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Pentágono entra em alerta vermelho após fala de Trump sobre Lei Marcial

O Pentágono e os líderes militares de Washington D.C. estão em alerta vermelho, cautelosos com o que Donald Trump pode fazer durante os seus últimos dias na presidência.

Os comandos militares responsáveis por Washington D.C. estão engajados em planos secretos de emergência em caso de as Forças Armadas serem convocadas a manter ou restaurar a ordem civil durante o período de tomada de posse e transição, escreve Newsweek.

De acordo com um oficial que falou com o portal sob condição de anonimato, o plano está sendo mantido em segredo da Casa Branca e de apoiadores de Trump no Pentágono por receio de que possa ser reprimido.

“Há mais de 40 anos tenho ligação com o [setor] militar e nunca vi discussões como as que estão decorrendo agora, e a necessidade de tais discussões”, afirmou um oficial aposentado, que atualmente faz parte de uma empresa da área de defesa e que tem sido conselheiro de líderes superiores do serviço.

O Pentágono não descarta que o atual presidente possa mobilizar os seus apoiadores para obstruir o processo de transição de poder ao futuro governo de Joe Biden.

As fontes expressaram extrema preocupação de que o Departamento de Defesa norte-americano possa ser arrastado para uma crise.

“Agora, por causa do coronavírus, o presidente tem poderes de emergência sem precedentes, e algumas [pessoas] podem convencê-lo – especialmente se der ouvidos a certos apoiadores – de que ele [Trump] tem poderes ilimitados e está acima da lei”, disse um juiz advogado-geral aposentado.

O juiz aposentado admitiu que o presidente dos EUA, sendo também o comandante supremo das Forças Armadas, pode declarar lei marcial em circunstâncias excepcionais. No entanto, os militares certamente não vão obedecer a nenhuma ordem que viole a lei, ponderou.

Anteriormente, veículos de comunicação dos EUA relataram que Trump teria convidado seu ex-chefe de Segurança Nacional, Michael Flynn, para discutir sobre como reverter o resultado das eleições presidenciais após o ex-funcionário, em entrevista a Newsmax, ponderar a opção de usar a lei marcial e as Forças Armadas norte-americanas para forçar novas eleições.

 

*Com informações do Sputnik

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Vídeo – Atentado?: Carro explode em Nashville, nos EUA, e deixa feridos

Nas redes sociais, diversos vídeos mostram o estrago causado pela explosão que atingiu vários prédios na região. Assista.

A explosão de um carro no centro de Nashville, no estado do Tennessee, nos Estados Unidos, na manhã desta sexta-feira (25) deixou ao menos três pessoas feridas e está sendo tratado pela polícia como um “ato intencional”, possivelmente um atentado.

“A explosão foi significativa, como você pode ver. O departamento de polícia, seus parceiros federais, o FBI e o ATF estão conduzindo uma investigação em grande escala. Nós acreditamos que o explosão foi um ato intencional”, disse Don Aaron, porta-voz da polícia de Nashville, segundo a Agência Reuters.

Nas redes sociais, diversos vídeos mostram o estrago causado pela explosão que atingiu vários prédios na região. O carro explodiu no momento em que policiais estavam a caminho do centro da cidade para verificar a denúncia de um veículo suspeito no local.

https://twitter.com/iaras2007/status/1342492487387115520?s=20

https://twitter.com/alesaucerreal/status/1342500571786391553?s=20

*Com informações da Forum

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Comitê recomenda aprovação de uso emergencial da vacina da Moderna nos EUA

O comitê consultivo da FDA (Food and Drug Administration), agência de regulação de medicamentos dos Estados Unidos, recomendou hoje a aprovação da vacina da Moderna contra a covid-19 para uso emergencial. O imunizante tem 94,1% de eficácia.

Foram 20 votos de conselheiros a favor e 1 abstenção. Esta votação, no entanto, não significa que a vacina será autorizada imediatamente. A liberação do imunizante será discutida pela FDA e pode ser determinada nos próximos dias. Porém a resolução de hoje já traça caminhos para uma eventual distribuição da vacina nos EUA.

Na semana passada, o comitê recomendou a liberação do uso emergencial da vacina da Pfizer —quatro dias depois os Estados Unidos iniciaram a vacinação da população.

As mortes por covid-19 já totalizam quase 300 mil nos Estados Unidos, que tem de longe o maior número de óbitos pela nova doença no mundo. Nas últimas 24h, foram mais de 3.700 mortes e 250 mil casos do novo coronavírus, de acordo com os dados oficiais da universidade Johns Hopkins.

Com a aprovação emergencial de uma segunda vacina, os Estados Unidos conseguiriam vacinar até 150 milhões de pessoas entre agora e meados de 2021, segundo informações do The Guardian. A população do país é de 328,2 milhões.

*Com informações do Uol

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Reino Unido identifica nova cepa do coronavírus que se multiplica mais rapidamente

Ministro da Saúde afirma que OMS já foi notificada e relaciona surto de casos à nova variante do Sars-CoV-2. País é o mais atingido pela COVID-19 na Europa ocidental.

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou nesta segunda-feira (14) ao Parlamento britânico que uma nova cepa do novo coronavírus foi identificada no país, informou o jornal O Globo.

A descoberta ocorre em meio à vacinação contra a COVID-19, iniciada na semana passada. Segundo Hancock, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi notificada.

A variante do Sars-CoV-2 poderia estar relacionada à alta de casos no sudeste da Inglaterra e se multiplicaria mais rapidamente do que as demais cepas do patógeno.

Ainda segundo o ministro britânico, mais de mil casos já foram registrados no Reino Unido em mais de 60 localidades diferentes. Os números, descreveu Hancock, estão “crescendo rapidamente”.

Ele ponderou que ainda não há elementos que indiquem que a nova cepa tem maior probabilidade de agravar o quadro da COVID-19 do que as demais.

“Nós identificamos uma nova variante do coronavírus que pode estar associada à disseminação acelerada [da COVID-19] no sudeste da Inglaterra”, disse Hancock em uma reunião com parlamentares.

Análises iniciais sugerem que essa variante está se multiplicando mais rapidamente do que as já existentes.

O ministro afirmou ainda que o laboratório de Porton Down, vinculado ao Ministério da Defesa britânico, fará testes para avaliar se a nova cepa é resistente a vacinas. Hancock ponderou, no entanto, que assessores médicos da pasta acreditam que essa possibilidade é “altamente improvável”.

Restrições mais rígidas

Na mesma ocasião, Hancock confirmou que o governo britânico colocará a capital, Londres, sob o nível mais rígido de restrições por conta da alta de casos de COVID-19. Outras cidades no entorno também entrarão em regime de confinamento.

De acordo com os procedimentos previstos pelo governo, restaurantes, cafés e bares serão fechados e empresas deverão adotar o trabalho remoto para todos os serviços não essenciais.

“Não sabemos até que ponto isso se deve à nova variante, mas, independentemente da causa, precisamos tomar ações decisivas e rápidas que, infelizmente, são absolutamente essenciais para controlar essa doença mortal enquanto executamos a vacinação”, disse o ministro se referindo à alta de casos em regiões da Inglaterra.

O Reino Unido é o país mais afetado pela COVID-19 na Europa Ocidental junto da Itália e já soma mais de 1,8 milhão de casos da doença. Mais de 64 mil pessoas morreram por conta do novo coronavírus em solo britânico.

O governo se tornou no último dia 8 o primeiro país ocidental a iniciar a vacinação contra a COVID-19 dentro dos procedimentos científicos.

 

*Com informações do Sputnik

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Urgente: Comitê nos EUA recomenda aprovação de uso emergencial da vacina da Pfizer e BioNTech

Recomendação vale para maiores de 16 anos. Imunizante ainda precisará de outras etapas de aprovação de autoridades dos EUA até que a vacinação comece no país.

O comitê consultivo da agência reguladora de medicamentos norte-americana (FDA, da sigla em inglês) recomendou nesta quinta-feira (10) a aprovação do uso emergencial da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. Se isso ocorrer, os Estados Unidos se tornam o 4º país a autorizar o uso deste imunizante.

A recomendação vale para maiores de 16 anos. A FDA ainda terá de fazer uma determinação final. Depois, uma outra agência federal americana deverá dar o parecer final para que comece a vacinação em massa no país. A expectativa é que isso aconteça nos próximos dias.

A vacina da Pfizer já foi aprovada pelo Reino Unido, Canadá e Bahrein. A agência regulatória britânica foi a primeira a aprovar o uso da vacina, ainda na semana passada. O Reino Unido iniciou sua campanha de vacinação nesta terça-feira (8).

Nesta quinta, uma comissão de especialistas – formada por pesquisadores independentes, médicos e representantes farmacêuticos – se reuniu para avaliar uma recomendação endereçada para a FDA. É a partir dela que a agência poderá decidir se autorizaria ou não a aplicação do imunizante.

A agência já havia apresentado, no início desta semana, um parecer favorável à vacina, confirmando sua segurança e eficácia.

Países que já aprovaram a vacina

O Reino Unido e Bahrein aprovaram o uso do imunizante na semana passada, mas apenas o Reino Unido começou sua campanha de vacinação. Na terça, teve início da campanha de vacinação para os britânicos – aplicada de forma gratuita pelo serviço público de saúde (NHS, da sigla em inglês).

Uma senhora de 90 anos, Margaret Keenan, foi a primeira a receber a dose.

A Health Canadá, agência que regula as vacinas no país, aprovou na quarta-feira (9) a vacina da Pfizer. Após a revisão de dados, os canadenses concluíram que a vacina é segura e eficaz e já pode ser aplicada em todo o país, de forma emergencial, em pessoas maiores de 16 anos.

Eficácia comprovada

No início de novembro, as farmacêuticas anunciaram que sua vacina candidata tem eficácia de 95% na prevenção da Covid-19, segundo dados iniciais do estudo da terceira e última fase de testes. Os dados ainda foram publicados na revista científica “New England Journal of Medicine”.

Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que 95% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença.

A Pfizer informou que pretende produzir até 50 milhões de doses de vacina em 2020 para todo o mundo, e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021.

Em julho, os EUA fecharam acordo com os laboratórios para comprar 100 milhões de doses ainda este ano, pelo valor de US$ 1,95 bilhão (cerca de R$ 10,1 bilhões).

 

*Com informações do G1

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Governo e estados americanos abrem processo contra o Facebook por práticas anticoncorrência

Promotora de Nova York diz que gigante das redes sociais agiu de forma ‘predatória’ contra concorrentes. FTC diz que pode pedir liminar obrigando empresa a vender WhatsApp e Instagram.

WASHINGTON – A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) anunciou a abertura de um processo contra o Facebook nesta quarta-feira, por práticas anticoncorrência. Segundo a comissão, ela vai pedir à Justiça uma liminar contra a empresa que pode incluir a exigência da venda dos aplicativos WhatsApp e Instagram.

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que lidera um grupo de 48 estados que abriram um processo paralelo contra a empresa, afirmou que a gigante das redes sociais “usou vastas quantias de dinheiro para comprar rivais menores” de maneira ilegal e predatória, e cortou serviços para outras companhias que ameaçavam seu domínio do mercado.

O processo dos estados, aberto em um tribunal federal em Washington, pede que a Justiça “impeça a conduta anticompetitiva do Facebook”, segundo Letitia, que frisou ser fundamental que sejam bloqueadas as “aquisições predatórias”.

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) está investigando o Facebook há tempos, assim como os procuradores-gerais de estados americanos.

O Facebook é a segunda grande empresa de tecnologia processada nos EUA neste ano. O Departamento de Justiça processou o Google, da Alphabet, em outubro, por monopólio.

Em depoimento ao Congresso em julho, o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu aquisições muito criticadas como as do Instagram e WhatsApp, dizendo que sua plataforma de mídia social ajudou a transformar as pequenas empresas em potências. Ele também argumentou que o Facebook tem uma série de concorrentes, incluindo outros gigantes de tecnologia.

O Facebook resolveu uma investigação de privacidade com a FTC em 2019, pagando US$ 5 bilhões para resolver as alegações de ter compartilhado indevidamente as informações de usuários com a agora extinta cosultoria Cambridge Analytica, cujos clientes incluíam a campanha de 2016 do presidente Donald Trump.

 

*Com informações de O Globo

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Recorde de mortes por Covid nos EUA, 3.157 em 24hs. O pior está por vir

Número de pessoas hospitalizadas por causa do novo coronavírus passa de 100 mil, quase o dobro do registrado durante o primeiro pico da pandemia.

WASHINGTON — País mais afetado pela pandemia da Covid-19 em números absolutos, com 13,9 milhões de casos e 274 mil mortes, os Estados Unidos registraram seu recorde de óbitos pelo coronavírus em 24 horas na quarta-feira: 3.157, segundo a Universidade Johns Hopkins. Anteriormente, o maior número de óbitos em um dia havia ocorrido em 15 de abril, quando 2.607 pessoas morreram.

No mesmo dia, foi informado que o número de pessoas hospitalizadas com o novo coronavírus no país era de mais de 100 mil, segundo o Projeto de Rastreamento da Covid, do jornal New York Times. Isso é quase o dobro do registrado durante o primeiro pico da pandemia. Segundo especialistas, a situação pode se agravar ainda mais.

— Se você me disser que as hospitalizações aumentaram esta semana, eu direi que daqui a algumas semanas as mortes vão aumentar — disse Jeremy Fayst, médico do Brigham and Women’s Hospital, em Boston.

Em relação a novos casos, foram 200.070 na quarta-feira, com a marca de 200 mil sendo excedida pela segunda vez, segundo a Johns Hopkins.

Robert Redfield, chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), disse que o inverno pode ser devastador, com a possibilidade de, em fevereiro, 450 mil americanos terem perdido a vida.

— Eu realmente acredito que vai ser o período mais difícil na história da saúde pública desta nação — disse Redfield.

Mas mesmo com estimativas ruins, Redfield tem um pouco de esperança. E a fórmula para esse cenário ser suavizado requer medidas simples, como o uso de máscara.

 

*Com informações de O Globo

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Alerta estarrecedor da OMS: “a cada 17 segundos morre uma pessoa de covid na Europa”

Diretor regional da entidade apresentou informe indicando que o Velho Continente registrou mais de 29 mil mortes somente na segunda semana de novembro.

Cada novo número sobre a segunda onda da pandemia de coronavírus causa mais alarme na Europa. Por exemplo, nesta quinta-feira (19), a OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou um informe mostrando que o continente teve mais de 29 mil mortes por covid-19 (infecção causada pelo coronavírus SARS-CoV-2) apenas na segunda semana de novembro.

Segundo o infectologista belga Hans Kluge, o número é alarmante, e revela uma situação que já é similar ao vivido no primeiro semestre, e que poderia ficar ainda pior. “A cada 17 segundos morre uma pessoa de covid na Europa”, afirmou o especialista.

Com a chegada do outono no hemisfério norte, Europa e Estados Unidos voltaram a ser o epicentro da pandemia de covid-19 no planeta, panorama que tende a se agravar com o início do inverno, em pouco mais de mês.

“Nesta semana que terminou no dia 14 de novembro, a Europa teve 28% dos casos de covid-19 em todo o mundo, e também 26% das mortes pela doença no mesmo período”, indicou Kluge, baseado no informe da OMS, que aponta um crescimento de 18% no índice de mortalidade da infecção no continente.

Kluge também pediu aos governos de países que apresentam situação mais grave – não citou exemplos, mas o informe mostra que França, Reino Unido e Itália são os que tiveram maior aumento de contágios e de mortes na última semana – que reforcem suas medidas para conter a propagação do vírus.

“A obrigatoriedade do uso de máscaras é importante, mas deve ser combinada com outras medidas que garantam o distanciamento social”, comentou Kluge.

 

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Caos no Peru: ministros renunciam, há repressão e manifestantes mortos

Imprensa local reporta ao menos dois mortos em Lima, mas há também relatos de desaparecidos, entre os que se manifestavam contra governo que assumiu após destituição de Vizcarra, considerado ilegítimo.

A crise política iniciada no Peru após destituição do ex-presidente Martín Vizcarra teve seu dia mais sangrento – ao menos até agora – neste sábado (9), em que os protestos em Lima e outras grandes cidades do país, novamente massivos, foram cruelmente atacados pelas forças de segurança do país, com resultados a lamentar: ao menos duas pessoas faleceram na capital do país e há vários relatos de desaparecidos.

Nas redes sociais, várias organizações reclamaram de uso indiscriminado de gás lacrimogêneo e balas de dispersão (de chumbinho, chamadas “perdigones”) por parte das forças policiais peruanas, e algumas organizações civis, especialmente a Defensoria Pública do Peru, utilizaram as redes sociais para mostrar imagens comprovando que os ataques policiais se iniciaram em meio a uma manifestação pacífica, reforçando o caráter autoritário da ação.

Até o momento há dois casos confirmados de pessoas mortas como resultado da repressão policial. Ambos seriam estudantes de entre 23 e 25 anos de idade e seriam estudantes universitários – as organizações estudantis peruanas estão entre as que mais fortemente têm mobilizado pessoas para os protestos. Contudo, também há dezenas de relatos de pessoas desaparecidas nas redes sociais, e também a partir de denúncias formais realizadas pela Defensoria Pública e outras organizações de defesa dos direitos humanos.

Tais protestos marcaram o sexto dia seguido de manifestações desde a destituição do agora ex-presidente Martín Vizcarra, definida pelo Congresso na segunda-feira (9), em ação considerada como um golpe de Estado parlamentar por grande parte da população, que considera ilegítimo o novo governo que assumiu desde então, liderado por Manuel Merino – que era justamente o presidente do Congresso, e que liderou a votação na que Vizcarra foi destituído.

 

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Huawei, chinesa, prepara ofensiva na Justiça, diante de ameaça de ser excluída do 5G no Brasil

O anúncio de que o governo brasileiro vai apoiar a chamada Clean Network (Rede Limpa, em tradução livre), programa dos Estados Unidos que, na prática, limita o avanço de empresas chinesas na tecnologia 5G, aumentou as preocupações na Huawei, principal fornecedora de equipamentos de rede do mundo.

Segundo fontes, a companhia já teria contratado um escritório especializado com atuação em Brasília para se preparar para um cenário de litígio.

Especialistas temem que ocorra, no Brasil, uma judicialização do leilão do 5G, previsto para o ano que vem. Na quarta-feira, a Suécia suspendeu o certame que faria depois de a Huawei obter uma liminar na Justiça suspendendo as restrições a sua participação.

Essa disputa poderia se repetir aqui, onde a chinesa tem pouco mais de 40% de participação no mercado de infraestrutura.

O argumento central do Clean Network é que as empresas chinesas não são transparentes quanto à segurança de sua tecnologia e que, por isso, seus equipamentos podem permitir vazamento de dados e espionagem.

Uma fonte ligada à Huawei lamentou um possível cenário de judicialização e politização do 5G no Brasil. Mas ressaltou que não serão medidos esforços para sua defesa, como ocorreu na Suécia.

A própria China já mostrou que não vai abrir mão da defesa de seus interesses. Na quarta-feira, o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, chamou de mentiroso o subsecretário americano Keith Krach.

Isso ocorreu após Krach, em Brasília, ter feito um apelo aos países aliados dos EUA para que se unam a fim de proteger dados e interesses de segurança nacional do “estado de vigilância do Partido Comunista Chinês e de outras entidades malignas”.

“Cheio de mentiras! Desavergonhado! As mentiras já são a figura dos oficiais do Departamento de Estado do governo dos EUA, que agora com suas próprias ações está ensinando ao mundo inteiro qual é o modelo e a forma da ‘democracia americana’”, disse o embaixador em uma rede social.

’Guerra fria tecnológica’

À noite, a embaixada chinesa afirmou, em nota, que a Clean Network “é discriminatória, excludente e política. É de fato uma ‘rede suja’, e sinônimo de abuso do pretexto da segurança nacional por parte dos EUA para promover guerra fria tecnológica e bullying digital.”

E afirma que os EUA, por muito tempo, “conduziram, em grande escala e de forma organizada e indiscriminada, atividades de vigilância e espionagem cibernéticas contra governos, empresas e indivíduos estrangeiros, além de líderes de organismos internacionais” — referência ao esquema de espionagem global revelado em 2013 por Edward Snowden.

 

*Com informações de O Globo

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