pelo termo “PL 2630”, em consultas realizadas de forma anônima, sugerindo um usuário genérico brasileiro sem histórico, entre os dias 23 e 28 de abril.

Além disso, youtubers vêm recebendo desde sexta (28) e-mails do YouTube afirmando que eles vão perder dinheiro se o projeto for aprovado. As mensagens afirmam que o PL compromete “nosso modelo de compartilhamento de receita”.

Dizem que, ao ser obrigada a pagar por conteúdo jornalístico, como prevê o artigo 32 do PL, sobrariam “menos fundos para investir em você, em todos os nossos criadores e nos programas para ajudá-lo a desenvolver seu público”. No final, insta os youtubers a falar “com seus deputados nas redes sociais ainda hoje”.

Pelo Twitter, o influenciador Felipe Neto respondeu ao email do YouTube, dizendo nunca viu “uma tentativa tão pesada de utilização dos criadores para defender os interesses do Google”.

Segundo ele, o “posicionamento do YouTube é vergonhoso, pois é uma mentira e uma ameaça feita de maneira intencional”.

De acordo com Marie Santini, coordenadora do NetLab, o algoritmo do Google que determina o ranqueamento dos sites na ferramenta de busca normalmente mostra os resultados por ordem de relevância. Está entre os critérios o link ter sido citado por outras fontes de reconhecida reputação na internet.

“O que nos parece é que o Google ponderou os resultados de busca de tal forma a aumentar a relevância de sua própria voz em sua plataforma.”

Segundo ela, “isso pode configurar abuso de poder econômico às vésperas da votação” para tentar impactar a opinião pública e os votos dos parlamentares.

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Vitória do governo: Plenário da Câmara aprova urgência do PL das Fake News

Câmara ainda precisa aprovar o mérito do PL das Fake News que vem sendo debatido na Casa há três anos.

Nesta terça-feira (25/4), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para votação do PL das Fake News. Foram 238 votos favoráveis e 192 contrários. Pelo cronograma, na próxima terça-feira (2/5) o plenário votará o mérito do texto.

A votação só foi possível após acordo entre líderes que concedeu ao Palácio do Planalto um pouco mais de tempo para arrefecer a crescente pressão contra a proposta, por iniciativa de plataformas como Google, Facebook e TikTok.

O texto busca regular as plataformas digitais, as chamadas big techs, para o controle de propagação de desinformação em massa. A matéria ganhou tração após os ataques do dia 8 de janeiro e do ataque contra a creche de Blumenau, em Santa Catarina.

O calendário foi construído na tarde desta terça em uma reunião entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com líderes partidários. Deputados contrários ao texto sugeriram mudanças ao relator Orlando Silva (PCdoB-SP). A previsão é que uma nova versão do parecer seja apresentada na próxima quinta.

Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, entregou a Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, sugestões para serem agregadas ao projeto de lei.

Descumprimento de acordo

Durante a sessão, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), pediu respeito aos deputados de oposição para que o acordo firmado para votar a urgência do PL no plenário fosse cumprido.

O projeto das fake news vem sendo discutido desde a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e sofre críticas de deputados e senadores alinhados ao ex-presidente. Ele prevê o estabelecimento de medidas de combate à disseminação de conteúdo falso nas redes sociais e serviços de mensagens, como WhatsApp e Telegram.

Após a fala dura do deputado Marcel Van Hattem (Novo-SP) contra o PL, parlamentares contrários ao projeto entoaram “censura não”.

Lira solicitou que a sessão seguisse sem “balbúrdia” ou, caso contrário, o regimento interno para que a matéria fosse submetida a votação simbólica seria invocado.

*Com Metrópoles

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Política

Michelle Bolsonaro convida ex-Jovem Pan a se filiar ao PL

Michelle Bolsonaro fez convite a ex-comentarista da Jovem Pan, em cerimônia do PL, para se filiar ao partido.

Michelle Bolsonaro convidou a ex-comentarista da Jovem Pan News Zoe Martinez para se filiar ao PL. O convite foi feito na terça-feira (21/3), quando a ex-primeira-dama assumiu a presidência do PL Mulher, segundo o Metrópoles.

Zoe Martinez prendeu o choro ao vivo ao comentar a derrota de Bolsonaro para Lula um dia depois das eleições.

Ela voltava de um afastamento imposto pela Justiça Eleitoral e participava do programa Morning Show. Martinez acabou demitida da emissora em janeiro deste ano.

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Política

Por que Michelle Bolsonaro descarta candidatura em 2026

Cúpula do PL vê dois motivos para declaração da ex-primeira-dama, que diz não ter pretensões políticas.A afirmação de Michelle Bolsonaro a deputadas do PL, na terça-feira, de que não pretende disputar cargo eletivo em 2026, não foi levada a ferro e fogo pela cúpula do partido.

Segundo Bela Megale, O Globo, a avaliação de membros do PL é que a ex-primeira-dama só se manifestou nesta linha por dois motivos. O primeiro, seria uma tentativa de se blindar da fritura e de ataques da oposição.

O segundo tem relação com o marido. Como informou a coluna, Jair Bolsonaro mostrou incômodo e ciúmes com o lançamento do nome da ex-primeira-dama para 2026. O capitão fez chegar ao presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, sua insatisfação com a colocação do nome de Michelle para o Palácio do Planalto.

Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro passou a defender a candidatura do pai à presidência da República novamente. No partido, é unânime a previsão de que Jair Bolsonaro será tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a cúpula do PL, Michelle é o nome que deve ser trabalhado, pois teria o capital político do marido, mas não a rejeição dele.

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Política

Deputados do partido de Bolsonaro querem verba do governo Lula

PL, partido de Jair Bolsonaro, tem 99 deputados, quase um quinto da Câmara.

De acordo com Guilherme Amado, Metrópoles, deputados do PL estão pressionando a cúpula do partido e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para conseguirem liberações de verbas do governo federal para as suas bases eleitorais.

O gabinete de Lira está sendo pressionado para encontrar um modelo para substituir o orçamento secreto, proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no final do ano passado, que atenda a bancada de 99 deputados.

Há um pequeno detalhe, porém, que deve atrapalhar a negociação. O PL, partido de Jair Bolsonaro, hoje é parte da oposição. Nos corredores da Câmara, o assunto é motivo de piada: deputados querem o mesmo atendimento que tinham quando eram governistas.

No ano passado, Lira havia prometido R$ 5 milhões para cada um dos novos eleitos. Com o fim do orçamento secreto, não cumpriu a promessa. Agora, o pedido feito por deputados ao governo é de R$ 12 milhões em verbas extras para cada um para apoiar o Executivo nas primeiras votações.

Enquanto não ficar definido quem são os “governistas ocultos” da bancada do PL, que irão votar com Lula, atendimentos ao partido de Bolsonaro não serão prioridade para o Palácio do Planalto, preveem lideranças da sigla.

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Irregularidade

A via crucis de Moro para se manter no Senado

Para quem achou que Moro teria a faca e o queijo nas mãos, ou seja, virar senador e conseguir a tão sonhada imunidade que ele, antes criticava, junto com seu comparsa Dallagnol, pode ser uma avaliação apressada.

Sergio Moro vai ter que encarar uma série de mata-burros em 2023 para conseguir segurar a cadeira.

Aliás, Carluxo, em seu último twitter, antes da fuga para os EUA, tratou Moro como um traidor, oportunista, o que convenhamos, é uma ingratidão com quem prendeu Lula para eleger Bolsonaro e, por consequência morrer 700 mil brasileiros por covid e jogar 33 milhões na mais absoluta miséria.

Mas Moro, diante da graça alcançada, que foi dar o pontapé inicial à carreira política, dá de ombros para as consequências macabras que ele ajudou a produzir, levando o genocida ao poder. Mas está longe de Moro ter vida fácil para se manter no Senado, o que vai de encontro ao que prenunciou Élio Gaspari em seu mais recente artigo.

Segundo Lauro Jardim, O Globo, Sergio Moro vai assumir seu mandato no Senado em 1° de fevereiro, mas as chances de ter problemas para se manter na cadeira são colossais. O processo que o PL protocolou no TRE-PR pedindo sua cassação por irregularidades na prestação de contas eleitoral é a alavanca para suas dores de cabeça.

Moro conta com um batalhão de desafetos poderosos unidos contra ele — a começar por Gilmar Mendes. Os contratempos devem azedar o 2023 de Moro: inicialmente, o TRE julgará, depois cabe um recurso ao próprio tribunal; e, em seguida, a ação deve subir ao TSE.

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Michelle Bolsonaro vai a escritório e prepara entrada na política

Michelle Bolsonaro visitou escritório que o PL alugou para abrigar Bolsonaro e aliados; ela comandará o PL Mulher e receberá salário.

De acordo com Guilherme Amado, Metrópoles, Michelle Bolsonaro tem se preparado para entrar na política, enquanto a família Bolsonaro está prestes a desocupar o Palácio do Alvorada. Nesta segunda-feira (19/12), a primeira-dama esteve no escritório que o PL alugou para abrigar Jair Bolsonaro e aliados.

De um gabinete nesse escritório, Michelle presidirá o PL Mulher, cargo cobiçado por deputadas e senadoras da sigla. Em troca, ganhará um salário do partido onde seu marido será presidente de honra.

Na última semana, o escritório duplex de Bolsonaro abriu as portas. O vice da chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, já esteve no local diversas vezes com outros militares. O general já conta com uma vaga na garagem do prédio.

O PL gastará pelo menos R$ 40 mil por mês com aluguel e condomínio. O espaço conta até com uma pequena sala de cinema.

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PL de Bolsonaro trai Moro e faz investida na Justiça Eleitoral para cassar mandato de senador eleito

Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL entrou com um pedido na Justiça Eleitoral para cassar o mandato do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR). Em um processo sigiloso movido pelo diretório do Paraná, o partido moveu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral.

O movimento se dá poucos meses depois de Sergio Moro ter apoiado publicamente Jair Bolsonaro e até mesmo acompanhado o então candidato à reeleição nos debates televisivos do segundo turno da eleição presidencial. Segundo apurou o Estadão, apesar de patrocinado pelo diretório no Paraná, a ação conta com o aval do presidente nacional Valdemar Costa Neto.

Moro foi eleito senador pelo Paraná com 33,82% dos votos, em uma disputa apertada com o segundo colocado, o deputado federal Paulo Martins (PL), que alcançou 29,12% dos votos. Segundo apurou o Estadão, internamente, a esperança é de que a legenda consiga alijar o ex-juiz da Operação Lava Jato do Senado e ficar com a vaga de Moro.

Procurado, o presidente da legenda no Paraná, Fernando Giacobo, afirmou que não se manifestaria porque o processo está sob sigilo. Valdemar Costa Neto também não se manifestou. A assessoria de imprensa do PL Nacional apenas informou que a ação é patrocinada pela legenda no Estado.

Os detalhes da ação estão sob sigilo, mas o Estadão apurou que o PL deve questionar irregularidades nos gastos de campanha do ex-juiz. O partido vem de um grande desgaste no Poder Judiciário, após ter questionado as urnas do segundo turno das eleições presidenciais e ser penalizado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, uma multa de R$ 22 milhões por litigância de má fé.

Procurado, Moro disse que desconhece a “existência de eventual ação do PL” e nada tem “a recear quanto à lisura, regularidade, transparência e seriedade das doações e despesas eleitorais.”

A ofensiva contra Moro também seria uma forma de agradar setores do Judiciário que desde sempre se posicionaram de maneira crítica à Lava Jato, mas que se revoltaram com a ofensiva contra as urnas, que atendeu a interesses do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado em 2022.

A medida contra Moro representa uma dura investida contra um aliado importante do presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022. A presença do ex-ministro nos debates presidenciais, que havia acusado o presidente de intervir politicamente na PF e ensejado a abertura de um inquérito no STF, foi a grande novidade e carta na manga de Bolsonaro no segundo turno.

A legenda toma como precedente político para tentar tirar Moro do Senado o caso da ex-juíza Selma Arruda, que foi cassada por irregularidades na prestação de contas e cuja vaga foi preenchida pelo terceiro colocado nas eleições ao Senado daquele ano. Conhecida como linha dura do Judiciário matogrossense, e famosa por impor duras penas ao grupo político do ex-governador Silval Barbosa – que, hoje, é delator – , Selma ficou conhecida como “Moro de saias”.

*Com Estadão

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Justiça

Moraes rejeita ação do PL de Bolsonaro contra urnas e aplica multa de R$ 22,9 milhões

Presidente do TSE indeferiu representação do partido de Bolsonaro com base em um relatório questionando a credibilidade das urnas e ainda penalizou a legenda bloqueando seu fundo partidário.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou nesta quarta-feira (23) a ação golpista protocolada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, solicitando que parte dos votos do segundo turno das eleições fossem anulados – o que favoreceria o ainda mandatário -, e ainda aplicou multa de mais de R$ 22 milhões à legenda por litigância de má-fé.

Na ação, o partido se baseou em um relatório de uma auditoria que contratou apontando que os votos de 279.336 urnas eletrônica de modelos anteriores ao do ano de 2020 deveriam ser anulados, sob a alegação de que elas teriam apresentado “mau funcionamento”. O PL diz que, com a anulação desses votos, Bolsonaro teria vencido o segundo turno da eleição contra o presidente eleito Lula com 51%.

Logo depois, então, Moraes determinou que o PL entregasse em 24 horas também o número de urnas que deveriam ter os votos anulados no primeiro turno, já que os aparelhos foram os mesmos usados no segundo turno. A legenda, no entanto, insistiu em questionar apenas os resultados do segundo turno.

Em resposta, o presidente do TSE indeferiu a ação e aplicou multa de R$ 22 milhões ao partido por litigância de má-fé. O ministro ainda determinou a suspensão do Fundo Partidário das legendas que compõe a coligação de Bolsonaro.

Segundo Moraes, não há na representação do partido de Bolsonaro “quaisquer indícios e circunstâncias que justifiquem a instauração de um verificação extraordinária”. O ministro diz ainda, em seu despacho, que os argumentos do PL apontando “mau funcionamento” das urnas são “absolutamente falsos”, e utiliza adjetivos como “pueril” e “fraudulento” para se referir aos pedidos do partido de Bolsonaro.

O presidente do TSE finaliza sua decisão da seguinte maneira:

*Com Forum

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