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Bolsonaro, o rei do cagaço

Cada um interpreta como quer as declarações golpistas de Bolsonaro. Eu só consigo ver uma coisa estampada não só na cara, mas na sua própria identidade.

Bolsonaro não está aguentando o tranco de ver sua candidatura se esvair e receber, no dia seguinte da saída do Palácio do Planalto e receber uma intimação ou voz de prisão, tal a fieira de crimes e testemunhas que terá que enfrentar.

Isso não é uma crítica política, mas uma constatação de que todas essas ofensivas que ele faz contra as urnas, as eleições, contra a constituição e a própria democracia, não passam da tradução da prova que ele está tentando fazer de seu cagaço um espetáculo que consiga convencer as pessoas de que ele está todo borrado.

Quando Bolsonaro foi expulso do exército, ele de uma entrevista à Veja reclamando do soldo do exército brasileiro. Chamado pelo comando para se explicar, o Odorico da terra plana, tenente na época, covardemente, negou que tivesse dado tal entrevista, até o comando descobrir que ele fato deu a entrevista e que apenas se acovardou ao falar com o comando do exército.

As expressões de Bolsonaro ao se encontrar com Trump, ressaltavam não só a peleguice, mas um olhar de medo. Suas expressões denunciavam isso.

Não foi diferente a toada de Bolsonaro com Putin, reproduzindo o mesmo sujeito que carrega todas as características de um cagão, de um medroso, um valentão de janela ou contra alguém que julga ser inferior a ele. Sua macheza, estampada em suas frases, é puro folclore. O sujeito muda o timbre na hora de falar com alguém algo que possa lhe trazer embaraços.

Agora mesmo, a notícia que nos chega é a de que ele está com medo de encontrar com Biden na Cúpula das Américas e, portanto, deve se ausentar.

Aí está a autenticidade de Bolsonaro que, na hora do vamos ver, ele tira o time de campo e, depois e depois faz posts ofensivos.

O sujeito criou a farsa da facada para correr de Haddad dos debates.

Assistindo as declarações golpistas de Bolsonaro, só consigo ver na minha frente um cagão dizendo para as pessoas, como na época de escola, que tem alguém que vai bater em quem lhe bater.

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Política

New York Times: Bolsonaro e Trump se uniram para dar golpe nas eleições do Brasil

O The New York Times noticiou nesta quinta (11) que Bolsonaro está seguindo o plano de Donald Trump para dar um golpe em 2022. Com a popularidade caindo, o presidente brasileiro quer seguir os passos do seu ídolo americano. O objetivo é inflamar seus eleitores e tentar melar o pleito do ano que vem.

A reportagem relata uma conferência onde são reproduzidas declarações de Trump e menções à China. Porém, o jornalista deixa claro que tudo isso está ocorrendo em reuniões da extrema do Brasil. E não nos grupos radicais dos Estados Unidos.

O repórter detalha passo a passo de como Bolsonaro quer seguir o mesmo comportamento de Donald. “Logo após sair dos ataques aos resultados da eleição presidencial dos EUA, em 2020, o ex-presidente Donald Trump e seus aliados estão exportando sua estratégia para a maior democracia da América Latina. Trabalhando para apoiar a candidatura de Bolsonaro à reeleição no próximo ano. E ajudando a semear dúvida no processo eleitoral, caso ele seja derrotado”, diz trecho da matéria.

“Steve Bannon, o ex-estrategista-chefe de Trump, disse que o presidente Bolsonaro só perderá se “as máquinas” roubarem a eleição. O deputado Mark Green, um republicano do Tennessee que promoveu leis de combate à fraude eleitoral, se reuniu com legisladores no Brasil para discutir ‘políticas de integridade de voto’”, acrescenta o jornalista. Ele cita a relação de Eduardo Bolsonaro com figuras do governo trumpista.

New York Times fala da desmoralização do Brasil com Bolsonaro

Bolsonaro tem tido um governo desastroso, segundo o New York Times. O presidente brasileiro tem feito o Brasil ficar isolado e o apoio de Trump é visto como algo importante.

O jornal termina destacando que o governante brasileiro foi eleito em 2018 com o mesmo discurso reacionário de Trump. E que seguirá do mesmo jeito em 2022 para ser reeleito.

*Com informações do DCM

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Mundo

Retorno do Talibã ao poder consolida o fracasso dos Estados Unidos no Afeganistão

Após 20 anos de ocupação militar, Washington acelera a retirada de suas tropas de Cabul ao mesmo tempo em que os extremistas islâmicos retomam o controle da capital, um cenário quase tão vergonhoso quanto a derrota no Vietnã há 44 anos.

A notícia internacional deste domingo (15/8), e que provavelmente continuará a se destacar nas próximas semanas, é a retomada do controle do Afeganistão pelas forças do Talibã.

Os extremistas já haviam recuperado o domínio no norte do país e dos arredores de Cabul, e neste fim de semana avançaram sobre a capital, sem encontrar resistência do exército afegão – que ainda conta com algum apoio da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), apesar do fato de os Estados Unidos terem retirado suas tropas do país há algumas semanas, tanto que a reação de Joe Biden aos acontecimentos deste domingo foi enviar 5 mil homens à região, não para impedir o Talibã mas para garantir a segurança dos militares estadunidenses que ainda não haviam saído do país.

Quem conseguiu escapar ileso foi o agora ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, que encontrou refúgio temporário no Tajiquistão, deixando o país e sua capital nas mãos do grupo fundamentalista muçulmano, pelo menos momentaneamente.

A retomada do poder no Afeganistão por parte do Talibã é a materialização de mais uma derrota dos Estados Unidos e da OTAN no país que esteve ocupado militarmente por quase 20 anos, desde cerca de um mês após os atentados às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.

Uma vez que o país se tornasse militarmente controlado pelo Ocidente, a promessa foi que a ocupação tinha como objetivo fortalecer o sistema democrático e, justamente, extinguir os grupos fundamentalistas islâmicos.

Não aconteceu nem uma coisa nem outra. O Talibã foi expulso da capital e ficou alguns anos afastado do poder central, mas continuou dominando algumas regiões do interior do país, apoiado por etnias hegemônicas ao norte e ao sul da capital. Seguiram realizando ataques esporádicos que terminaram com a vida de milhares de militares estadunidenses e muitas mais de civis afegãos.

Enquanto isso, o sistema democrático que a OTAN prometeu instalar no país nunca foi tal. As três eleições realizadas no país sob a tutela do Ocidente tiveram a participação de menos de um terço dos eleitores, o que resultou em governos de legitimidade questionada. Em todas as três ocasiões, o Talibã reivindicou o sucesso de seus apelos de boicote à votação.

Na verdade, houve vitórias de ambos os lados: nas cidades controladas pela OTAN a participação eleitoral não foi tão baixa, mas isso aconteceu basicamente em Cabul e arredores. No interior do país, onde o Talibã manteve o domínio, não houve votação. Por isso, os três governos afegãos eleitos por aquele sistema nunca tiveram aceitação em todo o país.

Além disso, outras instituições do país não foram fortalecidas. O judiciário e outros órgãos também dependiam da presença de forças da OTAN para fazer cumprir suas decisões, o que significava que não eram aceitas em todo o território afegão.

Trump e Biden igualmente derrotados

De forma oportunista, Donald Trump tentou culpar Joe Biden pelos acontecimentos deste fim de semana. Porém, em sua gestão, após mais de uma década e meia de ocupação, o Pentágono e a Casa Branca já defendiam a ideia de retirar tropas do país asiático.

Em 2018 o próprio Trump procurou estabelecer uma trégua com o Talibã para retirar as tropas norte-americanas. A ideia não foi adiante, mas Washington tomou outras decisões: diminuiu o orçamento para financiar a ocupação militar e instou seus aliados da OTAN a reforçar sua presença no país – ideia que também não recebeu muito apoio.

Com a chegada de Biden, que prometeu durante sua campanha eleitoral que o país se retiraria do Afeganistão, as forças estadunidenses passaram a ser comandadas pelo general Austin S. Miller, cuja posição desde o início foi a de defender a retirada dos Estados Unidos do conflito.

“A guerra civil (no Afeganistão) é um caminho que pode ser visualizado. Esta deve ser uma preocupação global”, alertou Miller em uma entrevista. Mas foi um mero eufemismo: a “guerra civil” era na verdade a volta do Talibã ao poder, algo que ele sabia porque desde 2020 o grupo já se aproximava da capital do país.

Em abril passado, Biden anunciou a retirada das forças estadunidenses do Afeganistão. Inicialmente, esse movimento estava programado para começar em setembro, mas a medida foi adiantada e começou em julho. Rumores afirmam que essa decisão tentou antecipar a retomada de Cabul pelo Talibã, algo que já se visualizava há um mês: os extremistas capturaram mais da metade dos 398 distritos do país nas últimas semanas, segundo reportagem recente do jornal The New York Times.

Em julho, quando foi anunciado o início da retirada, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, evitou falar derrotada, mas assumiu que “não vamos ter um momento de missão cumprida”, aludindo a uma definição de George W. Bush sobre a Guerra do Iraque, em maio de 2003. “Esta foi uma guerra de 20 anos que não foi vencida militarmente”, resumiu Psaki.

Mas foi pior do que isso. O resultado após esses 20 anos é comparável ao obtido pelos Estados Unidos no Vietnã, outro país asiático onde os militares ianques sofreram uma severa derrota em 1975, após 11 anos de luta contra o comunismo – na verdade, Washington apoiou grupos anticomunistas desde 1955, mas o embarque das suas tropas só começou em 1964, após o assassinato de John Kennedy e a chegada ao poder de Lyndon Johnson.

O retorno do Talibã e suas consequências

O Talibã que retoma o poder no Afeganistão – depois de quase duas décadas longe de Cabul por conta da ocupação da OTAN – é o mesmo que impôs um regime fundamentalista no país nos Anos 90, e que volta fortalecido pela vitória contra uma das maiores potências militares do planeta.

Entre as características do regime estão a perseguição e extermínio de seguidores de outras religiões, e até de muçulmanos que não seguem as ideias radicais do grupo. Nesse sentido, quem mais sofre são as mulheres, submetidas a leis que impõem terríveis restrições às suas liberdades e punições ainda piores para aquelas que tentam infringir as regras.

Mas talvez o maior risco de um Talibã fortalecido seja a possibilidade de o grupo expandir seu poder e suas ideias a outros países vizinhos. Os maiores riscos estão justamente no Tadjiquistão, onde o ex-presidente Ghani se refugiou, e principalmente no Paquistão, um dos países mais fragilizados política e economicamente pela pandemia covid-19 e que recentemente fechou suas fronteiras com o Afeganistão, justamente para tentar evitar possíveis conflitos.

A China também poderia enfrentar problemas com essa situação. Embora não tenha sofrido uma derrota como os Estados Unidos, o país tem fronteira terrestre com o Afeganistão e recentemente adotou medidas que buscam conter a influência dos radicais islâmicos na província de Xinjiang, fronteiriça com o país islâmico.

*Victor Farinelli/Carta Maior

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Mundo

Washington Post: Autoridades dos EUA pressionaram o Brasil a rejeitar a vacina Sputnik V da Rússia

Segundo matéria de Antonia Noori Farzan e Heloísa Traiano, publicada no Washington Post, enterrado nas profundezas do seco relatório anual de 72 páginas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, há uma admissão surpreendente: Autoridades de saúde dos EUA, sob o presidente Donald Trump, trabalharam para convencer o Brasil a rejeitar a vacina contra o coronavírus Sputnik V da Rússia.

O documento, lançado em janeiro, chamou pouca atenção a princípio. Mas isso mudou na segunda-feira, quando a conta oficial do Twitter para a vacina Sputnik V postou uma captura de tela da alegação anteriormente negligenciada, citando um relatório da Brasil Wire, e criticou os Estados Unidos por bloquear efetivamente as tentativas da Rússia de diplomacia da vacina.

“Acreditamos que os países devem trabalhar juntos para salvar vidas”, dizia o tweet. “Os esforços para minar as vacinas são antiéticos e estão custando vidas.”

O Brasil, que tem o segundo maior número de mortes por coronavírus em todo o mundo, tem lutado para obter suprimentos adequados de vacinas. Mas o escritório do Adido de Saúde dentro do Escritório de Assuntos Globais do HHS pressionou o país a recusar ofertas de ajuda dos russos no ano passado, de acordo com o relatório.

Na seção intitulada “Combatendo influências malignas nas Américas”, o relatório do HHS afirma que países como a Rússia “estão trabalhando para aumentar sua influência na região em detrimento da segurança e proteção dos EUA”. O escritório de assuntos globais coordenou com outras agências governamentais dos EUA “para dissuadir os países da região de aceitar ajuda desses estados mal-intencionados”, diz ele.

Em uma declaração na noite de segunda-feira, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil disse que seus diplomatas “nunca desencorajaram o Brasil de aceitar vacinas contra a Covid-19 que foram autorizadas por seus respectivos órgãos reguladores”. Mas essa resposta não significou uma negação total, uma vez que os reguladores brasileiros ainda não aprovaram a vacina Sputnik V.

Um porta-voz do HHS disse ao The Washington Post que o departamento “não está em posição de comentar sobre vacinas que não foram autorizadas pela Food and Drug Administration para uso nos Estados Unidos” ou “desencorajar o Brasil ou qualquer outra nação de aceitar vacinas que foram autorizados por seus respectivos reguladores. ”

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que “a Embaixada do Brasil em Washington não recebeu consultas ou ações de autoridades ou empresas dos Estados Unidos a respeito da possível compra, pelo Brasil, da vacina russa contra Covid-19”.

As negociações sobre a compra de vacinas “foram guiadas por princípios como o senso de urgência e a escolha soberana dos fornecedores”, afirma o comunicado.

Um porta-voz do Kremlin se recusou a comentar diretamente sobre o relatório do HHS na terça-feira, segundo a Reuters, mas disse que o Sputnik V nunca teve uma chance justa de sucesso porque muitos países estão sendo instados a não comprá-lo.

“Em muitos países, a escala de pressão não tem precedentes”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo o jornal.

O ceticismo inicial em relação à vacina russa contra o coronavírus estava enraizada em mais do que apenas política: a injeção foi lançada antes que os testes médicos fossem concluídos. Mas agora foi aprovado em mais de uma dúzia de países. Um recente estudo de revisão por pares na respeitada revista médica britânica Lancet descobriu que sua eficácia estava no mesmo nível das vacinas Pfizer-BioNTech e Moderna.

E com as nações mais ricas acumulando vacinas “ocidentais”, um número crescente de nações se voltou para a Rússia, dando ao Kremlin um impulso de imagem em todo o mundo.

Até o Brasil aderiu, apesar da aparente pressão e do fato de seus reguladores ainda não terem assinado. Na semana passada, o governo anunciou que havia fechado um acordo para comprar 10 milhões de doses da vacina Sputnik V.

O governo federal anunciou a compra da vacina Sputnik V um dia depois de os governadores dos estados terem assinado um acordo com a Rússia para trazer quase quatro vezes mais doses ao Brasil.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e seu governo têm enfrentado críticas generalizadas sobre as lentas negociações para comprar vacinas de empresas estrangeiras. No ano passado, Bolsonaro rejeitou repetidamente a ameaça representada por covid-19, a doença causada pelo coronavírus. Ele também testou positivo duas vezes para o coronavírus em julho.

Enquanto isso, o vírus continua a se espalhar rapidamente no país, sobrecarregando um sistema de saúde já sobrecarregado. Apenas 2,3 por cento da população recebeu as duas doses da vacina AstraZeneca ou Sinovac.

*Foto/Arte: Angela Dewan via CNN/Getty Images

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Reportagem nos EUA associa Eduardo Bolsonaro à tentativa de golpe pró-Trump

Reportagem de dois sites investigativos dos Estados Unidos associa o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à tentativa de golpe no país, no último dia 6 de janeiro, quando militantes pró-Donald Trump invadiram o Capitólio, sede do Legislativo. O nome do filho do presidente Jair Bolsonaro aparece, na publicação, como o único estrangeiro a participar de uma reunião do chamado “conselho de guerra” de Trump na residência privada do então presidente dos Estados Unidos, no Trump International Hotel. O ato, que acabou com 90 pessoas presas, dezenas de feridos e cinco mortes, tentava impedir o reconhecimento da eleição de Joe Biden à presidência.

O nome de Eduardo, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, é citado na lista das pessoas que se encontraram com o empresário Michael J. Lindell, considerado um dos mais próximos conselheiros de Trump e investigado por incentivar a tentativa de golpe. As primeiras reportagens sobre o assunto foram publicadas por Olivia Little, da Media Matters, e de Seth Abramson, do Proof, em fevereiro. Mas o assunto só ganhou repercussão no Brasil neste fim de semana, após divulgação de nova matéria do Proof, que aprofunda as ligações de Eduardo com outros integrantes do chamado “conselho de guerra”.

“Detalhes anteriormente desconhecidos da reunião de Lindell-Bolsonaro em 5 de janeiro podem estabelecer ligações entre o círculo interno de Trump e a insurreição de 6 de janeiro e o ataque ao Capitólio”, diz trecho da reportagem de Abramson desse sábado (6). O jornalista afirma que há indícios de que Eduardo participou de reuniões com o grupo “conspirador” entre os dias 4 e 5 de janeiro, aponta as ligações dele com a família Trump e outro suposto integrante do grupo com negócios no Brasil. O Congresso em Foco procurou o deputado para comentar o assunto, mas ainda não houve retorno.

Em live transmitida da rua pelo Instagram no dia da invasão, Lindell disse que havia provas mais que suficientes de fraude eleitoral e que tinha certeza de que o republicano continuaria à frente do país pelos próximos quatro anos. Ofegante enquanto caminhava, o americano citou ainda ter se reunido na véspera com o filho de Jair Bolsonaro (veja vídeo, com tradução, mais abaixo).

Naquele mesmo dia, o filho do presidente brasileiro publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Lindell, identificado pelo deputado como um “ex-drogado” que virou um grande empresário. A foto foi publicada nos stories do Instagram por volta das 18h do dia 6 – momento em que parte da turba que invadiu o Congresso estava se retirando do prédio, e um toque de recolher estava sendo iniciado sob ordens da prefeita Muriel Bowser.

Mas, conforme observa o Congresso em Foco, há indício de que a foto não tenha sido tirada naquele momento. No vídeo citado acima, gravado pela manhã, Michael Lindell aparece com terno azul, gravata listrada e broche de cruz – roupas diferentes da foto postada minutos antes pelo parlamentar brasileiro. É a mesma roupa que ele usa em uma live à tarde, já no momento da invasão.

É o mesmo traje usado por ele, na sequência, em uma entrevista ao canal de TV Newsmax, dada pouco depois da live, o que indica que ele não estava com Eduardo na hora em que o filho do presidente divulgou a reunião com ele. O vídeo da live foi publicado no Twitter, em versão traduzida, pelo jornalista brasileiro Samuel Pancher.

De acordo com reportagem de Olivia Little, o encontro entre eles ocorreu no dia 5, em uma reunião com a participação de ao menos outras 20 pessoas na residência particular do então presidente, no qual foi discutida a invasão. O conselheiro do ex-presidente é apontado como financiador da usina de contestações do resultado da eleição nos Estados Unidos e é processado por espalhar fake news contra o presidente Joe Biden durante a campanha. Por causa das mentiras que disseminou, ele foi banido do Twitter.

“Com uma nova reportagem de Olivia Little da Media Matters sobre sobre quem Mike Lindell encontrou na noite de 5 de janeiro e, além disso, sobre as pessoas com quem passou os ‘dois dias’ anteriores ao Dia da Insurreição, a lista dos presentes no infame ‘conselho de guerra’ de Trump na ‘residência privada’ no Trump International Hotel está agora crescendo a um nível que ninguém poderia ter previsto”, diz o autor, Seth Abramson.

Escritor e colunista da revista Newsweek e passagem pela CNN, BBC e CBS, Abramson afirma que essas duas dezenas de pessoas tramaram a revolta na capital americana. Entre os 22 nomes apontados pela reportagem, estão Lindell, Eduardo, os dois filhos mais velhos de Donald Trump, empresários, senadores e ex-assessores do republicano.

Um deputado do círculo próximo de Eduardo disse na ocasião ao Congresso em Foco, ao ser perguntado sobre o paradeiro do colega brasileiro, que não tinha notícias do filho do presidente, mas que sabia que estaria “passando férias nos Estados Unidos”. As férias de Eduardo, porém, estavam registradas em seu Instagram com terno e gravata: na terça-feira (5), o parlamentar foi recebido na Casa Branca a convite da filha de Trump e conselheira política do pai, Ivanka Trump.

“Ocasião para reforçar os laços entre os nossos países e para uma agradável conversa”, ressaltou o parlamentar, acompanhado de sua esposa, a psicóloga Heloísa Bolsonaro, e sua filha recém-nascida, Georgia Bolsonaro.

https://www.instagram.com/p/CJrhY_7lMES/?utm_source=ig_web_copy_link

Na véspera, Heloísa havia publicado imagens de uma casa onde aparentava estar hospedada na Virgína, estado vizinho a Washington e onde mora o escritor Olavo de Carvalho, principal articulador ideológico do bolsonarismo. Eduardo não aparece em nenhuma das imagens.

No dia seguinte à invasão do Capitólio, novamente acompanhado da esposa e da filha, o “zero-três” foi até a sede do CPAC, sigla em inglês para “Comitê de Ação Política Conservadora”. Na pauta do encontro com o CEO da cúpula, Matt Schlapp, detalhes para a segunda edição da Cúpula no Brasil, que deve ocorrer ainda neste ano. A primeira ocorreu em 2019 e contou com diversos membros do gabinete de Jair Bolsonaro – exceto o presidente, que foi representado por Eduardo.

Um dia após a invasão do Capitólio, o Congresso em Foco procurou sem sucesso o deputado para saber onde ele estava no momento da invasão. A assessoria de imprensa dele afirmou, na oportunidade, que ele não comentaria o assunto. A reportagem busca novo contato com o deputado neste domingo. O texto será atualizado caso ele se manifeste.

O governo brasileiro não condenou a invasão ao Capitólio. Um dia após o episódio, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o povo norte-americano se sentia “agredido e traído” por sua classe política e desconfiava do resultado do processo eleitoral que deu vitória a Joe Biden. Ele defendeu que as pessoas que invadiram o Congresso, depredando e saqueando a sede do poder Legislativo do país, não fossem chamadas de “fascistas”.

“Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral”, escreveu o chanceler em uma série de mensagens no Twitter. E defendeu que fossem investigada a participação de “infiltrados” no movimento.

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta quinta-feira (7) que o povo norte-americano se sente “agredido e traído” por sua classe política e desconfia do resultado do processo eleitoral que deu vitória a Joe Biden. Ele defendeu que as pessoas que invadiram o Congresso, depredando e saqueando a sede do poder Legislativo do país, não podem ser chamadas de “fascistas”.

“Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral”, escreveu o chanceler em uma série de mensagens no Twitter. Admirador de Donald Trump, de quem se diz amigo, o presidente Jair Bolsonaro foi um dos últimos chefes de Estado em todo o mundo a reconhecer a eleição de Joe Biden.

*Com informações do Congresso em Foco

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Política

Coro de impeachment espeta a nuca de Bolsonaro

As classes dominantes, aos poucos, vão soltando o verbo contra a dupla de ataque, Paulo Guedes e Bolsonaro, que não fez um único golzinho em dois anos de governo.

Na verdade, o Dream Team do neoliberalismo paratatá jogou como dois zagueiros do time adversário, dando bico para onde o nariz apontava e o nariz estava sempre apontado para a direção oposta.

Aqueles Nostradamus da economia, convidados pela mídia para vender “o plano econômico” de Guedes como a oitava maravilha da terra, como sempre, evaporaram, sumiram, ficando somente a comentarista de economia, Juliana Rosa, da GloboNews, muxoxa, com cara de quem fecha a birosca sem vender um único torresmo e avisa que analistas ou agências que, agora, sequer têm os nomes citados, jogaram a toalha e já falam que o tempo que Bolsonaro ganhar de sobrevida no governo estará jogando o país num buraco ainda mais fundo.

Daí esse passo marcado e apertado que as classes dominantes impuseram a Bolsonaro. O pedido de impeachment de um dos sujeitos mais escroques da história desse país não está com os dias contados, mas passados, fedendo em pleno processo de putrefação.

Lógico que o mote começou com o não menos estúpido levante negacionista contra qualquer medida de prevenção da pandemia, inclusive aquelas que ajudam a economia a voltar a funcionar, como uso das máscaras, o asseio das mãos e, sobretudo a vacina.

Bolsonaro, como um louco, atirou para todos os lados. Começou negando a doença e terminou negando a vacina contra a doença que ele sempre disse não existir. Agora, está ele soterrado debaixo de toneladas de cloroquina, vendo seu oxigênio acabar de maneira irremediável, principalmente depois que começou seu verdadeiro inferno político, que foi a saída de Trump da Casa Branca.

Na verdade, Trump estava para Bolsonaro como Clinton para FHC. Bolsonaro entrava com o lombo e Trump, com o chicote.

Não foi a isso que assistimos nos oito anos de FHC com Clinton?

Ora, se um troço desse deu errado para o Brasil quando FHC quebrou o país três vezes em oito anos, por que daria certo com Bolsonaro e Trump?

Mas como a nossa classe dominante age mais por deslumbramento com os EUA do que com a própria realidade, esses jecas vivem caindo no conto da parceria neoliberal entre Brasil e EUA.

O resultado é um globalização de mão única em que tanto o governo FHC, Temer e Bolsonaro, implodem o mercado interno para beneficiar os interesses comerciais dos EUA.

A saída da Ford do Brasil escancara isso.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro conseguiu na mesma semana ser retaliado pela China, índia e EUA

É nítida a retaliação que Bolsonaro vem sofrendo do planeta, mas principalmente das três grandes nações, China, Índia e Estados Unidos, com uma vingança equivalente ao mal sofrido, segundo avaliação dos seus chefes de Estado.

Nessa rigorosa reciprocidade, a pena imposta pela Índia, que acusou Bolsonaro de ferir o código de ética para o benefício dos países em desenvolvimento em que a Índia propôs à OMS a quebra da patente de vacinas e insumos, diante da calamidade mundial, Bolsonaro votou não só contra a proposta da Índia, mas também contra o Brasil e brasileiros para atender aos interesses mesquinhos de Trump e das farmacêuticas americanas.

Em resposta, a Índia aboliu o Brasil da lista de países prioritários para receberem a vacina, fazendo Bolsonaro passar vergonha, depois de ter feito promessa em rede nacional de que estava enviando um avião para aquele país para trazer dois milhões de doses da vacina.

No caso da China, em que o Brasil quebrou todos os códigos diplomáticos com ofensas públicas não só do clã Bolsonaro, como do embaixador de Bolsonaro, Ernesto Araújo que, por inúmeras vezes, acusou a China de ter criado o que eles chamam de “vírus chinês” em laboratório, num plano macabro dos globalistas satanistas para dominar o mundo.

O resultado é que, com a saída de Trump e a chegada de Biden, o qual Bolsonaro, em sua torcida apaixonada por Trump, acusou de ter fraudado a eleição americana para obter vitória, somado aos crimes ambientais cometidas pelo Brasil, sob as ordens do próprio Bolsonaro, Biden deixou claro que não tem agenda prevista para qualquer conversa com o incompetente genocida presidente brasileiro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Trump deixa a Casa Branca entregando o diploma de trouxa a Bolsonaro

O Secretário de Estado de Trump, Mike Pompeo, em nome de Trump, agradeceu com um diploma de trouxa a Bolsonaro por ter afastado o Brasil dos BRICS e, consequentemente das vacinas para os brasileiros. Por outro lado, Trump sai da Casa Branca sem que Bolsonaro tenha conseguido uma poeirinha de benefício para o Brasil, dando um nó na língua dos bolsonaristas mais falastrões.

Trump enfiou Bolsonaro numa falsa polarização ideológica entre democratas e republicanos e, este, em nome do consumo eleitoral e, de forma deslumbrada,  aceitou o total abandono a qualquer benefício que o Brasil pudesse ter no conjunto das negociações com os EUA na era Trump. Daí essa diplomação de um trouxa de estimação que Pompeo entregou a Bolsonaro, logicamente em nome de Trump, na sua despedida da Casa Branca.

A ideia magnífica de Bolsonaro aceitar ser um mero burro de carga de Trump para que os dois animais pudessem cheirar igual, nunca deu qualquer resultado positivo ao Brasil.

Na verdade, Bolsonaro vê o desenho de um tsunami ganhar cores contra seu governo justamente por uma política sem qualquer moralidade interna para atender aos interesses de Trump.

Agora, até aqueles discursos ornamentados de capim gordura, no seu curralzinho pelas manhãs, perderam completamente o sentido. Toda aquela gesticulação ritual vazia, os festejos combinados de “seguidores” que o consagraram, foram para o espaço.

Sem vacina e Plano Nacional de Imunização, sem projeto de país, diante de um debate nacional que o acusa não só de negacionismo, como de traidor da pátria por ter agido contra o país na OMS sobre a liberação das patentes para que países como o Brasil pudessem produzir suas próprias vacinas e insumos, como foi proposto pela Índia, Bolsonaro vê crescer um muro que o separa tanto da Índia quanto da China.

A grosso modo, o que se pode afirmar é Trump sai da Casa Branca com Bolsonaro debaixo do braço para ser jogado na primeira lixeira que encontrar.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: O inferno do cachorro louco ainda nem começou, terá início na quarta-feira com a saída de Trump

Se a vacinação, logo após a aprovação das vacinas pela Anvisa, fez Bolsonaro desaparecer da mídia, e burramente, aparecer hoje, repetindo o slogan do próprio governador de São Paulo, de que a vacina não é de Dória, mas do Brasil, Bolsonaro não só dá mais um tiro de canhão no pé, como também teve que engolir a seco o que cansou de martelar, que a vacina chinesa era do Dória e não tinha comprovação científica e que, portanto, ele não deixaria o povo brasileiro servir de cobaia.

Tudo isso veio ao chão em poucas horas na tarde deste domingo, e Bolsonaro ficou falando sozinho.

Para piorar, vendo o general Pazuello, que se vendeu como craque da logística, fracassar no comando da pasta da Saúde, principalmente no Plano Nacional de Imunização, arrastou com o seu fracasso a imagem das Forças Armadas. Agora, a cúpula militar quer que ele peça as contas imediatamente do governo Bolsonaro, já que é um militar da ativa e não há como não associar sua incompetência à incompetência dos militares.

Mas Bolsonaro, tentando afagar ou queimar de vez os militares, fez uma ameaça declarada de que eles, incluindo-se na condição de militar, é que vão resolver se o Brasil terá ditadura ou democracia, pior, chama os militares de ditadores quando diz que só há ditadura, como tivemos aqui no Brasil durante 21 anos, se os militares quiserem.

Dizem por aí que fontes do Palácio do Planalto afirmam que não há quem consiga dar um nó na boca de Bolsonaro para cessar de falar tanta besteira. O cachorro louco, segundo eles, é um idiota indomável e fala o que vem à cabeça, e como sua cabeça só tem titica, o que ele põe para fora não poderia ser outra coisa.

Mas tudo isso, podem acreditar, está longe de ser o inferno do cachorro louco. O que espera Bolsonaro depois da saída de Trump e da entrada de Biden na próxima quarta-feira, é algo muito pior, até porque acaba de vez a mistificação de que seu governo era parceiro primeiro dos EUA. Coisa que nunca foi, mas que Bolsonaro vendia aos tolos, prontos para comprar qualquer bobagem que o mito diz.

Agora, Bolsonaro fica completamente isolado no mundo. É sobre isso que falamos no vídeo abaixo.

Assista:

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Por que o trouxa Bolsonaro não recorreu ao “amigão” Trump para conseguir vacinas para o Brasil?

Se o Brasil tem estrutura e expertise adquiridas por anos de experiência acumulada de vacinar até 10 milhões de pessoas por dia, como afirmou o ex-ministro da Saúde do governo Lula, José Gomes Temporão, mas só tem até o momento 6 milhões de doses para o país inteiro, na margem oposta do rio, Trump tem milhões de doses da vacina de sobra que não conseguem chegar aos braços dos americanos por pura ineficiência do setor privado que comanda a saúde do país mais rico do mundo.

Ou seja, os EUA, armados até os dentes para invadir países, promover golpes a torto e a direito, não consegue combater um vírus dentro de casa, justamente porque o establishment americano contempla o mercado ao invés da própria população. Isso, agora, foi escancarado.

Não é por acaso que os EUA de Trump, seguidos pelo Brasil de Bolsonaro, o país onde mais morrem pessoas vítimas da covid-19. Mas isso é uma leitura para uma outra hora.

De estalão, o que está na tela agora, é o retrato de dois manequins, o de Trump e o de Bolsonaro que, vestidos de caipiras, para a ilusão dos tolos bolsonaristas, pintavam-se de aliados, quando, na verdade, Bolsonaro é apenas uma mula para a montaria de Trump nas horas vagas, dando ao nosso presidente a alcova trágica e risível de pelego universal do bufão americano que, por sua vez, tem em seu portfólio, agora, reforçado com a derrota nas eleições de um implacável fracassado.

Pois bem, tantas visitas de Bolsonaro aos EUA e nenhuma de Trump ao Brasil, já é um claro sinal que essa suposta amizade arrotada pelo clã Bolsonaro era de mão única.

Na realidade, é impróprio afirmar aqui como o critério dessa aliança representou em termos práticos. Mas essa troca mistificadora de gentilezas entre dois caçadores de catarses rumo ao nada, poderia dar as caras ao menos naquilo que falta no Brasil e sobra nos EUA, as vacinas e, assim, ajudaria o presidente brasileiro, incompetente na produção e aquisição das mesmas.

Essa possibilidade sequer foi aventada por Bolsonaro, e não conseguiria as vacinas nem emprestadas de Trump, dado o seu capital político nenhum diante do vulto decadente do presidente americano. Alguma dúvida? Lógico que não. Apenas a queda de uma máscara vendida por Bolsonaro e a filharada miliciana de que tinham trânsito livre na Casa Branca.

É possível que tenham tido para levar as encomendas de Trump, nunca, jamais em tempo algum para trazer qualquer benefício de Trump para o Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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