Patinadores artísticos e treinadores que retornavam dos campeonatos nacionais estavam a bordo do voo.
O avião da American Airlines que colidiu com um helicóptero militar, na noite de quarta-feira (29/1), estava com 64 pessoas a bordo, sendo 60 passageiros e quatro tripulantes. As aeronaves caíram no rio Potomac após a colisão perto de Washington (EUA). A imprensa americana informou que vários corpos foram retirados das águas geladas do rio. Ainda não há informação sobre o número de vítimas nem de sobreviventes.
Patinadores artísticos e treinadores que retornavam dos campeonatos nacionais estavam a bordo do voo. A organização de patinação artística dos Estados Unidos disse que está “devastada pela tragédia”. “Esses atletas, treinadores e familiares estavam voltando para casa do National Development Camp, realizado em conjunto com o US Figure Skating Championships em Wichita, Kansas”, disse a organização.
Além disso, segundo agências de notícias russas, o casal de patinadores artísticos russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, campeões mundiais em 1994, estavam no avião. A informação foi confirmada pelo governo russo. “Infelizmente, vemos que os tristes relatos foram confirmados. Nossos compatriotas estavam no avião”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
É hora de Lula expor o apoio do bolsonarismo e da grande mídia ao imperialismo, o principal responsável pela pressão econômica que asfixia e atrasa o Brasil.
O presidente Lula foi eleito graças a uma grande mobilização popular, ainda que se tenha tentado convertê-la em uma frente ampla institucional e declarado que foi isto que o levou à vitória. As massas que o elegeram esperavam um enfrentamento com a direita a partir do novo governo. A burguesia, contudo, temerosa dessa radicalização, tratou de cortar as asinhas desse movimento nos primeiros dias.
Uma ala mais à direita forjou e a outra ala, mais ao centro, manejou o destino do 8 de janeiro para colocar em Lula uma camisa de força da qual ele ainda não conseguiu se livrar. O 8 de janeiro serviu como a grande chantagem para que Lula cedesse praticamente todo o seu poder ao centrão e foi capturado pelos seus diversos mecanismos de coação (Congresso, “mercado”, Judiciário, frente ampla, ONGs, imprensa, etc).
Muitos pensaram que a eleição de Lula foi a derrota definitiva do regime golpista instalado em 2016. Ledo engano. O golpe significou um rompimento pela burguesia do pacto firmado com a esquerda ao final da ditadura militar. Todas as conquistas alcançadas até então foram arruinadas por Temer e Bolsonaro. Sem anular as reformas trabalhista, previdenciária, o teto de gastos e as privatizações, será impossível implementar uma política que beneficie os trabalhadores e o povo. O regime neoliberal que deu um salto qualitativo na destruição do país em 2016 fez com que aquilo que Lula e Dilma aplicaram anteriormente já não funcione mais.
O PT tentava governar dando dois passos para a frente e um para trás. Mas a burguesia jogou o Brasil 100 passos para trás. E ela já nem aceita mais dois passos para frente: o máximo que permite a Lula é dar um passo para a frente em troca de outro para trás, em um cenário em que já estamos 100 passos atrasados. Isso fica nítido em uma nota da Folha de S.Paulo, que informa que, na metade de seu mandato, Lula cumpriu apenas 28% de suas promessas, sem erradicar a pobreza, fazer a reforma agrária, reestatizar a Eletrobrás e reerguer o SUS.
Oportunidade de ouro para Lula As lideranças dos movimentos sociais e partidos da esquerda que devolveram Lula ao governo negam-se a enxergar essa realidade. Elas são as maiores culpadas por Lula não ter conseguido se livrar da camisa de força imposta pela burguesia. Quando o time está perdendo o jogo, é dever da torcida empurrá-lo. Mas a torcida nem está no estádio, e sim sentada no sofá e comendo pipoca em frente à TV – e assistindo ao jogo errado, ainda por cima.
Os prognósticos para a segunda metade do governo Lula não são alentadores. Porém, contraditoriamente, a eleição de Trump nos EUA se tornou uma oportunidade de ouro para Lula mudar essa situação. Apoiado por parcelas crescentes da burguesia americana e internacional, o republicano está acirrando exponencialmente a polarização com os países da América Latina e o próprio Brasil.
Os instrumentos de dominação do imperialismo no Brasil não conseguem esconder as atrocidades e as sérias ameaças feitas pelo presidente americano contra os brasileiros e os nossos vizinhos. À medida que Trump estica a corda, ele desnuda para o mundo todo o que é o imperialismo americano. Mesmo invadindo Iraque e Afeganistão, George Bush demorou oito anos para rebaixar o índice de aprovação dos EUA na opinião pública mundial ao nível mais baixo.
Trump demorou apenas três meses para fazer o mesmo em seu primeiro mandato. Na América Latina, com as ameaças de invasão e as deportações desumanas, o sentimento antiamericano (e, como consequência, anti-imperialista), tende a aumentar rapidamente.
Décadas de pressão Esse sentimento tradicionalmente é maior entre a esquerda. Mas qualquer cidadão fica indignado quando vê um poderoso governo estrangeiro com um líder prepotente e arrogante maltratar seus compatriotas, seus conhecidos, seus amigos e familiares. Até mesmo setores da base bolsonarista certamente começam a se revoltar com a forma como os brasileiros e latino-americanos estão sendo tratados.
Ainda que o imperialismo tente individualizar as medidas de Trump, como se o intervencionismo e o supremacismo fossem exclusividade do novo governo, muitas pessoas começam a perceber que trata-se de uma política sistemática, tradicional e generalizada do imperialismo americano.
E é esse mesmo imperialismo que subjuga o Brasil há décadas. Ainda são as companhias americanas de indústria, tecnologia, informação, comércio e cultura que controlam grande parte da economia brasileira. A destruição da indústria nacional nos anos 90 e de novo a partir de 2016 beneficiou majoritariamente as empresas americanas.
A doutrina do neoliberalismo foi concebida e disseminada pelos EUA e é de lá que o FMI, o Banco Mundial e o tão endeusado “mercado” (o capital financeiro, isto é, o imperialismo em si) impõem o desmonte do Estado e as privatizações. É para eles que pagamos os juros criminosos da dívida externa criminosa, e que para isso temos de cortar gastos com o povo brasileiro. São as instituições do Estado norte-americano, como o FBI, a CIA, o Departamento de Justiça e os seus apêndices na “sociedade civil”, como os canais de TV e ONGs, que comandam a Polícia Federal, o Poder Judiciário, os partidos e a imprensa brasileiros. Temos quinze anos consecutivos de déficit comercial com os EUA, exportando matérias-primas e importando bens industrializados.
Fechados com o imperialismo Finalmente, a pressão econômica e política às quais o povo brasileiro e o governo estão sendo submetidos vem precisamente do imperialismo americano, através de seu preposto, a burguesia brasileira – e seus órgãos institucionais, de imprensa e da quinta-coluna dentro do governo e na oposição.
Nós temos, por um lado, uma oposição aberta dos políticos bolsonaristas que defendem e justificam as agressões que o Brasil sofre dos EUA, e, por outro, um centro que, por meio dos editoriais da imprensa, prega um pretenso pragmatismo que não é nada senão permitir que tais agressões se perpetuem.
Hugo Motta é o atual favorito para comandar a Câmara dos Deputados.
Episódios descritos em investigações da Polícia Federal reforçaram os indícios de atuação combinada no Congresso entre o atual favorito para comandar a Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e o antigo presidente da Casa Eduardo Cunha.
Diálogos analisados pela polícia indicam que Hugo Motta (atualmente no Republicanos-PB) agia no Congresso a favor de seu antigo aliado de modo que omitia quem era o verdadeiro interessado nas demandas.
As mensagens foram anexadas em inquéritos nos anos da Operação Lava Jato, que prendeu e condenou Cunha por corrupção. As sentenças foram anuladas posteriormente, e o ex-parlamentar sempre negou ter cometido irregularidades. Naquela época, os dois congressistas eram filiados ao PMDB, hoje chamado MDB.
Uma dessas mensagens foi reproduzida em denúncia de 2017 contra o então presidente Michel Temer, Cunha e outros emedebistas, em caso de grande repercussão à época.
Procurado por meio da assessoria, Hugo Motta afirmou que não iria comentar sobre as menções nas investigações.
“Vou por uma emenda para você assinar que e do veto da 561”, dizia mensagem de Cunha a Hugo Motta, em referência a uma medida provisória.
O diálogo ocorreu em agosto de 2012, quando o paraibano ainda estava em seu primeiro mandato na Câmara, e Cunha era uma das principais lideranças do PMDB.
O então procurador-geral Rodrigo Janot citou essa mensagem em trecho da acusação que fala sobre o modo de operação do grupo político de Cunha na Câmara naquela época. O ex-presidente da Câmara perdeu o mandato em 2016 e ficou mais de três anos preso.
A MP citada tratava de vários temas, como financiamentos do BNDES e parcelamento de dívidas de estados e municípios. A então presidente Dilma Rousseff vetou dois trechos em julho de 2012, quando isso ocorre, o Congresso pode derrubar o veto. Hugo Motta foi relator dessa medida provisória.
As conversas constam em um relatório da PF feito após o ex-presidente da Câmara ser alvo de busca e apreensão em 2015, na chamada Operação Catilinárias, um desdobramento da Lava Jato.
Mais adiante, esse mesmo relatório cita uma outra ocasião em que “a utilização do deputado Hugo Motta como ferramenta legislativa por Eduardo Cunha foi identificada”.
O documento narra episódio em que uma assessora de Cunha, também em 2012, envia a ele um email com uma minuta de requerimento afirmando: “Posso mandar para o Hugo Motta assinar???”
Segundo o policial responsável pela análise, o requerimento solicitava ao Ministério de Minas e Energia informações sobre contratos entre um braço da Petrobras e uma empresa de biocombustíveis. O pedido seria protocolado na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
“Hugo Motta recebe email com minuta de requerimento, contendo seu nome como autor, enviado por assessora de Eduardo Cunha”, diz o relatório policial.
Na época da Lava Jato, uma ex-colega de Cunha chegou a ser processada por supostamente apresentar requerimentos a pedido de Cunha contra uma empresa. Solange Almeida (então no PMDB-RJ) virou ré junto com o aliado em ação penal, mas acabou absolvida.
No relatório policial da Operação Catilinárias, houve ainda uma citação dos investigadores ao que seria uma mensagem de Hugo Motta a Cunha sobre repasses financeiros para o partido.
“Uma mensagem do contato ‘Hugo mota’ afirma a Eduardo Cunha que havia conseguido 100 para o PMDB e que no mês subsequente conseguiria igual montante. Acredita-se que ‘Hugo mota’ esteja expressando os valores em milhares”, diz o documento.
Atualmente em seu quarto mandato, Hugo Motta foi retirado do chamado baixo clero da Câmara (o grupo sem expressão política nacional) quando Cunha assumiu a liderança do PMDB, em 2013.
Hugo Motta e Eduardo Cunha A proximidade com Cunha sempre foi pública. O próprio ex-deputado, em seu livro de memórias “Tchau, Querida”, descreve o então correligionário como “um bom quadro, cumpridor de compromissos”.
Ainda hoje, o ex-presidente ainda participa de eventos com o seu antigo afilhado político. Na noite de terça-feira (28), Cunha esteve em um jantar da bancada do Rio de Janeiro para Hugo Motta, acompanhado da filha, a deputada federal Dani Cunha (União Brasil-RJ).
Em 2015, quando tinha 25 anos, Motta foi alçado por Cunha à presidência da CPI da Petrobras, constituída naquele ano para apurar no Congresso as revelações surgidas na Lava Jato.
À época, a Lava Jato, ainda em um período anterior aos inquéritos sobre o hoje presidente Lula, mirava nomes de vários grandes partidos e provocava contínua tensão em Brasília.
Em sua fracassada tentativa de fechar um acordo de delação premiada, em meados de 2017, Cunha também afirmou ter comprado votos para tentar eleger Hugo Motta à liderança do PMDB na Câmara em 2016.
Segundo o ex-presidente da Câmara, a disputa entre Leonardo Picciani e Hugo Motta em 2016 foi a mais cara devido a negociações relacionadas à composição da Comissão de Impeachment de Dilma. O parlamentar da Paraíba acabou perdendo a disputa.
Cunha disse que não reconhece a delação como verdadeira e que os fatos que estão na proposta da colaboração não existiram.
A tentativa de delação foi compartilhada entre procuradores em um chat do aplicativo Telegram, em julho de 2017, no material obtido pelo site The Intercept Brasil e também analisado pela Folha de S.Paulo.
No entanto, o próprio Cunha já havia falado publicamente sobre a negociação de delação, em mais de uma ocasião. Com ICL.
Alta de 1 ponto percentual foi a quarta elevação consecutiva pelo Copom.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou mais uma vez a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. A alta foi mais uma vez de 1 ponto percentual, levando os juros para 13,25% ao ano.
A quarta elevação consecutiva acontece na primeira reunião comandada por Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do BC. Ele substituiu Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi um dos principais alvos de críticas de Lula nos dois primeiros anos de governo.
A alta já havia sido indicada por Galípolo, que conduz sua primeira reunião sob forte pressão do mercado financeiro. De acordo com Boletim Focus, organizado pelo BC, os bancos elevaram duas vezes sua previsão para a inflação anual em 2025: de 4,96% no final do ano passado, para 5,5% nesta semana. Isso aumenta a pressão para que o Copom aumente os juros, mesmo que essas previsões muitas vezes não se confirmem.
Para Pedro Faria, economista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o problema da nova gestão do Banco Central é desenvolver novas ferramentas para lidar com um problema real, que é a alta, ainda que moderada, da inflação.
“A política monetária brasileira continua utilizando a excessivamente um único instrumento para tentar conter a inflação, e um instrumento que tem sido extremamente ineficiente, que são juros”, afirma.
“A gente tem uma doença que não é grave, a inflação brasileira não é grave. Ela tem questão de popularidade de governo, do preço dos alimentos, mas ela é pequena, ela não está descontrolada. E está dando muito remédio, juros muito altos para tratar a doença, que pode ser tratada com um coquetel de medicamentos”, exemplifica.
Entre os tratamentos alternativos, ele inclui ações específicas para reduzir o preço dos alimentos – um dos grupos que mais aumentou no ano passado, com grande custo para a população – e uma postura mais ativa do BC no mercado de dólares, intervindo para reduzir a cotação da moeda, que tem impactos na inflação.
Faria elogia a mudança de postura do órgão sob Galípolo, que tem agido de forma mais assertiva para conter a alta do dólar. “Que isso continue enquanto for necessário”, defende.
No caso dos alimentos, pouco impactados pela alta dos juros, Faria propõe o uso de “fundos estabilizadores”. “Você taxar exportações, porque estão tendo uma alta, e o café é o caso mais emblemático. Os produtores estão ganhando rios de dinheiro que não têm nada a ver com a eficiência deles”, explica. “Você pode pegar um pouco disso, taxar um pouco e usar isso para amenizar os efeitos dessa alta para as pessoas. Dando ali algum crédito tributário, por exemplo, para o varejista de café, para o atacadista de café nacional, desde que ele mantenha um certo nível de preço.”
Sem essas mudanças, o espaço para queda nos juros é pequeno, prejudicando o crescimento econômico, a criação de postos de trabalho e aumentando o peso da dívida pública.
“Não adianta ser o Galípolo, que é melhor do que o Campos Neto, como a gente já tem visto com as intervenções no mercado de câmbio, como a gente tem visto na mudança da comunicação, o Banco Central não fica mais espalhando pânico. Ele fica em silêncio, o que impõe muito custo para os especuladores de mercado de câmbio”, avalia. “Enquanto a gente não tiver um pacote, uma caixa de ferramentas com várias ferramentas para lidar com a inflação, nós vamos continuar tendo juros excessivos.”
O que é Selic?
A taxa Selic é referência para a economia nacional. É também o principal instrumento disponível para o BC controlar a inflação no país.
Quando ela sobe, empréstimos e financiamentos tendem a ficar mais caros. Isso desincentiva compras e investimentos, o que contém a inflação. Em compensação, o crescimento econômico tende a ser prejudicado.
Já quando a Selic cai, os juros cobrados de consumidores e empresas ficam menores. Há mais gente comprando e investindo. A economia cresce, criando empregos e favorecendo aumentos de salários. Os preços, por sua vez, tendem a aumentar por conta da demanda.
Bolsonaristas pediram e conseguiram reembolso através da cota parlamentar; Kicis ficou sete dias sem agenda na Flórida, denuncia o DCM.
Os deputados bolsonaristas Bia Kicis (PL-DF), Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Rodrigo Valadares (União-SE) — utilizaram R$ 47.241,25 de recursos públicos para participar de um evento da campanha de Donald Trump nos EUA em novembro de 2024, revela uma reportagem do Diário do Centro do Mundo.
A matéria do DCM revela que as despesas, incluindo hospedagem em hotéis e spa, foram registradas como “missão oficial” na Câmara dos Deputados, sem agendas comprovadas.
Segundo uma reportagem da Gazeta do Povo, eles participaram do evento “Election Night Livestream Watch Party”, uma festa realizada na Flórida pela campanha de Trump para acompanhar os resultados eleitorais que deram vitória ao republicano.
Bia Kicis declarou que seu objetivo era “acompanhar as eleições norte-americanas”. Ela chegou a Miami no dia 4 de novembro, mas só teve compromissos oficiais a partir do dia 11. Foram sete dias na Flórida sem custos justificados.
Entre os eventos justificados estão a comemoração do Dia do Veterano, com a presença da Banda Oficial da Casa Branca, um encontro com o embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) e com a embaixadora do Brasil em Washington, além de uma reunião com um apoiador do grupo parlamentar de amizade Brasil-Texas.
A justificativa final — uma reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos — foi ignorada pela deputada, que alegou “comemoração do aniversário de sua mãe”. O custo total: R$ 19.789,23.
Os deputados Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Rodrigo Valadares (União-SE) utilizaram, respectivamente, R$ 9.202 e R$ 18.249 de recursos públicos em viagens aos EUA para o evento da campanha de Trump em novembro de 2024.
Bilynskyj passou cinco dias em um hotel da rede Marriott na Flórida, com voos e alimentação custeados pela Câmara, sem apresentar agendas oficiais.
Valadares ficou oito dias no Ette Luxury Hotel & Spa, em Orlando, também sem justificativas. Ambos omitiram o uso do dinheiro público ao divulgar a participação no evento.
Os documentos obtidos pelo DCM mostram que os parlamentares ocultaram o uso de dinheiro público ao divulgar a viagem nas redes sociais. Todos os valores foram reembolsados pela Casa Legislativa.
Entre os eventos justificados estão a comemoração do Dia do Veterano, com a presença da Banda Oficial da Casa Branca, um encontro com o embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) e com a embaixadora do Brasil em Washington, além de uma reunião com um apoiador do grupo parlamentar de amizade Brasil-Texas.
A justificativa final — uma reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos — foi ignorada pela deputada, que alegou “comemoração do aniversário de sua mãe”. O custo total: R$ 19.789,23.
Em abertura da primeira edição do Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe, presidente panamenho, José Raúl Mulino, dá uma resposta ao presidente Donald Trump sobre a ideia de retomada do Canal construído no século passado pelos norte-americanos.
Enviada especial à Cidade do Panamá* — “O Canal de Panamá é do Panamá e seguirá sendo do Panamá”. Com essas palavras o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, encerrou o discurso de abertura da primeira edição do Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe, organizado pelo CAF, banco de desenvolvimento da região, na capital panamenha, nesta quarta-feira (29/1).
A fala de Mulino no painel de abertura ocorre uma semana após o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmar que pretende retomar o Canal construído pelos EUA e entregue ao Panamá no fim dos anos 1970, no governo de Jimmy Carter. O país caribenho não tem exército para se defender da maior economia do planeta. Atualmente, o Canal recebe mais de 30 navios por dia de todos os países e, segundo habitantes panamenhos, todos pagam as mesmas tarifas que estão relacionadas com o peso e o valor da mercadoria, podendo ser vários milhões de dólares. Contudo, os navios militares dos Estados Unidos pagam menos para atravessar o Canal inaugurado em 1914 funcionando com eclusas que permitem encurtar a distância para as embarcações que viajam entre os oceanos Pacífico e Atlântico.
“Vamos ser Davos da América Latina”, afirmou o presidente panamenho. Segundo ele, investimentos excessivos que só aumentam a dívida pública é um dos principais motivos do baixo crescimento dos países latino-americanos, que seguem registrado taxas de expansão abaixo da média global e dos países emergentes da Ásia, do Oriente Médio e até da África, conforme revisões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Temos um enorme desafio para tirar os freios da iniciativa privada com governos inchados. Não se pode maquiar a ineficiência com gasto público excessivo”, afirmou.
Segundo Molino, os países latino-americanos não têm recursos para as mudanças necessárias e o CAF pode ser um parceiro estratégico para fomentar o financiamento para a transformação real e combater a ineficiência na região.
Desafios no horizonte Em seguida ao líder panamenho, Sergio Díaz-Granados, presidente-executivo do CAF, destacou em seu discurso de abertura que o banco estará focado em contribuir para o desenvolvimento da região e anunciou que durante o evento será feita a assinatura do termo de adesão de mais um país ao grupo, Antígua e Barbuda, totalizando 23 membros no momento.
“Nos comprometemos com o setor privado para iniciativas mais inovadores, somos uma região imperfeita mas pacífica e uma das regiões mais empreendedoras do mundo e com alto potencial de inovação”, afirmou Díaz-Granados. Segundo ele, existem cinco desafios a serem enfrentados pelos países da região para combater o baixo crescimento e a pobreza na região: a baixa produtividade, as mudanças climáticas extremas, a transição energética, a segurança e o fortalecimento das democracias.
O presidente do CAF também destacou vários eventos que podem ajudar a integrar a região, inclusive, a 30º Conferência sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP, que ocorrerá em novembro, em Belém, no Brasil. Na avaliação dele, a geração atual “tem uma janela competitiva” para o desenvolvimento do capital humano, maior capacitação da força de trabalho e do capital humano hoje. “Esse Fórum vai buscar desenvolver o crescimento na região com a transição energética, o turismo sustentável e todos os temas que vamos trabalhar no banco para estarmos ao longo dos eventos neste ano na região”, afirmou. “Unidos, somos mais fortes e cooperativos”, emendou.
Em breve discurso gravado em vídeo, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, destacou que o principal drive para o crescimento dos países da região está relacionado com as reformas para a transformação da economia e de governos. “Claramente para o driver de crescimento de reformas para transformações dos estados”, afirmou.
O presidente do Paraguai, na primeira palestra após a abertura, também demonstrou otimismo no potencial de crescimento da região. “Não temos dúvida de que somos a região com uma das maiores oportunidades de crescimento”, afirmou Santiago Peña, presidente do Paraguai, que afirmou que “tem votos suficientes” para ser o novo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ele destacou que o Paraguai vem crescendo mais de 5% nos últimos anos, especialmente, porque tem investido na responsabilidade fiscal, e no estímulo das micro e pequenas empresas. “O Estado tem seu papel e cada um tem que cumprir o seu papel, inclusive, o setor privado”, disse.
O presidente paraguaio também afirmou que o país tem compromisso sobre mudanças climáticas e na transição energética e frisou que está em constante reuniões, “com muito entusiasmo” para atrair novos parceiros comerciais. “O Paraguai está aberto para negócios”, frisou.
Sobre o Fórum O primeiro Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe acontece nesta quarta-feira e amanhã (30), com a presença de líderes globais e especialistas no Centro de Convenções do Panamá. Mais de 1,5 mil pessoas participam do evento e acompanham as principais plenárias, sessões simultâneas, reuniões privadas e lançamentos que buscam fortalecer os sistemas de logística da região e destacar o papel estratégico da filantropia na construção de soluções sustentáveis. Com Correio Braziliense,
Em plena ascensão da DeepSeek, a Alibaba lança um novo modelo de inteligência artificial que promete superar concorrentes e acirrar a disputa no setor de tecnologia A empresa chinesa de tecnologia Alibaba (9988.HK) lançou nesta quarta-feira (29) uma nova versão de seu modelo de inteligência artificial, o Qwen 2.5, que afirma superar o altamente aclamado […]
A empresa chinesa de tecnologia Alibaba (9988.HK) lançou nesta quarta-feira (29) uma nova versão de seu modelo de inteligência artificial, o Qwen 2.5, que afirma superar o altamente aclamado DeepSeek-V3.
Segundo a Reuters, o lançamento do Qwen 2.5-Max ocorreu em um momento incomum – no primeiro dia do Ano Novo Lunar, quando a maioria dos chineses está de folga e reunida com suas famílias. Isso evidencia a pressão imposta pela ascensão meteórica da startup chinesa de IA DeepSeek nas últimas três semanas, não apenas sobre concorrentes internacionais, mas também sobre rivais domésticos.
“O Qwen 2.5-Max supera… quase em todos os aspectos o GPT-4o, o DeepSeek-V3 e o Llama-3.1-405B”, afirmou a unidade de nuvem da Alibaba em um anúncio publicado em sua conta oficial no WeChat, referindo-se aos modelos de IA mais avançados da OpenAI e da Meta.
O lançamento do assistente de IA da DeepSeek em 10 de janeiro, alimentado pelo modelo DeepSeek-V3, assim como o lançamento do modelo R1 em 20 de janeiro, surpreendeu o Vale do Silício e derrubou ações de empresas de tecnologia. Os supostos baixos custos de desenvolvimento e uso da startup chinesa levaram investidores a questionar os enormes gastos planejados pelas principais empresas de IA dos Estados Unidos.
No entanto, o sucesso da DeepSeek também desencadeou uma corrida entre seus concorrentes domésticos para aprimorar seus próprios modelos de IA.
Dois dias após o lançamento do DeepSeek-R1, a ByteDance, dona do TikTok, lançou uma atualização de seu principal modelo de IA, alegando que superava o modelo o1 da OpenAI, apoiada pela Microsoft, no AIME – um teste de benchmark que mede a capacidade dos modelos de IA de compreender e responder a instruções complexas.
Essa alegação ecoa a da DeepSeek, que afirmou que seu modelo R1 rivaliza com o o1 da OpenAI em diversos benchmarks de desempenho.
DEEPSEEK E A DISPUTA COM OS RIVAIS DOMÉSTICOS O antecessor do modelo DeepSeek-V3, o DeepSeek-V2, provocou uma guerra de preços entre modelos de IA na China após seu lançamento em maio do ano passado.
O fato de o DeepSeek-V2 ser de código aberto e ter um custo extremamente baixo – apenas 1 yuan (US$ 0,14) por 1 milhão de tokens (unidades de dados processadas pelo modelo de IA) – levou a unidade de nuvem da Alibaba a anunciar cortes de preços de até 97% em uma variedade de modelos.
Outras empresas chinesas de tecnologia seguiram o exemplo, incluindo a Baidu (9888.HK), que lançou o primeiro equivalente ao ChatGPT na China em março de 2023, e a Tencent (0700.HK), a empresa de internet mais valiosa do país.
Liang Wenfeng, o enigmático fundador da DeepSeek, afirmou em uma rara entrevista ao veículo chinês Waves, em julho, que a startup “não se importava” com a guerra de preços e que seu principal objetivo era alcançar a AGI (inteligência geral artificial).
A OpenAI define AGI como sistemas autônomos que superam os humanos na maioria das tarefas economicamente valiosas.
Enquanto grandes empresas chinesas de tecnologia como a Alibaba possuem centenas de milhares de funcionários, a DeepSeek opera como um laboratório de pesquisa, composto principalmente por jovens graduados e doutorandos das principais universidades chinesas.
Liang afirmou na entrevista de julho que acredita que as maiores empresas de tecnologia da China podem não estar bem preparadas para o futuro da indústria de IA, contrastando seus altos custos e estruturas rígidas com a operação enxuta e o estilo de gestão flexível da DeepSeek.
“Modelos fundamentais exigem inovação contínua, e as capacidades das gigantes da tecnologia têm seus limites”, disse ele.
Familiares pediram para receber as desculpas e a certidão de óbito retificada ao lado de famílias de perseguidos políticos.
O Ministério dos Direitos Humanos e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos planejam uma cerimônia de pedido de desculpas oficial à família do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar, e de mais 413 desaparecidos durante o regime.
A perspectiva é de que as solenidades sejam feitas em abril, mas as datas exatas ainda serão divulgadas. A pedido dos familiares de Rubens Paiva, eles receberão o pedido de desculpas e a certidão de óbito do parlamentar retificada ao lado de outras famílias de perseguidos políticos.
Agora, a nova versão do documento indica uma morte “não natural; violenta; causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964”.
Há uma expectativa de que as primeiras certidões devam ser enviadas pelos cartórios à comissão nas próximas semanas.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos reabriu em abril de 2024 o processo que investigava o desaparecimento e morte de Rubens Paiva, que havia sido arquivado por órgão do regime militar, o chamado Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana em 1971.
Com o desarquivamento do processo, o conselho elaborou um relatório sobre o caso, com investigações e conversas com a família.
“A partir desses contatos com a família já sentíamos e percebamos a necessidade de reconhecer o erro, resultado de uma coação, como foi mostrado posteriormente”, diz André Carneiro Leão, defensor público e ex-presidente do Conselho Nacional.
De acordo com ele, o caso havia sido arquivado pelo órgão antecessor mediante coação dos militares a membros do conselho, que pressionaram pelo arquivamento.
Governo gasta R$ 140,2 mil por mês com assassinos de Rubens Paiva e seus familiares.
Gesto de Lula é mais um passo para a reparação O pedido de desculpas é uma das ações voltadas a garantir a reparação do caso da família Rubens Paiva. A partir dessa iniciativa da relatoria do caso, o objetivo é estender essas investigações e retratações a outras vítimas.
“Desde o início quando a gente decidiu reabrir o caso, a família sempre destacou que não podia ficar só no caso do Rubens Paiva. Não deveria ser tratado com um caso único e especial, mas sim um caso representativo do que sempre aconteceu a diversas famílias.”
Na causa da morte da certidão anterior, entregue à família em 1996, constava apenas que Rubens Paiva havia desaparecido em 1971.
A mudança atende a uma determinação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de dezembro passado para que cartórios de registro civil lavrem ou corrijam os documentos de pessoas mortas e desaparecidas políticas.
O CNJ encaminha aos cartórios os dados necessários para a retificação, com base em informações sistematizadas pela Comissão de Mortos e Desaparecidos. Após o recebimento dessas informações, os cartórios têm o prazo de 30 dias para lavrar os novos assentos e certidões de óbito.
Concluída essa etapa, os cartórios devem remeter as certidões retificadas à comissão que, por sua vez, organizará a entrega dos documentos às famílias em cerimônias solenes, podendo haver pedidos de desculpas e outras homenagens.
As famílias que quiserem receber as certidões de óbito retificadas devem entrar em contato com a comissão informando o local onde elas gostariam que fossem entregues. Para tal, a orientação é responder a um formulário disponível no site do ministério. A partir daí, é feito o cronograma de entrega das certidões.
A história da família Rubens Paiva ganhou maior repercussão após ter sido retratada no filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, que rendeu três indicações ao Oscar: melhor filme, melhor filme estrangeiro e melhor atriz para Fernanda Torres no papel de Eunice Paiva.
Com o impacto da produção, o governo Lula sancionou no início deste mês o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia, destinado a personalidades de destaque na área.
A viúva de Rubens Paiva, que dá nome à premiação, se tornou advogada e ativista pelos direitos humanos após a morte do deputado. Eunice Paiva morreu em 2018, aos 89 anos. Com ICL
Professor disse que “tem alunos que nem falam inglês”
Um professor substituto foi afastado de seu cargo após pedir que agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos), órgão responsável pelas deportações de imigrantes, fossem à escola onde ele trabalha.
Professor disse que “tem alunos que nem falam inglês”. O pedido foi em resposta a uma publicação do ICE que informava sobre a quantidade de imigrantes presos na última quinta-feira (23).
“Vocês deviam vir a Fort Worth, Texas, ao Northside High School. Tenho vários alunos que nem falam inglês e estão na 10ª – 11ª série [equivalente a segundo e terceiro ano do ensino médio]. Eles têm que se comunicar através do tradutor do iPhone comigo. O Departamento de Educação deveria inspecionar totalmente nosso sistema escolar no Texas também”, disse professor da Northside High School, em resposta ao ICE.
Cerca de 65% dos estudantes se identificam como latinos e/ou hispânicos, segundo documento publicado pelo distrito escolar em 2023. Mais de 70 mil estudantes estudam no distrito.
Distrito escolar está investigando o caso. A administradora do distrito de Fort Worth, Roxanne Martinez, afirmou estar ciente da publicação do professor. Em publicação no Facebook, afirmou que estão “conduzindo uma investigação completa para entender as circunstâncias e garantir que as ações apropriadas sejam tomadas”.
Professor foi afastado e fechou conta do X (antigo Twitter). No comunicado, Martinez apontou que as investigações serão realizadas sem que o professor esteja no campus da escola. Depois da retaliação nas redes, o professor fechou sua conta no X.
Agência prendeu 1.179 pessoas somente ontem (27). O número é muito superior à média sob Joe Biden, de cerca de 310 pessoas por dia, no último ano fiscal, encerrado em 30 de setembro de 2024. Na última quinta, sexta e sábado, foram realizadas um total de 1.417 prisões de imigrantes, segundo o ICE.
Governo Trump permitiu prisões de imigrantes em escolas e igrejas. Na semana passada, as autoridades foram autorizadas a prender imigrantes em locais sensíveis, como escolas, templos religiosos, hospitais e outras unidades de saúde. O secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman disse que “[o governo Trump] não amarrará as mãos de nossos corajosos agentes da lei e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso”. Com Notícias ao Minuto.
Juíza bloqueia decreto de Trump que suspende verba pra programas sociais, mostrando que o bolostrô não terá vida fácil no judiciário dos EUA.
Babou a política de exclusão social de Trump que a suspendia trilhões de dólares em subsídios, empréstimos e financiamentos de programas do governo, para revisá-los e garantir que eles estejam de acordo com a agenda de Donald Trump.
A juíza Loren AliKhan, do Distrito de Colúmbia, aceitou uma ação movida pela ONG Democracy Forward, que alegou que a ordem de
Trump violava a Primeira Emenda da Constituição dos EUA