Companhias que testaram novo modelo de jornada reduzida colhem indicadores de melhora no bem-estar dos empregados sem perda de produtividade.
Menos ansiosos, mais produtivos e com a criatividade a todo vapor. É assim que se sentem funcionários de empresas brasileiras que adotaram a semana reduzida, com quatro dias de trabalho em vez de cinco, sem redução proporcional de salário.
São companhias que seguem uma tendência que avança em vários países para aumentar o bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
Líderes de empresas ouvidas pelo GLOBO apontaram indicadores de aumento na qualidade de vida de empregados sem perda de produtividade e demissões. Ao contrário, as primeiras avaliações indicam melhores resultados, maior retenção e atração de talentos e estímulo à inovação.
Faltam dados precisos, mas cresce no país o número de empresas nas quais a quinta é a nova sexta-feira. Ou que trocaram a melancólica segunda pela terça-feira. Há ainda modelos com pausa no meio da semana ou rodízio.
Entre os trabalhadores, com um dia livre a mais, a maioria relata mais horas ao ar livre, frequência maior de exercícios, espaço para cuidar da saúde mental e principalmente mais tempo para organizar a própria casa e dar atenção à família, deixando o fim de semana realmente para descansar.
A semana reduzida virou uma causa global da organização sem fins lucrativos 4 Day Week, que tem conduzido experimentos em vários países do mundo. Entre junho e dezembro de 2023, acontece o primeiro teste no Brasil, em parceria com a ONG brasileira Reconnect Happiness at Work.
Trezentas empresas brasileiras já se inscreveram para a primeira fase, com seminários sobre o modelo e resultados dos testes internacionais. No projeto piloto, 50 companhias de diferentes portes e setores terão os resultados avaliados após seis meses.
‘Descansado produz mais’ Mas existem empresas no país testando o regime por conta própria e colhendo resultados positivos parecidos com os do exterior. A maioria é de pequeno porte e da área de tecnologia, um setor de maior flexibilidade e de grande disputa por profissionais qualificados.
É o caso da Vockan, representante da QAD no Brasil, que desenvolve programas de gerenciamento para indústrias. Em novembro do ano passado, a empresa de São Paulo adotou a semana de quatro dias para sua equipe de suporte.
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Conjur – O Partido Liberal (PL) ingressou com um recurso contra uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) que autorizou a inclusão de novas testemunhas e a incorporação de uma entrevista do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, em uma ação que pede a investigação de supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas à campanha eleitoral do senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União-PR) em 2022. A defesa da legenda alega, no entanto, que a decisão foi tomada sem sua ciência, ferindo o princípio do contraditório.
Em 13 de junho, o desembargador Mário Helton Jorge atendeu a um pedido feito pela defesa do parlamentar de incluir como testemunhas no processo Murilo Hidalgo, proprietário do Instituto Paraná de Pesquisas, e o responsável pela veiculação de levantamento eleitoral em uma emissora de TV. Além disso, autorizou a juntada de arquivo de mídia com entrevista concedida por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, à outra emissora.
Caso o pedido inicial seja acatado, a chapa vencedora na disputa ao Senado pelo Paraná pode ser cassada. Ela foi formada por Moro, Luís Felipe Cunha (União), como primeiro suplente, e Ricardo Guerra (União), como segundo suplente.
“Tem-se o entendimento, data maxima venia, de ser necessária a oportunização de manifestação da parte contrária quando eventual peticionamento implica em ato processual relevante, passível de embate jurídico. Desta feita, a falta de intimação acerca dos pedidos elaborados após a contestação, (…) acarreta grave prejuízo ao autor, na medida em que viola o manifesto princípio do contraditório”, diz o partido.
O partido que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro aponta que Moro feriu a legislação ao ter gastos tipicamente eleitorais durante período vedado. Sobre a anexação da entrevista de Costa Neto, a defesa da legenda diz que o pedido de Moro “objetiva tumultuar e procrastinar a marcha processual e, principalmente, politizar o julgamento dos pedidos de cassação e de declaração de inelegibilidade”. O PL diz que o senador utiliza-se da seriedade do processo e da estrutura da Justiça Eleitoral “para açular um cenário de vitimização pessoal e teatralizar proselitismo político de baixo nível”.
Sobre a autorização da oitiva de novas testemunhas, como do responsável pelo instituto de pesquisas, o partido disse que o pedido “padece de justificativa minimamente razoável para a referida oitiva, não sendo crível que o fato de um indivíduo realizar pesquisa eleitoral o credencie para aclarar qualquer dos pontos controvertidos”.
Na mesma decisão, o desembargador negou o trancamento da ação eleitoral e uniu o pedido do PL a uma ação da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) também contra a chapa de Moro. O PL do Paraná entrou com a ação de investigação judicial eleitoral contra a chapa de Moro em 23 de novembro de 2022. Já o grupo de partidos ingressou com o processo em 19 de dezembro. O desembargador entendeu que, diante da possibilidade de coincidência de pedidos e causas de pedir entre a demanda da Federação Brasil da Esperança e a aije (ação de investigação judicial eleitoral) proposta pelo PL-PR, os processos deveriam ser unificados.
“Vale rememorar que a Justiça Eleitoral não pode ser palanque para os embargados se promoverem politicamente, cabendo a este tribunal tomar as providências necessárias para a cessação de tais atos, zelando-se para que a presente demanda siga o costumeiro rigor técnico que sempre pautou esta nobre Corte Eleitoral Estadual”, declarou o partido, no recurso.
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Reportagem da Piauí teve acesso a documentos apreendidos pela PF nos quais o nome “Arthur” aparece como destinatário de um total de 265 mil reais entre abril e maio.
Desde o dia 1º de junho, o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, está inquieto. Naquela data, agentes da Polícia Federal realizaram uma operação de busca e apreensão nos endereços do principal auxiliar do deputado, Luciano Cavalcante, e do motorista do auxiliar, Wanderson Ribeiro Josino de Jesus. A Operação Hefesto, assim batizada em referência ao deus grego da tecnologia e da metalurgia, investiga fraude em licitação e desvio de 8 milhões de reais na compra de kits de robótica pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O caso levou o deputado Arthur Lira a dizer que “cada um é responsável pelo seu CPF nesta terra e neste país”, tentando afastar as suspeitas de que o dinheiro desviado poderia acabar no seu bolso.
Agora, a piauí teve acesso a relatórios da PF sobre a busca e apreensão – e a situação de Arthur Lira tende a se complicar. No endereço do motorista Wanderson de Jesus, os agentes apreenderam um caderno-caixa, mostrando saldos, repasses, destinatários e datas. As anotações manuscritas, que estavam dentro de um Corolla, referem-se aos meses de abril e maio deste ano. O nome “Arthur”, que os investigadores suspeitam referir-se ao deputado Arthur Lira, aparece onze vezes e vem acompanhado dos maiores valores, que totalizam pouco mais de 265 mil reais.
Nas anotações do mês de abril, consta que “Arthur” recebeu 20 mil reais no dia 8. Uma semana depois, foram mais 30 mil reais. No dia 17 de abril, houve um gasto de 3 652,00 reais para “Hotel Emiliano = Arthur”. Coincidência ou não, quando vai a São Paulo, o deputado costuma se hospedar no Hotel Emiliano, nos Jardins. Além disso, os registros da Aeronáutica mostram que no exato dia 17 Arthur Lira embarcou num avião da FAB em Brasília com destino a São Paulo.
O dia 28 de abril registra o maior volume de recursos, com quatro repasses no total:
* 6 026,87 reais para “carro Arthur”.
* 844,47 para “Pix almoço […] Arthur”
* 29 200 reais em favor de “Djair = Arthur”
* 100 mil reais para “Arthur”.
O relatório da PF não informa quem é “Djair”, o beneficiário de 29 200 reais, mas há mais uma coincidência: o deputado Arthur Lira emprega em seu gabinete um secretário parlamentar cujo nome é Djair Marcelino. O secretário parlamentar foi denunciado como integrante de um milionário esquema de rachadinha, que, segundo o Ministério Público Federal, Lira comandou na Assembleia Legislativa de Alagoas na época em que era deputado estadual.
As anotações ainda registram dois pagamentos adicionais. Um deles, realizado no dia 10 de abril, no valor de 12 509,71 reais, foi em favor do “Hotel Emiliano”, mas não há menção ao nome de “Arthur”. Em outra coincidência, os registros da Aeronáutica mostram que o deputado viajou para São Paulo no dia 4 de abril, voando em avião da FAB de Maceió para São Paulo, de onde voou para Brasília no dia 9 de abril. E, neste período, passou por uma cirurgia que demandou repouso na capital paulista. Outro pagamento, feito no dia 29 de abril, no valor de 4,8 mil reais, em favor de “telefone – D. Ivonete”. Não há detalhes, mas os agentes da Polícia Federal desconfiam que seja uma menção à mãe de Arthur Lira. Ela se chama “Ivanete”, com “a” em vez de “o”.
No dia 8 de abril, aparecem ainda dois registros – um de 1 mil reais, outro de 4 mil reais – em favor de “Álvaro”. Em 26 de abril, “Álvaro” recebeu mais 700 reais. A Polícia Federal também não identifica no relatório o beneficiário, mas, em nova coincidência, um dos filhos de Arthur Lira chama-se Álvaro.
As anotações de maio registram gastos mais modestos. Mostra que no dia 2 houve um repasse de 8 170 reais para “pagamento Fabio engenheiro/Arthur”. No dia seguinte, foram 23 850 reais para “materiais elétricos fazenda = Arthur”. Em 5 de maio, houve dois pagamentos. Um de 24 884 reais, em favor de “Fabio engenheiro Arthur” e mais 8,5 mil reais para “pagamento irrigação = Arthur”. Arthur Lira tem fazendas em Alagoas.
No endereço de Wanderson de Jesus, além do caderno-caixa, os agentes da PF encontraram papéis relacionados ao caso dos kits de robótica, apreenderam pouco mais de 150 mil reais em espécie e, também, um manuscrito no qual os signatários declaram ter recebido do deputado Arthur Lira “a importância de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) referente à nova área de 11,5 tarefas [uma medida agrária] do Sr. Manoel Pacheco Filho e Joana Martins Pacheco, pelo qual dou plena e total quitação”. Não há data no recibo.
À Polícia Federal, o motorista Wanderson de Jesus disse que as anotações se referem a pagamentos que ele próprio realizou a mando de Luciano Cavalcante, que, segundo ele, também é o dono do Corolla, onde os documentos foram encontrados. O relatório afirma: “A grande quantia de dinheiro em espécie apreendida com Wanderson, totalizando R$ 150.200,00 (cento e cinquenta mil e duzentos reais), somada às diversas anotações de pagamentos, que ao que tudo indica eram também feitas em espécie […], configura[m] o tipo previsto no artigo 1º, inciso ii, da Lei nº 9613/98.” Uma parte desse total, 110 mil reais, foi encontrada em uma mochila dentro do porta-malas. O motorista relatou que pertencia a Cavalcante. (Em diligências anteriores, a PF identificou que Wanderson de Jesus recebeu dinheiro em mãos do empresário Pedro Magno Salomão, apontado como operador financeiro do esquema.) O relatório da apreensão prossegue: “As diversas atividades desempenhadas por Wanderson a mando de Luciano, além da aparente disposição por parte deste último de [ter] bem registrado em nome da esposa de Wanderson, denotam a existência de uma divisão clara de tarefas com a finalidade da prática de lavagem de dinheiro”
No endereço do próprio Luciano Cavalcante, segundo o relatório, os agentes apreenderam “duas agendas contendo manuscritos que podem ser relevantes para a investigação” e “documentos diversos relacionados à pessoa de Arthur César Pereira de Lira (encontrados na gaveta)”. Entre os principais documentos, estão:
“Papéis manuscritos contendo relação de valores.”
“Correspondência da Santa Casa destinada a Arthur Cesar Pereira de Lira”
“Documento intitulado Passagens Família Arthur.”
“Listas e contratos encontrados na mala de viagem em poder de Luciano Ferreira Cavalcante.”
“Duas agendas contendo manuscritos que podem ser relevantes para a investigação.”
A piauí procurou o deputado Arthur Lira para falar sobre o conteúdo do relatório da PF. Em mensagem de WhatsApp, a revista perguntou se o ex-auxiliar e o motorista haviam feito pagamentos pessoais em seu favor entre abril e maio, se suas despesas no Hotel Emiliano haviam sido bancadas por terceiros, se alguma de suas fazendas havia adquirido material elétrico e realizado despesas com irrigação e, por fim, se o deputado havia desembolsado 40 mil reais por um pedaço de terra. Em caso de resposta afirmativa para alguma das perguntas, a piauí pedia ao deputado se poderia identificar a fonte do dinheiro. Lira recebeu as perguntas no sábado à tarde, mas, no final da manhã de domingo, informou que não iria se manifestar.
A piauí também procurou o advogado André Callegari, que representa Luciano Cavalcante e Wanderson de Jesus, para saber se eles fizeram pagamentos pessoais em favor do deputado Arthur Lira e familiares. “Vamos aguardar a investigação para qualquer manifestação”, respondeu o advogado. “Após o relatório do delegado e da análise dos autos, podemos nos manifestar.”
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No papel estão anotados 11 pagamentos, referentes aos meses de abril e maio deste ano, com o nome “Arthur”. Despesas coincidem com gastos efetuados pelo deputado.
Um revelação bombástica publicada em reportagem de Breno Pires, no site da revista Piauí deste domingo (25), colocam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no centro das investigações sobre um suposto esquema de corrupção que seria comandado por seu ex-assessor Luciano Cavalcante e operado pelo motorista do auxiliar, Wanderson Ribeiro Josino de Jesus.
Em meio ao material apreendido na operação de busca e apreensão realizada no início do mês, a Polícia Federal (PF) encontrou um manuscrito dentro de um Corolla que estava na casa de Josino de Jesus que mostra uma espécie de contabilidade.
No papel estão anotados 11 pagamentos, referentes aos meses de abril e maio deste ano, com o nome “Arthur” que, segundo a PF, pode ser uma referência ao deputado, alçado por Jair Bolsonaro (PL) ao comando da Câmara, onde implantou o chamado Orçamento Secreto.
No total, segundo a reportagem os pagamentos somam R$ 265 mil. A situação complica ainda mais porque em alguns casos, os pagamento coincidem com gastos do deputado.
A reportagem cita, por exemplo, um gasto de R$ 3.652 para “Hotel Emiliano = Arthur” no dia 17 de abril. Nesse dia, os registros da Aeronáutica mostram que Lira embarou em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para São Paulo, onde o deputado costuma se hospedar no Hotel Emiliano, localizado nos Jardins, área nobre da capital paulista.
No endereço do motorista, além do manuscrito, os agentes da PF encontraram papéis relacionados ao caso dos kits de robótica, esquema que seria operado para desvio de dinheiro público a partir de emendas do Orçamento Secreto.
*Com Forum
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Os mercenários Wagner deixaram a cidade russa de Voronezh e também o quartel-general do exército russo em Rostov. Após um sábado (24) de rebelião armada, o Kremlin informou que irá retirar as acusações contra o líder dos paramilitares Yevgeny Prigozhin, que aceitou se mudar para Belarus.
De acordo com o governador da cidade russa de Voronezh, situada na fronteira com a Ucrânia e a cerca de 600 km ao sul de Moscou, a saída dos mercenários “está correndo de maneira estável e sem incidentes”, afirmou em comunicado divulgado neste domingo (25).
Antes disso, os Vagner já haviam deixado as instalações militares em Rostov-do-Don, cidade no sul da Rússia, segundo o GGN.
Agora, o líder do grupo segue para o país vizinho Belarus, após um acordo intermediado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, a fim de evitar “um banho de sangue“.
Na noite de ontem, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, assegurou que o líder Wagner “tinha a palavra do presidente” Vladimir Putin e que o “processo criminal contra ele será arquivado“.
Peskov ainda garantiu que “ninguém vai perseguir” os paramilitares, “levando em conta os seus méritos na frente” ucraniana. “Alguns deles, se quiserem, poderão assinar contrato com o Ministério da Defesa”, acrescentou.
O acordo significa o fim da maior crise militar interna na Rússia desde o início da década de 1990.
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Investigações revelam possíveis mensagens comprometedoras entre Mauro Cid e Jair Bolsonaro.
A análise do celular de Mauro Cid continua sendo feita pela PF e, de acordo com pessoas a par das investigações, vai trazer nos próximos 15 dias novidades tão impactantes quanto às já reveladas. O que pode incluir um filé mignon: trocas de mensagens que comprometem diretamente Jair Bolsonaro, diz Lauro Jardim, O Globo.
Os detalhes específicos das mensagens e seu conteúdo ainda são desconhecidos, mas a possibilidade das divulgações de informações comprometedoras envolvendo Jair Bolsonaro tem gerado grande expectativa no cenário político atual. Mauro Cid, cujo celular está sendo submetido a análises forenses, é uma figura central nessa investigação. As conversas que ocorreram entre ele e Bolsonaro podem lançar luz sobre possíveis irregularidades ou ações controversas do ex-presidente.
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Foi a sociedade civil brasileira com ajuda dos grandes países que impediu o golpe.
Bolsonaro tentou dar um golpe várias vezes durante seu governo. Agora está sendo julgado pelo TSE e provavelmente se tornará inelegível nos próximos oito anos. O que é muito justo, mas pouco. É preciso haver também um julgamento criminal.
Foi a sociedade civil brasileira com ajuda dos grandes países que impediu o golpe. Nas minhas aulas eu costumo ensinar que há duas formas de sociedade voltada para a política: a nação e a sociedade civil.
As mesmas pessoas e organizações participam das duas formas de sociedade, mas enquanto a nação está voltada para a autonomia nacional e o desenvolvimento econômico, a sociedade civil está voltada para a justiça social e a democracia.
No Brasil nós temos uma nação fraca e uma sociedade civil forte. A nação é fraca porque, não obstante os esforços realizados por Lula no seu primeiro governo e a agora, o Brasil continua subordinado aos grandes países que não têm interesse na nossa industrialização.
A força da sociedade civil ficou demonstrada no governo Bolsonaro. Só em 1985, com a aprovação do sufrágio universal, os brasileiros conquistaram a democracia, mas essa conquista foi definitiva.
É claro que os setores autoritários senão fascistas ganharam poder desde as manifestações de 2013. Foi quando a classe média, espremida entre os pobres, que o governo do PT procurava privilegiar e os muito ricos que não conseguia controlar, inclinou-se para direita.
Apesar disso, a maioria dos brasileiros, em todas as classes, inclusive a classe alta superior, preferem a democracia à ditadura. Têm boas razões para isso. Os governos podem errar, mas a sociedade civil e o Estado são suficientemente fortes para garantir a democracia.
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Em que pese o conhecimento detalhado que se tem hoje sobre a atuação partidária organizada das cúpulas das Forças Armadas como um partido político com projeto próprio de poder, amplos setores da sociedade brasileira ainda acreditam nas “narrativas” mentirosas dos militares, como a do chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, que sustenta que “nós, o Exército, nunca quisemos dar nenhum golpe”.
Decerto amparado na crença da eterna impunidade, o general vai longe no seu atrevimento: “Tanto não quisemos, que não demos [o golpe]”, declarou. A mensagem é clara: quando quiserem – ou, quando puderem –, os militares perpetrarão o golpe para tomarem de assalto o poder.
As cúpulas militares estão vencendo a batalha comunicacional sobre este período histórico em que tiveram não só primazia absoluta na condução do governo fascista-militar, como centralidade nos trágicos acontecimentos precedentes e posteriores à eleição de 2018, quando elegeram a chapa militar Bolsonaro/Mourão à presidência do Brasil.
Habilmente, descarregam as “culpas” nos bodes expiatórios midiaticamente mais atraentes, como Bolsonaro, Mauro Cid e elementos secundários da súcia. Desse modo, essas cúpulas que implicaram institucionalmente as Forças Armadas nos atentados à democracia vão conseguindo se safar das responsabilidades diretas e centrais na conspiração.
Já em 7 de outubro de 2018, data do primeiro turno da eleição presidencial, reportagem do jornalista argentino Marcelo Falak para o Ámbito Financiero destacava, a partir de relatos de uma fonte do alto oficialato das Forças Armadas brasileiras, que Bolsonaro era, na realidade, um Cavalo de Tróia para viabilizar o projeto secreto da cúpula militar – “o homem que a cúpula das Forças Armadas escolheram, há 4 anos [ainda em 2014, portanto], para que ele se fosse convertido no presidente do Brasil”.
Agora, quase cinco anos depois, outra matéria jornalística – do jornal inglês Financial Times [FT, de 21/6] – traz claridade a respeito do protagonismo decisivo das cúpulas militares na complexa dinâmica política nacional.
O FT relata “uma pressão silenciosa de um ano pelo governo dos EUA para conclamar os líderes políticos e militares do país a respeitarem e protegerem a democracia”.
Na matéria, o ex-embaixador dos EUA no Brasil [2016/2018] Michael McKinsley cita um “empenho muito incomum” que “durou quase um ano” e significou uma “campanha coordenada em várias ramificações do governo dos EUA, como os militares, a CIA, o Departamento de Estado, o Pentágono e a Casa Branca”.
De acordo com o também ex-embaixador dos EUA no Brasil [2009/2013] e ex-Sub-secretário do Departamento de Estado Thomas Shannon, “o esforço começou com a visita do assessor de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan” a Bolsonaro e a autoridades do governo, em agosto de 2021.
O assessor de segurança do governo Biden se convenceu que “Bolsonaro seria totalmente capaz de manipular os resultados da eleição ou negá-los, como Donald Trump havia feito”. A partir de tal constatação, o governo estadunidense decidiu aumentar as pressões sobre Bolsonaro e os militares.
No dia seguinte ao encontro que Bolsonaro promoveu com representações diplomáticas estrangeiras em Brasília para avacalhar o sistema eleitoral brasileiro, o Departamento de Estado saiu em defesa do sistema eleitoral e das instituições brasileiras, numa sinalização crítica à postura de Bolsonaro.
Segundo uma autoridade do alto escalão do Brasil, aquele “endosso incomum” ao sistema de votação brasileiro “foi muito importante, especialmente para os militares. Eles recebem equipamentos dos EUA e fazem treinamentos lá, de modo que ter boas relações com os EUA é muito importante para os militares brasileiros. [Neste sentido], a declaração foi um antídoto contra a intervenção militar”.
Uma semana depois, foi a vez de Lloyd Austin, secretário de Defesa do governo Biden, dar uma reprimenda nas cúpulas fardadas nativas, dizendo que as forças militares precisavam estar “sob forte controle civil” [26/7/2022]. Conforme o FT, Austin alertou os militares brasileiros sobre as consequências negativas caso perpetrassem um golpe.
Além do assessor de segurança nacional e do secretário de Defesa dos EUA, a general Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos EUA; e o chefe da CIA, William Burns, também se encontraram com o governo Bolsonaro no ano eleitoral. “Isso [tamanha movimentação] é comum? Não, não é”, disse McKinley, reconhecendo a anormalidade da situação.
Está claro, portanto, que as cúpulas militares só não prosseguiram o plano golpista de virada de mesa para impedir a posse do presidente Lula por falta de apoio dos EUA.
Fosse Donald Trump o presidente da potência do Norte, ou se Bolsonaro não fosse um aliado estadunidense tão visceralmente atrelado a Trump e contestador da eleição de Joe Biden, provavelmente o governo Biden não teria agido como agiu, e então os militares teriam avançado na consecução do golpe.
A democracia clama por investigação e responsabilização das cúpulas militares e oficiais conspiradores que atentaram contra o Estado de Direito. O Brasil não pode continuar nesse auto-engano eterno em relação às Forças Armadas. A impunidade é um caminho livre para a destruição da democracia.
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De acordo com o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, os combatentes do Grupo Wagner que participaram dos eventos de hoje (24) não serão processados.
Sputnik – Depois que Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, aceitou cessar o motim iniciado ontem (23), o Kremlin informou neste sábado (24) que o processo criminal aberto contra Prigozhin será encerrado e que o líder do grupo vai se mudar para Belarus.
De acordo com o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, os combatentes do Grupo Wagner que participaram dos eventos de hoje (24) não serão processados. .Ao mesmo tempo, Peskov informou que os combatentes que quiserem poderão fechar contrato com o Ministério da Defesa russo.
O porta-voz também falou da mediação feita pelo lado belarusso, através do presidente Aleksandr Lukashenko. Ele disse que tanto Lukashenko quanto o presidente Vladimir Putin decidiram que Minsk será um mediador para chegar a acordos, e que a iniciativa partiu pessoalmente do chefe de Estado belarusso.
“O objetivo final era evitar derramamento de sangue e confronto interno, e os esforços de Lukashenko foram direcionados em nome desses objetivos”, afirmou Peskov.
O porta-voz informou que o ocorrido em nada mudará a operação russa na Ucrânia, a qual continuará normalmente.
Por fim, Peskov afirmou que “nenhum novo discurso de Putin é esperado em um futuro próximo”.
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Pelo acordo, mediado pela Bielorrússia, Kremlin garante a segurança dos integrantes do Grupo Wagner, desde que os comboios rumo a Moscou voltem para de onde vieram, diz O Globo.
O chefe do grupo Wagner aceitou cessar o motim iniciado na sexta-feira após negociações com a Bielorrússia, informou Minsk. Segundo as autoridades os rebeldes anunciaram o retorno para os quarteis na noite deste sábado (tarde no Brasil), “para evitar um banho de sangue”.
Pelo acordo, o Kremlin garante a segurança dos integrantes do Grupo Wagner, desde que os comboios rumo a Moscou voltem para de onde vieram.
A Rússia instaurou, neste sábado, um “regime de operação antiterrorista” na região de Moscou, depois que o grupo paramilitar Wagner afirmou ter controlado os territórios militares da cidade de Rostov, no Sul do país, informaram agências de imprensa russas. Em pronunciamento pela televisão, o presidente russo, Vladimir Putin, qualificou a rebelião como uma “punhalada pelas costas” e acusou o líder dos mercenários, Yevgeny Prigojin, de ter “traído” a Rússia por sua “ambição desmedida”.
Na véspera, a rixa entre o governo da Rússia e o líder do grupo de mercenários ganhou grandes proporções. Yevgeny Prigojin acusou o Exército russo de bombardear suas bases próximas à linha de frente com a Ucrânia e convocou uma “rebelião armada” contra o comando militar nacional em resposta, levando autoridades no país a investigá-lo, por consequência.
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