Categorias
Mundo

CIA pode ler mensagens privadas de WhatsApp, revela Zuckerberg

CEO da Meta cita uso do spyware Pegasus, de Israel, para explicar como autoridades podem acessar dados de celulares, mesmo com criptografia ponta a ponta.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, revelou que autoridades dos Estados Unidos, incluindo a CIA, podem acessar mensagens do WhatsApp ao invadir remotamente os dispositivos dos usuários, contornando a criptografia de ponta a ponta da plataforma. A declaração foi feita durante participação no podcast Joe Rogan Experience nesta sexta-feira (11) e repercutida pela agência RT.

Zuckerberg explicou que, embora a criptografia do WhatsApp impeça que a Meta visualize o conteúdo das mensagens, ela não protege contra o acesso físico ao celular do usuário. “O que a criptografia faz de bom é garantir que a empresa que opera o serviço não veja [as mensagens]. Se você usa o WhatsApp, em nenhum momento os servidores da Meta veem o conteúdo dessa mensagem”, afirmou. No entanto, ele destacou que a criptografia não impede autoridades de acessar mensagens armazenadas nos aparelhos.

Segundo Zuckerberg, ferramentas como o Pegasus — spyware desenvolvido pela empresa israelense NSO Group — podem ser instaladas secretamente em celulares para acessar dados. “O que eles fazem é acessar seu telefone. Então, não importa se algo está criptografado, eles podem simplesmente ver em texto claro”, explicou.

O CEO da Meta mencionou que essa vulnerabilidade foi um dos motivos para a criação das mensagens temporárias no WhatsApp, recurso que permite apagar automaticamente conversas após um período. “Se alguém comprometeu seu telefone e pode ver tudo o que acontece lá, obviamente poderá ver as mensagens assim que chegam. Então, ter a criptografia e a opção de desaparecer é um bom padrão de segurança e privacidade”, disse.

O tema surgiu após Joe Rogan questionar Zuckerberg sobre as denúncias do jornalista Tucker Carlson, que acusou a CIA e a NSA de espioná-lo para impedir uma entrevista com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Carlson alegou que suas mensagens e e-mails foram monitorados e vazados para a imprensa, o que inicialmente teria desmotivado Moscou a prosseguir com a entrevista.

Categorias
Mundo

Imagens mostram Malibu destruída por incêndios, deixando mortos e desabrigados

Incêndios históricos devastam Los Angeles, destruindo mansões de celebridades, deixando dez mortos e quase 180 mil desabrigados

Um dos cartões-postais de Malibu, em Los Angeles, foi tomado por destruição após os incêndios que atingiram a região na última semana. O fogo em Pacific Palisades, no oeste da cidade, transformou bairros inteiros em cinzas, destruindo mansões milionárias de celebridades e levando consigo quarteirões inteiros.

Segundo autoridades, os incêndios de Palisades e Eaton já são considerados os mais destrutivos da história de Los Angeles. Juntos, devastaram mais de 11 mil hectares, equivalente a cerca de 110 km². O saldo, até agora, é de dez mortos, milhares de construções consumidas pelas chamas e quase 180 mil pessoas obrigadas a abandonar suas casas.

Até o momento, 10 pessoas morreram nos incêndios

Em coletiva de imprensa, o xerife do Condado de Los Angeles, Robert Luna, falou sobre o estado de caos e destruição devido aos incêndios que atingem a região. “Parece que caiu uma bomba atômica. Não espero boas notícias, e não estamos ansiosos por esses números”, mencionando a possibilidade de ver  o número de mortos aumentar rapidamente.

Incêndio atinge Malibu, força evacuação e isola alunos em universidade |  Metrópoles

Novo foco de incêndio em Los Angeles se espalha rapidamente perto de  endereço das Kardashians, John Travolta e outras celebridades | Mundo | G1

Antes e depois em FOTOS: o pior incêndio da história de Los Angeles | Mundo  | G1

Incêndio "Franklin" avança rapidamente em Malibu, próximo a Los Angeles |  GZH

Aparentemente, a casa da Miley Cyrus em Malibu, pegou fogo mais uma vez  devido a todo incêndio que está acontecendo na região de Los Angeles, a  primeira vez foi em 2018!

Categorias
Mundo

Guerra de Milei contra setores populares da Argentina terá uma resposta, adverte sociólogo

Segundo Jorge Elbaum, também jornalista e pesquisador, políticas de Milei se assemelham às aplicadas durante a ditadura argentina, que “terminaram em surto social”

O sociólogo, jornalista, pesquisador e professor universitário Jorge Elbaum, avaliou que o governo libertário de Javier Milei, que completou um ano no dia 10 de dezembro, constitui uma “política de guerra contra os setores populares” da Argentina e previu uma “resposta, mais cedo do que mais tarde”, dos setores afetados pelo ajustamento brutal.

Embora admitisse que os eleitores de Milei relutam em reconhecer que o presidente é um “vendedor de fumaça” da bonança de seu plano, comparou-o com os planos econômicos da ditadura civil-militar, de Cavallo ou De la Rúa, que “terminaram em um surto social”.

Marcelo Castro-VCF | O governo de Javier Milei completa um ano. Além das medidas econômicas radicais prometidas, Milei venceu com o slogan de que era um governo contra as castas. No entanto, essa não parece ser a luta. Qual é a sua leitura?

Jorge Elbaum | Diante das promessas do atual presidente, há duas respostas possíveis. A primeira é que a casta não era o que deveria ser e o que a sociedade entendia como tal, e o que eram os setores de privilégio. A outra é que a casta, na versão de Javier Milei, foi e é o povo argentino. Diante de qualquer uma destas duas possibilidades — um engano em referência ao fato de que a casta não era os setores privilegiados ou que havia cinismo na sua proposta de que iria punir os setores mais vulneráveis, como está a fazer — é evidente que o governo é especialista na crueldade que diariamente mina, destrói, fere a sociedade argentina como um todo e sobretudo aqueles que ele mais deveria proteger, e estou pensando nos aposentados, nos deficientes, nos doentes, nas crianças, nos adolescentes.

Para todos estes atores coletivos, existem inúmeras políticas que violam direitos. Os aposentados são alguns dos mais atingidos pelo ajuste fiscal. Quase reduziram as suas pensões e reformas em 30 ou 40%. Você também vê naquele grupo social que eles estão sendo punidos quase que mensalmente com redução no acesso aos medicamentos. Vemos, em relação aos deficientes, que as políticas que tornaram possível a igualdade de direitos em relação ao resto da população foram perturbadas.

Vemos os orçamentos dos estudantes universitários encolherem. Em relação aos cientistas, nosso país está condenado a uma economia primária alheia à política de desenvolvimento tecnológico. Vemos crianças punidas com a extinção do incentivo ao ensino, e poderíamos continuar assim até ficarmos fartos. É uma política de guerra contra os setores populares. Não tenho dúvidas de que você terá sua resposta mais cedo ou mais tarde.

*Diálogos do Sul

Categorias
Mundo

Trump compartilha vídeo crítico a Netanyahu e levanta dúvidas sobre apoio do futuro governo dos EUA a Israel

No vídeo, o economista Jeffrey Sachs chama Netanyahu de “filho da p***”

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou nesta quarta-feira (8) em suas redes sociais um vídeo crítico ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicando uma possível ruptura no apoio irrestrito de Washington ao Estado judeu.

No vídeo, o economista dos EUA Jeffrey Sachs chama Netanyahu de “filho da p***”. Ele também culpa o premiê israelense por pressionar os EUA a adotarem políticas anti-iranianas. Segundo o acadêmico, Netanyahu acredita que somente derrotando o Irã grupos como o Hamas e o Hezbollah poderiam ser eliminados.

“De onde veio essa guerra? Sabe de uma coisa? É bastante surpreendente. Essa guerra veio de Netanyahu, na verdade”, disse Sachs no vídeo.

“Netanyahu tinha, desde 1995, a teoria de que a única maneira de nos livrarmos do Hamas e do Hezbollah era derrubando os governos que os apoiam. Isso inclui o Iraque, a Síria e o Irã. E ele não é nada menos que obsessivo, e ainda está tentando nos fazer lutar contra o Irã até hoje, nesta semana”, afirmou, chamando o líder israelense de “um filho da p*** profundo e obscuro”.

“Ele nos colocou em guerras intermináveis e, por causa do poder de tudo isso na política dos EUA, conseguiu o que queria, mas essa guerra foi totalmente falsa”, acrescentou Sachs, possivelmente referindo-se à chamada “guerra ao terror” liderada pelos EUA. (Com informações da Anadolu).

Categorias
Mundo

Projeto expansionista de Trump é inspirado no “Espaço Vital” de Hitler

Num primeiro momento, o “Espaço Vital” de Trump é o de conquistar todo o território ao norte dos Estados Unidos.

“Make America Great Again” deixou de ser apenas um slogan de campanha, hoje é muito mais que isso. Trata-se de um projeto de inspiração nazista para a ampliação territorial durante o segundo governo de Donald Trump.

A poucos dias de retornar à Casa Branca, Trump promete incorporar o Canadá aos EUA e tomar o Canal do Panamá (ligação importante para navios cargueiros entre os oceanos Atlântico e Pacífico) e a Groenlândia, um território dinamarquês autônomo entre o Atlântico Norte e o Oceano Ártico.

Esse desejo de expansão do império estadunidense lembra muito a noção do “Espaço Vital” Nazista, que levou Hitler a anexar áreas no Leste europeu. As primeiras invasões, no início do nazismo, ocorreram na Polônia, Dinamarca, Noruega e Ucrânia.

Está claro que, num primeiro momento, o “Espaço Vital” de Trump é o de conquistar todo o território ao norte dos Estados Unidos. A Groenlândia, por exemplo, representa a rota mais curta entre a América do Norte e a Europa. Além disto, a região possui imensas reservas de zinco, ferro, chumbo, carvão, diamantes, ouro, platina, nióbio, tantalita e urânio (minerais vitais para a fabricação de baterias e aparelhos eletrônicos).

Está claro que o projeto neonazista da extrema-direita mundial é o de fazer frente à chamada “Nova Rota da Seda” – um programa chinês iniciado em 2013 que prevê investimentos trilionários na construção de obras para ampliar mercados da China, não só na Ásia, mas também em países da Europa, América Latina, África e Oceania.

No campo ideológico, Trump-Musk-Zuckerberg estão montando, como bem definiu o ex-governador Tarso Genro, a “Internacional Protofascista da Humanidade”. Para Tarso, a IPH tem como objetivo criar os espaços vitais de controle da opinião pública, de agressão à soberania nacional, tudo com o financiamento massivo de empresários fascistas.

A ameaça às democracias é algo concreto, cristalino e tem que ser enfrentado rapidamente. Ignorar ou dar pouca importância ao fato de a extrema-direita manipular as mentes, através do controle das plataformas digitais, é um erro grave e fatal. Alguém ainda tem dúvidas de que os donos das gigantes de tecnologia vão usar todas as suas estruturas para eleger o candidato de Trump no Brasil? A ameaça feita por Elon Musk de que “Eles (Lula e Janja) vão perder a próxima eleição” seria apenas uma brincadeirinha ou uma bravata?

Qual o recado dado pelos governadores e presidentes da Câmara e Senado ao não comparecerem ao evento dos dois anos do “8 de janeiro”, em Brasília? E pior ainda, como explicar a falta de apoio popular ao mais importante evento em defesa do estado democrático de direito?

Isso tudo me preocupa. A esquerda democrática governa não só o país, mas vários estados e municípios e, apesar da máquina do estado, não conseguimos fazer sequer médias mobilizações populares.

A ideia da pacificação com os militares é outro conto da carochinha. A presença dos comandantes das Forças Armadas na data de ontem (08/01) só aconteceu porque foram convocados pelo ministro da Defesa. O golpismo ronda o país desde 2016 e estamos todos inebriados pela ideia de que, em 8 de janeiro de 2023, a democracia venceu. Não venceu, apenas ganhou uma batalha. A guerra vai endurecer nos próximos anos e é urgente que estejamos preparados. Fingir que está tudo sob controle, crer que estamos em CNTP (condições normais de temperatura e pressão), é incorrer nos mesmos erros do passado, quando o presidente João Goulart foi traído pelo general Amaury Kruel, então comandante do Segundo Exército. Erro que, como sabemos, nos custou a democracia.

Em tempos como o nosso, quando a extrema-direita se espalha mundo afora, não há espaço para fantasia. Como cantava a inesquecível Gal Costa, em Divino Maravilhoso, “é preciso estar atento e forte”.

*Floretan Fernandes Jr/247

Categorias
Mundo

Alinhamento da Meta com Trump causa apreensão no governo Lula e no TSE

Planalto prevê acionar mais braço da AGU voltado a combater desinformação e Corte prevê mais judicialização de casos.

O alinhamento da Meta (dona do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp) com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, provoca temores no Palácio do Planalto e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de retrocesso no enfrentamento da disseminação das fake news, informa a coluna de Malu Gaspar, no jornal O GLOBO.

Na última terça-feira, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou o fim do programa de checagem de fatos, em vigor há oito anos para combater a desinformação. A medida inicialmente valerá para os Estados Unidos, mas já provoca preocupação de ser replicada por aqui.

“O Trump nem assumiu a Casa Branca e já botou as garras de fora”, disse ao blog um integrante do governo que acompanha de perto os desdobramentos da discussão. “O Facebook e o Instagram correm o risco de se tornarem um novo X.”

Por ora, o governo Lula tem reforçado o posicionamento público de defender a regulamentação das big techs, que enfrenta resistência no Congresso, principalmente de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Nos bastidores, integrantes da administração petista já fazem projeções sobre os efeitos práticos da medida anunciada por Zuckerberg, que podem tornar a empresa menos cooperativa com as autoridades brasileiras.

Um das consequências é que. com a mudança na postura da Meta e a eventual implementação da nova política no Brasil, o governo Lula deve acionar mais a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, braço da Advocacia-Geral da União (AGU) voltado ao combate à disseminação de fake news contra políticas públicas ou que prejudiquem a atuação de servidores públicos – como a difusão de desinformação sobre campanhas de vacinação ou o uso de inteligência artificial para criar discursos falsos de autoridades, por exemplo.

Criada no início do atual governo Lula, sob críticas da oposição, que a chama de “Ministério da Verdade”, a PNDD não tem o poder de remover unilateralmente fake news, mas pode intimar as redes sociais para que elas retirem o conteúdo do ar – e até acionar a Justiça para garantir a exclusão de postagens e a responsabilização civil das plataformas.

Diante de uma postura mais permissiva da Meta, nos bastidores a avaliação é a de que o órgão vinculado à AGU precisará atuar mais – e, por tabela, aumentará a judicialização de casos para barrar a disseminação de notícias falsas nas redes de Zuckerberg, o que também levanta preocupação no TSE.

“Essa decisão não auxilia a democracia, o respeito à dignidade humana, às diversidades. É um retrocesso para a humanidade”, diz um ministro do TSE ouvido reservadamente pela equipe da coluna.

Nas eleições municipais de 2024, Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp assinaram um memorando de entendimento com o TSE prevendo a adoção de uma série de medidas para combater a disseminação de notícias falsas, como a criação de uma ferramenta para divulgar informações sobre as eleições.

Mas a nova política de Zuckerberg lança dúvidas sobre a disposição da empresa de seguir colaborando com o Judiciário brasileiro. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o executivo bilionário afirmou que “os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas (das redes sociais) silenciosamente”, em uma indireta ao Brasil.

Para uma fonte do Judiciário que acompanha de perto as discussões, “estamos entrando numa realidade distópica”. “Os tribunais seguem aplicando a lei. Mas é um retrocesso, sem dúvida, a postura da Meta por substituir uma ação colaborativa por confronto. Vão deixar tudo a depender de ordem judicial.”

Nesta quarta-feira (8), o Ministério Público Federal cobrou explicações do Facebook se a nova política de moderação de conteúdos das plataformas digitais da Meta serão aplicadas também no Brasil. O MPF também quer esclarecimentos sobre eventuais mudanças que eventualmente sejam implantadas no Brasil e a partir de quando elas entrariam em vigor.

No comunicado divulgado na última terça-feira, a Meta afirmou que “começando pelos Estados Unidos, estamos encerrando nosso programa de verificação de fatos via parceiros e migrando para um modelo baseado em notas da comunidade”. É um modelo similar ao adotado pelo X de Elon Musk, em que os próprios usuários elaboram notas ou correções das postagens que possam conter informações falsas ou enganosas.

Para Zuckerberg, o sistema atual de checagem de fatos da empresa “chegou a um ponto em que há muitos erros e censura demais”, mas para as autoridades brasileiras, a avaliação é a de que o novo sistema vai tornar as plataformas da Meta um “faroeste digital”.

Na avaliação do advogado Diogo Rais, professor de direito digital do Mackenzie, a nova postura da Meta representa um retrocesso.

“A pior parte talvez seja o sinal que ele traz com a questão da confiança. Um dos motivos que Zuckerberg alega é que os checadores não construíram a confiança necessária e que, na verdade, destruíram essa confiança devido aos vieses ideológicos. Isso é muito grave e traz nos diversos recados do pronunciamento uma forma de se aliar ao do presidente eleito dos Estados Unidos, mudando toda uma política na qual de alguma maneira favorece o chamado mercado livre de ideias”, critica Rais.

“É como se a própria comunidade tivesse condições de se autorregular, mas o que a gente tem visto é que as experiências nesse sentido têm piorado o ambiente digital.”

Procurada pela reportagem, a Meta não se manifestou.

 

Categorias
Mundo

Perigo atômico: a bomba israelense contra os palestinos e a indústria nuclear no Brasil

A dissuasão como estratégia para manter a paz é uma ilusão; em vez de evitar conflitos, a disponibilidade de armas nucleares é um convite a usá-las.

Em um mundo à beira de uma catástrofe nuclear e, tendo ainda de enfrentar a emergência climática com a resistência de grandes corporações em abolir o uso do principal responsável pelo aquecimento global, os combustíveis fósseis, a população mundial se depara diante de um impasse que coloca em risco a existência dos moradores do planeta.

Desde a criação de armas de destruição em massa, as chamadas bombas atômicas, o mundo se curvou perante alguns países que detém a tecnologia e fabricam tais artefatos (USA, Rússia, França, Reino Unido, China, Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte).

O urânio natural encontrado na natureza é composto de 99,3% de urânio-238 e apenas 0,7% de urânio-235, combustível explosivo (fissionável). Para a fabricação da bomba é necessário aumentar a quantidade de urânio-235. Isto é feito separando o urânio-235 do urânio-238, atingindo níveis acima de 80%. Este processo é denominado de enriquecimento isotópico, e a ultracentrifugação é a tecnologia mais utilizada neste processo. Para a produção de energia elétrica em usinas que utilizam o urânio-235, seu nível de enriquecimento deve ser em torno de 3 a 4%.

A bomba (urânio) foi usada como arma pela primeira vez em 6 de agosto de 1945, contra Hiroshima, e a segunda bomba (plutônio) em 9 de agosto de 1945, contra Nagasaki, cidades japonesas. Segundo estimativas, juntas elas mataram mais de 200 mil pessoas. Desde então não foi mais utilizada em guerras e conflitos, até nos dias atuais, com denúncias internacionais de uso da bomba por Israel na guerra contra os palestinos.

A acusação, com fortíssimos indícios de veracidade, segundo o noticiário internacional, é de que em 16/12/2024, Israel lançou em uma zona montanhosa, próximo a cidade de Tartus, uma bomba nuclear tática, de fabricação americana, a B61, provavelmente a variante Mod 11, destinada a destruição de bunkers, de penetração no solo. Localizada na parte ocidental da Síria, na fronteira com o Líbano, a 220 quilômetros a noroeste de Damasco, está situada na costa do Mediterrâneo e conta com uma população de cerca de 450 mil habitantes.

Segundo relatos divulgados, a bomba lançada provocou um abalo sísmico de 3 graus na Escala Richter (escala de magnitude), sentido no Chipre e na Turquia. Além de picos de radiação, medidos por centros de monitoramento do clima. O artefato nuclear, caso seja confirmado, mesmo com poder explosivo reduzido, provocará uma série de efeitos devastadores, incluindo: calor, onda de choque e radiação ionizante, que pode causar câncer, doenças graves e mortes.

Lamentavelmente, pelas denúncias, nem sempre divulgadas pelas agências de imprensa do Ocidente, a suspeita é que o atual governo de extrema direita de Israel tem usado tudo que as convenções internacionais proíbem, como as Convenções de Haia (1899 e 1907), que regulamentam a condução das hostilidades, e a de Genebra (1949), que protegem as vítimas da guerra – doentes e feridos, náufragos, prisioneiros de guerra, civis em territórios inimigos e todos os civis que se encontrem em territórios de países em conflito. O uso de balas dum-dum, bombas incendiárias, fósforo branco, bombas de fragmentação, são artefatos recorrentemente utilizados, segundo denúncias. Então, usar armas nucleares não seria nenhum espanto, nem novidade.

Confirmado o uso da bomba no atual conflito, a guerra deixa de ser convencional (considerada regular?), para passar a ser irregular, se caracterizando como um extermínio étnico, limpeza étnica, genocídio. Seria mais um passo para atingir os objetivos de avanços e controle de territórios palestinos que contam com reservas consideráveis de petróleo e gás, na área C da Cisjordânia (costa do mediterrâneo) e ao longo da Faixa se Gaza. Tais informações podem ser encontradas no estudo O Custo Econômico da Ocupação do Povo Palestino: O Potencial Não Realizado de Petróleo e Gás Natural, da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

O uso da violência nos conflitos armados, sobretudo quando os Estados Nacionais não estão envolvidos, de forma direta, permite que sejam cometidas atrocidades com incomensuráveis consequências não só para os povos envolvidos, mas para toda a humanidade.

O perigo nuclear que nos ronda está não somente na fabricação e uso de bombas nucleares, mas também na proliferação de usinas nucleares para produção de energia elétrica, as chamadas usinas nucleoelétricas. Tais usinas, utilizando como combustível o urânio-235, enriquecido a 4%, aproximadamente, produzem resíduos altamente radioativos, nocivos à saúde humana por milhares de anos. Um dos resíduos produzidos é o plutônio-239, isótopo físsil utilizado na bomba lançada em Nagasaki.

O Brasil domina a tecnologia do ciclo do combustível nuclear, mas não fabrica armas nucleares, pois além do veto explícito na Constituição de 1988, também é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), assinado em 1998. O que preocupa, é que segundo a World Nuclear Association, o Brasil é uma das 13 nações capazes de enriquecer o minério. Para a fabricação da bomba atômica tupiniquim, seria necessário realizar uma reconfiguração, aumentando o número de centrífugas na fábrica de Combustível Nuclear (FCN) da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), localizada em Resende (RJ). Além de uma mudança constitucional e o abandono do TNP.

Um aspecto a ser ressaltado que está presente na cabeça dos militares e de muitos civis no país, é a fabricação da bomba atômica tupiniquim. E, assim, o Brasil entraria no clube fechado dos países detentores dessa arma. Durante o governo da extrema-direita, em 2019, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em uma palestra declarou explicitamente ser a favor do país ter a bomba, alegando “que assim a paz seria garantida”. Este parlamentar foi nada menos do que um dos filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro.

*Diálogos do Sul

Categorias
Mundo

Celebridades perdem casas e fogem enquanto incêndios em Los Angeles se espalham

Jamie Lee Curtis, Mandy Moore, Maria Shriver e outras celebridades estão entre as mais de 100 mil pessoas obrigadas a evacuar suas casas

Reuters – Uma casa que supostamente pertencia aos atores de Hollywood Leighton Meester e Adam Brody, além de outra propriedade do ator Billy Crystal, está entre os mais de 1.000 edifícios destruídos pelos incêndios florestais que assolam Los Angeles, incluindo um fogo que começou na quarta-feira nas colinas de Hollywood.

Jamie Lee Curtis, Mandy Moore, Maria Shriver e outras celebridades estão entre as mais de 100.000 pessoas obrigadas a evacuar suas casas para escapar dos incêndios fora de controle que atingem algumas das áreas mais desejadas de Los Angeles.

O maior incêndio devastou quase 12.000 acres (4.856 hectares) em Pacific Palisades, um bairro pitoresco entre as cidades praianas de Santa Monica e Malibu, lar de muitas estrelas do cinema, televisão e música.

Brody, mais conhecido por seus papéis na série “The O.C.” e no filme “Nobody Wants This”, e Meester, protagonista de “Gossip Girl”, compraram sua casa em Pacific Palisades em 2019 por US$ 6,5 milhões, segundo sites de entretenimento e mercado imobiliário. Crystal e sua esposa, Janice, disseram em comunicado que moravam na casa de Pacific Palisades desde 1979.

“Estamos desolados, é claro, mas com o amor dos nossos filhos e amigos, vamos superar isso”, disseram.

Shriver, jornalista e ex-primeira-dama da Califórnia durante seu casamento com o ex-governador Arnold Schwarzenegger, descreveu a destruição no enclave de luxo como devastadora.

“Está tudo acabado. Nosso bairro, nossos restaurantes”, escreveu ela na rede social X na quarta-feira. “Os bombeiros fizeram e continuam fazendo o melhor possível, mas este incêndio é massivo e está fora de controle.”

No dia seguinte à evacuação de sua casa em Pacific Palisades, o ator James Woods afirmou que “todas as casas ao nosso redor estavam em chamas”.

“Estávamos literalmente no epicentro do incêndio quando ele começou”, disse Woods, conhecido por seus papéis em “Ghosts of Mississippi” e “Any Given Sunday”, à CNN na quarta-feira. “Havia tanto caos. Era como um inferno.”

Incêndios nas colinas de Hollywood – Na noite de quarta-feira, um incêndio irrompeu nas colinas de Hollywood e rapidamente dobrou de tamanho, forçando mais evacuações em uma área sinônimo da indústria do entretenimento.

Embora relativamente pequeno em comparação aos outros, o incêndio em Sunset atingiu a região acima da Hollywood Boulevard e da Calçada da Fama. Ele precisaria atravessar a rodovia 101 para ameaçar o letreiro de Hollywood e o Observatório Griffith mais acima nas colinas.

Dentro dessa área está o Dolby Theater, onde ocorre a cerimônia do Oscar. O anúncio das indicações ao Oscar, programado para a próxima semana, foi adiado em dois dias devido ao incêndio, segundo os organizadores.

A entrega do Critics Choice Awards deste fim de semana também foi adiada em duas semanas, disseram os organizadores.

Com um preço médio de US$ 4,5 milhões por casa, Pacific Palisades abriga celebridades e o Getty Villa, um dos museus mais populares de Los Angeles.

A vencedora do Oscar Jamie Lee Curtis disse que “minha comunidade e possivelmente minha casa estão em chamas”.

“É uma situação aterrorizante”, escreveu Curtis no Instagram. “Rezem se acreditarem nisso, e mesmo que não acreditem, rezem por aqueles que acreditam.”

Categorias
Mundo

Hossam Abu Safieh: o médico palestino que abalou os alicerces da “entidade israelense”

Com resiliência e vontade inabalável, Abu Safieh desafiou o Estado sionista, permanecendo fiel à sua profissão ao recusar abandonar seus pacientes no Hospital Kamal Adwan, em Gaza.

O Dr. Hossam Abu Safieh transmitiu uma mensagem poderosa ao mundo: que as nações, por mais fortes ou bem armados que sejam seus exércitos, podem ser derrotadas e abaladas pela vontade e determinação de um povo comprometido com sua luta nacional por justiça, dignidade e democracia.

O soldado israelense, no fundo, reconhece implicitamente não apenas quem tem direito e quem não o tem, mas também quem é verdadeiramente forte e quem é fraco. Será o soldado armado até os dentes com as mais avançadas tecnologias bélicas ou o médico armado com sua fé, a justiça de sua causa e seu juramento de servir à humanidade por meio de sua nobre profissão?

O Dr. Abu Safieh desafiou, com sua resiliência e vontade inabalável, a força de uma entidade equipada com diversos tipos de armas, mísseis, tanques e aviões. Ele permaneceu fiel à sua nobre profissão ao recusar abandonar o Hospital Kamal Adwan ou deixar seus pacientes, mesmo sob ameaças incessantes das forças de ocupação. Eles chegaram a assassinar seu filho, Ibrahim. “Eles mataram meu filho porque estamos transmitindo uma mensagem humanitária. Enterrei meu filho no muro do hospital”, declarou.

Dr. Hossam Abu Safieh saiu orgulhoso de seu refúgio no Hospital Kamal Adwan, erguendo-se alto e desafiando a tirania de um regime criminoso. Vestindo seu jaleco branco, caminhou com a dignidade de um combatente revolucionário, avançando corajosamente para um destino incerto.

O Dr. Abu Safieh desafiou, com sua resiliência e vontade inabalável, a força de uma entidade equipada com diversos tipos de armas, mísseis, tanques e aviões. Ele permaneceu fiel à sua nobre profissão ao recusar abandonar o Hospital Kamal Adwan ou deixar seus pacientes, mesmo sob ameaças incessantes das forças de ocupação. Eles chegaram a assassinar seu filho, Ibrahim. “Eles mataram meu filho porque estamos transmitindo uma mensagem humanitária. Enterrei meu filho no muro do hospital”, declarou.

Dr. Hossam Abu Safieh saiu orgulhoso de seu refúgio no Hospital Kamal Adwan, erguendo-se alto e desafiando a tirania de um regime criminoso. Vestindo seu jaleco branco, caminhou com a dignidade de um combatente revolucionário, avançando corajosamente para um destino incerto.

O Dr. Abu Safieh desafiou, com sua resiliência e vontade inabalável, a força de uma entidade equipada com diversos tipos de armas, mísseis, tanques e aviões. Ele permaneceu fiel à sua nobre profissão ao recusar abandonar o Hospital Kamal Adwan ou deixar seus pacientes, mesmo sob ameaças incessantes das forças de ocupação. Eles chegaram a assassinar seu filho, Ibrahim. “Eles mataram meu filho porque estamos transmitindo uma mensagem humanitária. Enterrei meu filho no muro do hospital”, declarou.

Dr. Hossam Abu Safieh saiu orgulhoso de seu refúgio no Hospital Kamal Adwan, erguendo-se alto e desafiando a tirania de um regime criminoso. Vestindo seu jaleco branco, caminhou com a dignidade de um combatente revolucionário, avançando corajosamente para um destino incerto.

O Dr. Abu Safieh desafiou, com sua resiliência e vontade inabalável, a força de uma entidade equipada com diversos tipos de armas, mísseis, tanques e aviões. Ele permaneceu fiel à sua nobre profissão ao recusar abandonar o Hospital Kamal Adwan ou deixar seus pacientes, mesmo sob ameaças incessantes das forças de ocupação. Eles chegaram a assassinar seu filho, Ibrahim. “Eles mataram meu filho porque estamos transmitindo uma mensagem humanitária. Enterrei meu filho no muro do hospital”, declarou.

Dr. Hossam Abu Safieh saiu orgulhoso de seu refúgio no Hospital Kamal Adwan, erguendo-se alto e desafiando a tirania de um regime criminoso. Vestindo seu jaleco branco, caminhou com a dignidade de um combatente revolucionário, avançando corajosamente para um destino incerto.

A ocupação permanece sendo um agressor criminoso, por mais que tente mascarar sua imagem. Representa o exército de uma entidade imoral que continua roubando terras, perpetuando assassinatos, fome, deslocamentos forçados, prisões arbitrárias e torturas. Apesar das tentativas da comunidade internacional de absolver o ocupante de suas ações nazistas e fascistas, e de evitar a prisão de seus líderes acusados em tribunais internacionais por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, seus atos falam por si.

As forças de ocupação dispararam a “última bala” contra o Hospital Kamal Adwan, destruindo completamente o sistema de saúde no norte da Faixa de Gaza. A entidade ocupante não demonstra nenhuma preocupação com a opinião pública internacional ou local, tampouco com organizações internacionais, de direitos humanos, de saúde ou qualquer outra. Tudo isso ocorre em meio a um silêncio árabe e internacional suspeito, com clara cumplicidade e parceria dos Estados Unidos, além de algumas capitais europeias que continuam exportando armas letais para o exército de ocupação israelense.

*Diálogos do Sul

Categorias
Mundo

Vídeo: Lágrimas por Gaza

Após o ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, quando o território foi invadido e mais de mil israelenses foram mortos, além de mais de 200 civis tornados reféns, o governo de Benjamin Netanyahu iniciou a resposta militar. O que poderia ter respaldo nos tratados internacionais como ação de legítima defesa de uma nação revelou-se em pouco tempo como operação para aniquilar todo o povo que vive em Gaza.

De lá para cá, mais de 45 mil palestinos foram mortos nessa carnificina perpetrada pelo exército de Israel. Destes, 17.581 eram crianças e 12.048 mulheres.

Como se sabe, a desproporção entre as vítimas dos dois países é abissal.

Mas a crueldade do massacre pode ser medido por outras referências, tão aterrorizantes quanto os números.

Além destruir boa parte das moradias de Gaza, a ofensiva israelense tornou alvos campos de refugiados, universidades e escolas.

Israel proibiu a entrada de alimentos e remédios no território palestino e destruiu a estação de tratamento de água.

Imaginou-se que nesse ponto o nível de desumanização do governo Israelense tinha chegado ao topo. Mas ainda podia piorar.

A certa altura, os ataques de Israel se voltaram contra os hospitais, onde vítimas inocentes já sofriam com falta de insumos e médicos se desesperavam pela impotência de impedir a morte em série.

Um pouco depois, os próprios médicos se tornaram alvos.

Essa demonstração de barbárie das mais explicitas da história da humanidade continua em curso, sob a cumplicidade das grandes potências, que não fazem nada para interrompê-la.

Também é cúmplice a grande imprensa, que sempre tenta criar uma falsa simetria, como se o ataque do Hamas justificasse a sanha do governo israelense, ao massacrar dezenas de milhares de civis inocentes.

Só em alguns raros momentos essa barreira no noticiário é quebrada. Foi o que aconteceu com o pronunciamento do embaixador da Palestina no Conselho de Segurança da ONU, Riyad Mansour.

Ele leu a mensagem deixada pelo médico Mahmoud Abu Nujaila, morto em um ataque aéreo israelense ao Hospital Al-Awda.

“Quem ficar até o fim contará a história. Fizemos o que podíamos. Lembrem-se de nós”. Em dois trechos, o choro do embaixador interrompeu a leitura. “Lembre-se de nós”, insistiu, batendo sobre a mesa.

Á mensagem do médico, o diplomata acrescentou seu comentário: “Devemos isso a eles (médicos palestinos) Nada pode explicar que, por 15 meses, palestinos em Gaza suportaram o inferno e foram abandonados a seu destino”, disse. “Nada justifica que os médicos que estavam tentando salvar vidas de vítimas se tornaram eles mesmos as vítimas e que a comunidade internacional não foi capaz de igualar nem mesmo parte de sua coragem e sua dedicação à humanidade”.

https://iclnoticias.com.br/wp-content/uploads/2025/01/WhatsApp-Video-2025-01-04-at-11.06.21.mp4?_=1