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Saúde

Dispara o número de contaminados e de mortos pela Covid. É hora de voltar a usar máscara

Em boletim divulgado hoje (1º), o Ministério da saúde informou que o Brasil reportou 144 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 689.945 óbitos provocados pela doença em todo o país.

Pelos dados da pasta, houve 35.978 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 35.302.137 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 34.257.388 casos recuperados da doença até aqui, com outros 354.804 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.

*Com Uol

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Valdemar vê Bolsonaro fragilizado e sem capacidade de liderar oposição

Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto está assustado com a fragilidade de Jair Bolsonaro após derrota para Lula.

Valdemar da Costa Neto está assustado com a fragilidade de Jair Bolsonaro, um mês após a derrota para Lula.

O presidente do PL esperava que Bolsonaro despertasse para o papel de líder da oposição no jantar organizado pelo partido para as bancadas da Câmara e do Senado, na quarta-feira (29/11). Entretanto, a apatia de Bolsonaro, que pouco falou evento, frustrou Valdemar.

Segundo o presidente confidenciou a um aliado, as últimas semanas teriam evidenciado que Bolsonaro não terá capacidade de liderar a oposição a Lula. E tampouco parece ter essa disposição.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Por isso, não só a colaboração financeira, assim como a de compartilhamento das matérias, depende de uma corrente a partir dos próprios leitores.

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Vídeo: Caminhoneiro atropela bolsonaristas em bloqueio de rodovia, há relato de uma morte

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rondônia informou que o caso foi registrado no início da noite desta quarta-feira (30).

Um caminhoneiro, de identidade não revelada, foi preso, nesta quinta-feira (30), após atropelar manifestantes bolsonaristas que bloqueavam a rodovia BR 364, em Rondônia. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o homem teria fugido sem prestar socorro.

Seu caminhão foi atacado com pedras e tiros, o que fez com que perdesse o controle da direção.

Nas redes sociais, vídeos do momento do atropelamento foi compartilhado rapidamente. Há relatos de feridos e de uma morte nas publicações, porém a informação ainda não foi confirmada pelas autoridades locais.

O veículo teria sido apedrejado ao tentar passar próximo à concentração dos manifestantes. Nas imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível ver o momento em que o caminhão passa pelos manifestantes, enquanto alguém informa, no som ao fundo do vídeo, que o caminhão está sendo apedrejado. Em seguida, o motorista faz o retorno e atropela pessoas e a estrutura montada.

*Com Uol

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Bolsonaro suspende orçamento secreto após apoio do PT a Lira

O presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou suspender o pagamento do orçamento secreto após o PT (Partido dos Trabalhadores) fechar apoio à reeleição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), segundo informação publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

O orçamento secreto é o esquema de repasse de recursos públicos por meio das emendas de relator, sem transparência, em troca de adesões para aprovação de projetos na Câmara e no Senado.

Segundo a publicação, a ordem do Palácio do Planalto é não repassar mais nada neste ano e que a medida, na prática, deixa Lira “sem capacidade de honrar os acordos feitos para bancar sua reeleição ao comando da Casa.” Além disso, a manobra de Bolsonaro deixaria para Lula o ônus de ter que manter o esquema, que ele mesmo condenou durante a realização da campanha eleitoral.

Dos R$ 16,5 bilhões reservados para o orçamento secreto neste ano, R$ 7,8 bilhões estão bloqueados pelo governo federal. Líderes do Congresso —que agiam nos bastidores para destravar os valores— teriam sido pegos de surpresa por dois atos assinados por Bolsonaro, nesta quarta-feira (30).

O argumento do governo Bolsonaro, no entanto, foi o de que “faltam recursos para outras áreas com os sucessivos bloqueios que o governo precisou fazer para cumprir o teto de gastos, a regra que atrela o crescimento das despesas à infância.”

*Com Uol

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Irregularidade

TRE aponta falhas na prestação de contas de Moro pela terceira vez

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná se manifestou, pela terceira vez, pela reprovação da prestação de contas da campanha eleitoral do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR).

De acordo com servidores da corte, Moro cometeu infração grave na documentação. Depois que a defesa do ex-juiz apresentou em uma tréplica novos comprovantes para justificar gastos considerados inconsistentes, mais uma vez a documentação foi rejeitada.

Segundo Mônica Bergamo, Folha, servidores da corte já haviam apontado infração grave na documentação, mas a defesa do ex-juiz voltou a apresentar, em uma tréplica, novos comprovantes para justificar gastos considerados inconsistentes. Na terça-feira (29), parte da papelada foi rejeitada mais uma vez.

Apenas três despesas foram revistas e acatadas pela área técnica: um saque para composição de fundo de caixa no valor de R$ 1.500 e o lançamento de notas fiscais emitidas por dois fornecedores diferentes.

O parecer pode abrir caminho para uma investigação mais rigorosa das contas do ex-juiz. Procurado por meio de sua assessoria, Sergio Moro não se manifestou até a publicação deste texto.

No início deste mês, quando foi solicitada a reapresentação da prestação de contas, o ex-juiz afirmou que o relatório da Justiça Eleitoral era padrão e natural neste período de pós-campanha.

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Militares da ativa ferem lei e participam de protestos contra posse de Lula

O comportamento, passível de punição como transgressão disciplinar, já era motivo de preocupação nas cúpulas militares; Ministério da Defesa, comandos das Forças Armadas e os próprios militares não comentaram os casos

De forma ilegal, militares da ativa das Forças Armadas se engajaram em manifestações antidemocráticas de inconformidade com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República. Oficiais e praças do Exército, da Marinha e da Aeronáutica se incorporaram à vigília do bolsonarismo e têm sido flagrados em atos presenciais no entorno de quartéis, bem como em publicações de viés golpista nas redes sociais. Essas manifestações são proibidas pelas regras da caserna.

O comportamento, passível de punição como transgressão disciplinar, já era motivo de preocupação nas cúpulas militares. O comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, orientou os subordinados a não se envolverem com as manifestações, durante reunião com os generais da ativa. Além de não reprimi-las com uso da força para encerrar as aglomerações, eles também não deveriam estimular os manifestantes.

O Estadão teve acesso a publicações nas redes sociais do tenente-coronel Darlan Sena, assessor direto do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Logo após a vitória de Lula, o oficial adotou como imagem de perfil a foto do general Newton Cruz, conhecido por representar a repressão no regime militar e ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI). Sena é militar da ativa e exerce função gratificada no Palácio do Planalto, na equipe de comunicação de Augusto Heleno.

Heleno é um dos mais radicais aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e chegou a dizer que “infelizmente” Lula não estava doente. O GSI é responsável direto pela proteção do presidente da República, vice e familiares. Por desconfiança, foi dispensado do gabinete de transição, embora já tenha feito contato com o general Gonçalves Dias, ex-chefe da segurança de Lula nos governos anteriores.

O assessor de Heleno publicou ainda uma imagem da bandeira do Brasil alterada para a cor preta e com a inscrição “bandidos e corruptos” e o “povo brasileiro mostrou ao mundo que apoia a corrupção e a criminalidade”. Em uma série de publicações seguintes, dizia “sou militar e nunca irei prestar continência a bandido” e “não reconhecemos um governo criminoso; fora, Lula”, com a foto do presidente eleito. Mais recentemente, divulgou um vídeo quebrando um ovo com as mãos diante da bandeira nacional – referência a Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Imagem do General Newton Cruz no perfil de Darlan Sena, militar da ativa, em rede social.Imagem do General Newton Cruz no perfil de Darlan Sena, militar da ativa, em rede social. Foto: Reprodução/Redes sociais Darlan Sen

Outro militar do GSI foi flagrado atuante nas manifestações. Conforme o jornal Folha de S. Paulo, o primeiro-sargento da Marinha Ronaldo Ribeiro Travassos distribuiu vídeos de incentivo aos atos de teor intervencionista, nos quais aparece em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília. Ele repetiu palavras de ordem de manifestantes que pretendiam impedir a posse de Lula e defendeu a execução de eleitores do petista.

O sargento desempenha funções administrativas no GSI. Ele disse num dos vídeos que “tem certeza” de que “o ladrão não sobe a rampa”. Em áudios de WhatsApp, afirmou que conversou sobre o protesto com o general Joaquim Brandão, assessor especial de Heleno. Ele também previu uma guerra civil no País: “Um patriota eu vou defender. Se o meu irmão faz o L é tiro na cabeça, tem que morrer mesmo. Não é brincadeirinha, não. Quem faz o L é terrorista, tem que morrer mesmo, ou mudar ou morrer”.

Em outra mensagem de áudio, Travassos desdenha das restrições impostas pela legislação brasileira à atuação político-partidária dos militares. Elas constam na Constituição, em leis, como o Estatuto dos Militares, e no Regulamento Disciplinar do Exército. “Alguém está preocupado com isso?”, diz o sargento, dando a entender que um general do GSI tem conhecimento de sua participação nos atos.

O segundo-sargento da Aeronáutica Francisco Roksinaidy gravou vídeos incentivando a participação e trabalhando em uma cozinha improvisada diante do QG do Exército. Ele pedia doações para contribuir com a manutenção do acampamento.

https://www.instagram.com/reel/Ckiv0XbJvIA/?utm_source=ig_web_copy_link

Medidas disciplinares

O Ministério da Defesa e os comandos das Forças Armadas não comentaram os casos citados pela reportagem, assim como os próprios militares. Em relação ao sargento Travassos, o GSI informou que o Comando da Marinha adotará as medidas administrativas e disciplinares julgadas pertinentes. A pasta não comentou as publicações do tenente-coronel Sena.

Em geral, as Forças Armadas não se pronunciam oficialmente sobre a abertura dos procedimentos, mas notificam os envolvidos.

Por outro lado, oficiais superiores que já fizeram críticas à partidarização das Forças Armadas e ao protagonismo político das atuais cúpulas hierárquicas, mesmo na reserva, sofreram processos disciplinares. É o caso do coronel Marcelo Pimentel, que acumula cinco procedimentos de apuração disciplinar, e do almirante Antônio Nigro.

Pimentel afirma ser vítima de perseguição indevida. No caso do oficial da Marinha, o Ministério Público decidiu abrir um procedimento para apuração possível punição ilegal. Ambos argumentam ter amparo legal para se manifestar sem restrições acerca de assuntos políticos, mesma interpretação do MPF. Embora sujeitos ao Estatuto dos Militares, os militares inativos podem “opinar livremente” sobre assunto político, conforme lei número 7524, de 1986. “Enquanto isto, eu, na reserva e nunca tendo participado, nem na inatividade, de manifestações coletivas de natureza política, estou sendo alvo do 5° PAD por expressar, em tweet, minha crítica ao protagonismo político das cúpulas hierárquicas das Forças Armadas”, protestou Pimentel.

Autoridades militares na cadeia de comando já haviam classificado as manifestações como justas. O general André Luiz Allão, comandante da 10ª Região Militar do Exército, em Fortaleza (CE), discursou diante de militares e afirmou que “toda manifestação ordeira e pacífica é justa, não interessa o que ela pede”. Ele afirmou ter a responsabilidade de proteger as pessoas que participam dos protestos, ainda que existam “ordens de outros poderes no caminho contrário”.

Se os comandantes da Marinha, Almir Garnier Santos, e da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, registravam comportamento simpático ao presidente Bolsonaro nas redes sociais, o general Freire Gomes mantinha-se afastado. No sábado passado, porém, ele abriu discurso de formatura na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) com elogios a Bolsonaro, que participava da primeira viagem nacional após a derrota na eleição. “Estou seguro de que sua dignidade, seu culto à família, seu amor ao Brasil e inabalável fé em Deus serão referência na pavimentação dos caminhos que os jovens a sua frente trilharão a partir de hoje”, disse Freire Gomes, perante os cadetes.

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Opinião

Manda quem pode, quem deixa de poder vai atrás de novo teto

Em 30 dias, Lula fez mais política do que Bolsonaro em quatro anos.

“Realpolitik” para uso interno é o que Lula faz desde que decidiu voltar à presidência da República, entrou em campanha, elegeu-se e começou a governar antes de tomar posse.

Às favas premissas ideológicas quando elas só atrapalham os superiores interesses nacionais. Vinde a mim os que queiram tirar o país do buraco. Se não vierem, eu os procurarei.

Nos anos 1980, quando a ditadura começou a dar sinais de fraqueza, a esquerda montou em Lula imaginando cavalgá-lo para chegar ao poder. Foi ele que a cavalgou até quando esteve preso.

Na eleição presidencial de 1989, a primeira depois que a ditadura ruiu, o ex-líder sindical metalúrgico, que sempre olhara a esquerda com desconfiança, lhe fez concessões e arrependeu-se.

Parecia um peixe que pulara para fora do aquário. Não se sentia à vontade. Aquela não era sua praia, nem a sua turma. Pensou em desistir ao não se eleger governador de São Paulo.

Deputado à Assembleia Constituinte de 1988, concluiu que seu lugar não era no Legislativo. Descobriu que seria no Executivo depois de perder mais duas eleições e vencer a primeira.

Foi logo dizendo ao se eleger: “Quem teve voto aqui fui eu e o José de Alencar” (seu vice). Mal se instalou no Palácio do Planalto, advertiu: “Toda vez que fui pela esquerda me dei mal”.

Intuitivamente, aprendeu que lidar com o Poder é como lidar com um violino: toma-se o instrumento com a mão esquerda e toca-se com a direita. Há uma foto emblemática dele fingindo tocar.

Não é um músico de primeira. Mas qual político construiu uma biografia maior do que a dele? Maior não em extensão, mas na riqueza contrastante de fatos que pareceriam irrealizáveis?

Lula “é o cara”, como o disse Barack Obama, então presidente dos Estados Unidos, em uma reunião de líderes mundiais em Londres. Pois o cara ficará mais quatro anos por aí. É ele quem dá as cartas.

Montou uma coligação de 10 partidos para se eleger, já conta com 13 e quer mais. Disse que seu governo refletirá essa ampla frente partidária, e o PT não disse nada, conformando-se.

É ele que escolhe quais partidos quer ter ao seu lado, e, dentro deles, os que serão ministros. Escolhe fora deles também, como é o caso de José Múcio Monteiro, o próximo ministro da Defesa.

Os comandantes bolsonaristas das Forças Armadas ameaçaram renunciar aos seus postos em sinal de desprezo por Lula. Lula antecipou-se e anunciará em breve seus substitutos.

Por que trombar com Arthur Lira (PP-AL) que tem voto à beça para se reeleger presidente da Câmara dos Deputados? Dilma trombou com Eduardo Cunha (MDB-RJ) e deu no que deu.

Então, toda a esquerda, e onde mais Lula influencie, votará em Lira em troca de sua boa vontade com o futuro governo. É preciso aprovar com urgência a PEC dos novos gastos, e sem Lira não dá.

O chamado mercado (leia-se: os donos das maiores fortunas) não queria Fernando Haddad (PT) para xerife da economia. Ouviu de Lula a ordem: “Alto lá”. Será Haddad. Há limites para tudo.

Em 30 dias, Lula fez mais política do que Bolsonaro em quatro anos. As cores nacionais deixaram de ser exclusividade da malta que ainda suplica por golpe debaixo de chuva.

Enquanto ele conta os dias que faltam para poder pedir nas madrugadas do Palácio do Alvorada um sanduíche de pão com ovo ao seu gosto, Bolsonaro é um sem teto à procura de novo endereço.

*Noblat/Metrópoles

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Conflito

Bolsonaro e Carla Zambelli batem boca durante jantar do PL

Zambelli confirmou a discussão com o ocupante do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro discutiu com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante o jantar de confraternização do PL, na terça-feira (29/11), em Brasília.

A discussão, que ocorreu na mesa em que o presidente jantava, foi presenciada por parlamentares do partido. Segundo relatos, Bolsonaro estava exaltado com a deputada.

Em resposta à coluna, Zambelli confirmou a discussão, mas não quis informar o motivo. Ela negou, porém, qualquer relação com o episódio da arma sacada por ela na véspera do segundo turno da eleição.

Como noticiou a coluna, o episódio irritou integrantes do clã Bolsonaro, que o apontam como um dos fatores que contribuíram para a derrota do atual presidente para Lula nas urnas.

*Com Metrópoles

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Apoio

Apoie o Antropofagista. Com um Pix de qualquer valor, você apoia a democracia

Ficou claro que a guerra de narrativas nas redes sociais foi decisiva para a vitória de Lula. Cada declaração, discurso ou mesmo exposição de sua imagem ganhou relatos positivos, mas também negativos do outro lado que, de forma ficcional criavam narrativas a serem apresentadas aos eleitores sem qualquer combinação com a realidade.

Não há dúvida de que essas serão as características cada vez mais frequentes na disputa política. Cada acontecimento terá tradução de lados opostos, como acontece em todo o planeta.

A nós, cabe não só a busca da verdade, mas a de apresentar como características as armas da verdade para destruir falsas narrativas largamente utilizadas pelo bolsonarismo, mas não só ele.

Inúmeras experiências já nos mostraram que a direita como um todo usa a narrativa para fabricar histórias, cabe a nós explicitá-la trazendo as contradições crônicas da direita que sempre vende sua visão de mundo como fábula e apresentar caminhos e elementos que certamente estarão dentro das políticas do terceiro mandato de Lula com um texto que contemple a verdade.

Por isso, mais do que nunca estamos em busca de apoio financeiro para seguir nessa jornada antifascista, porque o outro lado tem estrutura e grana para fabricar enredo a modo e gosto.

Pedimos aos leitores que contribuam com o nosso trabalho, porque a guerra da narrativa será feita cada vez mais na web.

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