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Brasil

Mais de 36 mil militares da FAB e do Exército não se vacinaram contra a covid

Quase metade dos militares ainda não está completamente imunizada. Dados foram obtidos na LAI (Lei de Acesso à Informação).

Enquanto a imunização avança em todo o país, quase metade dos integrantes do Exército e da Aeronáutica ainda não está devidamente vacinada contra o novo coronavírus. O número de militares que se negaram a receber o imunizante é 32,2 mil (15%) e 4,3 mil (6,6%) nas respectivas Forças (12,96% nas duas juntas).

Dados obtidos com exclusividade pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que cerca de 121,2 mil integrantes do Exército e 36,5 mil da Força Aérea Brasileira (FAB) foram completamente imunizados contra a Covid. Na prática, isso representa 56,3% e 54,9%, respectivamente, do total de militares das duas Forças.

A Marinha se recusou a divulgar a informação ao alegar não possuir os dados sobre vacinação. Os números foram pedidos em novembro.

Em comparação, mais de 142 milhões de brasileiros, o equivalente a 78,3% da população com mais de 12 anos, foram devidamente imunizados contra a Covid-19. Esses números foram atualizados na quinta-feira (26/12) pelo consórcio de veículos de imprensa.

As Forças Armadas exigem que seus servidores se vacinem contra febre amarela, tétano e hepatite B – mas não contra a Covid-19.

No total, 182,9 mil militares da ativa do Exército e 62,1 mil da Aeronáutica tomaram ao menos uma dose da vacina.

Os dados revelam ainda uma baixa taxa de militares que tomaram a dose de reforço, o que, segundo especialistas, pode estar associada a um alto contingente de jovens na corporação.

Enquanto 24,5 milhões de brasileiros, o equivalente a 13,5% da população do país, já receberam uma dose extra da vacina, pouco mais de 2 mil militares do Exército (0,9%) completaram a imunização; na FAB, foram 544 (0,8%).

Negacionismo

Para o epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas (RS) Pedro Hallal, os dados confirmam a hipótese de negacionismo, que tenta se espalhar pelo Brasil. “Infelizmente, tem se espalhado mais nas Forças Armadas do que na sociedade civil”, aponta ele.

O Ministério da Defesa esclareceu, sobre a vacinação contra a Covid-19, que “os militares das Forças Armadas seguem as mesmas regras adotadas para a população brasileira”.

A reportagem questionou se a pasta fez alguma campanha interna para incentivar seus servidores a se vacinarem, mas não houve respostas. Os comandantes do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira; da Marinha, almirante Almir Garnier Santos; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior, também foram procurados para informar se foram vacinados contra a Covid, mas, do mesmo modo, não se manifestaram. O espaço segue aberto.

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Política

Queiroga, o Pazuello 2, diz que crianças de 5 a 11 anos só serão vacinadas com prescrição médica

Segundo ministro, será necessário documento indicando presença de comorbidade ou recomendação da aplicação.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal autorizará a aplicação de vacinas contra a Covid-19 em crianças apenas sob a prescrição de um médico. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira no Ministério da Saúde, Queiroga disse que a pasta colocará um documento à disposição para consulta pública e que espera que o início da vacinação para essa faixa etária ocorra em breve, informa O Globo.

— As crianças com comorbidades são prioritárias, a aplicação não é obrigatória, depende da autorização dos pais e naturalmente quem aponta comorbidade é o médico. As sem comorbidades há necessidades de prescrição médica — afirmou Queiroga.

A vacinação dessa faixa etária foi aprovada desde a semana passada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo federal, entretanto, vem adiando o início da vacinação. O presidente Jair Bolsonaro se colocou contrário à autorização em diversas ocasiões e chegou a dizer que queria divulgar os nomes dos técnicos da Anvisa que autorizaram a aplicação das doses.

Desde o início da pandemia, 301 crianças morreram por Covid-19, uma a cada dois dias. Nesta quinta-feira, em entrevista ao GLOBO, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, classificou os dados de “estatística macabra”.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que o contrato com a farmacêutica Pfizer prevê que a empresa forneça as doses necessárias para a aplicação de vacinas nessa idade.

— Estamos exercendo nossa soberania, as prerrogativas, para que eles possam livremente optar por vacinar ou não seus filhos após orientação do médico e assinatura do termo de consentimento — afirmou Queiroga.

Segundo o ministro, a aprovação do documento com as regras para vacinação de crianças deve ser feita até dia 5. Em nenhum dos outros casos de aplicação de vacinas o governo publicou documentos em consulta pública antes de iniciar a aplicação.

De acordo com Queiroga, o modelo adotado pelo Brasil é semelhante ao de outros países, como a Alemanha.

— Dada a sensibilidade do caso, nosso entendimento é muito parecido do que acontece na Alemanha, onde há recomendação médica, onde se contempla os casos que tem comorbidades e se respeita a decisão dos pais — disse o ministro.

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Nova variante é a “mais significativa” já encontrada e pode ser resistente à vacina, diz Reino Unido

Cientistas temem que as mutações da B.1.1.529 façam a nova variante ser mais resistente às vacinas em uso, informa reportagem do Metrópoles.

O governo do Reino Unido informou, nesta sexta-feira (26/11), que a variante B.1.1.529 do novo coronavírus, identificada no sul da África, é “a mais significativa já encontrada”, segundo a agência de notícias Reuters.

Os especialistas da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido temem que a linhagem possa se tornar resistente às vacinas, uma vez que a proteína Spike, parte que o coronavírus usa para entrar nas células humanas, sofreu diversas mutações que a tornaram diferente da versão presente no vírus original. A primeira forma da Spike foi usada para o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 – caso as mudanças sejam muito significativas, a fórmula dos imunizantes pode não ser eficaz o suficiente para evitar casos graves e óbitos.

“Estamos preocupados que esta nova variante possa representar um risco substancial para a saúde pública. A variante tem um número excepcionalmente grande de mutações”, disse o secretário de Saúde britânico, Sajid Javid.

Até o momento, casos relacionados à nova variante foram confirmados em Botsuana, África do Sul, Bélgica, Israel e Hong Kong. A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu, na tarde desta sexta, promover a cepa ao patamar de “preocupação”, designando uma letra grega para identificá-la: Omicron.

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Cotidiano

Diretores da Anvisa são ameaçados de morte se aprovarem vacina para crianças

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou hoje que seus cinco diretores receberam e-mails com ameaças de morte em caso de aprovação, por parte da agência, da aplicação da vacina contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos de idade.

Também foram alvos das ameaças instituições escolares do Paraná, ainda de acordo com a Anvisa.

“Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos federal, estadual e distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis”, acrescentou, em nota.

Por enquanto, apenas adolescentes entre 12 e 17 anos podem ser vacinados, e somente com o imunizante da Pfizer. Maiores de idade podem receber qualquer uma das vacinas já em uso no Brasil (Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen).

Na última quarta-feira (27), a Pfizer informou que vai pedir autorização da Anvisa para aplicar sua vacina contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos no Brasil. A submissão do pedido, disse a farmacêutica, “deve ocorrer ao longo do mês de novembro de 2021”. Na véspera, um comitê externo de aconselhamento da FDA, equivalente à Anvisa dos Estados Unidos, recomendou a vacina para essa faixa etária.

A decisão não é final, mas a FDA costuma seguir as indicações do conselho, segundo o jornal The New York Times. Caso seja aprovada, a previsão é de que a vacina da Pfizer possa ser aplicada nas crianças americanas a partir da próxima semana, com um terço da dose usada nos adultos.

Leia a íntegra da nota

Os cinco diretores da Anvisa receberam, nesta quinta-feira, às 8h31, correspondência eletrônica (e-mail) com ameaças de morte na hipótese de eventual aprovação pela Anvisa de vacinas para crianças entre cinco a onze anos de idade.

Além dos diretores, também constam como alvo das citadas ameaças de morte instituições escolares do estado do Paraná.

Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis.

*Com informações do Uol

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Ao contrário do que afirmou Ana Paula do Vôlei, Vacina da Pfizer-BioNTech é segura em crianças de 5 a 11 anos, diz estudo

Rolam duas teses nesse hospício que virou o Brasil de Bolsonaro, a mais conhecida, a que gerou mais espanto, foi a que responsabilizou a fala de Ana Paula do Vôlei e a consequente suspensão da vacinação em adolescentes depois de Bolsonaro ver um comentário dela na criminosa Jovem Pan, que cumpre um papel cada vez mais nefasto na política genocida desse governo.

A segunda possibilidade corresponde não à opinião de Ana Paula, mas à falta de imunizantes e, por isso, Bolsonaro combinou com a Jovem Pan a demonização das vacinas para adolescentes e que, portanto, ficou para Ana Paula do Vôlei a responsabilidade de espalhar a mentira sobre as vacinas no programa Pingo nos Is.

Agora, chega a notícia do resultado de um estudo feito pela Pfizer e a BioNTech de que a vacina é segura para crianças de 5 a 11 anos de idade:

Segundo a revista Exame, a vacina contra covid gerou a mesma resposta imunológica observada anteriormente em crianças de 16 a 25 anos.

A Pfizer e a BioNTech anunciaram segunda-feira, 20, que sua vacina contra covid-19 induziu uma resposta imune robusta em crianças de 5 a 11 anos. As empresas também planejam pedir autorização para usar a vacina em crianças nessa faixa etária nos Estados Unidos, Europa e outros lugares o mais breve possível.

As empresas disseram que a vacina gerou uma resposta imunológica em crianças de 5 a 11 anos em seu ensaio clínico de fase dois e três que correspondeu ao que eles haviam observado anteriormente em jovens de 16 a 25 anos. O perfil de segurança também foi geralmente comparável ao da faixa etária mais velha, eles disseram.

“Desde julho, os casos pediátricos de covid-19 aumentaram cerca de 240 por cento nos EUA — enfatizando a necessidade de vacinação da saúde pública”, disse o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, em um comunicado à imprensa.

“Os resultados desses testes fornecem uma base sólida para buscar a autorização de nossa vacina para crianças de 5 a 11 anos de idade, e planejamos submetê-los ao FDA e outros reguladores com urgência.”

Alguns países já estão aplicando vacinas em crianças menores de 12 anos. Entre eles, Chile, China, Cuba, El Salvador e Emirados Árabes. Cuba usa sua vacina nacional, a Soberana; o Chile tem aplicado a vacina chinesa Sinovac; já a China tem utilizado Sinovac e Coronavac. Na Europa, a vacina da Pfizer, assim como a da Moderna, estão aprovadas para jovens de 12 a 15 anos.

No Brasil, o Instituto Butantan entrou em julho com pedido na Anvisa para ampliar a faixa etária de vacinação da Coronavac para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Para isso, enviou dados de estudo feito na China que mostram ser a vacina eficaz nesta faixa etária. Em agosto, a Anvisa rejeitou o pedido, alegando incerteza sobre a duração da proteção e ausência de dados que permitisse avaliar eficácia em grupos com comorbidades.

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Cotidiano

Vídeo: Avó esculacha neta que não toma vacina e quer usar ivermectina

É impressionante a consciência da avó ao falar com a neta sobre a ineficácia da ivermectina para a covid. A neta diz que não vai se vacinar e que vai usar a ivermectina para se proteger da doença e a avó dá uma aula de sabedoria. Vídeo viralizou. Vale a pena assistir.

Assista:

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República dos coronéis: Coronéis protagonizaram negociação de vacina que não existia com o Ministério da Saúde

Segundo reportagem do El País. Vários coronéis, um reverendo e uma entidade com forte presença militar acusada são citados na teia de negociação de vacinas contra a covid-19 supostamente superfaturadas e que sequer existiam. Este é o roteiro inusitado que desponta do depoimento do representante da empresa americana Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (15). Ele contou aos senadores que não procurou o Ministério da Saúde para negociar imunizantes, mas foi inusualmente procurado pelo órgão, quando passou a dar atenção ao assunto. Revelou ainda que grande parte da cadeia de comando da pasta ―incluindo vários militares de dois grupos distintos― participou das conversas que visavam a aquisição de 400 milhões de doses da AstraZeneca e que depois foram levadas ao centro de denúncias de corrupção. O depoimento do Carvalho empurra ainda mais os holofotes para a participação de militares nas negociações de vacinas com suspeitas de irregularidades.

Carvalho desvelou no seu depoimento uma rede de mediadores em um negócio bilionário de venda de imunizantes que ninguém tinha para entregar. A AstraZeneca sustenta não ter intermediários no país e, nesta semana, a Davati admitiu que não tinha doses à mão, conforme disse o dono e presidente da empresa, Herman Cardenas, à Folha de S. Paulo. Segundo ele, o que havia era uma promessa de alocação das vacinas feita pela companhia de um médico americano junto à AstraZeneca. Cardenas, porém, não deu nomes alegando sigilo contratual.

No depoimento, Carvalho disse não ter participado do jantar em um shopping de Brasília no qual supostamente o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, teria pedido propina de um dólar por dose ao policial militar e vendedor da Davati, Luiz Paulo Dominguetti. Mas confirmou ter sido avisado sobre um pedido de “comissionamento extra” ―ou seja, propina― pelo grupo do ex-servidor e militar reformado, coronel Marcelo Blanco, que assessorava Roberto Dias no Ministério da Saúde. O ex-diretor do departamento de Logística nega as acusações. Aos senadores, Carvalho disse que não foi informado sobre valores e que não foram feitos pedidos de propina diretamente a ele. Afirmou ainda que Blanco, ex-servidor da Saúde, que abriu uma empresa de insumos hospitalares e que teria lhe dito que agora estava negociando vacinas com a pasta, parecia atuar ainda como auxiliar de Roberto Dias mesmo já tendo sido exonerado.

Novos militares e entidade na negociação

Carvalho adicionou novos personagens na trama e deu força à tese da existência de dois grupos em disputa dentro do Ministério da Saúde que atuavam na negociação de vacinas: um ligado ao coronel Marcelo Blanco e a Roberto Dias, e outro ligado ao coronel Élcio Franco, na época secretário-executivo do Ministério da Saúde, cargo abaixo apenas do de ministro. Ambos os grupos teriam uma forte presença de militares. O representante da Davati contou que foi pela primeira vez ao ministério em 12 de março deste ano, levado pelo coronel Helcio Bruno Almeida, presidente do Instituto Força Brasil (IFB). A entidade, segundo ele, era o braço utilizado pela ONG Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), do reverendo Amilton Gomes, para chegar ao alto escalão da Saúde. A Senah teria tido o aval do Governo para negociar as 400 milhões de doses com a Davati e Carvalho apontou que caberia a ela também dar a segurança jurídica ao processo de venda dos imunizantes, já que a empresa americana Davati sequer tem CNPJ no Brasil.

Carvalho ainda diz que foi o Instituto Força Brasil que fez a ponte entre o representante da Davati e o coronel Elcio Franco, então número 2 do Ministério da Saúde. O IFB se apresenta como um instituto sem fins lucrativos, que trabalha dentro dos valores conservadores e cristãos, tanto pela bandeira pró-armas como pela defesa da vida e da família. O vice-presidente da instituição é o empresário Otávio Fakhoury. Mas, segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a instituição patrocina um conjunto de contas em redes sociais investigadas no inquérito das fake news. Uma delas seria a página Crítica Nacional, que de acordo com Randolfe, propagou notícias falsas sobre o uso de máscaras e a vacinação, especialmente contra a Pfizer.

O IFB, por sua vez, diz que tem civis e militares em seus quadros e que atua de forma transparente e em defesa à vida, inclusive com ações de Saúde. Também nega ter parceria com a Davati. De acordo com Igor Vasconcelos, diretor jurídico do Instituto Força Brasil, eles foram procurados pelo reverendo Amilton para ver os caminhos que ajudassem a chegar ao Ministério da Saúde com a proposta da vacinas da Davati. “Tudo que for a respeito da defesa da vida a gente tenta ajudar”, disse Vasconcelos à reportagem. Segundo ele, o presidente do IFB, o coronel Hélcio Bruno, jamais havia tido contato com o coronel Élcio Franco antes. “Fizemos a reunião, que foi rápida. Esperamos bastante para sermos atendidos. Existe ata da reunião, inclusive”, diz ele, lembrando que o IFB não debate preços.

O foco do grupo, contudo, era a possibilidade “de que o mercado brasileiro fosse atendido por uma expressiva quantidade de vacinas, em curto prazo, e que este número seria suficiente para alcançar, inclusive o setor privado (objeto da audiência), aliviando a forte demanda do produto”, disse a empresa em nota distribuída à imprensa. “Tratamos assuntos relacionados à vacinação com a secretaria-executiva, principalmente no sentido de aperfeiçoar a legislação que facilitava a vacinação por empresas privadas, com vistas a acelerar a imunização da classe trabalhadora e liberá-las à produção”, segue a nota, assinada pelo coronel Helcio Bruno. Embora o IFB se diga apolítico, em seus vídeos há várias referências positivas ao presidente Jair Bolsonaro e críticas a movimentos ligados à esquerda.

Coleção de coronéis

Na reunião de 12 de março no Ministério da Saúde, Carvalho disse que estiveram reunidos o reverendo Amilton Gomes, o policial militar Luiz Paulo Domingetti, o ex-secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, e os coronéis Boechat, Marcelo Pires e Helcio Bruno. Ele conta que se surpreendeu ao perceber que o coronel Elcio Franco não tinha conhecimento de que as negociações das vacinas já estavam em curso com Roberto Dias antes daquele encontro, mas negou que tenha sido feito qualquer pedido de propina naquele momento. “Dentro dessas tratativas e conversas dentro do Ministério da Saúde, não houve nada que desabonasse nenhum desses coronéis servidores públicos que estavam na reunião”, declarou. Em outro momento da sessão, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) ironizou o surgimento de tantos nomes de militares na CPI: “Boechat, coronel Guerra, coronel Blanco, Élcio Franco, agora Helcio Bruno… há uma associação de vários coronéis em torno dessa operação tabajara”.

Cristiano Carvalho fez questão de minimizar seu papel dentro da Davati. Disse que não é um CEO como afirmou Dominghetti em seu depoimento à CPI e que não tem vínculo contratual com a empresa. Segundo ele, o que há é uma carta de representação no país que o colocaria na condição de um vendedor. Também afirmou nunca ter ofertado quantidades ou preços de vacinas ao Ministério da Saúde e defendeu que sua atuação visava a aproximação da americana Davati com o ministério. Caberia à empresa americana tratar com a pasta. O presidente da Davati nos Estados Unidos, Herman Cardenas, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que a intenção da empresa nunca foi vender vacina, mas de facilitar o negócio. Ao Estadão, Cardenas havia dito que Domingueti não é representante ou funcionário da companhia e que teria sido incluído nas negociações “a pedido” em comunicações com o Governo brasileiro.

Carvalho diz que não procurou o ministério para negociar vacinas

No depoimento aos senadores, Carvalho afirma que foi Dominguetti que levou a ele a demanda por vacinas contra a covid-19 do Ministério da Saúde. Ele diz que sequer acreditava que a negociação prosperaria até começar a receber uma série de ligações e mensagens de altos cargos da pasta, quando passou a dar atenção ao assunto. Carvalho diz que Dominguetti se apresentou a ele em fevereiro deste ano, quando afirmou que já tinha uma parceria com a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), presidida pelo reverendo Amilton Gomes de Paula. Ambos procuravam um fornecedor no exterior para atender a demanda. “Ele [Dominguetti] se empenhou muito na venda das vacinas, fez um trabalho grande com o Senah”, afirma Carvalho, que diz ter sido apresentado a ele por um representante de vendas autônomo da Davati chamado Rafael Alves.

O reverendo Amilton tem sido apontado como intermediário na negociação de vacinas com prefeituras e também como responsável por levar Dominguetti ao alto escalão da pasta. Cristiano Carvalho disse que a Davati entrou em negociação ao menos com o Governo de Minas Gerais (além do Ministério da Saúde) e que teria sido por meio do reverendo Amilton que muitas prefeituras começaram a procurar a empresa americana em busca de vacinas. Carvalho afirmou ainda que Lauricio Monteiro Cruz, ex-diretor de imunização do Ministério da Saúde, teria enviado uma carta pedindo que a Senah, do reverendo Amilton, fosse a intermediadora das negociações da vacina. Cruz foi exonerado da Saúde no último dia 8 de julho.

Municiado de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para resguardar seu direito de não se autoincriminar, Carvalho respondeu à maioria das perguntas feitas pelos senadores. O representante da Davati protagonizou a última sessão da CPI antes do recesso parlamentar, que vai até 3 de agosto. Na volta aos trabalho, o reverendo Amilton deve prestar o depoimento.

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Áudio: Assessor grava áudio antes de morrer culpando Bolsonaro e deputado José Medeiros

Áudio de assessor culpando Bolsonaro “cumpriu o seu desejo”

Antes de morrer por complicações da Covid-19, José Roberto Feltrin gravou um áudio culpando o presidente por seu estado de saúde.

Cláudia Feltrin, esposa do assessor parlamentar José Roberto Feltrin, vítima da Covid-19, afirmou que a divulgação do áudio nessa sexta-feira (21/5), onde ele culpa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo seu estado de saúde, foi uma forma de realizar o desejo do marido.

“Não só confirmo a autenticidade do áudio, como agradeço ao Carlos Naves, único amigo do José Roberto que esteve com ele até o final. Não gostaria que chegasse a esse ponto, queria que meu marido estivesse vivo, com a família, mas a divulgação do áudio realizou seu desejo. Ele falou o que estava entalado na garganta há muito tempo”, disse Cláudia ao portal RD News.

Feltrin, que era assessor parlamentar do deputado federal José Medeiros (Podemos-MT), gravou um áudio pouco antes de morrer. Chorando, ele afirma que vai ao hospital, pois está se sentindo muito mal. “A culpa é desse capitão bunda suja [Bolsonaro] que não comprou vacina para nós”, disse José Roberto Feltrin.

Em um outro trecho, ele cita o deputado federal para quem trabalhava. “É como se um filme tivesse passando na minha cabeça. Esse tal Medeiros também é responsável por tudo que está acontecendo com o povo brasileiro, esse maldito. Esse cara vem apoiando esse governo genocida, que vem sabotando a vacina desde o início. Já era para ter vacina para nós, para pessoas da minha idade e não tem. Parece que esse retardado faz o que quer.”

*Do Metrópoles

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Renan Calheiros: “Bolsonaro nunca quis vacina”

ReutersPor Por Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello, Tudo indica que o governo apostou na imunidade de rebanho, disse à Reuters o relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), ao afirmar que o presidente Jair Bolsonaro nunca quis comprar vacinas e ainda estimula aglomerações, tendo inclusive adotado uma postura reincidente em determinadas condutas.

“Acho que tudo leva nessa direção”, disse Renan sobre a aposta na imunidade de rebanho.

“O presidente primeiro negou a doença, chamou de gripezinha, depois ele foi contra o isolamento, o lockdown, depois minimizou o uso da máscara e estimulou uma aglomeração. Por que isso? Porque a imunização de rebanho, a imunização natural, ela pressupõe que o vírus se propague, então você tem que promover aglomerações, essa propagação do vírus, para que, pelo contágio de parcela considerável da população, você possa consequentemente imunizá-la”, acrescentou.

“Por isso ele (Bolsonaro) nunca quis vacina… falou que estava sentado (em cima) do cheque de 20 bilhões de reais dado pelo Congresso Nacional e que não compraria vacina nenhuma, nenhuma e quem mandava era ele. Agiu dessa forma em relação à Pfizer”, reforçou.

Em entrevista exclusiva, Renan disse que, por essa razão, o governo advogou pelo tratamento precoce com cloroquina e ivermectina, gastando inclusive recursos públicos. “Não há como dar outro nome a isso, a essas constatações como imunidade de rebanho”, ressaltou.

O relator afirmou que, no momento, não há como se responsabilizar criminalmente o presidente Jair Bolsonaro por eventuais erros no enfrentamento da pandemia no país.

“Até agora não há (elementos para responsabilizar o presidente), apesar das evidências das provas de tudo o que está comprovado e tudo que foi postado, que foi publicado em Diário Oficial, dito, repetido. Ainda ontem (quinta) presidente repetiu algumas coisas que fizera lá atrás e pelas quais está sendo investigado”, disse.

Entretanto, Renan ressalvou que a CPI está apenas começando, tendo acesso a informações e provas, dando o direito ao contraditório. Destacou que, embora avalie que não há dúvidas sobre a atuação do presidente, é óbvio que elas precisam ser provadas “em todas as suas etapas”. Avaliou que a comissão vai fazer um relatório conclusivo do tamanho que a sociedade brasileira espera dele.

“A CPI tem buscado documentos, atos publicados no Diário Oficial, também declarações, também ordens que foram dadas, tudo isso vai ter o seu valor para efeitos da prova.

“Mas nós vamos investigar seja em qual direção for e vamos juntar tudo o que for necessário para que, se houver necessidade da responsabilização, que ela aconteça com muito critério, com muito rigor”, destacou. Segundo ele, a CPI apura se houve o cometimento de crime sanitário e crime contra a vida.

Para o relator da CPI, o objetivo principal da investigação é agilizar o calendário de investigação, com a correção de erros e omissões praticadas e avançando na imunização.

“Qual o problema maior do governo? É que o presidente da República reincide todos os dias”, disse Renan, ao considerar que isso minimiza o papel de cada um, citando os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, defensores de medidas de isolamento social.

Procurado pela Reuters, o Planalto não se manifestou de imediato.

Por outro lado, Renan disse que já está “absolutamente clara” a responsabilização penal do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Em tom de ironia, disse que seriam necessárias 20 acareações para contrapor às declarações de Pazuello, o que seria improdutivo. Renan minimiza a necessidade de reconvocá-lo.

O senador não descarta, no entanto, que Pazuello possa ser chamado para explicar informações a partir do desdobramento de outros depoimentos.

“Quando você tem acesso, em função da presença de alguém, à comprovação de um determinado aspecto da investigação, você já tem aquilo. Então, muitas vezes, você trazer alguém para minimizar aquela prova que você já constatou não é assim muito estratégico”, avaliou.

GUEDES

Assunto recorrente na CPI, levantado pela primeira vez por Mandetta em depoimento à comissão, Renan também abordou o aconselhamento paralelo, ou como preferiu classificar, um “Ministério da Doença” em contraposição ao Ministério da Saúde.

Questionado, o relator disse que ainda não há evidências da participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, nesse grupo informal de aconselhamento do presidente da República nos assuntos da pandemia, razão pela qual não há motivos, por ora, para que ele seja convocado à CPI.

“Nós não temos evidências ainda da participação dele (Guedes) nesta consultoria paralela que deve ter sim existido nesse gabinete consultivo informal que se reunia no Palácio do Planalto”, disse o senador, acrescentando que “essas coisas estão se comprovando no dia a dia, inclusive através de depoimentos variados”.

EVITAR MENTIRAS

O parlamentar, que já presidiu o Senado quatro vezes, considerou que não deve ter sucesso a tática de senadores governistas de “dispersar” o alvo de investigação da CPI, que tem como objeto inicial a investigação da gestão federal de enfrentamento à pandemia e a crise sanitária que atingiu o Amazonas no início deste ano.

Parlamentares que atuam a favor do governo têm insistido da tese que a CPI tem intenções eleitorais e pretende atingir o presidente Jair Bolsonaro. Por esse motivo, pressionam para que as investigações também se estendam aos Estados. O tema foi objeto de um requerimento, do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), assinado por mais de 40 senadores, para ampliar o escopo da CPI e incluir Estados e municípios.

Por decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o pedido de Girão foi anexado ao original, de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que criou a CPI. Pacheco deixou claro, no entanto, que o Senado não pode extrapolar sua competência ou invadir atribuições locais, de forma que só poderá apurar o repasse de recursos federais aos entes.

“Os governistas juntaram ali (na comissão) 4 senadores que querem dispersar a investigação com relação ao presidente da República, querem investigar determinados governadores pela necessidade local”, afirmou Renan.

“Isso não vai acontecer”, acrescentou, ponderando que haverá investigação de indícios de desvios de recursos desde que eles já não estejam sendo investigados pelo Ministério Público ou pela Polícia Federal, para que não haja “redundância”.

Sobre as omissões e divergências nos depoimentos já prestados à CPI –o relator chegou a sugerir que o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajgarten fosse preso por prestar falso testemunho, mas o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) rejeitou o pedido–, Renan alertou que esse será um problema que terá de ser enfrentado para coibir que outros depoentes se sintam confortáveis em não arcar totalmente com o compromisso de falar a verdade.

“Eu acho que esse é um dos problemas que a Comissão Parlamentar de Inquérito vai ter que administrar daqui para frente, porque a reiteração da mentira expõe a representação, expõe o Senado Federal, expõe a Comissão Parlamentar de Inquérito e minimiza a verdade que nós estamos buscando ali.”

*247

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Política

Governo Bolsonaro rejeitou cinco ofertas de vacina em 2020; veja as propostas

Executivo da Pfizer diz em depoimento que governo não respondeu aos primeiros contatos da farmacêutica em agosto do ano passado.

Segundo O Globo, o gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, afirmou à CPI da Covid no Senado que o governo brasileiro não respondeu às propostas de contrato da compra de vacinas, sendo a primeira delas feita em agosto de 2020. Se o Brasil tivesse negociado com a Pfizer a aquisição dos imunizantes em agosto de 2020, o país poderia ter recebido 4,5 milhões de doses a mais de vacinas contra a Covid-19 ate março deste ano.

Propostas apresentadas ao governo brasileiro

Murillo contou à CPI da Covid que a farmacêutica fez cinco ofertas de vacinas contra o novo coronavírus no ano passado ao governo federal. De acordo com o executivo, os contatos começaram em maio e, em agosto, foi apresentada a primeira proposta, de 30 milhões de doses, e outra de 70 milhões de doses.

Primeira proposta: 14 de agosto

A Pfizer ofereceu 30 ou 70 milhões de doses de vacina ao governo. Os dois contratos previam a entrega de 500 mil doses ainda em 2020, 1,5 milhão no primeiro trimestre deste ano e 5 milhões no segundo trimestre.

Na proposta de 30 milhões, o governo receberia ainda 14 milhões no terceiro trimestre deste ano e outras 9 milhões entre outubro e novembro.

Caso o contrato de 70 milhões fosse levado a diante, o número de doses nos terceiro e quarto trimeste seria maior: 33 milhões (entre julho e setembro) e 30 milhões (entre outubro e dezembro).

Segunda proposta: 18 de agosto

O governo federal não respondeu ao primeiro contato com a farmacêutica. No segundo contato, a Pfizer ofereceu a entrega de 1,5 milhão de doses ainda em 2020, aumentando a previsão de entrega no ano passado. A empresa manteve a opção ao governo de adquirir, no total, 30 ou 70 milhões de vacinas, como no contato anterior.

Terceira proposta: 26 de agosto

No terceiro contato com o governo, a Pfizer voltou a oferecer 30 e 70 milhões de doses ao governo, com previsão de entrega até o fim de dezembro de 2021. A proposta também incluia 1,5 milhão de doses ainda em 2020.

– A proposta de 26 de agosto tinha validade de 15 dias. Passados 15 dias, o governo não rejeitou e nem aceitou a oferta – disse Murillo à CPI.

Quarta e quinta proposta: 11 e 24 de novembro

Em novembro, após as tentativas frustradas de agosto, houve duas novas ofertas de 70 milhões, das quais 2,5 milhões seriam no primeiro trimestre de 2021 e 6,5 milhões no segundo.

O executivo da Pfizer disse que o Brasil não respondeu a oferta de vacinas em agosto. Ele também discordou da avaliação feita pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que justificou não ter fechado acordo em razão da cláusulas “leoninas”. Afirmou ainda que são os mesmos termos dos acordos firmados com mais de 100 países.

— Nossa oferta de 26 de agosto tinha, como era vinculante e estávamos nesse processo com todos os governos, tinha validade de 15 dias. Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou, mas tampouco aceitou a oferta — disse o executivo.

Proposta aceita pela governo: 15 de fevereiro

Em 2021, a Pfizer fez nova oferta em 15 de fevereiro. Desta vez, a empresa propõs um contrato para a entrega de 100 milhões de doses, 8,7 milhões no segundo trimestre. Houve uma repactuação em março, que aumentou o total dos meses de abril, maio e junho para 14 milhões.

Há ainda um segundo contrato, de mais 100 milhões de doses, previstas inicialmente para o terceiro trimestre — 30 milhões — e quarto — 70 milhões. O executivo da Pfizer disse que, em razão da logística, após conversa com o Ministério da Saúde, houve uma mudança e tudo será entregue apenas no quarto trimestre.

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