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Bolsonaro e a banalização do mal

A declaração de Eduardo Bolsonaro contra os professores revela que a morte de mais de 700 mil brasileiros por Covid, por culpa exclusiva de Bolsonaro, foi algo banal para seu clã e adoradores.

Essa banalização não é aleatória, trata-se de um conceito de uma doutrina macabra que está embutida no pacote bolsonarista.

Bolsonaro e seu partido nazista foram responsáveis ​​pela morte e pelo massacre de centenas de milhares de brasileiros por Covid. O genocídio bolsonarista foi uma medida brutal seguida, como doutrina, pelo governo Bolsonaro.

Foram cerca de 700 mil mortos por Covid naquele período.

Bolsonaro, o principal responsável por essa atrocidade, não foi julgado, mesmo depois da CPI do genocídio escancarar a sua total culpa nesse morticínio.

Essa foi a principal obra do governo Bolsonaro. As famílias das 700 mil vítimas do nazismo brasileiro, que sofrem até hoje pela perda de entes queridos, parecem esquecidas pela justiça, mas também pela grande mídia.

O mal que Bolsonaro praticou, foi um mal constante em que ele, além de se negar a comprar as vacinas, usava o aparato estatal para propagar suas sandices a favor da disseminação do vírus, indo pessoalmente às ruas para aglomerar e dar um péssimo exemplo para a sociedade.

Com isso, Bolsonaro, por conta e risco, transformou-se no maior responsável por mortes por covid no mundo. Nenhum outro governante chegou perto do número macabro de mortes que Bolsonaro produziu.

Então fica a pergunta: COMO É POSSÍVEL COMBATER A BANALIDADE DO MAL QUE O BOLSONARISMO CAUSOU SEM PUNIR SEU PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO GENOCÍDIO?

A falta de reflexão crítica sobre essa tragédia, provocada pelo clã Bolsonaro, é assombrosa. O problema é que a ausência de pensamento se traduz na banalidade do mal, nos reiterados crimes cometidos por bolsonaristas, como o de Eduardo Bolsonaro contra os professores.

Eduardo quer reviver o clima de ódio que levou seu pai ao poder e tentar remontar as cenas macabras daquele período.

Algo mais efetivo precisa ser urgentemente feito para que o ódio não ganhe asas novamente em pleno governo de Lula.

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Vídeo: O que Eduardo Bolsonaro fez foi convocar seus cachorros loucos para atacar professores à bala

Num ato com um grupo pró-armas, ocorrido no sábado, em Brasília, Eduardo discursou para os adoradores de armas, gente que tem admiração pela violência. E o discurso dele prova isso, o que dá um peso infinitamente maior do que uma declaração em um PodCast qualquer.

O que Eduardo Bolsonaro fez foi plantar uma semente de violência e ódio contra os professores. Os motivos podem ser muitos, mas certamente o discurso, que continha uma carga de toxicidade, é de um delinquente.

Ou seja, qualquer ataque que uma escola vier a sofrer, é culpa de Eduardo Bolsonaro. Qualquer professor que venha a sofrer agressão física ou verbal, terá sido consequência de um discurso de quem se vê derrotado com a derrota do seu pai nas urnas e mantém grupos em redes sociais que pregam violência de forma genérica, como se fosse um procedimento natural, não criminoso.

O que nutre o bolsonarismo armado é o confronto com a constituição, com a justiça, com a lei, exatamente como pensa e age a milícia, que nunca foi alvo de crítica do clã. O motivo, todos sabem.

Bolsonaro sempre foi um adorador de milicianos que seguem suas próprias leis, sobretudo de extermínio.

Portanto, o que a sociedade espera é que tenha uma punição severa contra essas figuras nefastas, com cassação de mandato e a consequente prisão, porque tudo foi feito com método, tendo os professores como isca para atrair uma falange que ainda segue digitalmente aglomerada e mantê-la no curral político do clã Bolsonaro.

O Ministério Público tem que agir, assim como todo o sistema de justiça, porque se hoje os professores são alvo dessa gente, amanhã poderá ser qualquer classe, inclusive gente do próprio judiciário.

Dia 8 de janeiro deixou isso bem claro, que essa falange está disposta a tudo para não perder o poder.

O Estado precisa dar uma resposta contundente para que isso cesse imediatamente.

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Escolher um novo PGR, ou reconduzir Aras, é a nova meta do marco civilizatório e democrático de Lula para o País

Uma pasta vermelha com o brasão da República repousa sobre as mesas de trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto no Palácio do Planalto quanto no Palácio da Alvorada. Dentro dela encontram-se os perfis analíticos de cinco homens cujos destinos para o biênio 2023-2025, que se inicia em setembro próximo, no Ministério Público Federal, e serão determinados pelo ex-sindicalista encarcerado injustamente por 580 dias antes de ser reeleito para um terceiro mandato presidencial.

São eles: Paulo Gustavo Gonet Branco, Antônio Carlos Bigonha, Carlos Frederico dos Santos, Humberto Jacques de Medeiros e Augusto Brandão de Aras. Um, dentre esse quinteto, será escolhido por Lula para a Procuradoria Geral da República antes que se encerre o mês de agosto. E, de toda sorte, vale a ressalva que se faz mister: sim, o atual procurador-geral integra o grupo e tem chances reais de ser reconduzido para novo período de dois anos à frente da instituição conspurcada e vilipendiada por uma milícia arrivista que se entrincheirou em Curitiba (PR), cometeu os mais atrozes e variados crimes e desmandos sob o beneplácito da mídia corporativa e atacou o País por dentro do próprio Estado e por meio de uma espécie de exército mercenário que atendia pela alcunha de “Operação Lava Jato”.

Quem não tem chance alguma de sonhar com o posto é qualquer um dos integrantes do trio Luiza Frischeisen, Mário Bonsaglia e Luiz Adonis, fiéis depositários do maior número de votos num certame de votação conduzido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Não foi o fato de se submeterem à ANPR que os deixou sem chances, mas, sim, o fato de serem lavajatistas em nuances diversas de gradação.

O quinteto de perfis que preenche a pasta vermelha de Lula tem na trajetória do próprio Aras e na repulsa comum ao lavajatismo pernicioso que se instalou como um fungo oportunista no MPF, um ponto em comum que os une e explica estarem ali.

Bigonha e o atual PGR formaram um dia uma dupla – podiam até ser chamados reciprocamente de melhores amigos. Afastaram-se à medida que o nome de Aras se consolidava, em 2019, como aquele a ser designado pelo então presidente Jair Bolsonaro. Gonet Branco, subprocurador-geral eleitoral atuando junto ao Tribunal Superior Eleitoral e responsável pelo relatório duro e repleto de provas que sustentou a sentença de inelegibilidade do ex-presidente; Carlos Frederico, subprocurador-geral encarregado de coordenar os inquéritos decorrentes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e Humberto Jacques, ex-vice-procurador-geral que denunciou a existência de processos “invisíveis” na sede do MPF e as gravações ilegais da Lava Jato em Curitiba tiveram, todos, as carreiras projetadas no transcurso dos dois mandatos de Augusto Aras. Dele, nunca deixaram de receber estrutura e liberdade para trabalhar.

Resta saber se todos eles terão a disposição que o procurador-geral demonstrou ter, nesses quatro anos, para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico. Esse foco é determinante para a decisão presidencial. O exército mercenário de Curitiba minou o terreno interno do Ministério Público Federal, que hoje é uma instituição conflagrada e vive um processo de insubordinação a seus marcos legais e aos paradigmas impostos pela Constituição de 1988.

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Lula tem pista livre para fazer o Brasil levantar voo porque faz política, como é comum nas grandes democracias

Antigamente, minha mãe tinha somente uma opção quando queria usar molho na macarronada, o extrato de tomate elefante da Cica, prato comum nos feriados das famílias dos operários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), como meu pai.

Hoje, há um número sem fim de molhos e extratos de tomate, que se esmeram na disputa do mercado por fazer misturas com ervas, azeitonas, etc.

O nome disso é política de venda. Mas não para aí. Para se consolidar no mercado, há outras medidas, mas a principal é a política de preços.

Ou seja, custo-benefício acaba sendo o fiel da balança, assim como a política de governo que, muitas vezes precisa governar em dueto, trio, quarteto, conforme a definição das urnas.

É assim que funciona uma democracia de verdade. Não existe poder absoluto, cada passo é negociado. Ninguém pode tudo, mas ninguém que governa pode entregar tudo.

É aí que entra a habilidade do governante para conseguir maioria no Congresso para aprovar as suas propostas e projetos, com menos sobressalto possível.

Esse negociador tem que ser original, ter seus próprios métodos para avançar nas negociações.

Lula tem esse dom inato, mas foi ganhando musculatura como líder sindical na hora de construir pontes para aumentar os direitos dos trabalhadores e, consequente, tornou-se a maior liderança sindical da história desse país.

Como deputado, mesmo mantendo uma postura mais discreta, Lula continuou sendo uma grande liderança.

Como presidente da República por dois mandatos, negociou cada avanço do seu governo. Terminou sua jornada de 8 anos com inéditos 87% de aprovação. A maior aprovação de um chefe de Estado no mundo naquele período.

Ninguém mais que Lula sabe o caminho das pedras, daí o resultado extraordinário em apenas seis meses de governo, inclusive com votos da oposição.

Aquela mídia que dizia que Lula não governaria como antes por não ter maioria no Congresso e não ter projeto de país, tem que admitir que o Brasil já avançou bastante nesses seis meses em que Lula preparou terreno para deixar a pista livre para o Brasil voar para um novo patamar econômico, político e social e, novamente, ser um dos protagonistas na geopolítica global.

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O fim do rebotalho fascista de 2013

O que se pode concluir do dia de ontem, com a aprovação da reforma tributária e a consequente derrota de Bolsonaro, é que aquela expressão fascista, que tomou as ruas do país em 2013, fez o enterro de seus ossos.

Isso não é pouca coisa, porque a direita brasileira, que fez emergir o monstro da lagoa, trabalhou na produção e competição do fascismo tropical na base da maior tradição e tradução brasileiras da oligarquia cordial.

Aquele bordão, exaustivamente martelado pela GloboNews, de que as instituições brasileiras estavam funcionando, já na farsa do mensalão, com as condenações e prisões de petistas, sobretudo, de José Genoíno e Zé Dirceu, não deixa dúvida, as instituições já estavam com nível tóxico de contaminação em último grau. Ou seja, já haviam sido capturadas pelos que “mandam”.

Logo em seguida, teve início a Lava Jata e, com a cama feita pela farsa do mensalão, a farsa da Lava Jato poderia deitar e rolar nas ilegalidades com que a Globo e congêneres garantiam o sensacionalismo nas imagens e narrativas que ninguém teria peito para impor de verdade as leis contidas na constituição.

Ocorre que muita coisa deu errado, sobretudo a total desmoralização de Aécio Neves, timoneiro do golpe depois de sua derrota para Dilma Rousseff, o que deixou a direita em frangalhos, fazendo surgir o rebotalho da ditadura militar e das duas farsas, mensalão e Lava Jato que, aos trancos e barrancos, manteriam a direita no poder, tendo Sergio Moro sequestrado e encarcerado Lula em Curitiba e, portanto, garantindo a volta ou a manutenção da direita no poder após o golpe em Dilma, substituída pelo sabotador Temer.

Só que deu tudo errado com o governo Bolsonaro, além de uma grande reação internacional com a prisão, sem crime, de Lula. Bolsonaro, internamente, transformou-se num genocida que utilizou a pandemia da covid como parceira do seu projeto de extermínio em massa em nome de uma suposta “imunidade de rebanho”.

No exterior, Bolsonaro detonou sua própria imagem e, junto, a do Brasil, quando passou a tratar a Amazônia como uma grande fogueira planetária com o dia do fogo.

O resto, todos sabem. Na economia fez banqueiros baterem recorde de lucros, enquanto o Brasil voltava ao mapa da fome.

Desde então, Bolsonaro só coleciona derrotas com gravidade e intensidade maiores. E nesta quinta-feira, a Câmara confirmou a sua finada liderança da oposição, mostrando que a direita não tem nem um titica para colocar no lugar do titica.

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Bolsonada, o colecionador de fracassos

A chiadeira bolsonarista nas redes em função da aprovação da reforma tributária, é uma malsucedida tentativa de abafar mais uma fragorosa derrota do mito de papel de seda.

Um pulha fuinha, que se vendeu como restolho da ditadura, mas nem para isso serve.

Bolsonaro é trágico com ele próprio. Mais uma vez entra em campo roncando valentia e sai chorando.

Um fraco, um bosta, um ninguém na política nacional. Um regionalista de bairro, um mito de bolinho, dos menos esclarecidos, de medíocres de fim de porre.

Pior que isso, ele é parte dessa direita bêbada que não tem para colocar em seu lugar nem um troço parecido com essa besta que nunca serviu para nada.

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Nada vai reduzir o impacto causado pela propaganda da Volkswagen com a Elis Regina

Elis Regina continua sendo, talvez até mais hoje, do que quando estava viva, unanimidade nacional.

Isso não é pouca coisa em um país em que sua música se confunde com o próprio povo.

Elis Regina é Elis Regina em qualquer época, por isso não dá para reduzi-la a questões que envolvem a Volkswagen que apoiou a ditadura e foi estratégica na questão do nazismo na Alemanha.

É preciso que as pessoas vejam mais à frente, na verdade, que vejam muito mais à frente.

O impacto que Elis causou, com sua filha Maria Rita, cantando “Nossos Pais”, muito mais pelas duas do que pela composição de Belchior, foi uma sacada publicitária de gênio, porque trabalhou com aquilo que o brasileiro mais presa, a memória afetiva pela música.

Nada faz com que o brasileiro enxergue melhor o mundo do que pela música que o povo criou.

Apesar da nova kombi ser um produto à venda, o entendimento que todos fazem dessa publicidade não é da nova kombi e muito menos da Volkswagen. Esse debate lateral acaba por entrar mais como exotismo, por mais que tenha importância histórica, que de fato tem e muita.

Mas estamos falando de publicidade e do objetivo do publicitário de atingir um sucesso arrebatador e original no momento em que a revolução tecnológica abriu extremamente o leque de atenção das pessoas, porque, na internet, há indicações e massificação de todo o tipo de entretenimento.

Por isso o sucesso dessa campanha tem um peso ainda maior, pois mostra que há sim estratégias de marketing que, se bem pensadas, conseguem protagonizar e se transformar no assunto nacional, claro, se forem devidamente pensadas e trabalhadas.

É só perguntar há quanto tempo não víamos uma publicidade tradicional ganhar tanta notoriedade.

E não foi por conta inteligência artificial utilizada na cena, mas a inteligência humana de quem teve essa bela sacada, que até a polêmica em torno da história da Volkswagen impulsiona ainda mais o objetivo almejado pela peça publicitária.

Seja como for, todos sabem que a Volkswagen lançou uma kombi nova e há de se reconhecer que foi um feito de craque num mundo circunscrito a links, algoritmos e monetização.

Tem muito o que comemorar, porque, ao fim e ao cabo, foi uma vitória da cultura brasileira. E ninguém lutou mais pela cultura brasileira no pior momento, o da ditadura, do que Elis Regina.

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Pedro Dória, do Meio, e a “nova direita não reacionária”, acha que engana quem?

O Brasil não tem extrema direita. Bolsonaro nunca foi nada disso. É um titica, como bem disse Lula.

A direita que, falida, inventou essa figura tosca, é a mesma que até hoje não critica um juiz criminoso como Moro e ainda discursa contra a “ditadura na Venezuela”

Paulo Guedes é outro queridinho da “direita civilizada”, como se ele não fosse a ponte entre a tragédia humana, sanitária, social e econômica do governo Bolsonaro com a oligarquia financeira.

O que quero apontar aqui, é não só o discurso rasteiro e rastaquera de Pedro Dória, do Meio, mas também é do Globo, e não é peixe pequeno dos Marinho. Foi chefe de redação num momento crítico e acha que Dilma não sofreu golpe e, para Dória, muito menos Lula deve reclamar das taxas de juros do BC de Campos Neto.

É uma espécie de editor envernizado de um lustrado Meio, que tem o mesmo discurso dos tais conservadores bolsonaristas, mas diz defender a democracia como um bom e verdadeiro liberal.

Esse perece ser o caminho que sobrou para uma direita implodida por ela própria porque sempre operou contra o povo pelos interesses de quem banca a nova maquiagem da direita.

Ou seja, Pedro Dória é a velha direita “Meio mais ou menos”

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O Titica

Não há uma mensagem melhor para descrever, em detalhes, a biografia concreta de Bolsonaro do que a pecha que Lula meteu-lhe na testa: Titica.

Não há mais nada a adicionar, não há qualquer destaque nesse carimbo fixado por Lula em Bolsonaro.

Parafraseando a conja, Titica e Bolsonaro serão vistos como uma coisa só.

A escolha do termo por Lula que define Bolsonaro, foi extremamente feliz, que, com meia-dúzia de letras, sintetizou tudo o que esse camarada representa e que sempre representou.

Bolsonaro sempre foi um nulo que viveu à custa dos cofres públicos, assim como seus três filhos que arrotam loas ao setor privado, que jamais botaram os pés em qualquer atividade econômica desse universo.

Mas isso tem uma representação emblemática, porque indica que a direita já vem arrastando a sua falência há duas décadas depois da tragédia que foi o governo FHC, ao qual a mídia trata como o pai da estabilidade econômica sem combinar com os russos.

Na verdade, todo aquele pensamento nada original do Plano Real, que foi um papel carbono do também fracassado Plano Cavallo da Argentina, jamais foi perdoado pela população, tanto que Fernando Henrique Cardoso saiu dos seus dois mandatos com 21% de aprovação, que é, mais ou menos, o tamanho da direita no Brasil.

Então, quando Lula tritura a imagem de Bolsonaro, sapecando nele um adjetivo definitivo, Titica, ele simplesmente corta qualquer forma de azeitar as lambanças acumuladas produzidas pela direita brasileira, pré e pós FHC.

Tanto isso é verdade que está aí novamente a direita sem saber que titica colocará no lugar do titica Bolsonaro.

Lula, como sempre, mostrou um time extremamente aguçado, no momento certo, no lugar certo ao utilizar um termo que não poderia ser mais certo, TITICA, para definir Bolsonaro.

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É hora de impor limites à barbárie dos líderes religiosos neofascistas

Luis Felipe Miguel*

O deus de André Valadão diz a seus fiéis: “Se eu pudesse, matava todos” – todos os LGBTs, no caso. “Mas não posso. Agora tá com vocês”.

A homofobia é um elemento central na estratégia política da direita religiosa e seus aliados. Ao deslocar o eixo da discussão para as questões “morais” (que, no entanto, são em geral questões de direitos individuais), a direita se coloca em sintonia com uma parcela do eleitorado que, sobretudo a partir das políticas compensatórias do governo Lula, se movimentou na direção de seus adversários.

Nesse novo discurso religioso-político, as questões de gênero ganham primazia absoluta. Talvez isso tenha a ver com a perda de ascendência moral das religiões sobre seus fiéis, que mantêm uma vinculação muito frouxa com a doutrina, caso de muitos católicos, ou uma relação claramente instrumental com a fé, como ocorre em muitas denominações pentecostais.

O antifeminismo e os preconceitos tradicionais contra gays, lésbicas e travestis são pontos em que há sintonia entre a hierarquia e grande parte do rebanho. Diante da visibilidade das demandas pelos direitos de mulheres e de homossexuais, é fácil construir o fantasma de uma ameaça.

Enquanto mantêm o país livre da “ditadura gay”, os sacerdotes e os deputados da bancada religiosa contribuem ativamente para todos os retrocessos do país – e ganham milhões, muitos milhões, gatunando o rebanho e também o erário público.

“Liberdade de expressão”, na novilíngua desse pessoal, é o direito de promover discurso de ódio travestido de homilia religiosa. O “direito à homofobia” é pauta central para todos eles.

A liberdade religiosa é mobilizada para permitir todo o tipo de crime, do charlatanismo à lavagem de dinheiro. Há casos, porém, que estão além de qualquer dúvida. A incitação ao assassinato de todo um grupo de pessoas, como fez Valadão, é um desses casos.

Ele tentou se retratar – foi “mal interpretado”, como sempre. Mas quem vê o vídeo de sua pregação na Igreja da Lagoinha de Miami não tem dúvidas.

É discurso de ódio. É propaganda da violência. É incitação ao homicídio. É crime e tem que ser punido como tal.

Está na hora de começar a impor limites à barbárie dos líderes religiosos neofascistas. Esta também é uma exigência da reconstrução da democracia no Brasil. André Valadão tem que ser processado e condenado. É um primeiro passo.

Luis Felipe Miguel é Professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Demodê – Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades.

*DCM

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