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Ai dos pequeninos que possam fazer mal a Bolsonaro

Todos serão abandonados, como já estão sendo.

Bolsonaro quer distância de todos os que sempre o apoiaram, mas que agora, por culpa dele ou não, estão em apuros. Não distingue entre pobres e ricos, pretos e brancos, homens e mulheres, civis e militares. Pouco lhe importa o que ouviu quando usava farda: não se abandona mortos e feridos no meio de uma batalha.

Para salvar sua pele, Bolsonaro abandona qualquer um e todos os que lhe pedem ajuda. Jesus disse uma vez: “Ai daquele que fizer mal a um de meus pequeninos”. Bolsonaro entendeu: “Ai dos pequeninos que um dia possam me fazer mal”. Sabe que é por meio dos pequeninos que a Justiça quer ferrar com ele.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi alvo de uma operação de busca e apreensão no seu apartamento e no seu gabinete de trabalho. Aparentemente, a Polícia Federal não encontrou o que procurava, e desconfia de que Zambelli foi avisada antes. O hacker Walter Delgatti foi preso e está disposto a delatar.

Delgatti recebeu dinheiro de Zambelli para tentar acessar as urnas eletrônicas e as contas telefônicas do ministro Alexandre de Moraes. As urnas revelaram-se impenetráveis. As contas, nem tanto, mas nada ali de comprometedor foi encontrado pelo hacker. Zambelli levou-o ao encontro de Bolsonaro. Para quê?

Julho de 2022: Bolsonaro reúne mais de 40 embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto e ataca o processo eleitoral brasileiro. Acabaria inelegível por causa disso, mas não só.

Agosto: Zambelli e Delgatti são recebidos por Bolsonaro no Palácio do Alvorada. Bolsonaro pergunta ao hacker se, com o código-fonte, seria possível invadir uma urna eletrônica.

Setembro: na véspera do dia 7, milhares de bolsonaristas invadem a Esplanada dos Ministérios em Brasília e ameaçam atacar o prédio do Supremo Tribunal Federal.

Outubro: Bolsonaro perde a eleição, mas se recusa a reconhecer a vitória de Lula. Para de trabalhar. Entra em depressão. Assiste calado ao início da rebelião dos bolsonaristas.

Novembro: começam a ser montados os primeiros acampamentos à porta de quartéis do Exército. Bolsonaro dá ordem para que seus pequeninos sejam bem acolhidos, e são.

Dezembro: o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) reúnem-se com Bolsonaro. Em pauta: como grampear o ministro Alexandre de Moraes.

No dia 12, bolsonaristas depredam a sede da Polícia Federal. Na véspera de Natal, a Polícia Civil desativa uma bomba que, se detonada, destruiria parte do aeroporto de Brasília.

Janeiro de 2023: refugiado nos Estados Unidos, Bolsonaro assiste pela televisão ao golpe do 8 de Janeiro, que, se bem-sucedido, o traria de volta ao poder e mandaria Moraes para a cadeia.

No dia 14, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, foi preso. Na sua casa, a Polícia Federal apreende uma minuta de golpe.

Março: Bolsonaro volta ao Brasil depois de um exílio autoimposto de 90 dias. Dali a dois meses, seu ajudante de ordem, o tenente-coronel Mauro Cid, seria preso com outra minuta de golpe.

Numa caixa de lenços de papel é assim: você puxa um e o seguinte aparece. Na história do golpe abortado, também é assim: cada lance prepara o próximo.

Na investigação de um crime, a pergunta inicial é: a quem ele poderia beneficiar? Aplicado ao golpe frustrado: quem poderia se beneficiar dele? Lula, certamente que não. Quem?

Ora, ora, você sabe.

*Blog do Noblat

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Inacreditável: Moro comete mais um erro grosseiro de português

Não estou aqui para fiscalizar e corrigir erros de português nas redes, mas convenhamos, um senador da República, ex-juiz celebridade, que em seus currículo no Twitter, apresenta-se como professor, escorregar mais uma vez, escrevendo “câmara de segurança”, quando deveria ser câmera, é mais que demais.

Não é questão de intransigência, preconceito ou coisa do tipo, mas há de se convir que os tropeços linguísticos de Sergio Moro são estarrecedores.

Ora, não se fala aqui de um vocabulário empolado, mas sim de algo corriqueiro para ser confundido por ser confundido por alguém que passou em prova para juiz, pelo menos é a história que consta.

Pior, a lambança foi escrita em seu Twitter, o que mostra que Moro é um burro ortodoxo, fundamentalista, além de mentiroso, tanto que um daqueles desacertos que provocam desarranjos verbais.

O STF forneceu à CPMI do 8 de janeiro as imagens gravadas pelas suas próprias câmaras de segurança. O Planalto forneceu as suas gravações até à imprensa (depois do vazamento constrangedor pela CNN). Já o Ministério da Justiça, esse não pode fornecer… (Sergio Moro)

Moro foi pego numa mentira no programa do Bial, que era para levantar a sua bola, quando Bial perguntou sobre o que ele gosta de ler, Moro fez cara de quem não queria aceitar a prosa que teimou em continuar, e ele, num ato falho, respondeu de forma confusa que gostava muito de ler biografias. Mas quando Bial perguntou quais ele havia lido, o grotesco deixou claro que não livro nenhum de biografia de ninguém, pois não lembrar de nenhum livro que disse ter lido.

Ou seja, sem perceber, Bial induziu Moro ao suicídio político, porque ali não se tratava de um erro de português, mas de uma grande mentira.

Então, chega-se a duvidar de que ele leu a prova que fez para juiz, e mais ainda se a prova foi de fato lícita, alimentando a especulação de como ele conseguiu ser um magistrado.

E convenhamos, o sujeito é uma besta.

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Bolsonaro: se um golpe falhou, o outro, para enriquecer, deu certo

Conto do vigário ou estelionato? O que melhor define a iniciativa de Bolsonaro de pedir doações em dinheiro, via Pix, para pagar multas, não pagá-las, investir em fundos de renda fixa e multiplicar por oito sua fortuna declarada à Justiça em 2022?

Conto do vigário é uma expressão usada em Portugal e no Brasil e significa uma história inventada para enganar alguém. O Artigo 171 do Código Penal diz que estelionato é enganar a vítima para obter algum tipo de vantagem, na maioria das vezes em dinheiro.

Lava-se dinheiro apelando por ajuda via Pix nas redes sociais. Os entendidos no assunto respondem que é possível sim. Lavagem de dinheiro é a prática corrente de fazer de conta que é legal o dinheiro obtido por meio de atividades ilegais.

Joaquim Roriz, que governou o Distrito Federal quatro vezes, renunciou ao mandato de senador em 2007 por ter descontado dois cheques, no Banco de Brasília, no valor de 2,2 milhões de reais. Os cheques pertenciam ao fundador da Gol, Nenê Constantino.

Roriz sempre argumentou que o dinheiro fora emprestado para a compra de embrião de uma bezerra de raça. No entanto, renunciou ao mandato logo após a denúncia. O caso ficou conhecido como “O escândalo da Bezerra de Ouro”. Lavagem de dinheiro.

Na manhã de ontem, Nicolás Petro, filho mais velho de Gustavo Petro, presidente da Colômbia, foi preso, acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. A ex-mulher de Nicolás, Day Vásquez, também foi presa pelo mesmo motivo.

Dermato Online
Descoberto composto que rejuvenesce anos da pele em dias
No início deste ano, Vásquez acusou Nicolás de receber dinheiro de empresários que acreditavam estar contribuindo para a campanha presidencial do seu pai em 2022. Ela também garantiu que seu ex-marido era ligado a contrabandistas e narcotraficantes.

O crime não respeita fronteiras nem ideologias. Depois de perder a eleição, Donald Trump arrecadou 255 milhões de dólares em dois meses. Dizia que era para contestar o resultado das urnas. Gastou com isso um tico, embolsou cerca de 175 milhões.

É o conto do vigário ou estelionato perfeito, nos Estados Unidos e em toda parte. Aqui, Bolsonaro enganou a malta de patriotas que o segue com a conversa de que não poderia pagar multas no valor de menos de 1 milhão de reais. Os trouxas acreditaram.

Noblat/Metrópoles

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Recado do mercado a Campos Neto: Não há como o BC segurar os bons ventos do governo Lula

Com a elevação da nota do Brasil pelas agências de risco internacionais, a forte queda do desemprego, dólar caindo e bolsa subindo, uma coisa está clara, de técnico Campos Neto não tem nada.

Ele é um mero jogador funesto, que achava que Lula lhe deveria bênçãos. Agora o rejubilante bolsonarista está murcho com sua tática furada de envenenar as águas correntes de um governo que tem não só vontade, mas o conhecimento de quem pretende alavancar o Brasil para, junto, produzir políticas que elevem a melhoria de condição de vida do povo brasileiro.

Campos Neto, que é um servo dos ricos e poderosos, tentou esticar a corda o máximo que pôde para indicar que, se dependesse do Banco Central independente, Lula não andaria em campo. Lógico que a campanha feita pela mídia, numa grosseira mistificação de que sua gestão é técnica, também caiu por terra, porque já percebeu que o terceiro mandato de Lula está marcado para o sucesso.

A determinação de Lula, incorporada a um pensamento econômico profícuo de Haddad, aniquilou qualquer tentativa de especulação dos legítimos inventores da catástrofe nacional, através de seu colunismo de banco em claro lobby dos interesses dos muito ricos, que se acham no direito de aumentar seus ganhos nas costas e no sacrifício do povo brasileiro.

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É R$ 19 milhões pra lá, R$ 17 milhões pra cá, esse é o mundo encantado de Moro e Bolsonaro

Antes de entrar nas questões escandalosas que envolvem Sergio Moro e Bolsonaro, em que aparecem cifras monumentais como se fossem troco de balas, só é possível no mundo de Alice bolsomorista porque, em última análise, tudo não passa de fruto de ódio da Globo, fomentado por anos contra o PT. Ódio este que está longe de ter acabado, como foi divulgado durante esta semana, o linchamento que o Globo promoveu contra Marcio Pochmann.

Isso mostra que a leviandade segue sendo o produto principal da família Marinho, sem a Globo e congêneres, jamais esses dois medíocres e fascistas chegariam aonde chegaram.

Sim, porque esse mesmo monopólio midiático, que faz Carluxo parecer jornalzinho infantil é e sempre será o câncer do Brasil.

Como não há crime perfeito, como bem sublinhou Flávio Dino esta semana, os espantosos milhões que envolvem Moro e Bolsonaro, se não assustam mais ninguém, mostram a ousadia descarada dos picaretas, além da capacidade da mídia de transformar vigaristas em heróis da moralidade.

Não são os primeiros, lógico, que estão aí a céu aberto, os últimos dois grandes “ilibados” antipetistas, Collor e Aécio, deixam claro que a Globo e o restante da mídia industrial sempre apostaram no lixo mais cínico da moralidade pública.

Certamente, como Bolsonaro, Moro, Aécio, Collor e etc, outras biscas da mesma cepa virão, até porque Eduardo Cunha e Roberto Jefferson Ganharam a alcunha de salvadores da pátria pela mídia quando interessava atacar o PT, Lula e Dilma.

O fato é que Moro, por exemplo, está intimamente ligado à questão que envolve a tentativa de desvio por Dallagnol de um bilionário dinheiro da Petrobras para criar uma fundação privada em que os próprios, Dallagnol e Moro fossem os administradores.

Já o caso de Bolsonaro, segue padrão inconteste de todo e qualquer contraventor desse país, de bicheiro a miliciano, de traficantes de drogas a traficantes de armas. Ou seja, é outro que trabalha com método utilizado pela bandidagem nacional.

Assim, não há porque se espantar com as últimas notícias que envolvem cifras milionárias captadas por Moro e Bolsonaro, afinal, como se diz no futebol, não tem bobo nessa catedral dos homens de bem, representantes da família tradicional do Brasil.

Nesse universo ninguém joga para perder, muito menos para ganhar pouco.

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A volta do jornalismo de esgoto e a guerra dos índices, por Luís Nassif

Eles não temem a manipulação da estatísticas: temem o que as estatísticas podem mostrar.

Foi uma reestreia em grande nível da pior fase do jornalismo brasileiro: o jornalismo de esgoto, através do qual a mídia difundia as acusações mais inverossímeis visando estimular o estouro da boiada, o gado que atuava de maneira irracional nas grandes ondas de linchamento.

Lembrou as acusações de Cuba enviando dólares ao PT através de garrafas de rum, as FARCs invadindo o Brasil, a ABIN espionando o Supremo, Ministros recebendo propinas nas garagens do Palácio, e factóides em geral.

Criaram um crime impossível e atribuíram a um “inimigo”, usando o recurso do “SE”, que suporta tudo. “Se minha avó fosse roda, eu seria bicicleta”, por exemplo.

O crime impossível: a manipulação dos dados do IBGE.

Como explicou Sérgio Besserman, ex-presidente do IBGE e intelectualmente muito mais honesto que Edmar Bacha, outro ex-presidente, é impossível qualquer manipulação de dados no IBGE, devido à estrutura profissional dos funcionários do órgão.

A última manipulação ocorreu no período Delfim Netto, na primeira metade dos anos 70 – com plena aprovação do sistema Globo, que comanda o atual linchamento. Como reação, surgiram inúmeros outros índices, o do DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas), o da FGV (Fundação Getúlio Vargas), da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), da Universidade de São Paulo. Além deles, todas as grandes instituições financeiras montaram seus próprios levantamentos de preços.

Depois de criar o crime impossível, criaram o suspeito do “SE”: se o futuro presidente do IBGE, Márcio Pochmann, manipular as estatísticas, ocorrerá o mesmo que ocorreu com o IBGE argentino. E “se” Pochmann não manipular as estatísticas? Aí perde-se o gancho.

O que poderia ser uma crítica técnica ao pensamento de Pochmann, tornou-se um caso de linchamento público desmoralizante para o jornalismo da Globo. Após a primeira suspeita lançada, seguiu-se um festival de ataques de jornalistas analfabetos econômicos, zurrando como sábios contra os estudos de Pochmann, sem a menor noção sobre o papel do IBGE ou sobre temas tratados por Pochmann e sobre a própria biografia de Pochmann, “acusando-o” de ter posições ideológicas. E Roberto Campos Neto? Esse tem posição técnica.

Cronista esportivo, coube a Milly Lacombe, da UOL, enxergar o rei nú: em um país em que a economia é dominada pela ideologia do mercado, as acusações a todos que não concordam com isso é serem “ideológicos”.

Em suma, um movimento que em nada ficou devendo aos movimentos do gado bolsonarista, as mesmas suposições sem base factual, o mesmo terraplanismo, a mesma intenção de fazer o gado pensar com o fígado.

Depois de um dia de ataques bárbaros, capitaneados por Miriam Leitão, restou uma única crítica válida: o anúncio do Secretário de Comunicação Paulo Pimenta, antecipando-se à Ministra do Planejamento Simone Tebet, uma grosseria, sem dúvida. E a soberba lição de civilidade de Tebet, quando cercada pelo gado setorista e indagada sobre o que achava das acusações sobre o crime impossível de Pochmann:

Já fui julgada muitas vezes na minha vida e não vou julgar ninguém sem conhecer os fatos.

A briga dos índices
Por trás dessa baixaria completa, está o receio da grande guerra pelos índices.

ponto central da ideologia mercadista é vender o peixe de que todas as medidas beneficiando o mercado são “técnicas”, e não políticas.

A consolidação dessa ideologia se deu através do monopólio dos indicadores e pela exclusão de qualquer análise sistêmica sobre medidas econômicas.

Vende-se a ideia de que gastos públicos aumentam a inflação prejudicando os mais pobres. E se começarem a ser desenvolvidos trabalhos mostrando os efeitos das taxas de juros sobre o emprego e sobre a situação dos mais pobres?

Em pleno período de ataques aos aumentos do salário mínimo, o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) divulgou um estudo, com base no IBGE, mostrando que em mais de 50% das famílias, com um aposentado ou pensionista, eles eram o arrimo econômico. Ou seja, o aumento do salário mínimo beneficiou a saúde, pelo fato de ajudar a alimentar a família; a educação, permitindo às crianças entrar mais tarde no mercado de trabalho; a segurança, tornando as crianças menos suscetíveis às investidas do crime organizado.

E se o IBGE utilizasse seus levantamentos para analisar, por exemplo, as externalidades positivas dos investimentos públicos ou dos gastos sociais? Por exemplo: o dinheiro gasto em uma estrada reduziu em xis porcento as perdas com transporte e com carga, permitindo um ganho adicional de ypisilone para a economia brasileira.

Ou a visão sistêmica sobre os financiamentos do BNDES? Hoje em dia, o mercado meramente compara os custos de financiamento do BNDES com a taxa Selic – e diz que a diferença é déficit público. E se forem incluídos nas contas as empresas criadas, os fornecedores, os empregos e o pagamento de impostos desse novo universo produtivo? Aí se poderia saber que, além de gerar empregos e investimentos produtivos, os financiamentos do BNDES ajudam na arrecadação fiscal. E seriam desmascaradas as análises rasas que sustentam muitos dos estereótipos econômicos que alimentam a mídia.

Em suma, há uma grande batalha ideológica em torno dos índices. O medo desse pessoal não é com a manipulação de índices, mas como a elaboração de novos índices, bem embasados academicamente, podendo comprometer a sua própria manipulação de conceitos. Eles não temem a manipulação da estatísticas: temem o que as estatísticas podem mostrar.

*Luis Nassif/GGN

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A velhinha de Taubaté sobre Pochmann no IBGE

Velha Magalhães, sem sombra de dúvida, é a última figura no Brasil que ainda acredita na Lava Jato, Dallagnol e Sergio Moro, o que faz dela uma quase equivalente à velhinha de Taubaté.

Ninguém mais do que a jornalista realçou o fantástico mundo do enxadrista, Sergio Moro, e suas pirotecnias jurídicas.

A contista, especializada em Lava Jato, exaltava a parcialidade do juiz, elogiando o magistrado, que tinha oponente, ou seja, Vera sempre lavou as mãos e lambeu as unhas quando o assunto era Moro e sua turma de Curitiba.

Por isso aceitou fazer uma pirataria jornalística para atacar Lula, via indicação de Lula de Marcio Pochmann à presidência do IBGE.

Mexeriqueira brejeira não economizou nas suas picuinhas miúdas para fazer um debate sobre o que ela não tem a mínima noção. Resultado, cada frase, um gato, e o que se vê é fio solto para todos os lados, reproduzindo tantos artigos seus quanto de outros, como de Merval, Miriam Leitão, Malu Gaspar do jornalão dos Marinho, não só deles, claro, mas também os peladeiros do Estadão e Folha entraram em campo com aquela pança típica de centroavante de botequim.

Todos, imagina isso, mostrando-se temerosos com a pasta da economia que não para de apresentar índices positivos em tempo recorde, reconhecidos por agências internacionais, que os Marinhos, os Frias e Mesquitas tentam, a todo custo, desclassificar.

Vera Magalhães deu azar, porque justo no dia em que ela escreve esse borralho sobre economia, seu catastrofismo toma um direto na testa com a redução da taxa de desemprego, que chegou a 8%, mesmo nível de 2014, além do dólar cair para R$ 4,69.

Verinha é mesmo azarada, topou a parada e certamente pagou um novo mico que entrará para a história.

Mas há sim um porquê além desse pé de poço. Vera não se conforma de ver jorrar denúncias de corrupção dos seus ídolos de Curitiba, vendo o valor do seu ídolo, Sergio Moro cair aquém da xepa e abrir os jornais e ter que ler o célebre sucesso do governo Lula, principalmente na pasta da economia, tocada por Haddad, aquele que, em 2018, disputou com Bolsonaro, quando Vera disse que era “uma escolha difícil”.

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Marcio Pochmann, presidente do IBGE. Se a Globo é contra, somos a favor

A partir de delírios, O Globo, na figura de seus velhos e manjados capangas do colunismo de banco, resolveu atacar a indicação feita por Lula de Marcio Pochmann para o IBGE.

Os argumentos são absolutamente pífios, são telegramas ao nada, na verdade, não há argumento, somente o exercício da futurologistas na tentativa de se criar um terrorismo estatístico.

Na realidade, Pochmann está sendo atacado pelos Marinho por suas virtudes, que não são poucas, mas sobretudo porque é a maior autoridade quando se trata de um raio-x da desigualdade social desse país.

Como sabemos, é um, senão o mais temido retrato brasileiro para as classes dominantes do Brasil, que odeiam falar em desigualdade.

Pochmann é uma das figuras públicas mais sérias do país que, ao contrário do colunismo de aluguel, apresenta dados concretos sobre a divisão de riquezas, de forma gritantemente desigual, o que faz a “nobreza” brasileira uivar.

Sem um pingo de imaginação para criticar Pochmann, apelam para fantasias delirantes, tentando construir uma imagem oposta ao currículo do, agora, presidente do IBGE.

Como diz Brizola, se a Globo é contra, somos a favor.

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Jovem Pan, defensora do Estado mínimo, dá faniquito por não receber verba do governo Lula

Aquela Jovem Pan, que vivia dentro de uma ilha bolsonarista, não existe mais. Aquilo serviu apenas para ajudar Bolsonaro a levar a óbito 700 mil brasileiros por covid, só serviu para passar informações criminosamente mentirosas.

Não resta dúvida, fez muita gente apressar a sua contaminação por orientação de quem contribuiu e muito com a explosão da covid e as consequentes mortes.

Como era muito bem paga, a Jovem Pan operou livremente a partir da indicação de Bolsonaro para seguir sendo um dos principais destinos da verba da Secom.

O quadro agora é outro. Graças à derrota de Bolsonaro e à vitória de Lula, a fonte secou e a Jovem Pan não recebe qualquer vintém de verba do governo federal e reclama aos quatro cantos que está sendo boicotada na hora do governo dividir o bolo publicitário.

Que coisa! A Jovem Pan, que sempre defendeu aferradamente o Estado mínimo, ou seja, o corte de gastos, a transformação do Estado brasileiro em Estadinho, agora se diz preterida pelo governo, como se o governo Lula tivesse a obrigação de manter a mesada dos fascistas que deram suporte à política genocida de Bolsonaro.

Pois bem, o conto do Estado mínimo caiu por terra, porque justamente quem hoje se julga perseguido por não receber mais aporte do governo federal, num passado recente, defendeu a redução drástica do tamanho do Estado.

Pimenta no dos outros, é refresco. O que a Jovem Pan quer, na verdade, é continuar sugando gostosamente o pescoço do Estado brasileiro e dele arrancar até a última gota de sangue, extraída dos impostos pagos pelos trabalhadores brasileiros.

https://twitter.com/_progressista13/status/1684404142054182912?s=20

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Num condomínio com milicianos, estelionatários, traficantes de armas e assassinos, Moro manda investigar o porteiro

Moro, atual Ministro da Justiça, (pode rir), que anda zanzando pelos corredores do Congresso para ver se consegue prender Lula novamente com a volta da prisão após condenação em 2ª instância, não para de ser esculachado pelos fatos.

Ultimamente, tem sido difícil até destacar um fato que seja mais grave que o outro.

Agora mesmo, a revista Época relata que Moro foi ao TSE tentar salvar a senadora Selma Arruda, a Moro de Saias, cassada por corrupção. O interessante é que a Época é das Organizações Globo e, no entanto, talvez porque Bonner não leia a revista da própria casa, essa notícia não tenha chegado ao Jornal Nacional, o que mostra a gravidade do fato.

A mesma revista, hoje, mostra Moro em uma posição completamente invertida, dizendo que vai dar de ombros ao assassinato de Marielle porque a família da mesma não quis federalizar o caso.

Caso porque Moro só se interessou depois que o nome de Bolsonaro foi citado no depoimento do porteiro, para pressionar o mesmo a mudar de versão, mas acabou mudando também de condição, a de testemunha para investigado.

Esse rapaz é uma sumidade. Imagina alguém do PT, na época da Lava Jato, fazendo lobby no TRF-4 pela absolvição de Lula. Aliás, confirmada a denúncia da ida de Moro ao TSE, Ivan Valente, do Psol, já cobrou explicações da justiça pela nítida tentativa de obstrução da justiça do, veja só, Ministro da Justiça, cometendo crime de responsabilidade por lobby dentro do próprio TSE.

O que, convenhamos, abre imediatamente um enorme caminho para que se indague se ele não fez o mesmo com os desembargadores do TRF-4 pela condenação de Lula, inclusive pela inexplicável sentença unânime nos dois julgamentos, parecendo o que realmente é, missa encomendada pelo ex-juiz da Lava Jato.

é intrigante como, com vários agentes da Polícia Federal dentro do condomínio de Bolsonaro para dar segurança ao Presidente e à sua família, esses agentes da PF, comandados por Moro, não perceberam o perigo que corria Bolsonaro morando a 50 metros da casa de Ronnie Lessa, miliciano assassino de Marielle e traficante internacional de armas pesadas que detinha, no momento de sua prisão, a posse 117 fuzis, explosivos e uma quantidade de munição que dava para fazer uns cem quadros como os que Moro e Bolsonaro foram agraciados por um artista que usou uma espécie de bico de pena para desenhar com cartuchos de balas de alto calibre os rostos dos dois, numa das obras mais macabras de que se tem notícia.

Mas o enredo macabro envolvendo Moro e a família Bolsonaro não se esgota aí. Agora se descobre que um outro morador do condomínio Vivendas da Barra é estelionatário e passou batido pela mesma segurança do Presidente da República.

Lembre-se, estamos falando de um presidente que, segundo consta no folclore político brasileiro, quase morreu no episódio em que Adélio Bispo furou a segurança de uns cinquenta agentes para, sozinho e com um físico minguado, elevar a mão por cima da barreira de segurança que cercava Bolsonaro e desferir uma facada sem sangue.

É muita comilança de mosca dessa gente que zela pela segurança do “mito”. Moro, diante de tantos fatos macabros do condomínio Vivendas da Barra, de onde saíram os assassinos de Marielle para executá-la, desconfiou de quem? Do Carluxo que correu para adulterar o registro da secretária eletrônica? Do seu Jair da casa 58 que atendeu por duas vezes o telefonema do porteiro a pedido do miliciano Élcio de Queiroz? Do estelionatário que comprou sua mansão com o dinheiro roubado de um ganhador da mega-sena? Do traficante internacional de armas que também é o assassino de Marielle? Não. Para Moro, o culpado por todos os fatos macabros, é o porteiro.

E o que fez Moro, além de ter transformado o porteiro em investigado? Sumiu com ele para que ninguém mais da imprensa se aproximasse dele.

Isso explica porque Moro segue sendo o herói dos bolsominions mais aferrados. Tudo isso sem falar das falcatruas de Moro na Lava Jato reveladas pelo Intercept.

Alguém ainda duvida do fim trágico da carreira política de Moro?

Matéria publicada pelo Antropofagista em 15 de dezembro de 2019, que segue atual.