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Escândalo: Governo Bolsonaro pagou R$ 78 milhões a mais por lote de máscaras KN95

Máscaras do tipo KN95 adquiridas pelo Ministério da Saúde e distribuídas a profissionais na linha de frente de enfrentamento da covid-19 custaram 29% mais ao governo brasileiro do que a uma empresa privada que as adquiriu na mesma época, do mesmo importador e do mesmo fornecedor. A compra de 40 milhões de máscaras ocorreu em abril do ano passado, ao custo de US$ 66 milhões. Se nela tivesse sido aplicado o valor mais baixo, o pagamento seria de US$ 51,2 milhões, uma diferença de US$ 14,8 milhões.

A compra faz parte do maior contrato de insumos hospitalares assinado no Brasil no âmbito do combate à pandemia, que incluiu também máscaras mais simples.

De acordo com contrato assinado com a 356 Distribuidora, Importadora e Exportadora, representante no Brasil da empresa de Hong Kong Global Base Development HK Limited, o governo brasileiro pagou US$ 1,65 por máscara KN95, ou R$ 8,65, pela cotação no momento da compra.

Também em abril, a mesma 356 Distribuidora importou 200 mil máscaras para um grupo privado, também no modelo KN95, o mesmo contratado pelo governo brasileiro. No entanto, elas custaram US$ 1,28 cada, ou R$ 6,71, de acordo com documentos obtidos pela reportagem.

Caso o mesmo preço tivesse sido ofertado pela 356 Distribuidora ao governo brasileiro, o país teria economizado US$ 0,37 (R$ 1,93) por máscara, ou US$ 14,8 milhões (R$ 77,5 milhões na cotação da época), se considerado o valor total da transação.

Esquema Entenda o negócio - Arte UOL - Arte UOL

A reportagem perguntou ao dono da 356 Distribuidora, Freddy Rabbat, por que não ofertou o mesmo preço ao governo brasileiro, mas ele preferiu não comentar. O Ministério da Saúde também não se pronunciou.

Em nota, os advogados de Rabbat, Eduardo Diamantino e Fábio Tofic, defenderam o preço aplicado ao Ministério da Saúde, que no entendimento deles “está abaixo da média de mercado na época da aquisição, momento em que havia um crescimento sem precedentes da demanda mundial pelo produto e o Brasil corria o risco de não conseguir insumos para enfrentar a pandemia de covid-19”.

Freddy Rabbat representa no Brasil a marca de relógios suíça Tag Heuer e preside a Associação Brasileira de Empresas de Luxo. Desde 2019 ele atua como conselheiro fiscal da Eucatex, empresa da família do ex-deputado federal Paulo Maluf (PP). De acordo com a assessoria da empresa, ele é parente de quarto grau dos filhos do político, Otavio e Flavio.

Cliente privado

A importação de máscaras a preço mais barato contou com o apoio do Ascensus Group, empresa de trading de Joinville (SC) que atuou como prestadora de serviços. A empresa confirmou a operação e disse que as máscaras mais baratas foram direcionadas a um cliente privado, cujo nome não poderia ser revelado em função de “cláusulas de confidencialidade”.

“A responsabilidade da operação é única e exclusiva do cliente, neste caso a 356, importadora das máscaras. Nosso grupo não fez a comercialização, compra, venda ou distribuição deste produto”, informou a Ascensus, por meio de nota.

Na operação privada, a chinesa Shenzhen Swift Imp. & Exp. Co. Ltda é registrada como fornecedora dos produtos. De acordo com documento arquivado no setor de registro de empresas de Hong Kong, a Shenzhen Swift é a única dona da Global Base Development, fornecedora oficial das mesmas máscaras ao governo brasileiro.

Documentos obtidos em órgãos de registro chineses e de Hong Kong apontam também que as duas empresas têm o mesmo administrador legal, Zhang Yong.

Na última semana, a reportagem entrou em contato com representantes da Global Base na China para tentar comprar um lote de máscaras e verificar o preço aplicado hoje pela empresa, mas o gerente de operações, Alexander Pan, informou que essa informação seria dada pelo representante brasileiro da empresa.

Na proposta de compra apresentada ao governo brasileiro, Rabbat citou o nome de BI Tian Yuan como o responsável pela Global Base e representante da empresa no negócio.

Trata-se de um jovem de 19 anos que nos Estados Unidos adotou o nome Jack Yuan. Ele é estudante da Universidade de Stanford e colega na instituição de Freddy Rabbat Neto, de 20 anos, filho do dono da 356 Distribuidora.

O processo administrativo de compra de máscaras no âmbito do governo brasileiro sugere que Rabbat Neto teve participação no negócio. Ele é copiado em emails trocados entre o pai e representantes do Ministério da Saúde para tratar de alterações no método de pagamento pelas máscaras.

*Thiago Herdy/Uol

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Chanceler omitiu à CPI reuniões paralelas de Ernesto Araújo e Filipe Martins em Israel

Comitiva foi ao Estado Judeu com a “missão” de conhecer um spray nasal supostamente eficaz contra a Covid-19, mas há suspeitas de que delegação tratou de outros assuntos, de caráter secreto.

O ministro de Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, omitiu de integrantes da CPI do Genocídio duas reuniões que ocorreram em Israel, em março deste ano, durante uma nebulosa visita ao Estado Judeu, que tinha como justificativa oficial conhecer um spray nasal supostamente eficaz no tratamento da Covid-19, mas que jamais foi homologado e destinado a esse fim.

A comitiva, na qual estava o então chanceler brasileiro Ernesto Araújo, contou com a presença ainda de Eduardo Bolsonaro (filho do presidente), Filipe Martins (assessor especial da Presidência da República), Fábio Wajngarten (ex-secretário de comunicação do Planalto) e de Max Moura, um guarda-costas pessoal de Jair Bolsonaro, e despertou desconfiança desde os primeiros momentos após seu anúncio.

Os encontros omitidos aos senadores por Franco França ocorreram entre Ernesto Araújo e Filipe Martins e o conselheiro internacional de segurança do governo israelense, Reuven Azar, e Tzachi Braverman, chefe de gabinete do primeiro ministro Benjamin Netanyahu. O embaixador brasileiro em Tel-Aviv, general Gerson Menandro Garcia Freitas, também compareceu à reunião.

No ofício do Itamaraty encaminhado à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19 não consta a realização dessas reuniões, que teriam sido em “caráter paralelo”, embora realizadas por emissários oficiais do governo brasileiro.

O Itamaraty disse oficialmente que, por se tratar de encontros realizados em paralelo à agenda oficial do então ministro Ernesto Araújo, tratou-se apenas de assuntos sobre a relação Brasil-Israel e temas como paz e segurança regionais e internacionais, dispensando registro oficial das conversas e tópicos abordados.

Segundo diplomatas de carreira, não é normal que reuniões ocorridas paralelamente à agenda oficial de um chanceler não tenha ata relatando os temas abordados. Habitualmente, tudo que ocorre nesses encontros é registrado e repassado ao Ministério de Relações Exteriores.

O fato gerou mais suspeitas após o surgimento de informações vazadas na imprensa internacional sobre o software Pegasus, produzido por uma empresa israelense, que estaria sendo usado por governos ao redor do mundo para monitorar e grampear jornalistas, políticos e ativistas, colocando em xeque o Estado Democrático de Direito nesses países.

Em maio deste ano, Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, foi parar nas manchetes de todos os jornais após ser descoberta uma negociação entre ele, em nome do governo (embora Carlos seja vereador do Rio) e a empresa que produz o programa espião. A intenção do filho 02 era adquirir o sistema para uso governamental, o que faz deduzir que a intenção do clã presidencial era vigiar ilegalmente jornalistas e seus opositores políticos.

*As informações são da Forum

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Música

Vídeo: Funkeiro canta na TV Record o funk “Pastor Marginal da Igreja Universal”

Funkeiro em plena Redord, provoca Edir Macedo cantando um funk dos anos 1990 “Pastor Marginal da Igreja Universal”. Imagina isso! Mas aconteceu.

Assista:

*Da redação

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Barroso e Bolsonaro se merecem

A briga entre Barroso e Bolsonaro, a partir das atitudes destemperadas do genocida, não passa de farsa. Bolsonaro sabe que, na realidade, sua eleição ganhou um bom empurrão de Barroso no TSE.

Na verdade, os dois são súditos do sistema financeiro, cada um com seu argumento para defender e fortalecer sempre os interesses da burguesia nacional.

Barroso é tão autoritário quanto Bolsonaro. Os dois são figuras nefastas para o Brasil.

Por isso, no atual cenário, tanto Barroso quanto Bolsonaro se fartam de embustes cada um se manifestando de forma golpista, mas ambos são capturados pelos interesses do grande capital.

o semipresidencialismo é uma espécie de voto impresso de Barroso. Para se ter uma ideia, quando Barroso declarou que Dilma foi golpeada ao afirmar que ela não cometeu crime algum, mas tinha perdido apoio político para governar, não disse que os golpistas tiveram auxílio luxuoso da Lava Jato de Moro e Dallagnol, muito menos o escorregadio Barroso mencionou o grampo criminoso de Moro a Dilma em conversa com Lula e da liberação dessa gravação para a Globo, de mão beijada é que não foi, para o império celestial dos Marinho.

Não quero aqui me fartar de adjetivos para classificar essas duas figuras, o que se pode assegurar é que dá para medir o caráter de um pelo do outro e que serão diretamente culpados por essa tragédia sanitária do Brasil que viveu uma ciranda ideológica a partir do golpe em Dilma para que a direita golpista voltasse ao poder.

O resultado está aí, cada qual com sua ferramenta, Barroso e Bolsonaro, trabalhou em harmonia para o país chegar ao caos que chegou, em tamanha tragédia nacional.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Documentos da CPI da Covid revelam que Guedes agiu para atrasar vacinas

Temor fiscal em negociação com Pfizer ajudou a retardar compra de imunizante e abriu porta da Saúde para tratativas suspeitas.

Segundo reportagem de William Castanho, Mateus Vargas e Bernardo Caram, Folha, documentos da CPI da Covid expõem contradições do time do ministro Paulo Guedes (Economia) sobre a elaboração da MP (medida provisória) das vacinas. Negacionismo e preocupação com risco fiscal atrasaram a compra com a Pfizer.

A CPI da Covid no Senado quer saber por que um dispositivo que facilitava a aquisição de vacinas da Pfizer e da Janssen foi eliminado da MP publicada em janeiro. Uma das minutas autorizava a União a assumir riscos e custos de eventuais efeitos adversos dos imunizantes, exigência das farmacêuticas.

Em resposta à comissão, a pasta de Guedes disse que só foi chamada a se manifestar na sanção, em março. Porém documentos mostram a participação do Ministério da Economia em debates de minutas em dezembro.

Planalto e Economia se alinharam contra exigências da farmacêutica americana. A resistência abriu a porteira da Saúde para a série de negociações suspeitas na aquisição de imunizantes. ​

O presidente Jair Bolsonaro e Guedes temiam, além de eventuais efeitos colaterais, a ameaça de judicialização. Futuras ações poderiam aumentar o passivo financeiro da União.

A decisão do governo de cortar o artigo retardou o negócio. O contrato com a Pfizer só foi assinado em 19 de março graças a uma lei de iniciativa do Congresso que permitiu repassar o ônus ao poder público.

​Nesse intervalo: 1) um cabo da PM negociou com a Saúde para fornecer vacina da AstraZeneca e disse ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose; 2) a pasta cogitou comprar Coronavac pelo triplo do preço; 3) um servidor relatou pressão atípica na aquisição da indiana Covaxin. Todos os três casos foram revelados pela Folha.

A Saúde ainda contratou, nesse período, dez milhões de doses da Sputnik a cerca de US$ 12 por unidade, por meio do laboratório União Química, enquanto governadores do Nordeste compraram a mesma vacina do Fundo Russo de Investimento Direto por cerca de US$ 10.

Em despacho enviado à CPI, o secretário-executivo adjunto da pasta comandada por Guedes, Miguel Ragone de Mattos, afirmou que “a manifestação do Ministério da Economia relativa à referida medida provisória restringiu-se à fase de sanção do projeto de lei de conversão nº 1, de 2021, no sentido de não haver na matéria tratada competência afeta”.

Parecer jurídico da Saúde recomendava a avaliação do dispositivo da responsabilidade da União pelo Ministério da Economia, “eis que a matéria insere-se dentre sua área de competência”​. A análise nunca foi feita.

O documento assinado por Marcilândia Araújo, coordenadora-geral de Assuntos de Saúde e Atos Normativos do Ministério da Saúde, ainda lembrou que dispositivo equivalente já existia na Lei Geral da Copa, na qual o governo assumiu responsabilidades relacionadas ao torneio e ficou autorizado a oferecer garantias e contratar seguros.

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Política

Arthur Lira cria ‘sistema de castas’ para distribuir R$ 11 bilhões em emendas a deputados

A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, no final da semana passada, trouxe um susto e uma certeza. O susto veio com a aprovação de um fundo eleitoral que triplica os valores destinados aos partidos nas eleições do ano que vem. A reportagem é de Malu Gaspar, O Globo.

Já a certeza é a de que, de todas as autoridades da República, nenhuma hoje tem tanto poder quanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Além de ter nas mãos a prerrogativa de decidir pautar ou não um dos mais de 120 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, Lira controla hoje a distribuição de R$ 11 bilhões em emendas parlamentares, mais do que o orçamento de sete ministérios, como o de Minas e Energia e o de Ciência e Tecnologia, e quatro vezes o orçamento do Meio Ambiente. E nem mesmo o governo consegue saber com precisão como essa bolada está sendo distribuída.

Os R$ 11 bilhões de Lira são o quinhão destinado à Câmara neste ano de uma inovação orçamentária conhecida como emendas de relator ou RP9 – no popular, o “orçamento secreto” revelado pela primeira vez pelo jornal O Estado de S.Paulo. Uma outra fatia de R$ 5,8 bilhões será distribuída no Senado.

Essas emendas são tratadas como secretas porque, ao contrário das regulares, em que os parlamentares carimbam os projetos que desejam patrocinar informando seus nomes ou o das bancadas de cada estado, nesta modalidade de emenda não é pública a informação sobre quem está enviando o dinheiro, nem quais são os critérios que determinam o quanto e onde os recursos serão gastos.

A única coisa que se sabe é que para conseguir ter acesso aos recursos na Câmara é preciso passar pelo crivo de Arthur Lira. Com a ajuda de um grupo restrito de assessores, quase todos egressos do gabinete do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), o presidente da Câmara controla o atendimento das demandas de líderes partidários de acordo com a fidelidade às causas do governo e a proximidade de cada grupo com ele próprio.

O modus operandi foi descrito à reportagem por ministros, líderes partidários, deputados, senadores e assessores ouvidos nos últimos dias conforme uma classificação que um deles classificou como semelhante a um “sistema de castas”.

Por esse critério, deputados da base (ou oposicionistas com canal privilegiado com Lira) são a casta menos aquinhoada. Conseguem liberar R$ 20 milhões para enviar para suas bases. Líderes partidários, casta intermediária, têm acesso a algo como R$ 80 milhões cada um. Mas, como se diz no Congresso, “há líderes e líderes”. Os mais próximos a Lira formam uma elite que têm direito a carimbar mais de R$ 100 milhões só para si.

O tamanho da bancada também pesa na distribuição dos recursos. Assim, por exemplo, bancadas grandes como a do PL (41 deputados) ou a do PSL (com 53) – desde que estejam fechados com o presidente da Casa – recebem mais. Quem recebe quanto, porém, é informação guardada a sete chaves.

Na semana passada, graças a uma publicação feita nas redes sociais pelo prefeito de Campestre, em Alagoas, foi possível descobrir que Lira enviou R$ 500 mil para a cidade gastar no serviço de saúde local como parte de sua cota nas emendas de relator. Ela está registrada no sistema do Ministério da Saúde, mas não aparece o nome do autor, só a cidade agraciada e o valor. Foi preciso cruzar a informação do post com a do sistema oficial para checar a origem do dinheiro, para saber que ele veio das emendas de relator.

Acontece que, diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando pedidos de liberação de verba foram enviados aos ministérios por ofícios que discriminavam qual parlamentar era o “dono” daquela emenda, hoje os pedidos são concentrados nas mãos do relator do Orçamento, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), que registra tudo numa planilha que, no início do mês, já tinha 90 mil linhas.

Além disso, se no ano passado o ministro Luiz Eduardo Ramos, então na Secretaria de Governo, participava da peneira sobre quem seriam os “donos” do dinheiro empenhado via “orçamento secreto”, neste ano nem mesmo eles o Palácio do Planalto tem acesso à informação completa.

Lira nega ter todo esse poder. “Tem comissão do Orçamento, tem plenário, tem relator-geral, não é presidente da Casa quem define isso. O relator é quem envia aos ministérios. Você imagina que vou sair ligando de deputado para deputado?”, disse o presidente da Câmara. Mas ele também não explica quem faz esse trabalho.

Na prática, o orçamento secreto tornou o governo ainda mais dependente de Lira, que nos cálculos dos líderes partidários construiu uma rede de influência de cerca de 300 deputados (de um total de 513).

“O Lira aprova qualquer coisa na Câmara hoje”, disse um deputado que pediu para não ter seu nome divulgado.

Só nos últimos 20 dias, foram liberados R$ 1,2 bilhão, como parte do que se chamou na Câmara de “esforço para a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias” – essa mesma que aumentou os valores para o Fundo Eleitoral no ano que vem. Apesar da votação a jato, feita horas após a apresentação do texto pelo relator, Juscelino Filho (DEM-MA), a lei passou na Câmara com 278 votos favoráveis, alguns inclusive da oposição.

Neste ano até agora, os empenhos de recursos via emenda de relator já superam R$ 3,3 bilhões.

Durante a votação da LDO, o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), propôs retirar essas emendas do Orçamento do ano que vem. “Isso não vai terminar bem, vai dar em escândalo. Estamos fazendo o alerta antes que isso ocorra”, disse Molon da tribuna da Câmara.

Seus colegas deram de ombros. Parece que, assim como Arthur Lira, eles também não têm do que reclamar.

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Bolsonaro manda Mourão à Angola resolver crise da Igreja Universal

Presidente pediu a vice intervenção na gestão de um problema sobre a atuação da agremiação neopentecostal no país africano; governo tenta evitar perda do eleitorado evangélico.

Segundo o Estadão, o presidente Jair Bolsonaro escalou o vice-presidente Hamilton Mourão para intervir diretamente na gestão de uma crise privada que envolve denúncias sobre a atuação da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) em Angola. Com as pesquisas que sinalizam a erosão do eleitorado evangélico, Bolsonaro colocou o governo para atuar como mediador de um problema sem nenhuma relação institucional com a República.

Mourão confirmou ao Estadão que esteve com o presidente de Angola, João Lourenço, na semana passada, e que tratou diretamente do assunto, atendendo a um pedido expresso de Bolsonaro. “Por orientação do PR (presidente da República), conversei com o presidente angolano”, afirmou, numa referência ao embate na Universal. “A diplomacia está buscando uma forma de fazer com que as partes se entendam.”

Em uma viagem de três dias a Angola, onde o objetivo oficial era participar da reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o vice-presidente se reuniu na sexta-feira passada com o presidente João Lourenço e pediu a intermediação para resolver o conflito na igreja. Para cumprir a missão, o vice deixou o Brasil mesmo com Bolsonaro hospitalizado.

Integrantes da Universal disseram ao Estadão, porém, que ainda não há perspectiva de que a crise seja resolvida. A briga começou ainda em 2019, quando integrantes da igreja evangélica no país africano se rebelaram contra a direção brasileira da Universal – comandada pelo bispo Edir Macedo – e divulgaram um manifesto que acusa o comando geral de lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e racismo. Representantes da igreja no Brasil foram removidos de postos-chave em Angola e a filial da TV Record foi fechada naquele país.

No mesmo dia em que conversou com o presidente de Angola, Mourão deu entrevista à Agência Lusa, de Portugal, e cobrou uma solução para o conflito. “Essa questão da Igreja Universal aqui afeta o governo e a sociedade brasileira pela penetração que essa igreja tem e pela participação política que ela possui (no Brasil), com um partido que é o partido Republicanos, que representa o pessoal da igreja”, argumentou o vice.

O Estadão não conseguiu contato com a Universal para comentar o assunto. A Record não se manifestou sobre o tema.

Fundada e liderada por Edir Macedo, que também é dono da TV Record, a Universal é um dos polos de apoio ao governo de Jair Bolsonaro. O grupo é representado no Congresso pelo partido Republicanos – que faz parte do Centrão e da base aliada do Palácio do Planalto – e controla o Ministério da Cidadania, hoje sob o comando do deputado João Roma, da ala laica da legenda.

Embora a disputa na Universal não seja nova, Bolsonaro tem sido cada vez mais chamado a intervir e muitos de seus seguidores evangélicos ameaçam nas redes sociais até mesmo não apoiá-lo na campanha à reeleição.

Os bispos da igreja no Brasil chegaram a se queixar da falta de apoio do Ministério das Relações Exteriores nessa questão. A Record tem feito críticas ao Planalto sobre o assunto e acusado Bolsonaro de omissão no caso. “O Ministério das Relações Exteriores, que deveria proteger os brasileiros em Angola, falhou na missão. E o governo brasileiro também foi omisso, e não atuou de forma ativa para evitar a deportação dos missionários”, declarou o apresentador Luiz Fara, no Jornal da Record, o principal programa jornalístico da emissora, no fim de maio.

Em outra tentativa de ajudar a Universal, Bolsonaro resolveu indicar o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella (Republicanos) para embaixador do Brasil na África do Sul. Com o cargo, Crivella – que é bispo da igreja e sobrinho de Edir Macedo – teria influência para tentar resolver o conflito do grupo no continente africano. A articulação está travada porque Crivella, após ser alvo de denúncias de propina quando era prefeito, teve o passaporte retido.

O Palácio do Planalto também tenta organizar uma missão diplomática ao país africano, que seria comandada pelo presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), também bispo licenciado da Universal. Mas Angola resiste a aceitar a delegação e usa a pandemia da covid-19 como justificativa.

‘Apelo’

Em julho do ano passado, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) divulgou carta escrita pelo pai e direcionada ao presidente de Angola. “Meu apelo a Vossa Excelência é para que se aumente a proteção de membros da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus), a fim de garantir sua integridade física e material e a restituição de propriedades e moradias, enquanto prosseguem as deliberações nas instâncias pertinentes”, pediu Jair Bolsonaro.

Crise

Mesmo assim, a crise não arrefeceu e o país continua dando prosseguimento à deportação de missionários brasileiros da igreja. Já foram deportados cinco grupos. O caso mais recente ocorreu em junho.

*Com informações do Estadão.

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Vídeo: Carluxo, o roteirista das farsas

Carluxo é o rei do gado, é o homem que pensa todas as idiotices que o gado repete, não só o gado, mas a Jovem Pan inteira. Por isso ele se acha sócio da cadeira da presidência. A mídia e a justiça, por sua vez, nada falam, nada fazem, enquanto isso, ele segue com a calça frouxa criando farsas e orientando o pai. O pior é que isso não tem data para acabar. Imaginem se fosse o filho do Lula, há muito estaria preso. Mas como é filho do Bolsonaro, deixa rolar.

Assista:

*Da redação

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Política

Invasão e alteração dos dados de Boulos no SUS teria partido de dentro do Ministério da Saúde

Nome do pai de Boulos no cadastro do SUS foi alterado para “Kid Bengala” e a informação de que recebeu a primeira dose da vacina contra Covid foi apagada; outras lideranças de esquerda passaram por situação parecida.

O líder social Guilherme Boulos (PSOL) teve seu cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS) invadido e os dados alterados. A informação foi revelada nesta segunda-feira (19) pelo jornalista Leonardo Sakamoto.

No cadastro de Boulos junto ao SUS, o nome de seu pai, Marcos Boulos, foi alterado para “Kid Bengala”. Além disso, a informação de que o psolista recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 não consta no sistema do Ministério da Saúde.

De acordo com informações obtidas pela Fórum junto ao Ministério da Saúde, a invasão pode ter partido de dentro da própria pasta.

“O bolsonarismo está se infiltrando de uma maneira miliciana em todos os âmbitos da administração pública. Está colocando as garras das milícias digitais, do Gabinete do Ódio, no SUS, patrimônio do povo brasileiro”, disse Boulos a Sakamoto.

Invasões

O caso de Boulos vem após outras lideranças políticas de esquerda terem passado por situação parecida.

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), por exemplo, teve dificuldades para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid pois seu cadastro no SUS também foi invadido e, nele, a parlamentar passou a constar como “morta”.

Além disso, ao lado do nome de Gleisi no cadastro foi colocado um “apelido”: “Bolsonaro”.

A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), bem com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT, também já tiveram seus cadastros do SUS invadidos e alterados.

Ministério da Saúde

Fórum entrou em contato com o Ministério da Saúde para obter um posicionamento sobre essas invasões. Em nota, a pasta informou que identificou uma alteração na base de dados do SUS feita por “uma pessoa credenciada para utilizar o sistema” – sinalizando que a invasão pode ter partido de um funcionário do próprio Ministério.

Confira, abaixo, a íntegra da nota:

O Ministério da Saúde informa que verificou uma alteração na base do CNS realizada por uma pessoa credenciada para utilizar o sistema de cadastro de dados. Cabe esclarecer que já foi solicitado o bloqueio da credencial usada nestas ações.

A pasta esclarece que as informações de vacinação disponibilizadas por meio do Conecte SUS Cidadão dependem dos registros enviados por estados e municípios. Caso não esteja disponível após 10 dias da imunização, o Ministério orienta que o cidadão procure a unidade de saúde.

https://twitter.com/netooliveira/status/1415357011664019460?s=20

*Com informações da Forum

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A montanha de mortos que a política oficial de Saúde fabricou também escondia uma máquina corrupta

CPI acerta, tira apuração do hospício e exibe caso de Polícia e de política.

Reinaldo Azevedo – A CPI da Covid é digna de todos os aplausos. Tem tudo para ajudar o país a sair do pântano da loucura e da mistificação, ainda que sejam muitos os problemas. A apuração da comissão começou no escaninho da psiquiatria e hoje, como é evidente, está no da Polícia e no da política, sem que, por óbvio, aquele outro deva ser abandonado. “Não entendi, Reinaldo”. Eu explico tudo depois de um parágrafo, que segue abaixo, com uma digressão que nos aproxima do tema.

É preciso tomar cuidado para que o necessário “outro lado” da notícia ou dos embates ideológicos não degenere em “outro-ladismo”. E, nesse caso, quando menos se espera, lá estamos nós, da imprensa, a ouvir o que os fascistoides têm a dizer contra as suas vítimas, não é? Ou, então, destacam-se em excesso aspectos negativos laterais de quem faz a coisa certa, num esforço de demonstrar ao tribunal (i)moral dos fascistoides que nós, do jornalismo, não temos lado. Os decentes têm: o da democracia, o do estado de direito, o do direito à vida, o do devido processo legal. Dito isso, observo: é claro que a CPI comete erros aqui e ali, e estes devem ser apontados. Mas cuidado para não confundir um exagero retórico ou outro, ou um estilo mais áspero, com agressões à ordem legal. A CPI se comporta dentro das regras do jogo. Agora retomo o fio do primeiro parágrafo.

NEGACIONISMO COMO QUESTÃO PSIQUIÁTRICA

A comissão foi instalada para apurar as (ir)responsabilidades do governo na crise de oxigênio no Amazonas e as ações e omissões do governo federal que acabaram resultando no morticínio em curso, já com quase 543 mil óbitos enquanto escrevo.

Ainda que se pudesse desconfiar, não havia sinais evidentes de que a formidável montanha de mortos que a política oficial de Saúde fabricou também escondia uma máquina corrupta não apenas no sentido moral ou ético. À medida que os depoimentos avançaram e que se seguiram determinados rastros e fios soltos, o que temos hoje?

O Ministério que transformou a compra das vacinas da Pfizer quase num jogo de esconde-esconde negociava celeremente com toda sorte de vagabundos e bucaneiros. Ou por outra: os que tinham credenciais para vender vacinas reais ao governo eram tratados com indiferença. Aqueles que emanavam o cheiro da safadeza e da negociata eram recebidos como pessoas dignas.

Vale dizer: com ou sem a interferência do então ministro Eduardo Pazuello — e isso precisa ser investigado —, é inegável que a máquina ministerial que ele montou manteve negociações que o próprio Fernando Coelho, líder do governo no Senado, classifica de “constrangedoras”. Os milhares de mortos, assim, não são consequência de um negacionismo irresponsável e anticientífico apenas. Há mais do que isso. Cifras bilionárias fazem parte da rotina de desastres.

Só para lembrar: faz hoje um mês que o país ultrapassou a marca simbólica dos 500 mil mortos. Ontem, dia 18, contaram-se 542.262 óbitos. Ao fim desta segunda, roçaremos nos 544 mil. Entendam: numa fase de declínio de contaminações e óbitos, ainda perecem quase 45 mil pessoas em um mês. Vale dizer: ainda caem 204 aviões de 220 lugares num prazo de 30 dias — quase sete por dia! Isso dá a dimensão da tragédia.

QUAL O TAMANHO DO LUCRO?

Tanta desgraça gerou também prosperidade em certos casos, com as suas inevitáveis pusilanimidades. A farmacêutica Vitalmedic, por exemplo, um dos maiores produtores de ivermectina no país, bancou um anúncio publicitário de um grupo autointitulado “Médicos Pela Vida”, que fazia a defesa do tratamento precoce, endossando a pregação de Bolsonaro.

Pois é. Reportagem da Folha informa que, em 2019, a empresa vendeu 5,7 milhões de caixas do medicamento. Em 2020, 75,8 milhões. Se a empresa lucrar R$ 1 por caixa, estamos falando num ganho extra de R$ 70,1 milhões — que não teriam entrado nos cofres não fosse o incentivo oficial ao uso de um medicamento comprovadamente ineficaz e sua distribuição na rede oficial de saúde.

O anúncio dos tais doutores é mentiroso. Afirma, por exemplo, que, “dentre as abordagens disponíveis na literatura médica para a COVID-19, existe o chamado ‘tratamento precoce'”. Fake news. Não existe. Alega que coquetel de remédios vinha evitando evolução para fases mais graves da doença. Não. Algumas drogas, que nem estavam no kit, atuam para minimizar sintomas, sem interferir na carga viral. E a coisa segue por aí.

Uma indústria literalmente multimilionária acabou fornecendo as drogas — lei de mercado? — que o governo promoveu. No caso da Vitalmedic, como se vê, a coisa não se resumiu a “vendo o que querem comprar”. Financiou-se a divulgação de uma informação que a ciência e os fatos consideram falsa.

Bolsonaro, todo serelepe na sua saída do hospital, já tem uma nova droga de estimação e estipulou um novo padrão para que alguém seja considerado corrupto. Tratarei do assunto em outro post.

Uma coisa é certa, caras e caros leitores: não podemos descartar o fator psiquiátrico na tragédia ainda em curso. Mas resta evidente que a hipótese da loucura, descasada de interesses muito objetivos, já pode ser desconsiderada. Há sandice também? Claro! A corrupção corrói instituições e gera malefícios à população, como sabemos. De todo modo, há muitas maneiras de enfiar a mão nos cofres públicos sem gerar a morte imediata de pessoas. O que se vê no caso? Enquanto o Ministério da Saúde havia se tornado praça de negócios obscuros, brasileiros iam morrendo às pencas. Sim, há traços de psicopatia no conjunto da obra.

Parece-me a cada dia mais evidente, no entanto, que estamos falando de pessoas que viram numa tragédia humanitária sem precedentes na história do país a chance de engordar o seu caixa, recorrendo à fraude e ao engodo, pouco importando quantos morreriam nessa trajetória.

E essa revelação, desde já, devemos à CPI. Havendo erros, que sejam corrigidos. Mas são laterais, e a comissão já tem em seu histórico o acerto essencial: revelou quem é essa gente, o que ela quer e quais são seus parâmetros éticos e morais.

*Reinaldo Azevedo/Uol

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