Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

A “culpa” de Lula voltar ao poder é de Lula que deixou o governo com 87% de aprovação

Quem peidei? Esta era uma brincadeira de moleque comum na minha geração de quem resolvesse soltar um traque ao estilo espalha bolinho.

Magros de votos e desenxabidos, Paulo Guedes, que representa o governo Bolsonaro que está semimorto, e Moro, atolado numa poça de lama, trocam dedadas para apontar, um para o outro, a culpa por seus fracassos diante da iminente vitória de Lula.

Cada qual com sua esporinha, tentando atingir o abdomen do outro. Moro culpa o desastre do governo Bolsonaro pela volta de Lula. Guedes, por sua vez, culpa a saída de Moro do governo.

Na verdade, são dois mamoeiros no quintal, apinhados de frutos podres e com os olhos embotados para a verdade factual.

Enquanto Bolsonaro se filma como um porco comendo farofa para caricaturar o povo brasileiro, Moro, que viveu de tocaia contra o PT, como um bom pelego do mercado, sente agora no lombo que está sendo pisado como uma saco velho pelos que antes o adulavam, emoldurando-o como um herói nacional.

Seja como for, independente da barrigueira entranhada no portfólio dos dois que não produziram nada além de palha de milho, o argumento deles também explica o próprio fracasso. Este é o problema do mau perdedor, o da visão miúda.

Ora, o povo está dando o recado de que se lembra do que Lula fez em seus oito anos de governo, o que Bolsonaro não fez de bom em três anos e o que fez de ruim nesse mesmo período, inclusive levando à morte por covid mais de 626 mil brasileiros.

Ou seja, essa árvore maldita que produziu tanto fruto podre, foi plantada por Moro, que condenou e prendeu Lula em 2018, valendo-se da condição de medalhão do judiciário brasileiro a partir da casta midiática, imaginando que a fração fascista da sociedade, denominada como “gente de bem”, seria o suficiente para manter Bolsonaro no governo, numa reeleição, ou o sinhozinho de Curitiba assumiria a cadeira presidencial.

Moro, como já se viu, foi transformado em picadinho por Lula. As pesquisas demonstram isso. E Bolsonaro coloca, diuturnamente, a opinião pública em alerta contra ele por inúmeros e variados motivos.

Moral da história, cada um dá sua pitada a partir de uma opinião que tire de si a responsabilidade pelo fracasso e não reconheça a superioridade histórica de Lula que está léguas à frente.

Some a isso as bocas que emudeceram depois que Lula botou o bloco na rua e vem listando os muitos benefícios que ele promoveu durante oito anos, sem dar à direita qualquer oportunidade de réplicas ou lendas de que o PT quebrou o Brasil.

Tentaram comer o fígado do PT, sobretudo o de Lula e, agora, encontraram o repúdio de um povo sofrido, padecido depois do golpe, que quer a volta de um presidente com recorde histórico de 87% de aprovação.

É isso que a direita e seus golpistas têm que aturar e entender de uma vez por todas que a “culpa” de Lula voltar ao poder é do próprio Lula.

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Se Merval diz que Lula só não será eleito se houver algo inesperado, apostem, a Globo está armando alguma sujeira

Em 2006, Merval disse a mesma frase, que só algo inesperado tiraria a vitória de Lula no 1º turno. A Globo armou a farsa dos aloprados.

A jogada ajudou a levar a eleição de 2018 para o segundo turno, a partir de um vazamento de fotos de dinheiro vivo, dólares e reais. Lógico, isso rendeu uma longa reportagem no Jornal Nacional na sexta-feira que antecedeu o primeiro turno.

Para lembrar a bizarrice da Globo, o Jornal Nacional nem noticiou a tragédia com o avião da Gol naquela mesma noite em que morreram 155 pessoas.

A alegação dos Marinho é a de que a Globo não teve tempo de confirmar o acidente e, por isso, dedicou, desde a abertura até o final do jornal, a denúncia que envolvia o partido do candidato Lula.

No dia seguinte, véspera do primeiro turno, as fotos do dinheiro saíram na capa de todos os jornais. A essa altura, a propaganda eleitoral já estava suspensa, de maneira que o PT não tinha como se contrapor ao noticiário negativo.

A Folha de São Paulo e o Estadão publicaram a foto do dinheiro junto com uma  de Lula usando capuz, como se Lula fosse um ladrão. Tudo para chamar a atenção dos eleitores.

O fato é que isso vazou e foi descoberto um conluio de um delegado com os jornalistas. Esse delegado mencionou a existência de uma foto da Globo, deixando claro que a foto foi produzida para ser exibida na televisão.

Detalhe, a Globo jamais refutou ou investigou o que seria a tal foto mencionada pelo delegado.

O operador dessa farsa foi ninguém menos que o âncora Cesar Tralli. Mas a sordidez dos Marinho foi tanta que a Globo se recusou a vazar sozinha as fotos de uma parede de dinheiro, daí o vazamento coletivo da mídia.

Outra matéria escandalosamente canalha, feita em dobradinha, Veja e Globo, foi a do vazamento criminoso de Moro com uma suposta delação do seu doleiro de estimação, Alberto Youssef, dizendo que Lula e Dilma sabiam de toda a picaretagem operada pelo doleiro e seus comparsas na Petrobras.

Tudo isso aconteceu de forma massiva na mídia, sobretudo na Globo na véspera do segundo turno em que disputavam Dilma e Aécio. Ainda assim Dilma venceu a eleição.

Aqui são citados somente dois exemplos da total falta de escrúpulos da grande mídia, principalmente da Globo que, contra o PT, seja com Lula, seja com Dilma, sempre tentará dar uma cartada suja.

Por tudo isso, é bom ficar de orelha em pé com esse “se houver algo inesperado” do Merval, porque a mídia brasileira já provou por A mais B que nunca ligou para escrúpulos se o alvo for alguém do PT.

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Bolsonaro sobre Lula: estamos em guerra, vão roubar a nossa liberdade. Traduzindo, clã vai perder a blindagem

A vantagem que Bolsonaro tem de ser grotesco, está justamente nas sutilezas, na ausência delas. O sujeito é um casca grossa no pior sentido da palavra. Sim, sabemos que ele é perverso, mau, frio, sádico, um ser horroroso. Mas isso não o absolve da burrice crônica típica de um tapado de pai e mãe.

Bolsonaro não é rude, é burro. Sua limitação intelectual, no entanto, não o impede de agir por instinto como qualquer animal. E ele sabe que, sem ter como controlar literalmente as instituições de controle, vai Bolsonaro e todo o clã em cana, mais uma meia dúzia de laranjas e fantasmas, a parentada das três mulheres e, logicamente a própria, com Queiroz, com tudo.

Não haverá Cristo que os salve dessa encrenca. Na verdade, essa gente que hoje, por interesse, atura Bolsonaro, vendo-o na lona, será a primeira a chutar o fascista nocauteado, justamente porque Bolsonaro é um tosco que sintetiza com exatidão o espírito e cultura da elite brasileira.

Sabendo disso, o sujeito já está bancando o peru de natal, morrendo de véspera.

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Carluxo, facada e farofa: Esse é o código das farsas de Bolsonaro

O que impera nos algoritmos do clã é a palavra farsa, seguida de Carluxo, facada e farofa.

O grotesco só conseguiu provocar a aversão da sociedade, que viu nessa situação caricata uma bizarrice burlesca sem um mínimo de inspiração.

O ridículo na direção teatral de Carluxo foi pautar a cena extravagante para retratar a imagem de alguém do povo, quando o que se viu foi uma imagem deformada de quem não tem a mínima ideia do que pensa, do que sente o povo brasileiro.

A varinha de condão do Carluxo, que tentou transformar o sapo em príncipe no dia em que estourou o escândalo do cartão corporativo, só mostrou o nível de esbórnia que o governo do seu pai representa. O personagem interpretado por Bolsonaro tem origem no esgoto.

Nesse ponto, sem querer, ele acertou, porque é de lá que saiu o verdadeiro Bolsonaro que acabou por reproduzir a própria imagem do ator na vida real.

Por ser excessivamente ridículo, o resultado não poderia ser outro. A zombaria nas redes foi a resposta que eles tiveram. E, ao contrário do que tinham como objetivo, a imagem grotesca teve que ser retirada de circulação por Fábio Faria, o chefe da comunicação do governo, para não alimentar ainda mais o moribundo político que menospreza a inteligência alheia, além da cultura do povo brasileiro.

A ridicularização e o escárnio, repletos de adjetivos, representou a imagem de como o clã Bolsonaro imagina o que é o Brasil, afundando ainda mais o já afundado Bolsonaro.

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O zeitgeist brasileiro e a era do ódio

Essa gente bolsonarista que se diz conservadora, liberal é, na verdade, escrava do ódio. Até porque, no Brasil, acontece um fenômeno interessante, que é a casta do funcionalismo público, a que tem os maiores salários, as maiores mordomias, declara-se liberal e, por conveniência ou por osmose, aplaude o discurso neoliberal do Estado mínimo, do Estadinho. Isso sim é o verdadeiro milagre brasileiro.

Pois bem, essa classe média verde e amarela, que tem o racismo e o preconceito de classe arraigado em sua alma, é literalmente o velho que não quer morrer diante do novo que já nasceu. Dá no que dá.

Essa gente não quer saber de preto em universidade, de empregada doméstica com carteira assinada, de pobre virando classe média, dividindo os espaços antes vips e, por isso mesmo viraram presas fáceis para quem de fato tem poder nesse país, que são os banqueiros, os rentistas e os grandes empresários. Ou seja, a própria Faria Lima que espinoteou contra Dilma em 2013, justamente quando ela fez com que os juros caíssem na marra para que o Brasil tivesse uma economia minimamente saudável para se construir artérias mais abertas para os novos fluxos de produção e integração da sociedade.

Este é o nosso choque cultural, de um lado, a imensa maior parte do povo brasileiro que é formada por pobres e remediados e, do outro, o clero dos abastados seguido por gente que passará o resto da vida matriculada na escola da classe dominante sem jamais fazer de fato parte da papa fina do dinheiro grosso.

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No final, os dois maiores símbolos da Lava Jato, Moro e o Japonês da federal, eram os bandidos

A pergunta que não quer calar é, quando a justiça fará com Sergio Moro o que fez com seu parceiro de protagonismo no pastelão policial lançado pela Globo com o título Lava Jato?

O japonês representa para a Federal o mesmo que Dallagnol, outro medalhão da Lava Jato, representa para o Ministério Público.

O mesmo pode e deve ser dito sobre Moro e o judiciário brasileiro como um todo. Afinal, depois de medalhonado pela Globo, ao contrário do seu slogan, Moro se colocou acima da lei, do sistema de justiça e, sobretudo da constituição.

Tudo isso para, depois, os brasileiros descobrirem que, perto de Moro, Eduardo Cunha é trombadinha e Alberto Youssef, doleiro de estimação do juiz vigarista, parece preposto de cambista de jogo de futebol.

O japonês da Federal foi preso por participação em esquema de contrabando, um crime de monta ínfima se comparado ao de Moro com a Alvarez & Marsal.

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Um porco comendo farofa fora de seu chiqueirinho

Bolsonaro engole mais um frango, agora com farofa.

Se o marketing era, como disse Carla Zambelli, mostrar que Bolsonaro era um homem do povo, ficou claro como a besta do planalto enxerga os mais pobres, como imundos, nojentos, asquerosos ou coisa pior.

Bolsonaro se fantasiou de porco à pururuca com farofa e tudo, para ser fotografado e filmado comendo frango e espalhando sujeira no chão.

Fico imaginando de quem foi a brilhante sacada de associar um porcalhão psicopata com o povo para atrair eleitores das camadas mais pobres da população.

Um sujeito, que aparece sem higiene espalhando lixo nas ruas do país lixo, é a cara de Bolsonaro e da burguesia que o elegeu. O que não deixa de ser também uma homenagem a Moro, afinal, este está mais imundo que o próprio lugar que Bolsonaro resolveu transformar em protótipo de seu chiqueiro.

Só faltou o bodegueiro Véio da Havan fazendo parceria na foto com o genocida imundo.

Outro que merecia uma vaga no retrato oficial do atual presidente da república, representando os três porquinhos do clã, é o bacorinho, Carluxo, para representar a sujeira que se produz no gabinete do ódio.

Enquanto Bolsonaro acumula sujeira, lama e imundície com suas obscenidades, ele também desvia a atenção do seu novo agrado ao mercado financeiro que o manteve até aqui na cadeira da presidência, aumentando 1% taxa Selic, logo no primeiro mês do ano jurando que está combatendo a inflação quando, na verdade, está enchendo as burras dos banqueiros e rentistas que sempre foram o principal foco de privilégios da política nefasta de Paulo Guedes que mergulhou o país numa crise econômica sem precedentes.

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Lula tem tudo para vencer a eleição no 1º turno pelo histórico como presidente que nenhum outro tem

Desde que o mundo é mundo, quem tem o que mostrar, mostra, quem não tem, explica. Lula tem muito o que mostrar, e Bolsonaro, muito o que explicar.

O governo Bolsonaro nunca existiu. O vagabundo, que hoje senta na cadeira da presidência, instituiu um lockdown em sua agenda desde o primeiro dia de seu governo em que jamais trabalhou.

Ao contrário de Bolsonaro, Lula segue como favorito com todas as condições de vencer a eleição no primeiro turno, porque tem um extraordinário histórico como presidente que nenhum outro presidente teve na nossa história.

Basta analisar pragmaticamente o legado de Lula com seus programas sociais, programas de transferência de renda, a indiscutível melhora da condição de vida do povo, seguido à risca por Dilma, o que faz com que se entenda duas coisas, a primeira, porque a classe dominante deu um golpe na ex-presidenta, e a segunda, porque seguiu golpeando a democracia com a prisão política de Lula.

Dito isso, imaginar que Lula, depois de duas décadas de massacre midiático, martelado diuturnamente, não pode ser atribuído ao seu carisma pessoal, carisma, é verdade, que nenhum outro candidato tem, mas também é verdade que esse carisma tem como fonte a empatia de alguém que viveu na miséria como dezenas de milhões de brasileiros, até que Lula e Dilma os tirassem do mapa da fome.

Ao contrário disso, o retrocesso do país voltando ao mapa da fome com o governo Bolsonaro, mostra o oposto, que alguém que sempre viveu às custas das tetas do Estado e que jamais trabalhou na vida, não tem a mínima ideia do que é pobreza e, consequentemente, não tem a menor empatia com a dor de quem vive na miséria e sequer tem condições de se alimentar.

Daí, para produzir um morticínio de uma escala genocida, foi apenas um curto passo.

Por isso é bom frisar que Lula está disparado na frente porque, além de todos os seus feitos, tem linguagem do povo. Eleição não é receita de bolo de cenoura, não é uma fórmula de pão caseiro ou macete para se fazer fortuna no tik tok ou no youtube.

Fala-se muito que, no Brasil, as eleições são polarizadas desde 1989, quando Lula disputou a sua primeira eleição para presidente, mas sem dizer que Lula foi e é o maior líder de massa da história que jamais abandonou suas bandeiras históricas.

Quem não tratar esse fenômeno eleitoral a partir desses pré-requisitos, estará falseando a história política do Brasil e reduzindo a cultura de um povo que tem uma sabedoria adquirida na lida com a própria sobrevivência.

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Moro diz que Bolsonaro é quem dará a vitória a Lula, mas não diz que foi ele que colocou Temer e Bolsonaro no poder

Quando Moro, por linhas tortas, reconhece a superioridade política de Lula como se ela fosse um escândalo, propõe igualmente que a eleição já está ganha, o que, além de não ser uma declaração apropriada para um fascista que assumiu esse caráter em busca de seus interesses, como repete o que frequentemente faz adaptando uma realidade oferecendo como justificativa uma meia verdade.

Esse misticismo que reproduz o lugar comum da chamada terceira via que, antes, já havia lançado a também fracassada Frente Ampla para reorganizar os interesses da burguesia nacional, revela que há por trás dessa não polarização calculada uma tonelada de interesses que não são os do povo, mas dos interesses ocultos das classes dominantes que operaram para a derrubada de Dilma com golpe de Estado e a retirada de Lula do pleito de 2018 com uma condenação e prisão ilegais, numa manhosa teia de pequenos golpes na constituição para ajustar, através da Lava Jato, comandada por Moro, o material ideal para que os outros colocassem fogo no carvão.

O fraco rendimento de Moro, Ciro e Dória, soterrados pela falta de empatia com o povo, mostrou campanhas ineficientes, e esse péssimo rendimento consegue ser maior do que o de Bolsonaro que, mesmo derretendo e com potencial para derreter ainda mais, mantém-se à frente desse miolo político criado pelas redações da mídia.

Lula, ao contrário, tem potencial próprio, porque, para o povo, sua vitória significará a vitória do Brasil, mas principalmente a do povo, cada dia mais aflito com a barbárie implantada por Temer e Bolsonaro a partir de um golpe contínuo que podemos chamar sim de golpe da Lava Jato, a partir do conjunto da obra.

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Moro agora é juiz ladrão em português e francês? Que chique hein!

Sergio Moro, neste sábado (29), conseguiu o título de “a nossa maior caricatura”.

Moro, hoje, representa o próprio brasileiro “culto”, saído de uma casa de ensino superior que não distingue sequer o papel de um juiz com o de comandante de uma força-tarefa policial.

O fundamental, segundo o ansioso ex-juiz, é o objeto da ação. Essa meia cultura dos nossos “cultos”, sobretudo dos entendidos que tratam as regras mais básicas da lei a partir da estética, é como se fosse uma forma superior de entender a chamada grande arte. Assim educam o gosto da população a partir de uma ótica de espetáculo e não da constituição.

Talvez esteja aí o grande erro do orgulho de Rosângela Moro. O conje tomou os pés pelas mãos tirando a armadura togada para mergulhar no mundo político que, segundo ele, essa vontade irrefreável de se transformar no chefe da nação, nasceu por exigência do meio, ou seja, da sociedade, do povo. E a partir daí ficou estabelecido que, perfeitamente radicado no mundo do qual ele não tinha o menor conhecimento, que uma legião de anônimos jogaria por terra o novo artista da bola da vez que entrou em campo com pose de craque, antes do jogo começar a ser jogado.

O tempo foi curto demais para a coisa evoluir para uma das maiores tragédias políticas da história desse país. Moro, a cada dia, fala de um a dez degraus abaixo do coliseu que a mídia o elevou. Isso explica por que o nosso homem de preto, que encarnava o espírito fascista, desabou de forma quase instantânea quando menosprezou a própria bola e todo o eldorado criado pela mídia corporativa, foi ao chão.

Moro, definitivamente não caiu no gosto popular, daí o efeito planador que sua campanha sofre, assim como a de Bolsonaro, com um adendo, ele começou sobrevoando, impulsionado pelos holofotes da Globo, com 15%, o que o fez supor, assim como seus aliados, que já estava com meio caminho andado.

Pois bem, Moro virou a maior chacota nacional e piorou ainda mais a sua imagem quando escolheu pela segunda vez Lula para lhe servir de muleta. Uma estratégia absolutamente suicida, antipopular, porque é, em última análise, antipovo. Querer disputar com Lula no campo em que ele é o próprio Pelé, quando seus objetivos deveriam ser o de detonar o ex-patrão Bolsonaro, é um grande erro. Mas aí complica, porque qualquer ataque que ele fizer ao genocida, imediatamente as pessoas lembram que foi ele, Moro, que o colocou no poder prendendo Lula sem provas para participar governo e, consequentemente, dividir com ele uma parcela desse poder.

Certamente, nada disso foi pensado por ele ou pelos idealizadores de sua campanha. O fato é que o significado da desmoralização de Moro está justamente na principal aposta dele e da mídia, que era a condenação e prisão de Lula.

Lógico que isso, para quem entende minimamente de política, sabe que seria um suicídio imperdoável, pois a vítima de sua estratégia não foi ninguém menos que o mais bem avaliado presidente da história do Brasil, com 87% de aprovação e míseros 3% de reprovação.

Para piorar, Moro, vendo-se esganiçado pelas mãos do TCU, que quer saber com detalhes sua relação com a consultoria Alvarez & Marsal, tentou fazer linha de impedimento, antecipando-se aos fatos, apresentando um cadico do que de fato ganhou na barganha com a empresa da qual se tornou sócio, revelando um valor alto para o padrão brasileiro, sobretudo para os milhões de trabalhadores que ele ajudou a jogar na rua ao perder o emprego e, consequentemente produziu uma artilharia contra si, incluindo a história que virou piada do “juge voleur”, juiz ladrão.

Talvez o tolo, agora, comece a raciocinar que ele foi um mero parafuso de uma engrenagem muito maior que, de tão gasta pela burguesia, acabou espanando. E como não tem serventia para mais nada além de ser citado como juiz ladrão em português e francês, tudo indica que, em poucos dias, o gabola, que achou que tinha o mundo a seus pés, jogará a toalha antes mesmo do jogo de fato começar.

Na verdade, Moro acreditou que, pendurando Lula numa cruz, tudo estaria resolvido.

Não foi por falta de aviso, Lula, em seu primeiro depoimento, deixou claro a Moro que isso aconteceria.

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