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Política

Contrato levanta suspeita de que Carla Zambelli pagou Walter Delgatti com dinheiro público

Um contrato de uma empresa com o gabinete que pertence à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) levantou a suspeita de uso de dinheiro público para um pagamento ao hacker Walter Delgatti. Ele é investigado após acusações de tentativa de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão. Jean Hernani Guimarães Vilela é secretário parlamentar da congressista, diz o .

De acordo com investigadores, ele foi responsável por um dos pagamentos a Delgatti, preso em Araraquara (SP). O hacker admitiu ter colocado, em janeiro de 2023, informações falsas no sistema do CNJ, que abriga o Banco Nacional de Mandados de Prisão. Zambelli é investigada pela suspeita de ter contratado Delgatti com esse objetivo.

Segundo o Jornal Nacional, em depoimento à Polícia Federal, Jean disse que pagou Delgatti com dinheiro dele, pessoal. “A situação do hacker foi o seguinte: eu com, não sei se inocência… Eu quero fazer algo bonito para a deputada para ela poder ficar impressionada. Eu contratei o Walter com o dinheiro meu, pessoal. Não foi pago dinheiro da Hernani Filmes para o Walter, foi pago dinheiro do Jean, pessoa física”, afirmou.

Conforme dados da transparência da Câmara, entre outubro de 2022 e abril de 2023, a deputada pagou R$ 94 mil por um serviço de divulgação parlamentar. A empresa contratada tem como única dona Monica Romina Santos de Sousa, esposa de Jean. Segundo as investigações, a empresa recebeu sete pagamentos mensais de R$ 9 mil cada. Em dezembro, um mês antes da invasão ao sistema do CNJ, houve mais um repasse de R$ 31 mil. No cadastro da empresa na Receita Federal, o e-mail e o telefone são contatos de Jean Hernani.

O hacker forneceu à Polícia Federal extratos que revelam que ele recebeu de Carla Zambelli R$ 13,5 mil nos meses anteriores e posteriores à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça. Em depoimento, ele disse que um desses pagamentos foi feito por Jean.

A parlamentar disse nessa quarta (2) que os pagamentos ao hacker foram para cuidar do site dela, e negou ter usado dinheiro público da chamada cota parlamentar – uma verba para custear despesas do mandato. “Os pagamentos que houve foram sempre relacionados ao site, para ele fazer melhorias no site. Não foi da minha cota. Todo dinheiro foi de empresa que eu subcontratei, e essa empresa pagou, mas do meu bolso, não da cota”, disse Zambelli.

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Opinião

Devolveu o Brasil ao mapa da fome, entregou a Eletrobras e foi para a Disney

Bolsonaro, em plena crise econômica que assola o país, vai pra farra na Disney com dinheiro do povo brasileiro.

Quando Bolsonaro produz uma situação caótica no país, ele vai muito além da naturalização do racismo, do preconceito e da discriminação.

Um sujeito que promoveu centenas de milhares de mortos por covid, 33 milhões de brasileiros vivendo na mais profunda miséria e 71% da população em processo de insegurança alimentar, e vai para a Disney, o que Bolsonaro faz é dizer à população que acha normal o resultado do seu governo, sobretudo por quem ele considera inferior à parcela que ele está segregando.

Essa sempre foi a natureza de Bolsonaro, causar conflitos reais, mas suplantá-los com conflitos artificiais, como é essa farsa em defesa de urnas auditáveis respaldada por uma empresa de auditoria.

Todos os 25 anos em que as urnas eletrônicas o elegeram e seus filhos, Bolsonaro aceitou de bom grado. Nunca quis impedir que deputados como ele e senadores como o filho, eleitos por essa urna, assumissem seus mandatos.

Agora, enquanto passeia na Disney às custas do suor do povo brasileiro, ele não esquece que as pesquisas de intenção de voto lhe são cada dia mais cruéis.

Bolsonaro quer perturbar o ambiente institucional no Brasil para, primeiro, tentar esconder do povo sua atitude lacaia de entregar a Eletrobras a bilionários na bacia das almas, atitude que, além de ser criminosa contra o patrimônio e a soberania nacional em um governo basicamente de militares, o custo para cada brasileiro na sua conta de luz, revelará a violência que isso representa contra o povo.

Isso sem falar que Bolsonaro está assassinando o desenvolvimento econômico do país aonde a energia ou a falta dela se tornará um verdadeiro obstáculo para micro, pequenas e médias empresas que são, na verdade, quem mais gera empregos.

Então, quando Bolsonaro dobra a aposta nas molecagens indo para a Disney bancar o pateta, promovendo motociata com dinheiro público, ele abandona qualquer protocolo que sua cadeira exige para se alinhar ao pensamento mais arruaceiro, indispensável a quem vive na e da bandalha.

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Com dinheiro público, Bolsonaro vai turbinar campanhas publicitárias para ‘construir narrativa’ sobre Amazônia

Documentos de conselho para a Amazônia mostram que governo quer mudar “percepções críticas” sobre a política ambiental do país.

Sob fortes críticas internacionais em relação à sua política ambiental, o governo brasileiro planeja turbinar campanhas publicitárias pagas com dinheiro público para “construir narrativa” sobre as ações da atual gestão em torno da Amazônia. A tática, já usada em 2019, está delineada em documentos produzidos pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL) aos quais O GLOBO teve acesso. Uma das metas em estudo pelo conselho é aumentar em 70% as notícias positivas sobre prevenção e combate a crimes ambientais. O objetivo é reverter o que o governo classifica como “percepções críticas no Brasil e no exterior relativas à Amazônia”.

Os documentos mostram que os objetivos do governo são “desenvolver ações voltadas à projeção da imagem do Brasil no exterior em matéria de desenvolvimento sustentável da Amazônia” e “construir uma narrativa sobre a estratégia para a Amazônia Legal”.

Para atingir esse objetivo o governo estuda medidas como turbinar ações publicitárias pagas com dinheiro público, principalmente no exterior.

“Intensificar as campanhas publicitárias lançadas pelo governo, tais como: Brazil By Brazil e brazilbybrazil.com, com foco em meio ambiente e agronegócio”, diz outro trecho.

“Aumentar em 70%, até 2021, o número de notícias positivas divulgadas pelo Governo, no que diz respeito à repressão aos ilícitos transfronteiriços e transnacionais”, diz um trecho do documento.

As campanhas mencionadas no documento foram iniciadas em 2019, no auge da pressão internacional pelo aumento das queimadas na Amazônia. A estimativa feita no ano passado pelo próprio governo é de que a campanhas custariam em torno de R$ 40 milhões. No ano passado, foram veiculados anúncios com mensagens positivas sobre o Brasil em países como Reino Unido, Holanda, Irlanda e Estados Unidos.

Os documentos mostram também que o governo estuda acelerar a velocidade da divulgação dos resultados de operações na região e estabelecer novos critérios de “prestação de contas” dessas operações. Pelos documentos, no entanto, não fica claro se esses novos critérios representariam restrições a agentes públicos para divulgar dados sobre as ações do governo na região.

Temor que má imagem do país afete acordos estrangeiros

Os documentos obtidos pelo GLOBO fazem parte de uma apresentação entregue durante a última reunião do CNAL, no início de novembro. Eles detalham uma série de objetivos, metas e ações que o governo estuda sobre a Amazônia. Parte deles é referente às estratégias que o governo pretende adotar para mudar a imagem do país no exterior.

O temor é que a má imagem do país lá fora afete acordos comerciais e decisões sobre investimentos estrangeiros no Brasil. Nos últimos dois anos, o Brasil foi duramente criticado pela comunidade internacional por conta do aumento nas taxas de desmatamento e de incêndios na região amazônica.

“Desenvolver ações de diplomacia ambiental para reverter as percepções críticas ao Brasil no exterior relativas à Amazônia e o meio ambiente, que afetam os negócios comerciais e a decisão investimento”, diz um trecho dos documentos.

A reportagem enviou perguntas para a Vice-Presidência da República e para a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), vinculada ao Ministério das Comunicações, mas até o momento não houve retorno.

 

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro se enrola e não consegue explicar R$ 3 milhões gastos com cartão corporativo

Os gastos sigilosos da Presidência com cartão corporativo, usado para bancar despesas de Bolsonaro, cresceram nos primeiros quatro meses do ano, mesmo quando descontado o valor da operação que resgatou brasileiros em Wuhan, na China, informa o Estadão.

Após a revelação de que a fatura de janeiro a abril havia dobrado, Bolsonaro justificou a alta com os custos da viagem, que utilizou aeronaves da FAB.

Nesta segunda-feira (11), Bolsonaro afirmou no Twitter que foram utilizados R$ 739.598, via cartão corporativo, com os três voos enviados ao país asiático para resgatar brasileiros do epicentro do novo coronavírus, em fevereiro.

Ao todo, as despesas sigilosas vinculadas ao presidente foram de R$ 3,76 milhões neste ano, conforme o Portal da Transparência.

Descontado o valor que Bolsonaro alega ter gasto com os voos, ainda sobram mais de R$ 3 milhões –o que representa alta de 59% em relação à média do que gastaram Dilma Rousseff e Michel Temer.

Cadê o extrato detalhado do cartão?

Bolsonaro vai agir como agiu no caso dos exames de coronavírus?

Agora tem Rachadinha do cartão corporativo também?

Combustível de avião da FAB sendo pago com o cartão corporativo do presidente? Que idiotice foi essa? Ele pensa que engana quem?

Mesmo essa história do voo é balela.

É dinheiro público. Tem obrigação de abrir a fatura.

Não é esse fascista que vive citando “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará?”

#mostraafaturabolsonaro.

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Notas fiscais revelam superfaturamento do deputado Jair Bolsonaro em reembolsos da verba de combustível

Jair Bolsonaro encheu o tanque do carro com mais de mil litros de gasolina comum. Exatamente 1.003,46 litros.

Ao menos é o que está na nota fiscal de um posto na Barra da Tijuca (Auto Serviço Rocar), zona oeste do Rio de Janeiro. Emitida em 7 de janeiro de 2009, com valor de R$ 2.608,00 na ocasião, corrigidos para R$ 4.833,38 atuais (IGP-M do último mês de fevereiro). Embora não exista carro com tal capacidade no tanque, foram reembolsados sem objeção pela Câmara como parte da “cota parlamentar” do então deputado federal pelo PP, partido de Paulo Maluf. Dinheiro público.

NOTA FISCAL:

REEMBOLSO DA CÂMARA:

Os altos valores em notas fiscais para reembolso de combustível do agora presidente não ficaram por aí.

A reportagem cruzou os dados entre a base de dados públicos do congresso, as notas fiscais de cada abastecimento apresentadas por Bolsonaro, obtidas via “Lei de Acesso à Informação” da Câmara dos Deputados (que funciona com independência da LAI do governo federal) e dos relatórios do serviço de reembolso da “Coordenação de Gestão Parlamentar”, subordinada ao “Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade da Câmara”.
Em onze idas a dois postos de gasolina do Rio, o Rocar (Barra da Tijuca) e o Pombal (Tijuca), entre 7 de janeiro de 2009 e 11 de fevereiro de 2011, o então deputado usou o equivalente a R$ 45.329,48 (valor corrigido pelo IGP-M a partir da soma de cada nota. Ver tabela abaixo). Uma média de R$ 4.120,86 a cada ida nesses dois postos.

O cruzamento de dados entre notas fiscais, reembolsos e presença em plenário revela uma série de outros fatos: o abastecimento em dois diferentes postos do Rio no mesmo dia, apesar dos muito litros comprados. E mostra também datas em que abasteceu no Rio mas as votações do congresso revelam presença em Brasília.

Como no dia 14 de abril de 2009, em que solicitou nota do Posto Pombal (Tijuca) no valor de R$ 2440,20 (R$ 4.564,38 atuais pelo IGP-M de fevereiro) e, apesar dos 938,90 litros consumidos (e reembolsados), teve outro abastecimento feito em seu nome, CPF, endereço e cota parlamentar. No mesmo dia. O outro foi em Jardim Sulacap (Posto Romântico), zona oeste do Rio, valendo R$ 134,77 (R$252,09 corrigidos). No entanto, nessa mesma data em que apresentou gastos com cerca de mil litros de gasolina para reembolso com dinheiro do contribuinte em dois estabelecimentos do Rio, o então deputado federal pelo PP, de Paulo Maluf, estava em Brasília, onde assinou presença na Sessão Ordinária Nº 67 da Câmara.

NOTA FISCAL:

REEMBOLSO DA CÂMARA:

Assim como no dia 14 de abril de 2009, aquele dos mil litros em abastecimento nos postos da Tijuca e de Jardim Sulacap estando em Brasília, a história se repetiu diversas vezes.
No dia 2 de junho de 2009, quando realiza despesa de R$ 2542,00 (R$ 4.765,28 atuais) no Posto Rocar carioca, Jair Bolsonaro estava presente na Sessão Extraordinária Nº 133, em Brasília.

Também em 28 de outubro de 2009, a nota de R$ 1.818,00 (R$ 3.424,20 atuais), emitida no Auto Posto Pombal do Rio para abastecimento de 691,52 litros, encontra o deputado na Sessão Extraordinária Nº 296 do congresso.

NOTA FISCAL:

REEMBOLSO DA CÂMARA:

AS 11 NOTAS DE JAIR BOLSONARO:

5 NOTAS AUTO POSTO POMBAL:

14 de Abril de 2009
R$ 2440.20 corrigido pelo IGP-M: R$ 4.564,38

21 de Setembro de 2009
R$ 2479.00 corrigido pelo IGP-M: R$ 4.688,80

28 de Outubro de 2009
R$ 1818.00 corrigido pelo IGP-M : R$ 3.424,20

12 de Fevereiro de 2010
R$ 1550.60 corrigido pelo IGP-M: R$ 2.905,47

11 de Fevereiro de 2011
R$ 1885.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 3.167,80

Total Auto Posto Pombal: R$ 18.750,65

6 NOTAS POSTO ROCAR:

7 de janeiro de 2009
R$ 2.608,00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 4.833,38

26 de março de 2009
R$ 2.600,00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 4.827,30

02 de Junho de 2009
R$2542.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 4.765,28

22 de Junho de 2009
R$ 2101.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 3.938,57

11 de Agosto de 2009
R$2076.00 Corrigido pelo IGP-M: R$ 3.698.20

4 de Junho de 2010
R$ 2510.00 Corrigido pelo IGP-M R$ 4.516,10

TOTAL ROCAR: R$ 26.578,83

TOTAL EM NOTAS POMBAL E ROCAR: R$ 45.329,48
11 notas entre abril de 2009 e fevereiro de 2011: média de R$ R$ 4.120,86 por abastecimento.

CLIQUE AQUI PARA VER A ÍNTEGRA DAS NOTAS FISCAIS

 

*Da Agência SportLight

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Aperta o cerco contra Gabinete do ódio: Justiça quebra sigilo de computadores com mensagens contra o STF

A Justiça de São Paulo requereu a quebra do sigilo de computadores usados para disseminar mensagens de ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a parlamentares do PSL que romperam com o presidente Jair Bolsonaro.

As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A ação investiga um suposto “gabinete do ódio” que funcionaria nas salas do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), ligado a Eduardo Bolsonaro.

Ainda segundo a acusação, ele seria apenas um braço do “gabinete do ódio” que funcionaria no Palácio do Planalto

As investigações apontam, também, que a maioria dos IPs são de um provedor público de SP, a Prodesp, o que reforça, segundo a colunista, a suspeita dos deputados do PSL que moveram o processo junto ao STF de que os ataques partiram da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Outro detalhe revelado a partir da quebra de sigilo é que parte dos IPs de onde partiram as mensagens foram acionados em horário de trabalho.

Isso levou a defesa dos parlamentares pedir agora a identificação dos responsáveis pelos endereços de cada IP para checar se são funcionários pagos com dinheiro público.

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Moro, de chantageador geral da república a imperador do Brasil

Como Moro conseguiu, em apenas uma semana, desmoralizar os três poderes da República? Esta é uma pergunta que muitos devem se fazer.

Moro orbitou junto ao Ministério Público para denunciar Glenn, por vingança, por ter revelado, através do Intercept, muias de suas trapaças na Lava Jato. Foi ainda mais longe, mostrando que tem total controle sobre o aparelho judiciário do Estado, fazendo Fux suspender, como queria Moro, o juiz de garantias. Moro atropelou não só a Presidência, o Congresso, mas o próprio STF.

O último episódio, na mesma semana, foi ter colocado Bolsonaro de joelhos diante das câmeras em rede nacional ao vivo e a cores, fazendo revogar a decisão de tirar de suas mãos a pasta da Segurança Pública e, consequentemente, a Polícia Federal.

Uma coisa a gente aprendeu com muita clareza com a vaza jato. Moro não joga pra perder e muito menos joga limpo.

Moro é frio, calculista e quer ter o controle total da manete para salvar aliados ou matar seus adversários usando os métodos fascistas nas sombras do poder, dignos dos ditadores mais facínoras.

No dia da prisão de Lula quem deu todas as coordenadas para a PF, foi Moro, ainda juiz.

No dia em que o desembargador Rogerio Favreto deu a ordem de soltura de Lula, Moro abandonou as férias e manipulou, desde a carceragem até os seus aliados do TRF-4 para que Lula não fosse solto.

Moro já havia mostrado, no episódio em que grampeou e vazou para a Globo o conteúdo da ligação de Dilma para Lula, que ele cometeu dois crimes, o da clandestinidade da gravação, pois, no momento em que gravou a conversa, Moro já não estava mais sob a cobertura de seu próprio despacho, pois naquele momento já estava suspendido a operação. Mas Moro continuou agindo como um hacker e fez questão de, pessoalmente, entregar a gravação para a Globo e propor chamadas fora do Jornal Nacional para insuflar a sociedade contra Dilma, com o objetivo de botar mais fermento no golpe. Pior, editou a gravação, como ficou comprovado, fazendo parecer que havia uma armação de Dilma para dar a Lula o foro privilegiado.
Tudo pensado e calculado para fornecer matéria prima para seu objetivo principal, tirar Lula da disputa presidencial e barganhar com Bolsonaro ou Alckmin um assento no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Para quê? Provavelmente para ter o maior banco de dados possível para oferecer proteção a aliados, como se viu pela Vaza Jato ele abortando uma investigação contra FHC, manipulando o PGR Aras para que interferisse no caso Marielle para desqualificar a acusação de envolvimento do clã Bolsonaro com o caso.

Não deu exatamente certo esse caminho, então Moro buscou outro ainda mais perigoso e cruel, colocou seus gorilas da PF para dar um calor no porteiro do condomínio de Bolsonaro, arrancando dele o máximo de informações daquele fatídico dia do assassinato de Marielle para usar, de uma lado, como chantagem e, do outro, pressionar o porteiro para se auto delatar, dizendo que a culpa no final das contas, foi dele, do porteiro. Uma história que beira ao ridículo, maior que a falsa facada de Bolsonaro.

A verdade é que, como diz o ditado popular, Moro veio fazendo vidinha. Ninguém sabe exatamente como e porque ele foi parar na fase final da farsa do mensalão como assistente da ministra Rosa Weber, mas certamente, ao contrário da fantasia tosca que conta de que a Lava Jato foi inspirada na operação Mãos Limpas da Itália, Moro, que já tinha um bom know hall de parceria com Youssef no caso assombroso do Banestado, a partir a ação penal 470, deu início a toda a farsa da Lava Jato, utilizando seu doleiro de confiança, Youssef, para dar o start à novela na qual já havia fechado contrato com a Globo, tanto que foi premiado pelos Marinho antes mesmo da operação ganhar a visibilidade que ganhou.

O fato é que, nesses cinco anos de Lava Jato, Moro, com a assistência direta de Dallagnol, montou certamente o maior banco de dossiês contra políticos, juízes e ministros do STF de que se tem notícia na história do Brasil. E com certeza usa de forma homeopática suas informações de acordo com o caso. No caso de Fux, certamente, não foi uma ameaça de revelar ao Brasil que a cabeleira dele é postiça para fazer o ministro criar uma situação inédita de atropelar, monocraticamente, uma decisão do presidente da Corte no caso da suspensão do juiz de garantias. Aliás, a palavra garantia, para Moro, é sua maior inimiga. Moro é uma espécie de cangaceiro togado que usa todos os subterfúgios, mas sobretudo a força da mídia para impor suas leis, como fez em parceria com a Globo, destruindo reputações e condenando seus inimigos pela força da opinião publicada. Ou seja, o cara é sujo 24 horas por dia em cada passo que dá, em cada grampo que faz, em cada campo que fuça.

Assim também ele tentou ficar maior que Gilmar Mendes quando escaramuçou a sua vida e de sua esposa na Receita Federal, produzindo a ira santa de Gilmar contra ele.

Na ideia de criar uma mera estrutura política com uma fundação privada, usando dinheiro público da Petrobras, numa descarada tungada, tentada por ele e Dallagnol, com R$ 2,5 bilhões, Moro mostra que tem olho em todo o tabuleiro do xadrez, mesmo que jogadas como essa tenham dado chabu.

Seja como for, Moro mostrou que tem munição na manga, e não é pouca, para enfrentar grandes adversários. Com Lula, não teve jeito, teve que se expor muito além da conta e acabou sendo desmascarado pelo Intercept, dando a Lula munição para provar não só ao Brasil, mas também à comunidade jurídica internacional que Moro é um sacripanta. Imagem fixada no documentário Democracia em Vertigem que concorre ao Oscar e faz do bandido de Curitiba um vilão de status internacional, mostrando que, mesmo cercado de cuidados, Moro tem muitas fragilidades e não engana mais ninguém.

Todos sabem que é ele que está por trás da decisão de Fux, assim como da denúncia do procurador Wellington Oliveira contra Glenn, como mostrou os dentes para Bolsonaro e o colocou de joelhos e revertendo, por hora, a decisão de tirar de suas mãos a pasta da Segurança Pública que lhe serve de preciosa máquina de arapongagem e chantagem, mostrando que Moro detém o poder, mas está gastando munição que lhe fará falta mais à frente.

A conferir.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Carlos Bolsonaro quer seu testa de ferro, Allan dos Santos, na Secom

Carlos Bolsonaro operou nos bastidores para tirar o picareta corrupto Wajngarten que contribuiu muito para isso acontecer.

No dia 25 de dezembro, Carluxo soltou um balão nas redes sociais detonando o trabalho do chefe da Secom:

“É lamentável somente nós lutarmos para mostrar o que tem sido feito de bom 24h ao dia, enquanto se vê uma comunicação do governo que nada faz”,

Dias antes, o mesmo Carluxo já havia chamado a Secom de “bela porcaria”.

Interlocutores de Wajngarten apostam as fichas que a intenção do filho 02 do Clã Bolsonaro é emplacar o blogueiro Allan dos Santos, o “Allan Terça Livre”, no cargo.

Allan dos Santos, para quem não sabe, é um dos mais boçais crápulas do escritório do crime virtual montado pelo clã em uma mansão alugada em Brasília e paga com dinheiro público.

Discípulo de Olavão, Allan dos Santos, notabilizou-se pelo empenho em disseminar notícias falsas e pela virulência dos ataques a adversários.

Acuado pelas denúncias que lhe pegaram com a boca na botija, Wajngarten ameaçou “explodir” a ponte de diálogo entre o governo e a imprensa. A mesma imprensa que ajudou a eleger Bolsonaro. Agora tudo indica que o próprio será explodido pelo Clã.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Desorientado com as denúncias de corrupção em seu governo, Bolsonaro ataca jornalista: “você está falando da tua mãe?”

Jair Bolsonaro reagiu agressivamente (novamente) quando questionado por uma repórter sobre o caso do Secretário da SECOM, Fabio Wajngarten e o fato do mesmo ter contratos em empresa, com grupos de mídia e empresas que recebem verba publicitária do governo federal, Bolsonaro respondeu assim: “Está falando da tua mãe? Você está falando da tua mãe?”

Bolsonaro joga para plateia, atacou violentamente jornalista, quando foi questionado sobre o escândalo da SECOM, que envolve seu secretário. Ele não só resolveu não responder o jornalista, como também resolveu partir para baixaria e dizer que “estavam falando da sua mãe”. Qualquer denúncia contra o governo, as suas milícias virtuais partem para o linchamento e promovem e chamam de “mito” atitudes como essa.

Bolsonaro foi questionado por jornalista da Folha, sobre os contratos do Secretário da SECOM com grupos de mídia que recebem dinheiro público de propaganda do governo federal.

A declaração foi dada no início da noite dessa quinta-feira (16).

A reportagem perguntou: “O senhor sabia dos contratos do Fabio, presidente?”.

“Está falando da tua mãe? Você está falando da tua mãe?”, rebateu Bolsonaro. “Não, estou falando do secretário de Comunicação, do Fabio Wajngarten”, respondeu a Folha.

Afinal explicar escândalos para quê? Se seus apoiadores apoiam o governo incondicionalmente, os 14% da população brasileira que são o bolsonarista fiel e hard… ou melhor o gado.

Ao invés de se explicar e prestar contas, ele já parece disposto a jogar para sua platéia.

 

 

*Com informações do 247

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Freixo: Bolsonaro despachava no gabinete de Flávio e Queiroz às sextas

“Jair Bolsonaro, às sextas-feiras, quando deputado federal, era assíduo frequentador do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa. Trabalhava de lá. Ele sempre controlou os mandatos dos filhos com pulso muito forte. Inclusive havia um rodízio de pessoas e parentes entre os gabinetes. Há indícios de que esse vínculo criminoso com ex-policial Fabrício Queiroz não começa, nem termina com Flávio, mas envolve toda família.”

A declaração é do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), que foi colega de legislatura de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio e presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, na mesma casa, em 2008. Ele afirma que a instalação de uma CPI das Milícias no Congresso Nacional ganhou força após a operação do Ministério Público do Rio de Janeiro envolvendo o primogênito do presidente da República e, hoje, senador, além do “faz-tudo” da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz, e ex-assessores do gabinete de Flávio – entre eles, parentes da ex-esposa de Jair.

De acordo com o MP, há indícios de desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro, organização criminosa.

“Bolsonaro ataca exatamente as instituições que investigam os crimes em que sua família estaria envolvida. O presidente trata o caso como “pequeno”. Mas não é o presidente que determina o tamanho da denúncia contra seus filhos, mas os órgãos que o investigam – órgãos, esses que ele ataca para que não investiguem seus filhos”, diz Freixo.

Para ele, que ainda tem que andar escoltado por ter presidido essa CPI, se dinheiro público foi parar nas mãos de um chefe de um grupo de extermínio como o “Escritório do Crime”, acusado de envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o caso é de cadeia. “Daí, torna-se necessário perguntar: onde realmente ficava o Escritório do Crime?”

Como você avalia as acusações do presidente Jair Bolsonaro ao Ministério Público do Rio de Janeiro, de servir aos interesses do governador Wilson Witzel, em resposta às investigações envolvendo seu filho, Flávio?

A família Bolsonaro está envolvida com o que há de pior no Rio de Janeiro, que são as milícias. O nome Bolsonaro, hoje, mais do que um laço familiar, é um laço criminoso. Isso precisa ser muito bem investigado. O descontrole do presidente com os jornalistas, na frente do Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta, combina com a gravidade da denúncia contra a sua família.

Bolsonaro se elege dizendo que não fazia parte da política. Por isso, sempre atacou o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público, todas as instituições, para criar uma ilusão de que estava fora da política. Mas nunca esteve, pelo contrário, fazia parte da pior política possível – que é a política do toma-lá-dá-cá, da corrupção, do desvio de dinheiro público, do vínculo com o crime.

Ele ataca exatamente as instituições que investigam os crimes que sua família estaria envolvida. O presidente trata o caso como “pequeno”. Mas não é o presidente que determina o tamanho da denúncia contra seus filhos, mas os órgãos que o investigam – órgãos, esses, que ele ataca para que não investiguem seus filhos.

Esse vínculo com crimes do qual você fala incluem vínculos com milícias?

O Ministério Público diz que Flávio Bolsonaro é chefe de quadrilha. E um comandante dessa quadrilha é Queiroz, já tão conhecido da sociedade brasileira. Alguém que mexeu com milhões de reais em dinheiro ilícito vindo dos gabinetes da família Bolsonaro e tem ligação direta com milícia – e não sou eu quem está dizendo isso, mas o MP.

Uma das pessoas homenageadas por Flávio Bolsonaro, que contava com relações com o Queiroz, que tinha parentes empregados, inclusive como “laranjas”, dentro do gabinete do então deputado estadual, é Adriano Nóbrega, hoje, um foragido da Justiça por chefiar um grupo de extermínio. Jair Bolsonaro sempre defendeu as milícias. Mas, ao que parece, as relações são mais profundas do que isso.

Quem colocou Queiroz no cargo para comandar a quadrilha? Foi o Flávio, que tinha poucos anos de idade quando Jair conheceu o ex-policial ou foi o próprio presidente? Jair Bolsonaro, às sextas-feiras, quando deputado federal, era assíduo frequentador do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa. Trabalhava de lá. Ele sempre controlou os mandatos dos filhos com pulso muito forte. Inclusive havia um rodízio de pessoas e parentes entre os gabinetes. Há indícios de que esse vínculo criminoso com ex-policial Fabrício Queiroz não começa, nem termina com Flávio, mas envolve toda família.

Falar disso não é politizar o caso. Quem está politizando o caso é Jair Bolsonaro, tentando diminuir e impedir investigações e acusar os órgãos competentes para isso.

Você que já investigou milícias no Rio, o que significa a proximidade do gabinete de Flávio com o líder do Escritório do Crime?

Se as investigações comprovarem que dinheiro público – e é bom sempre lembrar que o dinheiro era público – foi parar nas mãos de Adriano Nóbrega através de gabinete de Flávio, daí torna-se necessário perguntar: onde realmente ficava o Escritório do Crime? Quem comandava o verdadeiro Escritório do Crime? Seria Adriano ou Bolsonaro. Pode ser que o verdadeiro Escritório do Crime não tenha Adriano como líder, mas o líder seja outro. Se dinheiro público foi parar nas mãos de um chefe de grupo de extermínio através da família Bolsonaro, isso é um caso de cadeia.

A gente está diante de uma crise muito grave na República brasileira. Não é admissível que uma família de políticos esteja envolvida com a milícia neste grau. É importante dizer que milícias comandam vasto território no Rio, fazem extorsão contra pessoas, é responsável por milhares de homicídios.

Quem colocou Queiroz lá? O Queiroz obedecia a quem de verdade? O Queiroz operou esses milhões em nome de quem? Por que esse cheque de R$ 24 mil, que Bolsonaro diz ser retorno de empréstimo de Queiroz, parou na conta da primeira-dama? Qual a relação que esse grupo tinha com a milícia em termos de domínio territorial? Se dinheiro foi mesmo para o Adriano Nóbrega, pagou quais serviços? Qual serviço que o Adriano poderia devolver à Família Bolsonaro?

O que o Congresso Nacional deve fazer diante dessas novas informações?

Já havia um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as milícias. Após o recesso parlamentar, isso vai ganhar força. Flávio Bolsonaro pedir no Supremo para não ser investigado é uma vergonha, uma confissão de culpa, praticamente. Não basta os elementos que mostram que a loja de chocolate do então deputado e, hoje, senador era usada para lavagem de dinheiro. Não dá para reduzir chamando de “rachadinha” apenas. É crime, é quadrilha, é grupo mafioso.

Fui presidente da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro. Em uma Comissão Estadual, você investiga a questão territorial. No Congresso Nacional, o principal é investigar relações políticas. Que redes políticas se elegem com essas milícias? A milícia é o único grupo criminoso que transforma domínio territorial em eleitoral, que tem projeto de poder político. Quando um grupo familiar alimenta e é alimentado por milícias, isso é uma ameaça democracia.

 

 

*Leonardo Sakamoto/Uol