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Helena Chagas: “Lula está fazendo um arrastão”

Toda a sociedade parece estar aderindo à candidatura de Lula, avalia a jornalista.

A jornalista Helena Chagas classificou como um “arrastão” lulista as declarações de apoio vindas de campos opostos. Luciano Bivar, do União Brasil, desistiu de sua pré-candidatura e pode apoiar o ex-presidente Lula. André Janones, do Avante, vem sinalizando que pode seguir o mesmo caminho na semana que vem.

No contexto dos manifestos em defesa da democracia e do mais recente Datafolha, que aponta vitória de Lula no primeiro turno, toda a sociedade parece estar aderindo à candidatura de Lula, avaliou a jornalista, em participação na TV 247.

“Isso ao lado das pesquisas da semana, que mostraram que as medidas eleitoreiras da PEC kamikaze não fizeram o efeito que Bolsonaro e o Centrão esperavam… os políticos foram contaminados. O Bivar disse que desistiu, o Janones está esperando o Lula ligar para ele para desistir e uma série de outras pessoas que estamos vendo aqui e ali… é uma espécie de um arrastão”, disse.

*Com 247

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Opinião

Governo Bolsonaro, inacreditavelmente, inflacionou em 100% até a banana podre

Quando você pensa que já viu de tudo, o Apolo da estupidez humana apela um pouquinho mais para dar como líquida a fórmula da alta performance sobre tudo o que se acha impossível piorar.

Aquela banana despencada que alguns supermercados jogavam numa caixa para serem vendidas a R$0,90, com o fim do prazo de validade dos alimentos, chega agora a R$ 2,00. Isso mesmo, a banana podre está sendo vendida com esse preço pela aveludada justificativa de que, para não desperdiçar nada, até o que é podre, serve.

Isso mostra o nível de indigência da era Bolsonaro e de tudo o que o cerca. Não há limite para os abusos, ao contrário, durante esses três anos e meio, os absurdos caminharam, passo a passo, para chegar a esse nível de incivilidade medieval, em que o bloco bolsonarista no Congresso, comandado por Arthur Lira, passa como rolo compressor em cima da cabeça dos brasileiros, contanto que amplie ainda mais os lucros do agronegócio e do grande empresariado, sem falar dos banqueiros.

É selvageria em estado puro, mas chegar ao ponto de vender o que, de tão podre, sequer é considerado xepa, e ainda, pra piorar, aumentar em 100% o preço desses alimentos, em nome do não desperdício, é igualar o ser humano a bicho.

Sem sombra de dúvida, essa é a mentalidade vigente do guru dos hiper liberais, Paulo Guedes. Escrúpulo? Zero. Por isso mesmo ele viveu colocando uma granada no bolso de cada brasileiro, fazendo questão de tratar como inimigo, como confessou naquela fatídica reunião ministerial de botequim que foi revelada para o povo saber o que é por dentro essa choldra chamada governo Bolsonaro.

Mas, imaginar que chegaria a esse ponto de ver banana podre inflacionada a 100%, como solução para racionalizar o consumo de alimentos, é algo realmente novo e incomparável em qualquer lugar civilizado.

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Paulo Guedes cita ‘psicologia do pânico’ para explicar Bolsonaro, e governo busca acordo

Como mostrou a Folha, derrota aumenta a possibilidade de presidente ser penalizado na Justiça comum.

O governo de Jair Bolsonaro (PL) voltou a buscar autoridades do Judiciário e do Congresso para um acordo que dê garantias ao presidente de que não sofrerá o que seus interlocutores definem como perseguição no futuro, caso perca as eleições. Em troca, ele não esticaria ainda mais a corda e amenizaria o tom de suas críticas ao sistema eleitoral. Os militares alinhados ao governo seguiriam na mesma linha, aliviando a pressão que têm feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diz Mônica Bergamo, Folha.

Como a Folha revelou, as eleições presidenciais serão determinantes para o destino jurídico de Bolsonaro. Caso seja derrotado e deixe a Presidência, ele poderá ser julgado pela Justiça comum, o que eleva as possibilidades de responsabilização penal. O presidente é alvo de centenas de denúncias, em especial por sua conduta durante a epidemia da Covid-19 e pelos ataques ao sistema eleitoral.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou a interlocutores de outros poderes que é preciso buscar um entendimento maior para tranquilizar o país. E tem dito que a “psicologia do desespero” pode levar Bolsonaro a esticar a corda, como autodefesa. O que levaria a novas reações da Justiça, numa escalada sem limites. Procurado, Guedes não retornou à coluna até a conclusão deste texto.

O manifesto pela democracia assinado por banqueiros, empresários, advogados, procuradores, juristas, artistas e personalidades de diversas áreas escancarou o isolamento do presidente na tentativa de desqualificar as eleições –e aumentou a tensão no governo.

O diálogo entre o governo e outras autoridades, no entanto, é difícil: Bolsonaro já descumpriu outros acordos em que se comprometia a não mais insistir nos ataques às urnas eletrônicas, por exemplo.

Uma das ideias já colocadas em andamento, e que levaria a um acordão, é a aprovação de uma emenda constitucional que cria o cargo de senador vitalício para ex-presidentes. Além de garantir foro privilegiado e estrutura política a Bolsonaro, ela incluiria todos os ex-presidentes vivos —José Sarney (MDB), Fernando Collor (PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT). Lula, no entanto, já declarou ser contra a proposta.

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Mundo

Eduardo Bolsonaro pode ser investigado por invasão do Capitólio nos EUA

O deputado Jamie Raskin disse a brasileiros que uma das investigações sobre o Capitólio deve envolver as conexões internacionais da extrema direita americana.

O deputado norte-americano Jamie Raskin (Partido Democrata) afirmou a representantes de entidades da sociedade civil brasileira que pretende citar o Brasil nas investigações feitas pelo comitê especial da Câmara dos Estados Unidos sobre a invasão do Capitólio (Legislativo dos EUA), em 6 de janeiro de 2021, por apoiadores do então presidente Donald Trump.

O parlamentar disse ao grupo de brasileiros que uma das investigações feitas pelo Congresso sobre o Capitólio deve envolver as conexões internacionais da extrema direita americana e, como consequência, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) poderá ser incluído nas apurações.

Raskin disse ao grupo de brasileiros que uma das linhas da investigação feita pelo Congresso sobre o 6 de Janeiro deve envolver a partir de agora as conexões internacionais da extrema direita americana. Assim, o caso de Eduardo poderá ser incluído entre os temas a serem analisados em breve pelo comitê.

“A reunião para mim foi muito educativa. Está claro que as forças pró-democracia e pró-direitos humanos no Brasil estão com medo de que algo parecido com o que ocorreu nos EUA em 6 de Janeiro [de 2021] possa acontecer em seu país”, disse Raskin, após o encontro.

Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de mencionar o Brasil no relatório final da comissão, disse não saber ao certo em que medida entrará em casos específicos. “Thomas Paine disse que os EUA seriam um refúgio para pessoas fugindo da opressão política e econômica, e eu espero que o país cumpra esse papel neste século, derrotando o fascismo e cumprindo um papel de apoiar as democracias, as instituições democráticas e as eleições no mundo todo.”

Em fevereiro do ano passado, os sites americanos Media Matters e Proof apontaram que Eduardo, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), teria se encontrado com o empresário Michael Lindell e outros aliados de Trump envolvidos no planejamento do ataque ao Congresso.

Na ocasião, o deputado brasileiro negou ter participado de reuniões secretas sobre a invasão. Ele esteve em Washington naquela semana e se encontrou com Ivanka Trump, filha do republicano, e Jared Kushner, marido de Ivanka e assessor do então presidente, no dia 4 de janeiro. A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa e com o gabinete de Eduardo nesta sexta, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Grupos de extrema direita são acusados de terem atuado diretamente no planejamento e no ataque ao Capitólio, que visava a tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020, último passo para confirmar a derrota de Trump. O republicano acusa, desde o pleito, que a votação foi fraudada, mas suas alegações nunca foram provadas.

No Brasil, Bolsonaro também tem feito uma série de ataques ao sistema eleitoral, que incluem ameaças golpistas e a reciclagem de teorias conspiratórias já desmentidas, como parte de sua campanha à reeleição. Esse comportamento alimenta temores de que o presidente pode não aceitar o resultado em caso de derrota e de que seus apoiadores poderiam tentar um movimento como o do 6 de Janeiro.

*Com Folha

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Lula é só apoio: Janones admite possibilidade de retirar candidatura para apoiar Lula

A declaração foi feita poucas horas após Janones agradecer o convite de Lula para conversar sobre a democracia e o petista dizer que iria ligar para o possível aliado.

O deputado federal e pré-candidato à Presidência André Janones (Avante) admitiu, nesta sexta-feira (29/7), que pode retirar a candidatura ao Planalto para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno do pleito de outubro deste ano. A declaração foi feita poucas horas após Janones agradecer o convite de Lula para conversar sobre a democracia e o petista dizer que iria ligar para o possível aliado.

Questionado pelo jornal Estadão sobre a possibilidade de desistir e apoiar o principal rival do presidente Jair Bolsonaro (PL), Janones afirmou que é uma possibilidade. “Sim (estou disposto a retirar a candidatura para apoiar Lula). Se não, eu não iria conversar. Tenho total consciência do meu tamanho do ponto de vista eleitoral, que é micro: um ou dois pontos (nas pesquisas)”, disse.

“Mas ao mesmo tempo tenho noção do simbolismo da minha candidatura nesta eleição”, acrescentou o candidato ao jornal paulista. No entanto, Janones afirma que a negociação será dura, “no sentido de o ex-presidente encampar as minhas propostas”. “Se eu tiver que abdicar da candidatura, vou exigir muito”, pontua.

O deputado diz que não tem pretensão de discutir cargos ou negociar ministérios. “Vejo esse encontro como um momento de celebração da democracia”, disse. Janones acrescenta que a política está “tomada pelo ódio com o Bolsonaro e o centrão” e pouco se fala sobre democracia. “Democracia é sinônimo de diálogo. Vou usar as palavras de JK (Juscelino Kubitschek): não tenho compromisso com o erro”, declarou.

“Volto atrás das minhas decisões quantas vezes forem necessárias. Nenhum dos candidatos me procurou para um diálogo para discutir propostas, exceto o ex-presidente Lula”, finalizou.

A interação pública entre Janones e Lula iniciou no Twitter na quarta-feira (28/7), após o parlamentar do Avante publicar um texto em que cita os índices de pobreza — 33 milhões de pessoas em estado de fome — e a crise na economia e diz que se tornou candidato para “defender a democracia brasileira, que hoje corre risco”.

Em resposta, Lula disse ficar “feliz” e que a defesa à democracia “também é a causa que motiva na política” e que os dois estavam juntos nesse objetivo. “Vamos conversar”, finalizou Lula. Na manhã dessa sexta-feira (29/7), Janones criticou os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) por ignorarem ele, disse que Bolsonaro o bloqueou e elogiou Lula por pensar no Brasil. “Convite aceito”, escreveu o parlamentar.

*Com Correio Braziliense

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Pesquisa

Datafolha: Lula tem 38 pontos mais que Bolsonaro entre eleitores negros

Em maio, a distância era de 32 pontos.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (28) aponta que entre eleitores que se declaram pretos, o ex-presidente Lula (PT) tem 38 pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) em intenções de voto. Em maio, a distância era de 32 pontos.

Lula aparece com 58% – antes estava com 54% – e Bolsonaro com 20% – antes estava com 22%.

Entre os eleitores brancos, Lula tem 41% e Bolsonaro 33%. Já entre pardos o ex-presidente tem 45% contra 30% do atual chefe do governo federal.

De acordo com a pesquisa, 43% do eleitorado se declara pardo, 32% branco e 17% preto.

A pesquisa ouviu 2.556 eleitores entre 27 e 28 de julho. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro de dois pontos percentuais. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o protocolo BR-01192/2022.

*Com 247

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Corrupção

Aliado de Lira favorecido por orçamento secreto teria desviado verba da saúde e educação

Prefeito de cidade alagoana que recebeu mais de R$ 15 milhões do orçamento secreto teria desviado dinheiro público através de empresas de fachada, diz PF.

Alice Maciel – Município de pouco mais de 70 mil habitantes recebeu R$ 15 milhões do orçamento secreto apenas em 2021.

O prefeito de Rio Largo, no Alagoas — aliado político do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) —, é apontado em um esquema de desvio de dinheiro da saúde e educação. Segundo informações do inquérito da Polícia Federal ao qual a Agência Pública teve acesso, Gilberto Gonçalves, do PP, teria desviado dinheiro da Prefeitura usando empresas de fachada. O município recebeu mais de R$ 15 milhões em emendas do orçamento secreto apenas em 2021.

A investigação apontou que R$10,6 milhões em repasses feitos pela prefeitura de Rio Largo às empresas Litoral e Reauto foram sacados por funcionários das firmas na boca do caixa, entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022. Ao todo, foram 233 saques de valores superiores a R$10 mil, sendo que 185 foram de R$ 49 mil. Para a PF, os saques são uma tentativa de “driblar” a regra do Banco Central que prevê que todos os saques acima de R$50 mil são comunicados automaticamente ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A Litoral é uma empresa do ramo de construção. A Reauto, de peças automotivas.

O inquérito foi instaurado em abril de 2021, após representação da procuradoria do município de Rio Largo. A PF pediu à Justiça Federal de Alagoas a quebra do sigilo bancário e fiscal, o sequestro de bens e a prisão preventiva de alguns investigados, inclusive do prefeito.

Ao longo da investigação, a Polícia Federal flagrou quatro vezes um pacote de dinheiro sendo entregue por funcionários da Litoral a seguranças pessoais de Gilberto Gonçalves, que utilizavam veículos oficiais do município. Parte dos recursos desviados são do Fundeb — o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação — e do Fundo Municipal de Saúde, de acordo com o inquérito.

neste ano, Arthur Lira indicou R$ 8,9 milhões do orçamento secreto para o Fundo Municipal de Saúde de Rio Largo.

Gonçalves está à frente da gestão da cidade desde 2017, e foi reeleito nas Eleições de 2020. Em suas redes sociais há várias fotos dele com o presidente da Câmara dos Deputados. No dia 23 de julho, por exemplo, os dois participaram de uma caravana política no município. “A parceria do deputado Arthur Lira é essencial para o sucesso dessa gestão e Rio Largo segue avançando a passos largos”, postou o prefeito no Instagram em 11 de junho.

Arthur Lira e Gilberto Gonçalves, prefeito de Alagoas beneficiado pelo orçamento secreto

Assim como Lira, Gonçalves foi investigado e preso na Operação Taturana, deflagrada em 2007 pela Polícia Federal, que apurou um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa de Alagoas. Os dois eram deputados estaduais à época. Conforme reportagem da Folha de São Paulo, Gonçalves foi preso três vezes nos últimos 15 anos.

Em 2018, foi revelado um áudio de Gonçalves para o então diretor de recursos humanos da Assembleia em que ele cobra “o dinheiro de roubo, de corrupção”: “Eu quero meu dinheiro. Eu quero meu dinheiro certo. Dinheiro de roubo, de corrupção”, afirmou no telefonema.

A reportagem entrou em contato com o prefeito e com a assessoria de imprensa de Arthur Lira, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

“Organização criminosa”

A Polícia Federal concluiu no inquérito que Gilberto Gonçalves “comanda uma verdadeira organização criminosa instalada no seio da prefeitura municipal de Rio Largo, destinada a desviar recursos públicos federais repassados ao município, e também verbas municipais”. “Para isso, o município contratou duas pessoas jurídicas sem estrutura para a consecução do objeto do contrato (Reauto e Litoral), principalmente a Litoral, a qual serve, única e tão somente, para emitir notas fiscais visando lastrear os processos de pagamentos respectivos, ressaltando-se que ambas pertencem ao mesmo núcleo familiar”, acrescenta.

Contratada para fornecer material de construção à prefeitura de Rio Largo, a Litoral Construções e Serviços recebeu R$ 4,5 milhões do município entre 2019 e fevereiro de 2022 , incluindo recursos do precatório do Fundeb e do Fundo Municipal de Saúde. Ao todo, nesse período, ela recebeu R$13,8 milhões em contratos com diversas prefeituras alagoanas, de acordo com informações do inquérito.

Apesar da vultosa movimentação financeira, a Litoral nunca possuiu funcionários, segundo a PF, e tem como sede “uma pequena sala” no 2º andar de um hotel, “em nada compatível com a comercialização de material de construção”. Fundada em agosto de 2018 com o nome de GV Bezerra Serviços e Comércio, ela tem como sócios Gisele Veríssimo Bezerra e Adson Lima da Silva.

Segundo as investigações, os dois moram em um imóvel simples em São Paulo e há indícios de que eles sejam “laranjas” do esquema de corrupção.

A PF identificou que entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2022, Adson Silva fez 81 saques na conta da empresa no valor de R$ 3,2 milhões, do total de 226 retiradas de R$ 5,2 milhões. Ele é apontado no documento como o “principal sacador”. “Referidos saques foram intensificados, e com maiores valores, a partir de novembro/19, coincidindo com o maior recebimento de valores oriundos de Rio Largo/AL”, diz o inquérito.

Adson é filho de Ailton José da Silva, dono da Reauto Serviços e Comércios de Peças para Veículos, também investigada pela Polícia Federal. A Reauto recebeu R$ 13,48 milhões da prefeitura de Rio Largo entre março de 2018 e janeiro de 2022 — foram 119 transferências, inclusive com recursos do Fundo Municipal da Saúde, de acordo com a investigação.

“Apesar de existir, de fato, a Reauto apresenta uma estrutura incompatível com os valores que transitaram por suas contas, pois, entre 01/01/17 e 15/02/22 (data limite da Decisão judicial), recebeu R$ 49.038.965,19”, destaca o documento da PF.

Da mesma forma como na Litoral, foram identificados 85 saques no valor de R$ 49 mil das contas da Reauto, no período de janeiro de 2019 a fevereiro de 2022, “reforçando os indícios de burla ao controle a ser realizado pelo COAF/BACEN”.

A reportagem tentou falar com Adson e Ailton por telefone e WhatsApp, mas não obteve retorno. Não conseguimos contato com Gisele e nem com as empresas.

Além dos saques, outra forma de saída dos valores das contas das duas empresas investigadas foram as transferências bancárias, estando a Litoral entre os principais beneficiários da Reauto e vice-versa.

Segundo a Polícia Federal, para ocultar a origem ilícita dos recursos desviados, o grupo utilizou-se de vários subterfúgios, exemplificados no relatório: “utilização de contas bancárias em nome de laranjas; saques de valores vultosos ‘na boca do caixa’ transportados em mochilas. A investigação também apontou a utilização de veículos oficiais, “inclusive guiados por ‘seguranças policiais’ do prefeito Gilberto Gonçalves, em rua de pouca movimentação e sem descer dos veículos; dentre outras dissimulações”.

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Isso nos custa caro, até porque não trabalhamos com assinatura ou publicidades, apenas com um mal-ajambrado e mísero sistema de monetização que faz do blog pensionato, mas que resulta numa verdadeira mixaria para expor marcas e produtos em nosso espaço.

É ingenuidade imaginar construir um blog a partir dessa receita pífia, sem contar com a solidariedade dos nossos leitores.

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Política

Arthur Lira: O Brasil está na contramão do mundo

A princípio, essa frase de Lira no twitter, produz o uma sensação de que ele está absolutamente correto ou não estaríamos nesse buracosem fundo em que Bolsonaro nos enfiou.

Mas Lira, que está em total desespero com a derrocada da campanha de Bolsonaro, resolveu fazer chacrinha com a cara dos brasileiros. Mas a coisa é muito pior, ele faz tudo para atender às demandas eleitorais de Bolsonaro, dizendo que o “Brasil está na contramão do mundo, e isso é muito bom”.

Esse tipo de frase cínica só poderia vir de quem, ao lado de Ciro Nogueira, comanda de verdade o orçamento desse país.

Enquanto o leite chega a custar R$ 12 e seus derivados, principalmente o queijo, fazerem explodir a inflação, Lira, que vive no seu mundo particular de Alice, no controle do orçamento secreto, dá de ombros para 91% dos lares brasileiros que trocaram o macarrão pelo miojo, que ainda é mais barato que o macarrão.

Produto de Bolsonaro e do Centrão, Lira transforma em sua narrativa, bico em emprego power, ou seja, a geração de empregos no Brasil de Lira está em altíssima performance.

É certo que quem está ganhando com o governo Bolsonaro, cuida e protege.

Lira quer fazer do limão uma limonada discursiva, na base do cinismo, num país perfumado que ele chama de “Brasil real” que, na verdade, é o Brasil secreto em que o Centrão manipula o orçamento, na base de um clientelismo político de coronéis, enquanto 33 milhões de brasileiros estão na mais profunda miséria e mais de 60% da população vivendo em insegurança alimentar.

Mas o que é isso para um cínico cretino como Arthur Lira que nada de braçadas longas e largas no orçamento secreto? Lógico, além de outras coisas.

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Após discurso negacionista de Bolsonaro, médicos lançam abaixo-assinado contra CFM

“Acompanhamos estarrecidos uma parte da categoria médica que ignora os efeitos das ações nefastas do atual governo federal”, diz trecho da nota.

Com o título “Este Conselho Federal de Medicina (CFM) não nos representa”, um grupo de médicos organizou um abaixo-assinado contra a entidade, após as declarações negacionistas e de caráter golpista de Jair Bolsonaro (PL).

As afirmações descabidas ocorreram durante um evento promovido pelo CFM, realizado na quarta-feira (27).

“Incrédulos e envergonhados, tomamos conhecimento da solenidade ocorrida em 27 de julho de 2022, na sede do CFM, na qual o presidente da República, acompanhado do ministro de estado da Saúde (graduado em medicina), explicitamente e diante de dezenas de médicos ridicularizou a pandemia e desprezou todos os que com ela perderam a vida (inclusive muito médicos e profissionais de saúde), criticou as normas éticas e valores científicos da medicina e chegou ao cúmulo de se vangloriar de não ter sido vacinado contra Covid-19 e estar vivo. Isso feito, sem que fosse interrompido ou questionado, em pleno século XXI, por sequer um dos médicos ali presentes”, destaca um dos trechos.

“Acompanhamos estarrecidos uma parte da categoria médica que ignora os efeitos das ações nefastas do atual governo federal, que provocaram agravamento da pandemia, aumento da fome e reduziram as perspectivas de futuro para grande parte dos brasileiros e brasileiras, com impacto significativo para população mais vulnerável”, diz outro trecho do documento, que já conta com mais de mil assinaturas.

Veja a íntegra da nota pública:

Somos médicos e médicas cuja conduta é orientada por normas éticas e evidências científicas que norteiam nossa prática, que devem ser seguidas e respeitadas pelos órgãos da classe e sociedades representativas. Apoiamos o estado democrático de direito e repudiamos fortemente posturas racistas, homofóbicas, misóginas e que ridicularizam minorias.

Incrédulos e envergonhados, tomamos conhecimento da solenidade ocorrida em 27 de julho de 2022, na sede do CFM, na qual o presidente da República, acompanhado do ministro de estado da Saúde (graduado em medicina), explicitamente e diante de dezenas de médicos ridicularizou a pandemia e desprezou todos os que com ela perderam a vida (inclusive muito médicos e profissionais de saúde), criticou as normas éticas e valores científicos da medicina e chegou ao cúmulo de se vangloriar de não ter sido vacinado contra Covid-19 e estar vivo. Isso feito, sem que fosse interrompido ou questionado, em pleno século XXI, por sequer um dos médicos ali presentes.

Este CFM defende posturas anticientíficas e com viés político, dando apoio a tratamentos que já foram amplamente estudados e cuja ineficácia é comprovada pelos maiores e mais reconhecidos centros de pesquisas médicas do mundo. Há inúmeros estudos que demonstram a ineficácia dos nomeados “tratamentos precoces”. Diversas sociedades médicas já se posicionaram em relação a esse tema e este CFM permanece irredutível na sua jornada anticientífica, apesar de todas as evidências contrárias.

Acompanhamos estarrecidos uma parte da categoria médica que ignora os efeitos das ações nefastas do atual governo federal, que provocaram agravamento da pandemia, aumento da fome e reduziram as perspectivas de futuro para grande parte dos brasileiros e brasileiras, com impacto significativo para população mais vulnerável. O mesmo governo que reiteradamente atenta contra as instituições e a democracia.

É importante dizer à sociedade civil que muitos médicos e médicas desse país veementemente reprovam o que ocorreu nessa solenidade festiva em que aplausos e sorrisos ignoraram o enorme sofrimento do povo brasileiro.

Por isso defendemos o resgate do CFM como órgão em defesa da ética, da vida e dos preceitos científicos. Que represente verdadeiramente a categoria médica e a sociedade.

Este CFM não nos representa!

*Com Forum

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