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Política

Queda no preço dos alimentos e reação ao tarifaço de Trump impulsionam aprovação do governo Lula

O aumento da aprovação do governo Lula (PT), de 43% para 46%, é impulsionado pela reação à tarifa estadunidense aos produtos brasileiros e pela queda do preço dos alimentos, avaliam analistas ouvidos pelo Brasil de Fato. Segundo pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20), a gestão petista alcançou o melhor resultado desde janeiro deste ano.

“Esta melhora foi nos segmentos que são a base de apoio mais nuclear do presidente Lula – e da sua figura individualmente, menos até do que o PT. Então foi uma recuperação dessa base que lhe é mais cara”, considera a cientista política Mayra Goulart, do Instituto de Estudos Políticos e Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj).

O levantamento registra que o crescimento de 3 pontos percentuais na aprovação do governo petista entre julho e agosto segue uma tendência: em maio, o índice era de 40%. Já o índice dos que desaprovam o governo estava em 57% em maio, baixou para 53% em julho e está, agora, em 51%.

O economista Renato Eliseu Costa, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), aponta que o levantamento do instituto reforça o que outras pesquisas já haviam verificado com relação à avaliação do governo.

“Às vezes essas pesquisas captam muito o cenário daquele momento em específico, e não necessariamente uma tendência. Aqui, como já temos um conjunto de pesquisas que vem mostrando isso, conseguimos visualizar que isso é uma tendência”, afirma.

A avaliação positiva da gestão de Lula cresceu em todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, onde o salto foi de 7 pontos percentuais. Bahia e Pernambuco lideram. Já com o recorte por faixa de renda, nota-se que a aprovação subiu em especial entre aqueles que ganham até dois salários mínimos, aumentando de 46% para 55%, com margem de erro de 4 pontos percentuais.

Goulart destaca que a aprovação foi alavancada não só pelos mais pobres, mas também pelas mulheres. “São grupos que votam muito ligados nas condições materiais, porque estão diretamente afetados pelo preço das coisas, pela capacidade de comprar alimentos. E essa melhora na economia, a meu ver, é o que explica a melhora na popularidade nesses segmentos que são menos suscetíveis à polarização ideológica”, pontua.

A pesquisadora ressalta a queda na inflação dos alimentos, que em julho caiu 0,27%, conforme dados divulgados no último dia 12 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa redução foi a maior desde agosto de 2024 (-0,44%). Desde então, o grupamento teve nove meses seguidos de alta, antes de cair em junho e julho.

“É um fator muito importante para esse grupo, para quem a dinâmica do valor dos alimentos é percebida, de maneira mais subjetiva, como importante”, ressalta Mayra Goulart. “Nas camadas médias outras demandas são concorrentes, porque a questão alimentar já está garantida”, compara.

Os dados apontam que em março 88% dos entrevistados disseram que o preço dos alimentos tinha subido no mês anterior. Agora, esta percepção reduziu em 22 pontos percentuais, chegando a 60%.

A melhora na qualidade de vida também é apontada por Renato Costa como fator preponderante para o crescimento da avaliação positiva do governo.

“Destaco, por exemplo, o Brasil sair, mais uma vez, do Mapa da Fome, o índice de emprego – que é o menor índice de desemprego da história. São pontos que talvez não sejam sentidos por uma classe média, mas quando a gente olha, por exemplo, para essa pesquisa, para aqueles que recebem até dois salários mínimos, a gente vai ver que teve um salto maior de aprovação do que em outros setores”, reforça.

Perguntados sobre a “expectativa em relação à economia” nos próximos 12 meses, 40% dos entrevistados responderam que acham que vai melhorar. Outros 40% consideram que vai piorar. O empate registra uma melhora do humor em relação ao tema. Um mês atrás, 35% diziam que a economia iria melhorar.

Reação ao tarifaço de Trump
O aumento da percepção positiva acontece a despeito da entrada em vigor da sanção tarifária imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a mercadorias brasileiras e da interpretação de 64% dos entrevistados de que a medida vai aumentar o preço dos alimentos no país.

Questionados sobre “Qual lado está fazendo o que é mais certo nesse embate”, 48% responderam que “Lula e o PT”. Outros 28% disseram que “Bolsonaro e seus aliados”. Outros 15% avaliaram que nenhum.

A reação aos ataques dos EUA, para Renato Eliseu Costa, também é um ponto que ajudou a impulsionar o índice de aprovação do governo. Na avaliação do economista, os esforços de diálogo do Planalto foram percebidos pela população que, por outro lado, também enxergou os interesses políticos e pessoais na atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“A população viu esse elemento do patriotismo, da soberania nacional [na atuação do governo]. Mas, mais do que isso, quando essa pergunta é feita: ‘por que Eduardo Bolsonaro atua?’, 70% da população acredita que ele atua em interesse próprio. Então, mesmo entre aqueles que na mesma pesquisa não se declaram partidários de nenhum lado, veem que a família Bolsonaro prejudicou o Brasil em nome de interesses próprios”, assinala.

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 13 e 17 de agosto, com margem de erro específica para cada estrato pesquisado, com variação 2 a 8 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

*BdF


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Brasil Mundo

EUA aceitam conversar sobre tarifaço com Brasil na OMC

Os Estados Unidos aceitaram o pedido de consulta do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as tarifas de até 50% impostas a produtos brasileiros, conforme solicitado no início de agosto de 2025.

No entanto, os EUA argumentam que as medidas tarifárias são questões de segurança nacional, baseadas na Lei de Emergências Nacionais e na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, e, portanto, não passíveis de revisão pelo mecanismo de solução de controvérsias da OMC. Apesar disso, concordaram em iniciar consultas e estão dispostos a discutir uma data para o diálogo.

O Brasil contesta as tarifas, alegando que violam regras da OMC, como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados, além de discriminar produtos brasileiros ao isentar outros parceiros comerciais.

A solicitação brasileira também questiona uma investigação do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) sob a Seção 301, que aborda práticas comerciais brasileiras relacionadas a comércio digital, serviços de pagamento (como o Pix), tarifas preferenciais, anticorrupção, propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.

Essa etapa de consultas é uma tentativa de mediação. Caso não haja acordo em 60 dias, o Brasil pode solicitar a abertura de um painel na OMC para avaliar possíveis violações às regras do comércio global. O governo brasileiro vê a aceitação das consultas como um passo positivo, mas reconhece que um acordo é desafiador devido à posição dos EUA de vincular as tarifas à segurança nacional.


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Política

Em resposta a tarifaço, governo federal vai comprar alimentos que seriam vendidos aos EUA

Plano Brasil Soberano prevê medidas para atender aos pequenos agricultores impactados pela tarifa de 50%

O Plano Brasil Soberano, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (13), prevê a compra pública de alimentos perecíveis que não puderam ser exportados ao mercado estadunidense. A Medida Provisória (MP) traz medidas de enfrentamento aos impactos das tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

“Isso vai permitir que esses produtos perecíveis que iam para exportação sejam absorvidos no nosso mercado interno e vá alimentar as nossas crianças por meio da merenda escolar e vai também para as compras institucionais. Essa é uma das frentes”, destacou a ministra em exercício do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Fernanda Machiaveli, ao Brasil de Fato.

Machiaveli lembrou que muitos agricultores familiares estão inseridos nas cadeias exportadoras, a exemplo dos produtores de frutas, pescados, açaí, castanhas e mel. Por isso, destacou a ministra, as medidas apresentadas serão fundamentais para auxiliar a pequena agricultura a enfrentar a crise.

“Outra frente”, seguiu ela, “é que nós estamos retomando o programa de formação de estoques, que é justamente para dar apoio para as cooperativas que iriam exportar, mas também para as demais, para que elas possam justamente ter um capital de giro, fazer o carregamento de estoques e esperar esse momento para conseguir direcionar seus produtos para outros mercados, seja interno, seja externo.”

A secretária-executiva do MDA ressaltou que há ainda outra frente de atuação, liderada pelo ministro da pasta, Paulo Teixeira, para o redirecionamento dos mercados para os produtos brasileiros que envolvem os pequenos agricultores.

“O açaí, as nossas frutas, os pescados, estão muito direcionados para os Estados Unidos, e agora, a gente está fazendo um esforço para pactuar com outros compradores. O ministro Paulo Teixeira está hoje no Japão fazendo isso. E dessa forma, a gente vai amparar a agricultura familiar”, disse Machiaveli.

*BdF


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Política

Vídeo: Em entrevista a Reinaldo Azevedo, Lula anuncia amanhã R$ 30 bilhões para empresas afetadas por tarifaço

Plano será lançado nesta quarta e terá recursos fora da meta fiscal

As empresas afetadas pelo tarifaço do governo de Donald Trump receberão R$ 30 bilhões em linhas de crédito, disse há pouco o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao canal Band News, ele adiantou o valor da ajuda em crédito que será anunciada nesta quarta-feira (13).

“Amanhã, vou lançar uma medida provisória que cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as empresas brasileiras que porvntura tiveram prejuízos com a taxação do Trump. [Essa quantia de] R$ 30 bilhões é o começo. Você não pode colocar mais porque não sabe quanto é’, declarou Lula, indicando que o valor pode aumentar, caso seja necessário.

De acordo com Lula, o plano dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis.

“A gente está pensando em ajudar as pequenas empresas, que exportam espinafre, frutas, mel e outras coisas. Empresas de máquinas. As grandes empresas têm mais poder de resistência. Nós vamos aprovar [a medida provisória] amanhã, e acho que vai ser importante para a gente mostrar que ninguém ficará desamparado pela taxação do presidente Trump”, prosseguiu o presidente.

Segundo Lula, o plano procurará preservar os empregos e buscar mercados alternativos para os setores afetados.

“Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, vamos procurar achar outros mercados para essas empresas. Estamos mandando a outros países a lista das empresas que vendiam para os Estados Unidos porque a gente tem um lema: ninguém larga a mão de ninguém”, acrescentou.

O presidente também anunciou que ajudará os empresários afetados a brigar, na Justiça estadunidense, contra o tarifaço aos produtos brasileiros. “Vamos incentivar os empresários a brigar pelos mercados. Não dá para dar de barato a taxação do Trump. Tem leis nos Estados Unidos, e a gente pode abrir processo. Eles podem brigar lá”, explicou.

Créditos extraordinários
Mais cedo, pouco após audiência pública no Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que as medidas de ajuda virão por meio de crédito extraordinário ao Orçamento, recursos usados em situações de emergência fora do limite de gastos do arcabouço fiscal. Esse sistema foi usado no ano passado para socorrer as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Sem dar detalhes sobre o plano, Haddad afirmou que as medidas estão 100% prontas e que contemplam as demandas do setor produtivo. Ele ressaltou que a formulação das propostas ocorreu após reuniões com vários representantes e que deve ser “o necessário para atender aos afetados”.

Assista à entrevista na íntegra:

*Com Agência Brasil


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Economia

Enchendo as burras: Megaoperações de R$ 1,22 bilhão em dólar ocorreram horas antes de adiamento do tarifaço

Volume bilionário de contratos foi registrado pouco antes do anúncio da Casa Branca, destoando do padrão de outros pregões

Contratos de dólar futuro negociados na Bolsa em volumes centenas de vezes acima da média chamaram atenção no mercado financeiro por terem sido registrados poucas horas antes de um anúncio crucial da Casa Branca. Na tarde de 30 de julho, às 15 horas, o governo norte-americano comunicou o adiamento da aplicação de tarifas contra o Brasil — decisão com potencial para provocar variações expressivas na taxa de câmbio e gerar ganhos imediatos para quem estivesse posicionado corretamente. A proximidade temporal entre essas negociações e o anúncio levanta sinais de alerta para autoridades e analistas de mercado.

Somando apenas as operações de maior porte realizadas antes das 15h via mesas do BTG Pactual (cód. 85) e da Tullett Prebon (cód. 127), foram 24.430 contratos de dólar futuro do tipo DOLQ25. Cada contrato representa R$ 50 mil, o que totaliza R$ 1,221 bilhão em valor nocional. Esse volume destoa de forma acentuada da média do dia, de apenas 9 contratos por transação, e também dos padrões verificados em outros pregões.

O maior pico ocorreu às 12h29, quando a mesa do BTG intermediou quatro ordens sequenciais — de 5.000, 5.000, 5.000 e 4.930 contratos — executadas com diferença de apenas 47 milissegundos, totalizando 19,9 mil contratos. Mais cedo, às 10h42, a Tullett registrou uma única operação de 4.500 contratos, volume 497 vezes maior que a média diária. Ordens acima de mil contratos também foram identificadas pelas mesas da BGC Liquidez e da CM Capital, sempre antes das 15h.

Embora operações vultosas possam ocorrer por razões legítimas, como hedge ou realocação de portfólio, a concentração extrema em um curto espaço de tempo e a coincidência com um evento de alto impacto econômico e político reforçam a necessidade de apuração. Além disso, a execução em milissegundos sugere uso de sistemas de negociação de alta frequência, geralmente operados por grandes players institucionais.

Comparativo com outros dias do mês
A análise de pregões anteriores e posteriores mostra que o dia 30 de julho foge completamente do padrão. Em outros pregões de junho e julho, os volumes negociados por essas mesas foram bem menores e diluídos ao longo do dia. No dia 31 de julho, primeiro pregão após o anúncio da Casa Branca, o total negociado pelas mesmas mesas despencou para 570 contratos, uma queda superior a 97%. Essa mudança abrupta reforça a percepção de que as operações do dia 30 estavam diretamente relacionadas à expectativa ou ao conhecimento prévio da decisão.

O que caracteriza suspeita de informação privilegiada
No Brasil, a Lei nº 6.385/76 proíbe o uso de informação relevante não pública para obter vantagem no mercado. Posicionar-se com base em dados estratégicos antes de sua divulgação configura crime de insider trading, sujeito a sanções severas. No caso de 30 de junho, a magnitude das ordens, a sincronia com o anúncio e a ausência de padrão similar nos demais pregões reúnem indícios típicos para justificar a abertura de investigações pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Ministério Público Federal.

Movimentações desse porte, especialmente antes de anúncios de grande impacto, podem provocar distorções significativas nos preços e prejudicar investidores que não têm acesso a informações privilegiadas. No mercado de câmbio futuro, oscilações abruptas afetam desde fundos de investimento atrelados ao dólar até empresas com contratos de importação e exportação indexados à moeda americana, com impactos em cadeias produtivas inteiras. Casos suspeitos de insider trading corroem a confiança no sistema financeiro, tornando imprescindível uma atuação rápida e efetiva dos órgãos reguladores.

Anúncio do tarifaço também teve negociações incomuns
Esta não é a primeira grande movimentação atípica envolvendo o tarifaço. Como o ICL Notícias revelou com exclusividade, na manhã de 9 de julho, o mercado de contratos futuros de dólar também teve um movimento fora do comum. Em apenas 75 minutos, entre 11h30 e 12h45, nove negociações somaram mais de R$ 6,6 bilhões, quase 10% do total daquele dia. O maior negócio ocorreu às 11h38, com o BTG Pactual intermediando quase 10 mil contratos, equivalentes a R$ 2,7 bilhões. O anúncio das tarifas foi feito pelo presidente norte-americano Donald Trump às 16h17.

Os valores foram calculados com base no dólar a R$ 5,44, cotação do início do dia. As operações ocorreram pouco antes do anúncio do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil e agora essas movimentações são investigadas pelo Supremo Tribunal Federal.

*Por Cleber Lourenço e Deborah Magagna. Publicado com exclusividade pelo ICL.


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Brasil Mundo

Arregou: ‘Lula pode conversar comigo quando quiser’, diz Trump sobre tarifaço

Presidente dos EUA sinaliza abertura para negociações diretas, mas afirma que ‘pessoas que comandam Brasil fizeram coisas erradas’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (01/08) que aceita conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as tarifas impostas pela Casa Branca a qualquer momento que o brasileiro quiser.

Em entrevista a jornalistas em Washington, ele foi questionado se estaria aberto a rever a sobretaxa de 50% cobrada sobre as exportações brasileiras em negociação direta com Lula.

“Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, mas eu amo o povo do Brasil”, disse Trump.

Novamente questionado sobre a extensão da taxa definida por ele, a maior entre todos os parceiros comerciais dos EUA, o presidente americano complementou dizendo que “as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”.

Essa foi a primeira declaração de Trump sobre a disputa com o Brasil desde que assinou, na última quarta-feira (30/07), a ordem executiva para impor as tarifas comerciais que afetarão mais da metade das exportações brasileiras aos EUA.

Segundo a Casa Branca, as ações do governo brasileiro são uma ameaça “incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. Quase 700 produtos, porém, ficaram isentos da barreira tarifária, que entrarão em vigor em 7 de agosto.

Lula se diz aberto ao diálogo
Nas redes sociais, Lula respondeu ao aceno de Trump e se disse aberto ao diálogo, mas reforçou que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros”.

“Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano”, escreveu o presidente no X.

A jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a “recíproca é verdadeira” para uma conversa com Trump. “O presidente Lula estaria disposto a receber um telefonema dele quando ele quisesse também. E, conforme eu já disse anteriormente, é muito importante a gente preparar esse encontro, essa conversa”, disse Haddad.

Em declarações anteriores, o presidente brasileiro criticou o que chama de “chantagem inaceitável” por parte de seu homólogo americano. Em diferentes declarações, disse que Trump se considera o “imperador do mundo” e reiterou que não obedecerá ordens vindas do exterior.

Lula tem reiterado que o Brasil tenta negociar com Washington desde que as primeiras tarifas globais foram anunciadas por Trump. Em entrevista ao jornal americano The New York Times, argumentou que seus ministros têm encontrado portas fechadas na Casa Branca para desfazer o impasse.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chegou a ser recebido pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington, para uma conversa inicial sobre o posicionamento dos dois países sobre o tema na última quarta-feira.

Também em Washington, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que Lula já sinalizou que estaria disposto a negociar diretamente com Trump, mas que quer ser respeitado.

“Por mim, a possibilidade [de diálogo] está aberta, não tenho nenhum problema de dizer isso em nome do presidente Lula. É só organizar”, disse Wagner.

Moraes rebate Trump
O governo dos EUA também anunciou uma sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos contra a tentativa de golpe de Estado no Brasil e que tem entre os réus o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A medida foi rebatida por Moraes nesta sexta-feira, em sessão no STF. Ele afirmou que pretende ignorar as sanções e que a Corte não se submeterá a crivo estrangeiro em seus julgamentos.

*Opra Mundi

*Fotoarte: Portofino


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Economia Mundo

Inflação da carne dispara nos EUA e tarifaço sobre Brasil já é uma das causas

As tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros, como se gaba Eduado Bolsonaro, incluindo carne, a partir de 1º de agosto de 2025, têm gerado impactos significativos.

Nos EUA, a redução das importações de carne bovina brasileira, que representava cerca de 12% das exportações totais do Brasil, contribui para a alta da inflação da carne, já pressionada pela diminuição do rebanho local e outros fatores como pragas.

Isso elevou o preço da carne moída em cerca de 3% só em julho e pode aumentar ainda mais os custos para os consumidores norte-americanos

No Brasil, a suspensão de exportações para os EUA levou frigoríficos a redirecionar a produção para o mercado interno ou outros países, como China, México e Egito, aumentando a oferta local.

Isso poderá reduzir os preços da carne no Brasil no curto prazo, com quedas de até 7,8% no atacado em julho.


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Mundo

Importador norte-americano de suco brasileiro vai à Corte dos EUA contra tarifaço

Uma distribuidora americana de suco de laranja entrou com uma ação judicial contra a tarifa de 50% determinada por Trump, aos produtos brasileiros.

A empresa prevê aumento de até US$ 68 milhões em custos anuais, com impacto de até 25% no preço final para o consumidor.

Processo foi aberto na sexta-feira (18) na Corte de Comércio Internacional dos EUA.

De acordo com o Uol, a Johanna Foods, de Nova Jersey, argumenta que os motivos apresentados por Trump para justificar a tarifa —incluindo o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)— não configuram uma ameaça “inusual e extraordinária” que permita o uso de poderes emergenciais para contornar o Congresso na aplicação de tributos.


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Política

AGU quer saber se Eduardo Bolsonaro manipulou dólares para lucrar com tarifaço

Órgão solicita que fatos sejam apurados no âmbito do inquérito que investiga atuação de Eduardo Bolsonaro contra autoridades brasileiras

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que operações financeiras suspeitas realizadas antes do anúncio de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil sejam investigadas no inquérito que apura a conduta do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

No documento enviado ao STF no sábado (19), a AGU aponta indícios de uso de informação privilegiada em operações de câmbio realizadas horas antes do chamado “tarifaço” anunciado durante o governo Donald Trump.

A suspeita é de que agentes do mercado financeiro tenham se beneficiado de informações sigilosas para obter lucros expressivos com a antecipação do impacto econômico das medidas.

A AGU cita uma reportagem do Jornal Nacional, veiculada em 18 de julho, que revelou movimentações atípicas no mercado cambial brasileiro antes do anúncio oficial das tarifas. O órgão solicita que os fatos sejam apurados no âmbito do inquérito já em curso no STF, que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

Ministro Jorge Messias, da AGU, dá entrada em hospital após sentir  desconforto

Assinado por Flavio José Roman, advogado-geral da União substituto, o pedido também requer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sejam notificadas. A AGU pede que a CVM tome “providências administrativas e civis” a respeito das transações.

Segundo o documento, há suspeita de que as operações tenham sido baseadas em informações antecipadas sobre as sanções comerciais. A AGU menciona uma publicação feita por Spencer Hakimian, fundador da Tolou Capital Management, que indicava a possibilidade de ganhos de até 50% com esse tipo de operação.

A prática, segundo a AGU, pode configurar crime de uso indevido de informação relevante ainda não divulgada ao mercado, previsto na legislação brasileira, com pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa.

Investigações contra Eduardo Bolsonaro
O órgão também destaca que os fatos têm ligação direta com a investigação em andamento contra Eduardo Bolsonaro, que apura suspeitas de tentativa de obstrução da Justiça e coação por parte do parlamentar e de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manifestação menciona ainda um parecer da PGR que aponta o uso de sanções comerciais como forma de pressionar o Judiciário brasileiro. “A implementação do aumento de tarifas tem como finalidade a criação de uma grave crise econômica no Brasil, para gerar uma pressão política e social no Poder Judiciário”, diz trecho citado no documento.

*ICL


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Política

Depois de ver seu nome na sarjeta por trair o Brasil, aplaudindo Trump e suas tarifas, Tarcísio faz teatro oposto

Tarcísio apanhou igual a Bolsonaro e filhos por trair a nação em nome de seu rapapé a Trump pela tarifa de 50% contra o Brasil.

O gênio, agora, corre atrás do próprio rabo para, inutilmente, aparecer nas lista dos “defensores dos interesses nacionais.”

Seria uma espécie de Joaquim Silvério dos Reis com dupla personalidade, uma que “agrada” os Bolsonaro e, outra que “agrada” os empresários paulistas atingidos de morte pelo tarifaço de Trump que Tarcísio comemorou em churrascaria com Bolsonaro.

A cartada funesta e furada de Tarcísio para tentar reverter o desgaste provocado pela comemoração, foi arrumar uma conversa do encarregado de Negócios do governo Trump, Gabriel Escobar, com quinze empresários atingidos.

Como tem zero caráter e vergonha na cara, o sujeito agora tenta dar uma no cravo e outra na ferradura.


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