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Israel mata mais de cem pessoas em ataque aéreo a campo de refugiados na Faixa de Gaza

Mais de cem pessoas morreram nesta terça-feira (31) durante ataque aéreo de Israel ao campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, segundo a agência de notícias Al Jazeera. Já o Ministério do Interior palestino informou que há a cerca de 400 vítimas, entre mortos e feridos.

Israel atacou no último domingo (29) o mesmo local, atingindo um prédio residencial e matando ao menos 10 pessoas. No último dia 19, ao menos 18 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses no campo de Jabalia nas proximidades de uma mesquita.

*Sputnik

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Ao deixar cargo, diretor da ONU reconhece genocídio em Gaza e denuncia EUA

O que ocorre em Gaza é genocídio, a ONU fracassou e a entidade está submetida aos interesses e pressão dos EUA. Quem afirma isso é Craig Mokhiber, em uma carta divulgada ao se aposentar nesta semana do cargo de diretor do escritório em Nova York do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

Oficialmente, a ONU tem evitado falar em genocídio, se limitando a descrever a situação como uma ameaça de crimes de guerra, algo que já deixou o governo de Israel profundamente irritado e abriu uma ofensiva contra a cúpula da entidade.

Com 63 anos e já tendo planejado sua aposentadoria, o funcionário internacional desabafou ao escrever ao seu chefe, o austríaco Volker Turk:

Mais uma vez, estamos vendo um genocídio se desenrolar diante de nossos olhos, e a Organização a que servimos parece impotente para impedi-lo.

“O mundo está assistindo. Todos nós seremos responsáveis por nossa posição nesse momento crucial da história”, alertou, ao se despedir. Parte de sua crítica se refere ao fato de a ONU ter sucumbido às pressões políticas.

“Nas últimas décadas, partes importantes da ONU se renderam ao poder dos EUA e ao medo do lobby de Israel, abandonando esses princípios e se afastando do próprio direito internacional”, disse.

Procurada pelo UOL, a ONU afirmou que essa é a opinião pessoal do ex-funcionário. “Craig Mokhiber, membro da equipe do Escritório de Nova York, informou à ONU em março de 2023 sobre sua próxima aposentadoria. As opiniões contidas em uma carta tornada pública hoje são as opiniões pessoais do funcionário, cuja aposentadoria entra em vigor amanhã”, disse.

“A posição do Escritório sobre a grave situação nos Territórios Palestinos Ocupados e em Israel está refletida em nossos relatórios e declarações públicas”, completou.

As críticas ocorrem no momento em que o Conselho de Segurança vive um impasse total sobre Gaza e com as Nações Unidas incapazes de conseguir acesso significativo ao território palestino.

*Jamil Chade/Uol

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Faixa de Gaza virou cemitério para milhares de crianças, denuncia Unicef

O porta-voz do Unicef James Elder afirmou hoje que a guerra na Faixa de Gaza transformou o território em cemitério para milhares de crianças. Desde 7 de outubro, mais de 8.500 pessoas foram mortas na guerra —dentre essas, 3.542 crianças, diz o Uol.

O que ele disse
Unicef apela por cessar-fogo. “O Unicef tem sido franco sobre a necessidade de um cessar-fogo humanitário imediato, pela chegada de suprimentos e pela libertação de crianças sequestradas. Como tantos outros, suplicamos para que os assassinatos de crianças parem”, disse ele durante coletiva em Genebra, na Suíça.

Gaza se transformou em um cemitério para milhares de crianças. É um inferno na Terra para todos os outros.
James Elder, porta-voz do Unicef

“As ameaças às crianças vão além de bombas e foguetes”, disse, citando que a falta de água potável e o trauma afetarão gerações futuras. “Desde antes dessa última escalada, mais de 800 mil crianças em Gaza, três quartos de toda a população infantil, precisava de apoio psicossocial e de saúde mental. Isso antes deste pesadelo mais recente”.

“Sem cessar-fogo, sem água, sem remédios e sem a libertação de crianças sequestradas, nós aceleraremos na direção de horrores ainda maiores”, disse.

O Ministério da Saúde de Gaza informou hoje que 8.525 palestinos morreram desde 7 de outubro. Dentre as vítimas, 3.542 são crianças— número que corresponde a mais de 40%.

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Polícia atira em mulher islâmica no metrô de Paris por se comportar de “maneira ameaçadora”

A polícia de Paris atirou e feriu gravemente uma mulher que usava um hijab — véu hislâmico — em uma estação de metrô na manhã desta terça-feira (31), depois que os passageiros relataram que ela gritava slogans jihadistas e “se comportava de maneira ameaçadora”, informou o governo.

A França está em seu mais alto nível de alerta após o assassinato, em 13 de outubro, de um professor em suposto ataque islâmico, que as autoridades associaram a uma “atmosfera jihadista” ligada à guerra Israel-Gaza.

De acordo com o chefe da polícia parisiense Laurent Nuñez, a mulher ameaçou outros passageiros de um trem gritando “Vocês todos vão morrer”. Ela também gritou “Allahu Akbar”.

A mulher, totalmente encoberta, foi baleada na estação Bibliotheque Nationale de France. Os passageiros haviam relatado anteriormente que ela “estava fazendo comentários agressivos e jihadistas”, disse o porta-voz do governo, Olivier Veran.

Quando a polícia chegou, “eles chamaram a mulher de lado e primeiro pediram que ela se acalmasse e mostrasse as mãos para provar que elas não representavam nenhum perigo em particular”, acrescentou.

“O que aconteceu então foi que os policiais não tiveram outra opção a não ser abrir fogo, dado o perigo da situação.”

O serviço de bombeiros, que prestou atendimento de emergência à mulher, disse que ela foi baleada no abdômen e transferida para um hospital próximo.

Veran afirmou que a mulher já havia ameaçado no passado as patrulhas urbanas da Operação Sentinelle, de combate ao terrorismo.

A estação de metrô, na linha RER C, foi esvaziada após o incidente.

Duas investigações foram abertas, uma contra a mulher e outra sobre o uso de armas pela polícia, disse o porta-voz do governo.

*Agência Brasil

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A sufocante ocupação da Palestina se desdobra em uma série de crimes de guerra

As mortes de civis em Gaza, que já são escandalosamente altas devido ao bombardeio descontrolado de Israel, serão inimagináveis durante a guerra terrestre.

No dia 24 de outubro, tornou-se claro para a Organização das Nações Unidas (ONU) que o bombardeio contínuo de Gaza – que já havia matado 6.500 pessoas (incluindo pelo menos 35 funcionários da ONU) – havia tornado essa parte da Palestina insustentável para a vida humana. Mais de dois milhões de pessoas vivem nessa pequena porção de terra no Mar Mediterrâneo. Desde 1948, os refugiados que vivem aqui contam com a assistência da ONU, que criou uma agência inteira (UNRWA) em 1949 para esse propósito. O Secretário Geral da ONU, António Guterres, disse ao Conselho de Segurança da ONU que dentro de alguns dias a organização ficará sem combustível para seus caminhões, que transportam o mínimo de ajuda que chega a Gaza vindo do Egito para auxiliar os 660 mil palestinos que fugiram de suas casas para chegar aos complexos da ONU em Gaza. Os caminhões transportam “uma gota de ajuda em um oceano de necessidades”, disse Guterres. “O povo de Gaza precisa de ajuda contínua em um nível que corresponda às enormes necessidades. Essa ajuda deve ser entregue sem restrições”.

A declaração de Guterres, feita com uma voz calma, no entanto, se afastou do sentimento de desconsideração que caracteriza as declarações dos líderes europeus e norte-americanos – muitos dos quais correram para Tel Aviv para ficar ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e prometer seu apoio total a Israel. A história é importante. Guterres disse que os problemas que agora afligem os palestinos de Gaza não começaram em 7 de outubro, quando o Hamas e outras facções palestinas romperam a barreira de segurança do apartheid e atacaram os assentamentos que fazem fronteira com Gaza. Sua declaração sobre a situação nas últimas décadas é factual, baseada em milhares de páginas de relatórios e resoluções da ONU: “É importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram em um vácuo. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem constantemente devoradas por assentamentos e assoladas pela violência; sua economia foi sufocada; seu povo foi deslocado e suas casas demolidas. Suas esperanças de uma solução política para sua situação estão desaparecendo”. A imagem da “ocupação sufocante” é totalmente precisa.

Depois que Guterres fez essas observações, as autoridades israelenses – como que por impulso – exigiram a renúncia do Secretário-Geral da ONU. O representante permanente de Israel na ONU, Gilad Erdan, acusou Guterres – de forma absurda – de “justificar o terrorismo”. Dizendo que Guterres “mais uma vez distorce e distorce a realidade”, Erdan observou que seu governo não permitiria que o chefe de ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, cruzasse a fronteira de Rafah com Gaza para supervisionar a distribuição de auxílio. “Em que mundo você vive?”, perguntou o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, a Guterres. Enquanto isso, no Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos vetaram resoluções para um cessar-fogo, enquanto a China e a Rússia vetaram uma resolução dos EUA que dizia que Israel tinha o direito de se defender e que o Irã deveria interromper suas exportações de armas. Os Estados Unidos politizaram profundamente a atmosfera na ONU, usando suas próprias resoluções para angariar apoio – sem sucesso – para Israel, enquanto atacavam os palestinos (e, de maneira bizarra, o Irã) no processo.

Não há nada de neutro nos Estados Unidos
Os Estados Unidos nunca foram um árbitro imparcial na região, dada a sua estreita ligação com Israel desde, pelo menos, a década de 1960. Bilhões de dólares em armas vendidas a Israel, bilhões de dólares em ajuda a Israel e declarações esporádicas a favor de Israel definiram o relacionamento entre Washington e Tel Aviv. Durante todas as negociações entre palestinos e israelenses, os Estados Unidos fizeram um jogo de duplicidade: fingiram ser neutros, mas, na verdade, usaram seu imenso poder para neutralizar os palestinos e fortalecer Israel. Os Acordos de Oslo, que levaram à criação de um bantustão impotente administrado pela Autoridade Palestina, foram negociados com os Estados Unidos com suas mãos na caneta. Oslo levou à criação de um processo que resultou no desgaste do controle palestino sobre Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, bem como no estrangulamento dos palestinos em Gaza – tudo isso combinado é a “ocupação sufocante” de que Guterres falou.

Desde 2007, quando as tropas israelenses deixaram Gaza e depois a cercaram com muros terrestres e marítimos que transformaram o território na maior prisão a céu aberto do mundo, Israel bombardeia rotineiramente os palestinos que vivem lá. Cada vez que há um bombardeio, um pior do que o outro, o governo dos Estados Unidos dá total apoio a Israel e o reequipa durante o bombardeio. Os pedidos de cessar-fogo foram bloqueados por Washington no Conselho de Segurança da ONU desde o destrutivo bombardeio de Gaza chamado Operação Chumbo Fundido (2008-09). Desta vez, na hora certa, os Estados Unidos deram apoio diplomático a Israel, com o presidente americano Joe Biden indo a Tel Aviv e com os Estados Unidos chegando ao ponto de adotar uma mentira flagrante de que Israel não bombardeou o Hospital Árabe al-Ahli na Cidade de Gaza em 17 de outubro. Antes de Biden chegar a Israel, os Estados Unidos enviaram dois grandes grupos de batalha naval para o leste do Mediterrâneo – dois porta-aviões, o USS Dwight D. Eisenhower e o USS Gerald Ford, com suas embarcações de apoio em dois grupos de ataque. Desde então, os EUA transferiram sistemas de defesa antimísseis para a região para fortalecer as forças armadas israelenses. O deslocamento dessas forças vem acompanhado de bilhões de dólares gastos anualmente pelos EUA para armar Israel, incluindo 15 bilhões de dólares em assistência militar extra durante esse período recente. Essas guerras não são apenas as guerras de Israel. São as guerras de Israel e dos Estados Unidos, com seus aliados ocidentais a reboque.

Enquanto isso, os Estados Unidos enviaram oficiais militares de alto escalão para trabalhar em estreita colaboração com os generais israelenses. Um desses oficiais é o tenente-general de três estrelas da Marinha, James Glynn, que foi enviado para “ajudar os israelenses com os desafios de lutar em uma guerra urbana”. Glynn e outros estão na cadeia de comando militar israelense não para tomar decisões por Israel, mas para auxiliá-los. Glynn fez parte da Operação Inherent Resolve dos EUA contra o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) nos anos que se seguiram a 2014, quando os Estados Unidos bombardearam Mosul e Raqqa (Iraque) para expulsar o ISIS dessas cidades. Como que para ressaltar a experiência de Glynn em Mosul e Raqqa, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que ele próprio havia participado da Operação Inherent Resolve em 2016-2017, quando Austin chefiava o Comando Central dos EUA. Os comentários de Austin e o destacamento de Glynn para Israel são uma antecipação da guerra terrestre que se espera contra Gaza. “A primeira coisa que todos devem saber”, disse Austin à ABC News, “e acho que todos sabem, é que o combate urbano é extremamente difícil”.

De fato, o comentário de Austin sobre a dificuldade do combate urbano, especialmente tendo em mente as experiências de Mosul e Raqqa, é apropriado. Em 2017, a Associated Press (AP) informou que o ataque dos EUA a Mosul havia causado entre 9 mil e 11 mil mortes de civis. Pouquíssimas pessoas se lembram da brutalidade daquela guerra e o número de civis mortos quase não é lembrado. Se Mossul é o exemplo que os Estados Unidos e Israel têm diante de si para a guerra terrestre que ocorrerá em Gaza, há algumas diferenças que devem ser levadas em conta. O ISIS teve apenas dois anos para cavar suas defesas, enquanto as facções palestinas vêm se preparando para essa eventualidade desde pelo menos 2005 e, portanto, estão mais bem preparadas para lutar contra o exército israelense em uma rua em ruínas após a outra. De acordo com todos os relatos, o moral das facções palestinas é muito maior do que o do exército israelense, o que significa que as facções palestinas lutarão com muito mais força e com muito menos a perder do que o ISIS (cujos combatentes escaparam da cidade e fugiram para o interior).

Tanto em Mosul quanto em Raqqa, quando o bombardeio aéreo dos EUA começou, dezenas de milhares de civis fugiram das cidades para o campo, juntamente com alguns combatentes do ISIS, para esperar que a destruição começasse e depois terminasse. Se eles tivessem permanecido em Mosul e Raqqa, o número de vítimas civis teria sido o dobro do relatado pela AP. A população de Mosul era de apenas 1,6 milhão, menor do que os 2,3 milhões de habitantes de Gaza – portanto, o número de vítimas civis teria de ser ajustado para cima. Os palestinos em Gaza estão encurralados e não podem fugir para o campo, ao contrário dos residentes de Mosul e Raqqa. Eles não podem ir a lugar algum enquanto os tanques israelenses entram em Gaza com seus canhões em pleno fogo. As mortes de civis em Gaza, que já são escandalosamente altas devido ao bombardeio descontrolado de Israel, serão inimagináveis durante essa guerra terrestre que começou em 27 de outubro. Gaza, que já é uma ruína, será reduzida a um cemitério.

(*) Vijay Prashad é um historiador, editor e jornalista indiano. É redator e correspondente principal da Globetrotter. É editor da LeftWord Books e diretor do Tricontinental: Institute for Social Research. Escreveu mais de 20 livros, incluindo The Darker Nations e The Poorer Nations. Os seus últimos livros são Struggle Makes Us Human: Learning from Movements for Socialism e (com Noam Chomsky) The Withdrawal: Iraq, Libya, Afghanistan, and the Fragility of U.S. Power.

*Opera Mundi

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Vídeo: Hamas divulga vídeo com três reféns na Faixa de Gaza revoltadas com Netanyahu

O grupo Hamas divulgou nesta segunda-feira (30) um vídeo com três reféns na Faixa de Gaza em que uma delas critica o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que por sua vez classificou a gravação de “propaganda cruel”. No texto de divulgação, o Hamas afirma: “vários prisioneiros sionistas detidos por Al-Qassam enviam uma mensagem a Netanyahu e ao governo sionista”. Não ficou claro quando o vídeo foi feito.

O vídeo mostra três mulheres – identificadas por Netanyahu como Yelena Trupanob, Danielle Aloni e Rimon Kirsht – sentadas em cadeiras de plástico.

Uma das mulheres faz uma breve declaração, provavelmente sob coação, criticando a resposta de Israel à crise dos reféns. Ela pede que Benjamin Netanyahu conclua uma troca de prisioneiros com o Hamas para ser libertada.

“Você deveria libertar todos nós. Você se comprometeu a libertar todos nós. Mas, em vez disso, estamos carregando o seu fracasso político, de segurança, militar e diplomático”, disse ela.

Netanyahu classificou o vídeo como “propaganda psicológica cruel”.

Na rede social X (antigo twitter), o primeiro-ministro escreveu para as três mulheres: “penso em Yelena Trupanov, Danielle Aloni e Rimon Kirsht, que foram sequestrados pelo Hamas […]. Nossos corações estão com vocês e com todas as outras pessoas sequestradas. Estamos fazendo de tudo para trazer todos os cativos e desaparecidos de volta para casa”.

Confira:

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Vídeo – Bruxa sionista: Jornalista Deborah Srour, que defende o extermínio de palestinos em Gaza, incluindo crianças

“Não há inocentes em Gaza”, afirma a mortícia sionista num programa da Band e compara todos os palestinos, inclusive crianças, a animais.

O nome do programa é “Hora Israelita”.

Essa figura sombria, em uma frase tenebrosa, diz ter orgulho de ser sionista, ou seja, racista quando prega o genocídio total do povo palestino ao dizer que todos os seres humanos de Gaza, incluindo mulheres, grávidas, bebês, crianças têm que ser exterminados.

Essa umbalesca figura, que é a própria imagem das trevas, segundo consta, mora em Nova York e gravava vídeos para a TV Bandeirantes, até a emissora romper o contrato com a jornalista por sua opinião incitando o crime de ódio contra todo o povo palestino.

Veja o vídeo:

https://twitter.com/lazarorosa25/status/1718989742123933996

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‘Evacuação dos hospitais é impossível’, alertam agências da ONU em Gaza

Cerca de 117 mil pessoas estão abrigadas nos 10 hospitais que ainda funcionam em Gaza, em meio a intensificação de bombardeios e amplas operações terrestres israelenses.

Com a crise Israel-Palestina entrando na quarta semana, as equipes de ajuda da ONU destacaram nesta segunda-feira (30/10) a pressão crescente sobre os hospitais do norte de Gaza, onde estão pacientes e profissionais de saúde.

Segundo o Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha), as vizinhanças dos hospitais Shifa e Al Quds, na cidade de Gaza, e do hospital Indonésia, no norte do enclave, foram bombardeadas no fim de semana, em meio a relatos de amplas operações terrestres israelenses.

A evacuação continua “impossível”
De acordo com o Ocha, cerca de 117 mil pessoas deslocadas estão abrigadas nos 10 hospitais ainda operacionais em Gaza e em outras partes do norte da cidade, que receberam “repetidas ordens de evacuação” nos últimos dias.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, reiterou que “a evacuação dos hospitais é impossível sem pôr em perigo a vida dos pacientes”.

Cesarianas de emergência estão sendo realizadas sem anestesia em meio à escassez de suprimentos médicos e energia e muitos partos estão sendo realizados de forma prematura, disse o Fundo de Populações da ONU, Unfpa, citando testemunhos da equipe do Hospital Shifa.

A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa) disse, também nesta segunda-feira, que seus trabalhadores humanitários em Gaza “continuam prestando assistência” a mais de 600 mil pessoas que buscaram segurança nos abrigos da organização.

“Eles são o rosto da humanidade durante uma das suas horas mais sombrias”, disse a Unrwa em um comunicado.

Número de mortos continua aumentando
A agência realizou um serviço memorial no domingo para 59 dos seus funcionários mortos no conflito até agora, e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, sublinhou a sua “gratidão, solidariedade e total apoio” aos colegas que trabalham para salvar vidas em Gaza enquanto arriscam as suas próprias.

*Opera Mundi

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Israel matou Shani

Após dias hospitalizada, faleceu hoje Shani Louk, a famosa turista alemã do vídeo que viralizou mostrando o corpo de uma mulher na caçamba de uma caminhonete.

Julgaram que Shani havia sido estuprada e morta pelo Hamas por estar seminua e aparentemente sem vida no tal vídeo. Mas depois foi confirmado que, na verdade, ela havia sido ferida no fogo-cruzado e no momento do vídeo estava sendo resgatada pelos palestinos. Além disso, ela já estava seminua na festa rave que ficou no meio dos confrontos entre o Hamas e as IDF (Forças de Defesa de Israel), não tendo sido despida para ser estuprada.

Os noticiários também hipocritamente ressaltaram o fato de no vídeo um homem cuspir no corpo de Shani, acusando o Hamas de praticar vilipêndio de cadáver ou coisa do tipo. Convenientemente, ignoram o que tal homem estava desuniformizado e desarmado no vídeo, com tudo indicando ser apenas um civil empolgado no frenesi de ver rompido pela primeira vez o cerco do apartheid israelense. Claro que é sempre errado cuspir no corpo de alguém, mas o que se espera de reação emocional de um povo submetido a oitenta anos de ocupação e genocídio?

Shani foi evacuada para um hospital em Gaza, onde estava sendo cuidada por médicos palestinos há mais de vinte dias. Agora, confirmaram seu falecimento. Da mesma forma que mentiram no começo da história, mentem agora. Reportam a confirmação de sua morte como se os palestinos a tivessem executado em cativeiro, mas Shani morreu por consequência do colapso hospitalar em meio aos incessantes bombardeios israelenses.

Israel matou Shani. Uma tragédia – mas não maior do que as mais de três mil crianças também assassinadas pelas IDF nas últimas três semanas.

Tentaram fazer de Shani um símbolo da violência do Hamas. Mas o que conseguiram foi criar um símbolo da mentira da mídia sionista.

*Do twitter de Lucas Leiroz

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Contra Bolsonaro, cidadania italiana considerará conspiração contra Estado

A Itália vai examinar se uma pessoa cometeu conspiração política ou qualquer atentado contra a democracia, antes de conceder cidadania. No último dia 26, uma emenda foi aprovada no Parlamento Italiano, introduzindo conspiração política e contra o Estado entre os crimes tipificados para a eventual rejeição do pedido.

A iniciativa foi do deputado do partido Verdi e Esquerda, Angelo Bonelli. Sua proposta foi aprovada por 191 votos a favor e somente 6 contrários, e faz parte do projeto de lei de combate a violência contra a mulher e estabelece as tipologias de crimes para o rejeito da cidadania italiana.

O texto, porém, foi pensando nos efeitos danosos para democracia diante a uma possível concessão da cidadania italiana ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Para Bonelli, “a aprovação da emenda é importante porque empenha o governo a modificar a lei que introduz o veto para a aquisição da cidadania diante a esses crimes”.

“Quando estava pensando no texto da emenda, o caso Bolsonaro me veio à mente imediatamente. A Itália não pode permitir que pessoas que tenham conspirado contra o Estado possam ter a cidadania reconhecida. Isso não faz bem para nossa Democracia”, disse.

Bolsonaro é alvo de um pedido de indiciamento no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi acusado pela Comissão de ter praticado os crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Segundo o texto apresentado por Bonelli, “o governo italiano se compromete a avaliar a conveniência de rejeitar o pedido de cidadania italiana para aqueles que foram condenados, inclusive no exterior, por crimes de violência doméstica, violência contra a mulher, crimes de terrorismo, crimes de violência sexual e pedofilia, crimes de crime organizado, crimes de tráfico de drogas e conspiração politica e contra o Estado”.

Bonelli está há tempos na linha de frente para impedir que Bolsonaro tenha acesso à cidadania italiana para que possa assim evitar a Justiça no Brasil. A sua batalha começou quando em outubro de 2021 a prefeitura de Anguillara Veneta, cidade de origem de seus antepassados, concedeu a cidadania honorária ao ex-presidente.

O italiano fez várias interrogações parlamentares sobre a questão e na última, feita em no final de 2022, obrigou o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, a declarar que Jair Bolsonaro não havia entrado com o pedido, mas somente seus filhos.

O parlamentar sabe que o acesso à cidadania é garantido por direito sanguíneo, mas continua a acreditar que “se o governo der a cidadania aos filhos de Bolsonaro ou mesmo ao ex-presidente, será um fato de gravidade sem precedentes para a democracia”.

Pragmatismo e temor de crise diplomática
Se o atual governo de Giorgia Meloni conta com membros que são aliados ao clã Bolsonaro e se mesmo sua vitória foi celebrada pelos filhos do ex-presidente, há uma forte pressão em Roma contra qualquer gesto que possa favorecer Bolsonaro.

O Brasil é um dos principais destinos de investimentos italianos no mundo e o temor de uma parcela da elite econômica do país de que abrigar o ex-presidente possa criar uma crise diplomática com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

*Jamil Chade/Uol