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Os barões da direita que estiularam a criação do CV e PCC, podem abrir a boca para falar em Segurança Pública?

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Essa elite conservadora, que domina a política e a economia brasileira há décadas, não tem a menor autoridade moral ou factual para abrir a boca sobre segurança pública sem ser confrontados com sua própria história de cumplicidade e incompetência.

Comando Vermelho no Rio: Fundado nos anos 1970 no Instituto Penal Cândido Mendes (Ilha Grande), o grupo começou como “Falange Vermelha” – uma autodefesa contra torturas e chacinas estatais.

Em 1979, uma carnificina no presídio (matança de detentos pela ditadura) acelerou a expansão.

Hoje, o CV domina favelas e rotas de tráfico porque, lá atrás, a direita falhou miseravelmente e a semente foi plantada pela ditadura.

PCC em SP: Criado em 1993 na Casa de Custódia de Taubaté, logo após o Massacre do Carandiru (1992), onde o governo de direita de São Paulo matou 111 presos indefesos.

O PCC surgiu como “autodefesa” contra abusos prisionais, adotando o lema “Paz, Justiça e Liberdade” (copiado do CV)

Fundadores como Geleião e Cesinha coordenaram ataques a prédios públicos pra vingar as violações estatais.

Esses “barões” – generais, coronéis e elites econômicas que sustentaram a ditadura – criaram o caldo de cultura pro crime organizado.

Sem a repressão brutal e a superlotação intencional, não haveria CV nem PCC.

E quem herda essa herança?
Governos de direita em RJ e SP, que deixaram as facções crescerem por décadas.

O crescimento das facções debaixo do nariz da direita no poder.

SP e RJ, berços do PCC e CV, são governados por forças conservadoras há mais de 30 anos (PSDB em SP desde 1995, com pit stops em direita radical; PMDB/PL no RJ).

Resultado?

Facções que faturam bilhões (R$ 1 bi/ano só o PCC, segundo investigações da PF) e se infiltram em tudo: polícia, política e até a Faria Lima.

Infiltração atual

O PCC lava dinheiro via privatizações (fundos e empresas estatais vendidas pros “barões”), financia campanhas (investigações da PF mostram “banco” da facção pra candidatos) e opera na Faria Lima – o coração financeiro da elite de direita.
A hipocrisia de hoje

Discurso de segurança sem ação real

Esses “barões” de Tarcísio (SP) a Cláudio Castro (RJ) e Caiado (GO) – posam de heróis anti-crime, mas sabotam soluções sistêmicas.

Consórcio da Paz: Lançado em novembro/2025 por governadores de direita, é puro teatro eleitoral pra 2026.

Ignora a PEC da Segurança Pública do governo federal (que cria integração nacional e banco de dados contra facções), porque isso ameaça seus feudos infiltrados.

Projeto anti-terrorismo
Defendem classificar PCC e CV como “terroristas” pra endurecer penas, mas resistem a medidas que atinjam lavagem de dinheiro ou privatarias. Por que será?

No Paraguai e Argentina (governos de direita), já usam isso para justificar intervenções na fronteira – e aqui pode abrir porta para o intervencionismo de Trump, como Gleisi Hoffmann alertou.

Resultados? Zero!

Violência explode (guerra PCC vs. CV na Amazônia matou centenas em 2025), mas o foco é em “perseguir maconheiro e pobre”.
Não querem desmantelar finanças.

Privatizações viram atalho pro crime: R$ 146 bi movimentados por facções em 2022 via combustível, ouro e cigarros ilegais.

Conclusão
Hora de desmascarar o circo
Não, eles não podem falar em Segurança Pública sem rir na cara da população brasileira.

Soluções reais?
Atacar finanças (congelar contas de facções), integrar inteligência (PEC federal) e investir em prevenção social – não mais chacinas que só radicalizam.

Se a escumalha liberal quer falar, que assumam.

O monstro que combatem é filho deles.

Caso contrário, calem a boca e saiam do picadeiro eleitoreiro!


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Política

Segurança Pública de SP em crise: policiais preparam protesto e criticam Derrite

Protesto previsto para os próximos dias pressiona por revisão das políticas atuais, melhores condições de trabalho e abertura de diálogo com a categoria

Policiais civis e militares de São Paulo marcaram uma manifestação conjunta para a terça-feira da semana que vem (18), às 14 horas, no Largo São Francisco, contra a gestão da Segurança Pública no governo Tarcísio de Freitas. As entidades afirmam que o secretário Guilherme Derrite, que se licenciou do cargo para assumir a relatoria do PL Antifacção na Câmara dos Deputados, deixou de lado problemas estruturais das corporações.

Em entrevista, o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP), André Santos Pereira, fala sobre os principais pontos de insatisfação da categoria: a falta de valorização prometida pelo governo, o descumprimento da Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil e o atraso na modernização da legislação estadual, parada desde 1979.

Ele também critica movimentações internas do secretário que, segundo as entidades, aprofundaram o “racha” entre Polícia Civil e Polícia Militar.

policiais, André Santos, Derrite

André Santos Pereira: Nós temos, por parte da Polícia Civil, dois focos de reivindicação. O primeiro é a valorização que foi prometida pelo governo Tarcísio e que a gente vê que não foi levado adiante, relacionado a salário.

O segundo é a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo. A gente tem um contexto de uma lei nacional que entrou em vigor no dia 23 de novembro de 2023 (14.735). Essa lei traz uma regra geral para todas as polícias civis do Brasil, e ela, de certo modo, vem sendo descumprida aqui no Estado de São Paulo em alguns dispositivos que já são de observância imediata e que São Paulo não cumpre.

Você pode citar um exemplo?

Um exemplo é a pensão por morte do policial civil em combate, dentre outros direitos. E também porque a nossa Lei Orgânica da Polícia Civil de São Paulo é de 1979, defasada, com diversos dispositivos que não fazem mais sentido.

Com o advento da Lei Orgânica Nacional, a gente viu ainda mais a necessidade de modernizar a Polícia Civil de São Paulo, até para enfrentar o crime organizado, que está sempre um passo à frente do Estado.

O governo criou grupos de trabalho. O que aconteceu com eles?

O Governo do Estado, por intermédio da delegacia-geral, criou um grupo de trabalho em 2023, quatro dias antes da lei nacional entrar em vigor, em 19 de novembro de 2023. Esse grupo não apresentou nenhum resultado para as categorias, muito embora a gente tenha subsidiado o grupo com todos os eixos necessários para fazer a alteração legislativa.

Chegamos em 2025, o governo criou outro grupo de trabalho, agora intersecretarial, entre Casa Civil e Secretaria de Segurança Pública, em janeiro. Estamos agora em novembro de 2025 e eles não concluem o trabalho. Nem a delegacia-geral entregou, nem o grupo intersecretarial entregou para a população e para os policiais civis.

O que vocês defendem que precisa estar na nova lei?

A gente reivindica que a lei traga as balizas principais para o funcionamento da Polícia Civil: princípios, diretrizes e competências. E, no aspecto funcional, são seis eixos:

  • remuneração,
  • plano de carreira,
  • jornada de trabalho (até 40 horas semanais),
    saúde,
  • prerrogativas,
  • previdência.

A saída do secretário Derrite para relatar o PL antifácio afeta a segurança pública no estado?

Olha, eu acho que isso é independente. O foco do secretário em realizar essa relatoria é uma exposição no cenário nacional. O que ocorre no Estado de São Paulo, se ele tivesse que resolver, já teria resolvido.

A gente esperava, no início da gestão, tanto do governo Tarcísio quanto do próprio secretário, que as polícias de fato tivessem um olhar diferenciado. E isso não ocorreu. Pelo contrário, tivemos direcionamentos da política de segurança pública aqui no estado equivocados.

Um exemplo é o racha entre as polícias, promovido pelo próprio secretário de Segurança Pública, quando tentou passar atribuições da Polícia Civil para a Polícia Militar.

Nós fomos muito enfáticos na oposição a isso e realizamos diversas ações. Uma delas desaguou numa ação judicial perante o CNJ, que determinou que a Polícia Militar não pode realizar solicitação de mandados, que é competência da Polícia Civil.

*ICL

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Política

Mais de 900 mortes de civis causadas por ações policiais em SP, aponta estudo

Nenhum agente envolvido chegou a ser denunciado pelo Ministério Público.

Uma pesquisa com 859 inquéritos policiais apontaram que as ações da polícia de São Paulo deixaram 946 civis mortos no estado, de 2018 a 2024. Nenhum agente envolvido chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. As informações são do projeto Mapas da (In)Justiça, do Centro de Pesquisa Aplicada em Direito e Justiça Racial da FGV Direito SP, publicado nesta segunda-feira (5), no jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com os números, aproximadamente oito de cada dez mortes aconteceram em vias públicas, e 87,8% dos casos envolveram somente uma vítima. Nesta situação também existe a predominância de negros (49%) entre os mortos.

A chamada prestação de socorro foi registrada em oito de cada dez casos. O estudo mostrou, ainda, que houve tiros em 734 ocorrências, com a maioria tendo um ou dois disparos (31,6%) ou dois a quatro disparos (31,3%). Também foi identificada 17,6% de ocorrências com uma quantidade de quatro a sete tiros disparados, e 19,5% com faixa de seis a 69 tiros.

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Brasil

Vídeo: PMs de SP queimam cruz ao estilo Ku Klux Klan com apologia nazista

As forças especiais da Polícia Militar (PM) de São Paulo (SP) publicou um vídeo nesta terça-feira (15) em que aparecia os agentes do 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) queimando uma cruz e fazendo uma saudação lida como nazista. A publicação foi apagada após a repercussão.

Confira o vídeo publicado pelo 9º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep):

Em meio à escuridão da noite, a cerimônia acontece no que parece um campo. As cenas são iluminadas com a luz do fogo e dos faróis das viaturas ao fundo. Uma passarela ao centro liga uma cruz sendo consumida pelo fogo e os quatro carros da PM.

A cruz em fogo era usada em cerimônias para causar inspiração e comoção entre os membros da Ku Klux Klan (KKK) — grupo reacionário e extremista que defende a supremacia branca e o nacionalismo branco.

“Ela [a cruz] enviará uma emoção de inspiração a todos os membros de clãs nas colinas”, escreveu Thomas Dixon Jr., em The Clansman: A Historical Romance of the Ku Klux Klan (1905).

Na sequência aparece dois agentes com os braços levantados na altura do ombro, formando um ângulo de 90º. Esse é um dos poucos momentos “normais” do vídeo. Esse movimento pode ser o de juramento à bandeira ou o de cobrir. A julgar pela situação é mais provável que seja um juramento.

Na sequência do vídeo completo aparece um homem levantando o braço acima da altura do ombro. Existem duas possibilidades para esse movimento: o agente errou um dos movimentos mais básicos do militarismo ou ele fez uma saudação a Hitler, em clara apologia nazista.

Na imagem montada pela TVT News é possível ver com clareza que o braço do agente está acima do ombro. Na direita há uma imagem da população alemã reunida realizando a saudação nazista, de praxe, os braços estão acima do ombro em um ângulo similar a 145º.

Ao servir para uma instituição militar, seja exército, aeronáutica, PM ou até em escolas cívicos-militares, a ordem é: faça o movimento em 90º, qualquer coisa alteração é criticada e mal vista, por ser considerada desleixada.

Apesar de ser possível imaginar que foi um erro desleixado do agente da PM, o contexto leva para o lado mais negativo.

Uma referência a KKK junto a um símbolo nazista no mesmo vídeo não parece ser uma simples coincidência num mundo cada vez mais extremo politicamente.

A instância responsável pela defesa da população se associa ao movimento político responsável pelo Holocausto, responsável pelas mortes sistemáticas de judeus, negros, LGBTQIAPN+ e outras minorias. Nos Estados Unidos, Elon Musk fez o mesmo.

Movimento de PM em comparação a saudação nazista:

pms-queimam-cruz-ao-estilo-kkk-com-apologia-nazista-movimento-de-policial-em-comparacao-a-saudacao-a-hitler-durante-a-alemanha-nazista-fotos-wiki-commons-reproducao-tvt-news

*TVTNews

 

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Política

Justiça barra privatização de escolas estaduais de SP após ação da Apeoesp

Privatização das escolas públicas e dois leilões de gestão de 33 escolas foram suspenso pela 3ª Vara de Fazenda Pública.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) conseguiu barrar a privatização das escolas públicas no estado de São Paulo. Foi suspenso o processo de privatização das escolas públicas e a anulação de dois leilões de gestão de 33 escolas estaduais para a iniciativa privada. Saiba mais na TVT News.

Privatização das escolas estaduais de SP são suspensas
O juiz Manuel Fonseca Pires, da 3ª Vara de Fazenda Pública, determinou a suspensão do processo de privatização das escolas públicas e anulação dos dois leilões realizados para a transferência da gestão de 33 escolas estaduais para a iniciativa privada. A determinação aconteceu nesta terça-feira (11).

Os leilões eram divididos em dois lotes, o Oeste e o Leste.

O Oeste ocorreu no dia 29 de outubro de 2024. Nele continha 17 unidades escolares distribuídas entre as cidades do Oeste do estado de SP: Araras, Bebedouro, Campinas, Itatiba, Jardinópolis, Lins, Marília, Olímpia, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, Sertãozinho e Taquaritinga.

Já o Lote Leste, cuja licitação ocorreu no dia 4 de novembro de 2024, ofereceu a construção de 16 unidades escolares em diversas cidades. São elas: Aguaí, Arujá, Atibaia, Campinas, Carapicuíba, Diadema, Guarulhos, Itapetininga, Leme, Limeira, Peruíbe, Salto de Pirapora, São João da Boa Vista, São José dos Campos, Sorocaba e Suzano, segundo a TVT.

Em ambos os casos, o objeto do edital era a construção e a gestão administrativa das unidades escolares, incluindo serviços de manutenção e conservação. O prazo de concessão estava prevista para 25 anos, com valores estimados em R$2,1 bilhões.

Para a deputada estadual Professora Bebel (PT), que é segunda presidenta da Apeoesp e determinou o ingresso da Ação Civil Pública, a decisão representa um marco na luta em defesa da educação pública e da gestão democrática nas escolas.

“Essa sentença significa para nós uma grande vitória. É uma vitória gigante, que nos permite dizer em alto e bom som: privatização não é a solução. Queremos uma gestão democrática, em que as escolas possam debater seu projeto político-pedagógico sem interferências externas de caráter privado. Essa decisão é fundamental para proteger os profissionais da educação, que correm o risco de demissão com a entrega da gestão escolar para empresas privadas” afirma Bebel.

A parlamentar também destaca os prejuízos causados pela privatização, além da demissão de profissionais da educação, como a perda da autonomia pedagógica das escolas. Segundo ela, a decisão judicial garante segurança aos trabalhadores da educação e reafirma a necessidade de manter a educação pública sob gestão estatal.

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Política

SP: MP abre inquérito contra Nunes por suspeita de corrupção em obra próxima ao Jardim Pantanal

Há indícios de favorecimento de empresas pertencentes a pessoas ligadas diretamente ao prefeito.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou a abertura de um inquérito contra a gestão Ricardo Nunes (MDB) à frente da Prefeitura de São Paulo por suspeita de corrupção em uma obra de R$ 18,4 milhões na região do Jardim do Pantanal, no extremo leste da capital paulista.

A ordem judicial se refere a supostas irregularidades em contratos firmados de 2021 a 2022 entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) e a empresa Abcon Construção e Engenharia para a execução de uma obra de canalização de córrego no bairro.

A promotoria atende a denúncia feita pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) em 2023 sobre obras com suspeita de superfaturamento sob a gestão do emedebista, com base em relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM). O deputado divulgou nesta terça-feira (11) comunicado sobre a abertura de inquérito, que ocorreu em dezembro do ano passado.

Segundo o MP-SP, há indícios de sobrepreço e superfaturamento; favorecimento de empresas pertencentes a pessoas ligadas diretamente a Nunes; formação de cartel; e uso habitual de justificativa de dispensa de licitação por emergência devido à falta de planejamento da secretaria municipal.

O Jardim Pantanal sofre com alagamentos constantes há décadas. Em fevereiro deste ano, a região, onde vivem cerca de 45 mil pessoas, passou mais de uma semana com pontos de alagamento, após o forte temporal que atingiu a cidade.

Segundo o MP, a Siurb não prestou esclarecimentos solicitados pela promotoria quando o inquérito foi aberto. Na portaria, o MP solicita que a secretaria, no prazo de 20 dias úteis, forneça os seguintes documentos: planilha de contratos firmados com dispensa de licitação, cópia digital do processo de dispensa de licitação e justificativa apresentada ao TCM quanto ao incremento no número de contratações emergenciais da pasta. O órgão solicita a manifestação da construtora no mesmo prazo.

Esse é um dos 223 contratos da gestão Nunes sob suspeita de conluio para combinação de preços. O caso foi noticiado pelo UOL no ano passado. De acordo com a publicação, o esquema consistia em convidar três companhias para participar da licitação, mas apenas uma delas apresentava uma proposta viável, garantindo a vitória no contrato. Apenas na região do Jardim Pantanal, seriam 12 obra com suspeitas de conluio.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que

“as contratações de obras emergenciais seguem todos os ritos legais vigentes, atendendo integralmente aos requisitos exigidos”.

“A intervenção citada, às margens do Córrego Lajeado, foi necessária para conter o processo de erosão que colocou em risco iminente de desabamento mais de 50 casas. A obra foi executada conforme o projeto aprovado, e entregue em abril de 2023. Cabe ressaltar que todos os questionamentos do Ministério Público feitos por meio de Inquérito Civil foram respondidos integralmente pela Secretaria de Infraestrutura Urbana”, declarou a gestão municipal.

*BdF

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Zambelli cassada: Justiça Eleitoral de SP cassa mandato da deputada Carla Zambelli

Em sessão realziada nesta quinta (30/1), a Justiça Eleitoral de São Paulo cassou o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL).

São Paulo — Em sessão realizada nesta quinta-feira (30), o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) concluiu o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra Carla Zambelli (PL) e cassou seu diploma de deputada federal, por maioria de votos (5×2).

A decisão, que também a tornou inelegível por oito anos a partir do pleito de 2022, reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi proposta pela também deputada federal Sâmia Bomfim (Psol), alegando que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022.

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Bolsonaristas fazem ato esvaziado em SP contra ‘ditadura’ e pedem ajuda a Musk

Manifestação ocorre sem a presença de principais líderes, como Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.

Manifestantes bolsonaristas se reúnem na avenida Paulista na tarde deste domingo (9) em um protesto em São Paulo contra o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O protesto, que toma um espaço pequeno em frente ao Masp, não conta com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mote da manifestação são pedidos de impeachment de Lula e de Moraes.

O protesto também não teve adesão dos principais políticos próximos do ex-presidente, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os deputados federais Marcel Van Hattem (Novo) e Carla Zambelli (PL) marcaram presença, segundo o ICL.

Zambelli, hoje isolada no bolsonarismo, afirmou ter sido criticada por aderir a um protesto que não foi chamado por Bolsonaro. Ela disse que aderiria a todos os protestos chamados pelo ex-presidente, mas também pelo restante da população.

A deputada também lembrou o histórico dos protestos contra Dilma Rousseff (PT), que começaram pequenos e depois tomaram grandes dimensões. “Existe um pedido de impeachment dele [Lula] assinado por 144 deputados federais”, disse.

“Acreditem, é possível”, concluiu ela, segurando um boneco inflável de Lula. Marcel Van Hattem, por sua vez, fez um discurso crítico a Moraes, a quem chamou de “Xandinho”.

Um tom comum em discursos de manifestantes que se revezaram no carro de som foi o que classificaram como violações de direitos dos réus pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Outro deputado que compareceu e encampou os gritos de “fora Lula” foi Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL).

“O Brasil vai passar por uma revolução de consciência antes de fazer uma revolução de verdade. E essa revolução de consciência está acontecendo”, disse, emendando críticas a partidos do bloco do centrão.

Além das faixas contra Lula e Moraes, havia várias direcionadas ao bilionário Elon Musk.

“Fora ditadura, help Elon Musk”, dizia uma delas.

A reportagem conversou com políticos mais próximos de Bolsonaro, que afirmaram que não iriam participar do protesto. Na visão de parte desse grupo, realizar protestos desarticulados e com pequeno público pode dar impressão de fraqueza após atos lotados de Bolsonaro.

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Saúde

Internações por Covid em São Paulo aumentam 35%

Doença passou a atingir mais pessoas nas últimas semanas, segundo professor.

Dados levantados pela plataforma SP Covid-19 InfoTracker —criada por pesquisadores da USP e da Unesp com apoio da Fapesp para acompanhar a evolução da pandemia— mostram um aumento de 35% no total de hospitalizados por Covid-19 no estado de São Paulo.

As informações levam em conta as enfermarias e UTIs públicas e privadas.

Em 5 de setembro, 665 pacientes estavam internados por Covid-19 no estado. Na última terça (3), o total subiu para 896.

Quanto à média móvel de internações, o número ficou estável –101 e 102 nos dias 5 e 12, respectivamente—, mas depois cresceu. No dia 19, chegou a 108. Em 26 de setembro, passou a 126 e, na última terça, chegou a 139, segundo a Folha.

A média móvel permite analisar se o número tem aumentado ou diminuído ao longo das semanas.

Na opinião do professor Wallace Casaca, coordenador da plataforma, o cenário mostra que a tendência de alta deverá permanecer ao menos nas duas próximas semanas.

“A doença passou a acometer as pessoas em ritmo mais acelerado nas duas últimas semanas de setembro, indicando uma intensificação na transmissão da Covid no país, possivelmente reflexo da circulação de novas subvariantes ômicron”, diz Casaca.

“Se houver novas subvariantes com alto potencial de transmissão, haverá novos repiques. Daí a importância da vacinação para evitar manifestações mais severas da doença”, afirma o docente. “Embora menos crítico do que em anos anteriores, o momento atual requer precauções como evitar contato por longos períodos com pessoas com sintomas gripais, vacinação e uso de máscaras em locais fechados com grande trânsito de pessoas.”

Apesar da curva ainda ascendente, os números não superaram os registrados no dia 24 de novembro de 2022, quando a média móvel de novas internações estava em 476, com 3.222 hospitalizados.

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Política

“Intimidação” e “medo”: SP repete Paraná e instala app sem autorização no celular de professores

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) instalou um aplicativo em celulares de professores e alunos da rede estadual de São Paulo sem autorização dos donos dos aparelhos.

Educadores e estudantes da rede relataram que o aplicativo “Minha Escola” foi instalado sem autorização em seus celulares pessoais desde terça-feira (8). O programa é usado para alunos verificarem notas e faltas.

A Seduc (Secretaria da Educação de São Paulo) disse, em nota enviada ao UOL, que abriu um processo administrativo para apurar o caso. “A falha ocorreu durante um teste promovido pela área técnica da pasta em dispositivos específicos da Seduc”, afirmou.

Professores ouvidos pela reportagem na condição de anonimato dizem se sentir intimidados e assustados com a instalação sem autorização. Também afirmam que a situação fere a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

A instalação de qualquer aplicativo sem o consentimento do usuário pode ser considerada uma invasão de privacidade e uma violação de direitos, diz Ana Paula Siqueira, advogada especialista em direito digital e LGPD, segundo o Uol.

Nas redes sociais, também há relatos de alunos da rede estadual de São Paulo sobre a instalação não autorizada nos celulares particulares. “Meu celular instalou o app ‘Minha escola SP’ do nada”, escreveu um estudante.

O mesmo problema ocorreu no ano passado com a rede de ensino do Paraná — à época, o secretário da Educação paranaense era Renato Feder, que hoje está à frente da pasta em São Paulo. A justificativa foi que o programa havia sido colocado em uma área errada no painel de administrador do Google, causando a instalação massiva do aplicativo.

“Um dos princípios fundamentais da LGPD é o do consentimento, o que significa que os dados pessoais só podem ser tratados se o titular consentir expressamente e de forma informada.”
Ana Paula Siqueira, advogada

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