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Novo inquérito contra Anderson Torres e Ibaneis é de organização criminosa

Alexandre de Morais informa que irá “se debruçar sobre o crime de associação criminosa” das autoridades públicas.

O ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de mais um inquérito contra o governador Ibaneis Rocha, o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, o seu braço direito na pasta e o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, para “se debruçar sobre o crime de associação criminosa”.

Ao contrário dos anteriores, que partiram da Advocacia-Geral da União, que é o setor jurídico da Presidência da República, a decisão de hoje foi um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada Augusto Aras.

Na solicitação, Aras fala que o objetivo é identificar o comando dos grupos que tinham “o intuito de abolirem o Estado Democrático de Direito, pleiteando um golpe de Estado e o retomo da ditadura”.

Aras indica suspeita de apenas “omissão” das autoridades

Ainda sem julgamento ou investigação, o PGR afirma que “a instigação” para o ato do último domingo “parece ter sido amplamente praticada por meio das redes sociais”. Mas que “igualmente deverão responder pelos crimes os agentes que, por omissão, tenham permitido que os fatos ocorressem”.

Assim, Aras defende que Torres e seu braço direito, assim como o governador afastado e o comandante da PM, teriam praticado somente “omissão”, não falando em responsabilização direta de organização ou intenção do ato de golpe dos bolsonaristas.

Mas pediu a abertura da investigação contra Torres, que além de Secretário de Segurança do DF durante a primeira semana de 2023, foi também ministro de Justiça de Bolsonaro; do secretário-executivo da pasta do DF, Fernando de Sousa Oliveira, o braço-direito de Torres no cargo; do ex-comandante-geral da PMDF Fábio Augusto Vieira e de Ibaneis.

Omissão já foi comprovada, responde Moraes

Na decisão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ressaltou que já havia pedido investigação, com o afastamento de Ibaneis do governo do Distrito Federal, a prisão preventiva de Anderson Torres e do ex-secretário-executivo, e busca e apreensão contra eles e também a apuração dos participantes do ato de violência.

Ainda, Moraes respondeu a Aras que a “omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas”, com “descaso e conivência” de Anderson Torres e do comandante geral da PM. Por fim, afirmou que ambos comportamentos sõ não foram “mais acintosos do que a conduta dolosamente omissiva do governador do DF”.

“Os fatos narrados demonstram uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais.”

Investigação será de organização criminosa

Mas o ministro vai além do que indica Aras, de mera omissão dos agentes: “há fortes indícios de que as condutas dos terroristas criminosos só puderam ocorrer mediante participação ou omissão dolosa, o que será apurado nestes autos das autoridades públicas mencionadas.”

Com isso, Moraes determinou a abertura de mais um inquérito para apurar “as autoridades públicas responsáveis pela segurança” e podendo ser incluídos “novos investigados”, uma vez que o objetivo deste inquérito será “se debruçar sobre o crime de associação criminosa”.

“A omissão das autoridades públicas, além de potencialmente criminosa, é estarrecedora, pois, neste caso, os atos de terrorismo se revelam como verdadeira tragédia anunciada, pela absoluta publicidade da convocação das manifestações ilegais pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, tais como o WhatsApp e Telegram.”

*Com GGN

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Dino diz que pedirá extradição de Torres caso ele não se apresente até 2ª

O ex-secretário de Justiça do DF é investigado no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos em Brasília.

De acordo com o Metrópoles, o ministro de Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o governo federal vai esperar até a próxima segunda-feira (16/1) para que Anderson Torres, ex-chefe da pasta, se apresente à Justiça. Caso isso não aconteça, o Executivo deve pedir a extradição do ex-ministro ao governo norte-americano.

Dino diz que pedirá extradição de Torres caso ele não se apresente até 2ª
O ex-secretário de Justiça do DF é investigado no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos em Brasília

Anderson Torres é investigado no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos após a depredação dos prédios na Praça dos Três Poderes e teve prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele estava passando as férias em Orlando, nos Estados Unidos.

“Temos o anúncio de que o senhor Anderson, nos próximos dias, após a decretação de prisão, iria se apresentar, mas não houve ainda a marcação da data [de apresentação]. Nós vamos aguardar até a segunda-feira, nós desejamos que ele se apresente. Caso essa apresentação não se confirme, pelos mecanismos de cooperação internacional, vamos deflagrar na próxima semana os procedimentos voltados para a realização de extradição”, afirmou.

A fala ocorre no dia seguinte à divulgação de que o ex-ministro de Bolsonaro guardava um rascunho de decreto para mudar o resultado da eleição.

O documento foi encontrado dentro de um armário na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres durante buscas da Polícia Federal, que vai investigar as circunstâncias de sua elaboração.

Torres diz que ia destruir o documento

Após a notícia sobre a existência da minuta de decreto sobre o estado de defesa no TSE, o ex-ministro Anderson Torres se manifestou nas redes sociais, negando a autoria do documento e dizendo que iria destruí-lo. Veja a íntegra da nota:

“No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil.

Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim.

Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro.”

O que é Estado de Defesa

O artigo 136 da Constituição diz que o presidente da República pode, “ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções”.

Caso esse artigo seja acionado, podem ser restritos uma série de direitos, como de sigilo de comunicações e correspondência. Em sua vigência é é possível, ainda, realizar prisões “por crimes contra o Estado”.

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Bolsonaro gastou R$ 55 mil em padaria um dia após casamento de Eduardo

A viagem de Bolsonaro ao Rio foi entre 25 e 26 de maio de 2019 e teve uma única nota fiscal emitida para o estabelecimento em Copacabana.

Na mesma viagem, a comitiva gastou R$ 42.925 em dois hotéis: um em Copacabana e o outro na orla da Barra da Tijuca.

Os valores foram gastos no cartão corporativo da Presidência da República, que incluem despesas com o presidente e sua equipe, incluindo seguranças.

Sob sigilo durante o governo Bolsonaro, os gastos foram divulgados pelo governo Lula em resposta a pedido de LAI (Lei de Acesso à Informação) da agência Fiquem Sabendo.

O que Jair Bolsonaro fez na viagem ao Rio

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se casou com a psicóloga Heloísa Wolf no dia 25 de maio de 2019 no bairro de Santa Teresa, na região central do Rio.

  • A festa em um buffet de luxo, com vista para o Pão de Açúcar, reuniu 150 convidados;
  • Na época, foi revelado que a família Bolsonaro levou familiares à cerimônia no helicóptero da Presidência. O governo alegou “razões de segurança”;

No dia seguinte, um domingo, Bolsonaro esteve presente com a ex-primeira-dama Michelle em um culto da igreja do pastor Silas Malafaia.

No mesmo dia, apoiadores do ex-presidente fizeram um ato em Copacabana, mas ele não compareceu.

Ao todo, Bolsonaro gastou R$ 362 mil na padaria

Com estilo “gourmet”, a padaria Santa Marta compõe uma rede de estabelecimentos no Rio e serve hambúrgueres, sopas, pizzas e bebidas alcoólicas, além do habitual.

No total, Bolsonaro gastou R$ 361.998,80 na mesma padaria durante o mandato.

Além dos R$ 55 mil gastos na viagem para o casamento do filho, há outras 19 despesas na mesma padaria, mas o maior deles foi na ocasião do matrimônio do deputado.

A comitiva presidencial também gastou R$ 33.168 em 22 de maio de 2021, um dia antes de motociata que Bolsonaro fez da Barra da Tijuca ao Aterro do Flamengo.

O detalhamento do que foi consumido em cada uma das compras ainda é sigiloso no Portal da Transparência do governo federal.

Desde 2003, o único gasto do cartão corporativo presidencial na padaria Santa Marta foi no governo Temer, em 6 de setembro de 2016, numa soma de R$ 909,70.

Procurada, a padaria disse ao UOL se tratar de “uma empresa estabelecida desde 1952, sendo referência pela excelência dos seus produtos e atendimento na cidade do Rio de Janeiro”.

A reportagem não conseguiu contato com o ex-presidente, que deixou o Brasil no final do ano e se encontra na Flórida.

*Com Uol

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Minuta para intervenção no TSE previa quebra de sigilo de magistrados e comissão chefiada pelo Ministério da Defesa

O documento encontrado na casa de Anderson Torres também abria a possibilidade de que a validade das determinações fosse estendida ‘às sedes dos TREs’.

Segundo O Globo, minuta apreendida pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, que sugeria uma espécie de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previa medidas como a quebra de sigilo dos magistrados da Corte e a formação de uma comissão chefiada pelo Ministério da Defesa. A íntegra do decreto golpista foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo”. No Twitter, Torres alegou que o documento estava, “muito provavelmente”, em uma “pilha para descarte” e que o material seria levado “para ser triturado oportunamente”.

O esboço do decreto orientava a decretação de estado de defesa no TSE, o que daria poderes a Bolsonaro para interferir na atuação da Corte eleitoral. O texto estabelecia como objetivo da medida “garantir a preservação ou o pronto restabelecimento da lisura e correção do processo eleitoral presidencial do ano de 2022, no que pertine à sua conformidade e legalidade, as quais, uma vez descumpridas ou não observadas, representam grave ameaça à ordem pública e a paz social”.

O documento estabelecia ainda que o “estado de defesa” na Corte eleitoral teria duração de 30 dias e poderia ser prorrogado uma única vez, por igual período. Neste tempo, ficariam suspensos o “sigilo de correspondência e de comunicação telemática e telefônica dos membros do Tribunal do Superior Eleitoral, durante o período que compreende o processo eleitoral até a diplomação do presidente e vice-presidente eleitos, ocorrida no dia 12.12.2022”.

A minuta também abria a possibilidade de que a validade das determinações fosse estendida “às sedes dos Tribunais Regionais Eleitorais”. O texto restringia até mesmo o acesso físico às dependências do TSE e, em caso de necessidades, dos TREs.

“Durante o Estado de Defesa, o acesso às dependências do Tribunal Superior Eleitoral será regulamentado por ato do Presidente da Comissão de Regularidade Eleitoral, assim como a convocação de servidores públicos e colaboradores que possam contribuir com conhecimento técnico”, descrevia o documento, que também estabelecia que “entende-se como sede do Tribunal Superior Eleitoral todas as dependências onde houve tramitação de documentos, petições e decisões acerca do processo eleitoral presidencial de 2022, bem como o tratamento de dados telemáticos específicos de registro, contabilização e apuração dos votos coletados por urnas eletrônicas em todas as zonas e seções disponibilizadas em território nacional e no exterior”.

O decreto determinava a criação de uma “Comissão de Regularidade Eleitoral” chefiada pelo Ministério da Defesa, que nomearia outros sete integrantes do grupo. Participariam ainda dois representantes do Ministério Público Federal (MPF), dois da Polícia Federal (PF) — obrigatoriamente peritos criminais —. um senador, um deputado federal, um membro do Tribunal de Contas da União (TCU), um membro da Advocacia-Geral da União (AGU) e um membro da Contoladoria-Geral da União (CGU), totalizando 17 integrantes.

O texto antecipa até mesmo prováveis investidas na Justiça contra o teor do decreto. “Qualquer decisão judicial direcionada a impedir ou retardar os trabalhos da Comissão de Regularidade Eleitoral terá seus efeitos suspensos até a finalização do prazo estipulado” de 30 ou 60 dias, afirma a minuta.

Ao fim dos trabalhos da comissão, um “relatório final consolidado” seria apresentado a entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA). Neste último caso, porém, os papéis encontrados na casa de Anderson Torres trazem uma ponderação: “Avaliar a pertinência da manutenção deste dispositivo na proposta”.

“O relatório consolidado final será apresentado ao presidente da República e aos presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados”, prossegue a minuta. O relatório de conclusão conteria, entre outros itens, “a relação nominal de eventuais envolvidos e os desvios de conduta ou atos criminosos verificados, de forma individualizada”.

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Documento golpista acelera cerco jurídico a Bolsonaro

Minuta de Torres materializa anos de discursos antidemocráticos do ex-presidente.

Que Jair Messias Bolsonaro (PL) passou quatro anos alimentando patranhas golpistas enquanto ocupou a Presidência da República, isso não era segredo para ninguém.

Sob a coberta de uma pretensa liberdade de expressão, temperada pelo morde e sopra típico de quem posta uma tolice golpista na internet e retira a publicação em seguida, fingindo nada ter a ver com isso, Bolsonaro trabalhou essa retórica ao longo de seu governo. Foram lives, declarações de cercadinho, postagens.

Relatos de momentos em que ele quis esticar a corda além do limite não faltam, mas o fato é que as intenções não se materializaram. Bolsonaro sempre se apoiou na dissimulação, mesmo quando seus seguidores vandalizaram a sede dos três Poderes com slogans de sublevação. Estava nos Estados Unidos, afinal, e até condenou de forma enviesada a baderna.

Não mais. A descoberta da Polícia Federal na casa de Anderson Torres, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro que está com a prisão decretada pelo envolvimento nos atos do domingo (8) em Brasília, acelera de forma dramática o fechamento do cerco jurídico a Bolsonaro.

Revelada pela Folha, a minuta de um decreto de estado de defesa específico para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem nome e sobrenome: golpe. Estado de defesa é um instrumento do presidente para casos extremos, mas pontuais, de instabilidade ou calamidade pública. Pode servir para coibir um motim policial, ou para centralizar esforços em caso de uma grande enchente.

Não serve para fechar ou intervir em instituições. Dado que Bolsonaro e os seus passaram dois anos dizendo que o Judiciário era o responsável por recolocar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no jogo político e acusaram de manipular o sistema eletrônico de votação, a equação se fecha.

A minuta é a maior candidata a “smoking gun”, o proverbial revólver fumegante que caracteriza uma prova de crime no mundo anglo-saxão, de todo esse enredo até aqui. Somado à teia que está sendo tecida a partir dos depoimentos dos mais de mil detidos em Brasília, fora os daqueles que ainda virão a sentir o bafo da lei, um quadro se desenha.

Evidentemente, é preciso saber mais sobre a natureza do documento, cujos detalhes são escassos ainda. As justificativas de Torres no Twitter são frágeis, mas servirão para Bolsonaro jogar o problema para o ex-auxiliar.

Pode assim não ser algo suficiente para, como querem os mais afoitos amparados no clamor popular contra os golpistas, jogar o ex-presidente de imediato na cadeia —há algo que bolsonaristas desprezam, rito legal, antes.

Mas tudo sugere uma evidência clara de conspiração maior. No centro dela está Bolsonaro, cujo solo político ruiu em 30 de outubro de 2022 e o jurídico se estreita cada vez mais. Restará ao ex-presidente dizer que é tudo fake news, prova plantada, culpa de Torres. O benefício da dúvida é dele, mas o tempo escorrendo na ampulheta também.

*Igor Gielow/Folha

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Núcleo mais próximo de Bolsonaro já teme depoimento comprometedor de Anderson Torres

Aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já não escondem mais o temor com um depoimento comprometedor do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e até mesmo com um cenário de delação premiada.

A avaliação é que, depois da ordem de prisão de Torres por omissão em conter os atos golpistas de domingo (8) e a revelação de uma minuta de um golpe, a situação do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) ficou extremamente delicada.

“A existência da minuta indica que Bolsonaro pensou no assunto. E Anderson Torres terá que responder quem escreveu a minuta. Bolsonaro teve participação? O incômodo no partido é muito forte, porque o PL não quer confusão. O PL é da política”, disse um influente integrante do PL.

Nesse cenário, interlocutores do ex-presidente avaliaram que não há segurança sobre um silêncio prolongado de Anderson Torres.

Há o reconhecimento de que a situação de Torres piorou muito depois que a Polícia Federal encontrou na residência do ex-ministro uma minuta de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O objetivo, segundo o texto, era reverter o resultado da eleição, em que o presidente Lula venceu. Esse decreto seria inconstitucional.

Esses mesmos aliados de Bolsonaro consideraram fraca a explicação de Torres de que que o documento foi vazado fora de contexto e que seria triturado.

*Do blog do Camarotti/G1

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Despacho de Bolsonaro confirma que Anderson Torres não estava de férias no dia da invasão

Um despacho do presidente Jair Bolsonaro do dia 27 de dezembro confirma que as férias de Anderson Torres começariam no dia 9 de janeiro.

De acordo com o Metrópoles, um despacho de Jair Bolsonaro (PL) do dia 27 de dezembro de 2022 confirma que Anderson Torres só tiraria férias a partir do dia 9 de janeiro de 2023. Ou seja, Anderson Torres não estava de férias no dia da invasão e depredação ao Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

Anderson Torres é delegado da Polícia Federal e atuava como ministro da Justiça e Segurança Pública quando marcou as férias de 12 dias, referentes a 2022, que seriam gozadas entre 9 e 20 de janeiro de 2023.

Em dezembro, ele também tirou férias, mas referentes ao ano de 2021, que acabaram no dia 31.

Quando foi cedido ao Governo do DF para assumir o cargo de secretário de Segurança Pública, as férias do início de 2023 já estavam marcadas e foram comunicadas ao novo órgão de lotação.

Imagem de publicação no Diário Oficial da União

Férias de Anderson Torres referentes a 2022 só começariam em 9 de janeiro de 2023.

Anderson Torres viajou com a família para Orlando, nos Estados Unidos, em 7 de janeiro. No dia seguinte, bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão de Anderson Torres após os atos terroristas, em Brasília. A decisão foi confirmada pelo plenário, por maioria dos votos dos ministros do Supremo.

Anderson Torres ainda permanece nos Estados Unidos. Há expectativa de que retorne ao Brasil em breve.

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Bolsonaro contrata advogado, e AGU para de defender o ex-presidente no STF

Um dos inquéritos em que a Advocacia-Geral da União deixou de atuar é a investigação sobre possível interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Segundo o Uol, o caso foi aberto após a demissão de Sérgio Moro (União-PR) do cargo de ministro da Justiça: o agora senador eleito acusou o então presidente de trocar o comando da corporação para obter informações sobre investigações.

Manifestação semelhante deverá ser protocolada em outros inquéritos ainda em andamento, como:

  • o inquérito das milícias digitais.
  • o inquérito do balcão de negócios do Ministério da Educação, que retornou ao STF após citação de Bolsonaro pelo ex-ministro Milton Ribeiro.
  • o inquérito da live em que o ex-presidente associou vacina de covid-19 ao vírus HIV.

A AGU também protocolou o informe em uma apuração derivada da CPI da Covid, que acusa Bolsonaro de incitação ao crime.

“O Gabinete do Advogado-Geral da União foi informado que o representado constituiu advogado particular para a sua defesa nestes autos”, informou a AGU.

O nome do advogado que irá representar o agora sem cargo Bolsonaro não foi informado.

Na semana passada, Bolsonaro informou à Justiça que também abriria mão da defesa da AGU no processo que apura a contratação da ex-assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição, a Wal do Açaí. Ambos são investigados por improbidade administrativa.

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Ministros do STF avaliam que situação criminal de Bolsonaro depende de Torres

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a situação criminal de Jair Bolsonaro está nas mãos de seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Segundo ministros ouvidos pela coluna, se Torres indicar que Bolsonaro sabia do planejamento dos ataques terroristas do último domingo ou se tinha algum tipo de contato encorajando os golpistas, o ex-presidente poderá ser incluído nas investigações.

A apreensão do celular de Anderson Torres também poderá revelar o que ele conversava com o presidente sobre o acampamento golpista e os ataques terroristas.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Alexandre de Moraes decreta prisão de Anderson Torres

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (10) a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

A Polícia Federal foi cumprir mandado na casa de Torres na tarde desta terça.

Torres, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL), era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando bolsonaristas terroristas invadiram os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto neste domingo (8).

Quem exonerou Torres foi Ibaneis Rocha pouco antes de ser afastado do cargo por ordem de Moraes por 90 dias. O cargo foi assumido pela vice, Celina Leão (PP). O ministro entendeu que houve omissão das autoridades do DF nos atentados.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres, por omissão na repressão aos ataques. Ele está de férias em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está Bolsonaro.

Após os casos de terrorismo, ele divulgou uma nota negando conivência nos atos e os classificando como “barbárie”. “Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos”, escreveu em rede social.

Nomeação e polêmica

Antes de ser ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres foi secretário de Segurança Pública do DF, entre 2019 e 2021. Após deixar o governo federal, ele voltou ao cargo e foi nomeado por Ibaneis Rocha em 2 de janeiro, um dia após a posse.

Segundo apuração da colunista do g1 Andreia Sadi, o pedido para retornar à pasta partiu do próprio Anderson Torres, e causou reações em integrantes do governo Lula (PT) e até de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), já que o ex-ministro era considerado “homem forte” de Bolsonaro, e a escolha ocorreu em meio a uma escalada de tensões.

*Com G1

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