Categorias
Opinião

Miriam Leitão, a “ecológica”

Que o jornal O Globo, dos Marinho, quer governar o governo Lula, como se fosse uma instância superior, quanto a isso, não há dúvida, porém, ler um artigo de Miriam Leitão, propositalmente pobre de argumento, em que a colunista se apequena num guincho conceitual, provocando piadas e memes, permite-nos dizer que essa gente já foi um cadico melhor preparada para enfrentar um debates públicos.

Numa pequena frase, na qual Miriam Leitão se justificou que o Brasil não deveria abrasileirar o preço da gasolina, ela se embebece numa falácia que vai além dos absurdos que essa senhora já escreveu.

Em uma observação totalmente capenga, sua justificativa para que o preço da gasolina não fosse minimamente honesto com os brasileiros, ela sapecou que os preços altos dos combustíveis só são vilões para as classes abastadas que têm carro. Para os pobres que veem o preço dos alimentos ganharem dimensão estratosférica, por conta do alto preço do combustível, a mesma Miriam faz boca de siri, mas ela sapeca, numa explicação embolada, que seria um erro ecológico subsidiar combustível de origem fóssil.

Tudo isso, mal e porcamente orquestrado em seu artigo, para dizer que é um erro abrasileirar os preços dos combustíveis, como dolarizar o salário dos trabalhadores brasileiros. Tudo pelo verde que te quero dólar.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Mais uma página infeliz da história do Brasil à espera de ser virada

Lição esquecida: “Quando a política entra pela porta da frente dos quartéis, a disciplina sai pela porta dos fundos”.

O que diz sobre a capacidade de avaliação dos comandantes militares brasileiros o apoio que deram a Jair Bolsonaro para que se elegesse presidente, governasse e tentasse se reeleger?

Conheciam o candidato melhor do que ninguém. Como soldado, ele se destacou em provas de atletismo, especialmente corridas de curta distância. Ganhou por isso o apelido de “Cavalão”.

Uma vez salvou um colega de morrer afogado. Foi garimpeiro enquanto vestia a farda, o que era proibido. Planejou atentados à bomba a quartéis para reclamar por melhor salário.

Processado na Justiça Militar, negociou seu afastamento do Exército em troca da patente de capitão. Foi proibido de frequentar ambientes militares. Nem seus filhos podiam.

Em depoimento ao núcleo de pesquisas da Fundação Getulio Vargas, o general Ernesto Geisel, o terceiro presidente da ditadura de 64, referiu-se a ele como “um mal militar”. Foi o que foi.

Limitado intelectualmente, sem nunca ter lido um livro como admitiu e disso se orgulha, entrou para a política como um lobista informal das Forças Armadas que não o reconheciam como tal.

Elegeu-se e se reelegeu sete vezes como deputado federal do baixo clero. Na Câmara, jamais ocupou posição de destaque, presidiu alguma comissão técnica ou aprovou um único projeto.

Treze candidatos disputaram a eleição presidencial de 2018 – entre eles, três que haviam governado Estados, três ex-ministros, um ainda senador e outro empresário.

Por que os comandantes militares, liderados pelo general Eduardo Villas Bôas, preferiram apoiar Bolsonaro a qualquer outro nome? Logo Bolsonaro, que conheciam tão bem?

Porque Bolsonaro tinha mais chances de impedir a volta da esquerda (Lula-Haddad) ao poder, e também da centro-esquerda (Ciro Gomes). Porque com Bolsonaro voltariam ao poder.

Era um despreparado? Sempre souberam que sim. Jamais pensaram o contrário. Mas Bolsonaro seguiria suas ordens, abriria espaço para eles no governo, privilegiaria suas pautas.

Generais veem soldados e oficiais como pessoas que lhes devem obediência. Missão dada, missão cumprida. A missão dada a Bolsonaro resumia-se a uma coisa vital: esquerda, nunca mais.

Não há militares de esquerda em nenhuma das três armas. Houve até 64 quando os poucos foram expurgados. A formação dos militares é pela direita, sempre foi, não é de hoje e jamais mudará.

De resto, sentem-se superiores aos civis e julgam-se donos da última palavra quando enxergam ameaças à República que proclamaram por meio de um golpe. Os Patriotas são eles.

Goste-se ou não, por obra e graça dos seus líderes, as Forças Armadas sairão menores do que entraram na aventura protagonizada pelo único presidente que não se reelegeu.

Tanto mais porque avalizaram seus atos mais extremos e irracionais com base no mantra do general Eduardo Pazuello de “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Ordens absurdas que contrariam os regulamentos militares e as leis não se respeitam, aprendem os oficiais. Mas isso é só abobrinha. Se não fosse, não haveria golpes nem ensaios de golpe.

Não foi por obediência a Bolsonaro que os comandantes militares abrigaram na porta de quartéis milhares de radicais sublevados que pediam um golpe; foi por afinidade com eles.

Por que resistiram até hoje a retirá-los de lá? O que esperam acontecer para que se sintam dispensados de bater continência ao presidente eleito? Um milagre? Um atentado bem-sucedido?

Lula foi o presidente que mais encheu de dinheiro os cofres das Forças Armadas para modernizá-las; Dilma também. Bolsonaro encheu de dinheiro os bolsos dos oficiais; deu-se melhor.

A história do Brasil está repleta de páginas infelizes. No próximo domingo, mais uma será virada. É o que deseja a esmagadora maioria dos brasileiros.

*Noblat/Metrópoles

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Dizer o que tem que ser dito sem vacilar

Falta autonomia, independência de verdade dos colunistas chamados progressistas na mídia, para dizer o que precisa ser dito.

O que nós brasileiros vivemos nesses últimos quatro anos com Bolsonaro, foi plantado pelos barões da comunicação, sob encomenda de seus ricos financiadores, com um único objetivo, o de criar um clima de permanente hostilidade contra Lula, Dilma e o PT.

Ou seja, o ódio fascista externado por Bolsonaro e suas hienas dos cercadinhos da vida, foi plantado, adubado e regado por quase duas décadas de ataques imorais contra os principais quadros do PT.

Tudo, nota por nota, artigo por artigo, foi pensado para, numa narrativa binária, transformar Dilma, mas sobretudo Lula, no pior dos seres humanos.

O jogo foi pesado, baixo, sem limites e munição. Tudo de grosso calibre e com mira telescópica para atirar na cabeça e não estragar o couro. Isso precisa ser grafado em nossa memória coletiva para reagirmos, de estalão, no primeiro ataque que certamente virá das mesmas redações.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Mídia trata ato terrorista como algo banal e corriqueiro

Mídia trata terrorista, que montou uma bomba para causar uma tragédia humana, como empresário ou bolsonarista.

A bomba armada pelo terrorista que confessou ter preparado o atentado por inspiração em Bolsonaro, se tivesse funcionado, produziria uma tragédia inimaginável, com muitos mortos e feridos.

Mas a mídia, que tem uma relação de morde e sopra com Bolsonaro, por criticá-lo em suas manifestações golpistas e, por interesses das classes dominantes, defender a sua trágica política econômica, prefere contornar as palavras que possam dar peso e medida exatos de um ato que guarda toda a perversidade de um evento macabro como são os atos terroristas.

O delinquente sanguinário já está na Papuda, mas a mídia insiste em tratá-lo com eufemismo quando, na verdade, estamos falando de um extremista que imitou, de maneira fidedigna o próprio Bolsonaro quando foi expulso do exército por ameaça de atos terroristas.

Já a Folha chega ao cúmulo de tratar um terrorista confesso como suspeito e, diga-se de passagem, com bomba e armado até os dentes.

O que mais impressiona é o tratamento relativista da mídia quando, a essa altura dos fatos, fica claro que, quem ainda apoia Bolsonaro e diz ter posicionamentos conservadores, tem, na verdade, valores terroristas.

É preciso lembrar que a PCDF já identificou mais dois suspeitos de participar do ato.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Vestir a cor vermelha não é crime. Nunca foi. Não será

É vermelho o Natal

Flávia Oliveira – Não foi pouco o que se lamentou, nos últimos tempos, o sequestro pela extrema direita brasileira do amarelo da seleção, indumentária que costumava aproximar os amantes de futebol, súditos do Rei Pelé. O que passou batido foi a criminalização do vermelho. Quem não gosta de Jair Bolsonaro e seus aliados, além de não vestir a camisa canarinho, ficou sem poder usar a cor associada pelos radicais à esquerda, ao comunismo, ao PT, a Lula. Mas é vermelho o Salgueiro. É vermelha a Unidos do Viradouro. A Estácio de Sá é vermelha. É vermelho o Boi Garantido. São vermelhos o América, cansado de guerra, e o Internacional. É vermelho o Natal.

A cor vermelha é associada a desafio e resistência, à esquerda revolucionária e aos sindicatos, às lutas populares e ao sangue derramado. Deu o tom a bandeiras do Partido Socialista Francês, do Partido Trabalhista do Reino Unido, do PT brasileiro, da União Soviética, da China. E, nos EUA, do Partido Republicano, de ninguém menos que Donald Trump, ídolo do quase ex-presidente do Brasil.

Na cromoterapia, vermelho é cor da vitalidade e da paixão. Veste quem precisa de energia e estímulo; quem quer conquistar, seduzir, causar. No candomblé, é cor de Obá, orixá guerreira e apaixonada. Exu é rubro-negro. Na umbanda carioca, vermelho é de Ogum. Quem nunca viu venha ver os cortejos nas paróquias consagradas a São Jorge no feriado de 23 de abril. Nas romarias à Igreja de São Sebastião dos Frades Capuchinhos, na primeira sexta-feira do ano ou no 20 de janeiro, dia do padroeiro da Cidade Maravilhosa, fiéis caminham com roupas e distribuem fitas vermelhas.

Vermelho é sinal fechado, alerta de cuidado, aviso de não ultrapasse. Na conta de luz, significa tarifa bem mais alta. É chamada de promoções, descontos, sale. É capitalismo na veia. Foi em 1931 que o desenhista Haddon Sundblom vestiu de vermelho o idoso barbudo, que, inspirado em São Nicolau, tornou-se símbolo do Natal. O artista adicionou gorro e saco de presentes ao Bom Velhinho num anúncio publicitário da Coca-Cola. E ganhou o mundo.

É preciso muita ignorância, intolerância e ódio para reduzir uma cor à bandeira política e, assim, perseguir (supostos) adversários. Radicalizado, o bolsonarismo proibiu servidores públicos e funcionários de estatais de usar roupas vermelhas. Orientou cerimonial a banir o tom. Agiu como as facções do crime organizado que impunham regra semelhante em áreas dominadas de comunidades do Grande Rio. Houve tempo em que visitantes eram orientados a não entrar em favela usando a cor para evitar confusão ou tragédia.

Neste ano, campanha em andamento, não foi incomum ver eleitores de Lula queimando neurônios para decidir se sairiam ou não de vermelho, votariam ou não com a cor do Partido dos Trabalhadores. Pairava o medo, não sem razão, da violência política. Vermelho era a cor da festa do petista Marcelo Arruda, assassinado pelo bolsonarista Jorge Guaranho, no salão em que celebrava seu aniversário de 50 anos, em Foz do Iguaçu (PR).

Ainda ontem, quando anunciava 16 novos nomes de ministros do terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a perseguição a quem externava a preferência à sua candidatura. Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, veio a público no segundo turno explicar que o figurino vermelho dos cardeais católicos se relaciona ao sangue de Jesus Cristo, não ao PT ou ao comunismo.

A corrida eleitoral chegou ao fim, Bolsonaro foi derrotado. Nas urnas, deu vermelho. E, ironia maior, deriva dele a cor de 2023. Semanas atrás, a Pantone anunciou que Viva Magenta é o tom do novo ano. Foi inspirado, segundo a marca, no vermelho colchonilha, um dos corantes naturais mais fortes e brilhantes do mundo:

— É uma cor enraizada na natureza, descende da família dos tons vermelhos e vem expressando um novo vigor. Viva Magenta é corajosa e destemida, uma cor pulsante, cuja exuberância impulsiona celebração, alegria e otimismo, escrevendo assim uma nova narrativa.

O país que tenta resgatar e redimir as cores, os símbolos e as datas nacionais sequestradas por um campo político-ideológico intolerante e agressivo há de ressignificar também o vermelho. Para quem quiser usá-lo por motivação política, religiosa, estética, terapêutica, afetiva. Vestir vermelho não é crime. Nunca foi. Não será.

Vermelhou. Feliz Natal.

*O Globo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Folha lança bola de cristal às vésperas do 3º mandato do presidente eleito

Ninguém esperava nada diferente do editorial hiperbólico da Folha. O que espanta é a linha de procedimento, utilizando a celeste mediunidade premonitória.

Ou seja, o Brasil voltou, mas a antilulista Folha de São Paulo, também e, junto, uma gigantesca bola de cristal num apelo desrespeitoso com o próprio leitor, porque não trata de fatos concretos, mas de uma toada viciada e banal a partir de uma literatura do deixa que eu chuto, com pensamentos embolados, com um catálogo cheio de clichês e refrãos pra lá de puídos.

O importante é fuzilar o governo Lula ainda na pista para que não alce voo. O leitor, que se dane com a solução que a Folha encontrou para defender os interesses do mercado, do qual ela é parte e, portanto, panfleto do próprio.

Por isso o ataque da Folha a Lula não surpreende ninguém, já a metodologia, não tem graça comentar.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Dino faz a coisa certa, recua e desiste de nomear um lavajatista para a PRF

Reinaldo Azevedo – Flávio Dino, futuro ministro da Justiça, faz a coisa certa e desiste de nomear o lavajatista Edmar Camata para a direção da Polícia Rodoviária Federal. Em texto publicado nesta página, classifiquei a escolha de “inaceitável”. O novo indicado para o cargo é Antônio Fernando Oliveira.

Ao anunciar a substituição, o futuro ministro afirmou:
“Tivemos uma polêmica e achamos mais adequado essa substituição. Levamos em conta menos as visões pretéritas e mais o presente e o futuro. Mas nós precisamos, ao olhar o futuro, examinar se aquele líder tem condições políticas de conduzir a sua atribuição. Então, realmente, não se trata de um julgamento de condições pretéritas de quem quer que seja, mas sim de avaliação quanto à existência de condições políticas para liderar”.

Ok. Dino tem de dizer alguma coisa, que seja isso. Ainda que não faça muito sentido. Considerando que não se conhece o futuro de Camata, mas se sabe bastante sobre seu passado e seu presente, são estes a tornar seu nome inviável, não, por óbvio, aquilo que ele ainda fará e que está no terreno do desconhecido. É o que já se sabe que o inabilita para a função, não o que se saberia, certo?

Insisto no ponto: ser um “lavajatista” não é escolha equivalente a, por exemplo, muitas das correntes em que se dividem juristas ou mesmo estudiosos de políticas de segurança pública, não é?

O lavajatismo ousou erigir uma quase-teoria de assalto ao estado de direito. Ser um “antilavajatista” não corresponde a estar num dos chamados “lugares do debate”. É o único lugar possível, que corresponde a estar afinado com as garantias fundamentais. E, aí sim, as posições são as mais diversas.

O que não se aceita é que, num governo democrático, um destacamento de policiais, procuradores e prosélitos ousem criar uma espécie de ente de razão que se imponha sobre a Constituição e as leis. Isso está nos custando muito caro. Indicar foi um erro. Recuar, um acerto.

*Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Arthur Lira: você perdeu, mané, e vê se não amola

O ex-dono da chave do Orçamento Secreto.

Sem que saiba exatamente o que ele quis dizer, do alto do trono que ainda ocupa, Arthur Lira (PP-AL), o poderoso mandatário da Câmara dos Deputados, proclamou sem falsa modéstia:

“O presidente Lula vai ter do presidente Arthur Lira o que o presidente Jair Bolsonaro já teve”.

Bolsonaro foi protegido por Lira, que engavetou mais de uma centena de pedidos de abertura de impeachment contra ele. Em troca, Bolsonaro deu a Lira a chave do Orçamento Secreto.

Comprou o Congresso, pagando muito caro por isso. Mas se tornou refém do Centrão de Lira, de Ciro Nogueira (PP-PI), de Valdemar Costa Neto (PL) e de outros homens probos da República.

Foi obrigado a lotear o governo com eles e seus partidos, fechando os olhos ou avalizando de olhos abertos casos suspeitos de corrupção. Era preciso estancar a sangria da Lava Jato.

Em compensação, justiça se lhe faça, não foi abandonado por eles. O Centrão jogou todas as suas fichas na reeleição de Bolsonaro. Se ele vencesse, seriam mais quatro anos de intensa mamata.

Lira sabia que com Lula a mamata não seria a mesma, mas que ainda assim negociaria com ele na posição de dono da chave do Orçamento Secreto. Não pensou que a chave lhe seria tomada.

O Supremo Tribunal Federal tomou-a ao decidir que o Orçamento Secreto é inconstitucional e ao garantir a Lula dinheiro para pagamento do Bolsa Família. Lira, você perdeu, mané!

Esperteza demais engole o esperto. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Se comparado com Lula, Bolsonaro não passa de um bobo. A um presidente não se nega seu primeiro pedido.

Justamente por não ser bobo, não interessa a Lula que Lira fique com a fama de derrotado. Nem lhe interessa ficar com a fama de quem derrotou o Congresso antes mesmo de começar a governar.

Representantes de Lula atravessaram a madrugada costurando um acordo com Lira para a aprovação pela Câmara da PEC da Transição, que dará mais folga orçamentária ao governo em 2023.

De onde virá o financiamento do déficit fiscal de 200 bilhões de reais, valor estimado da PEC? A Napoleão Bonaparte, o imperador francês, atribui-se a frase dita ao planejar uma batalha:

“Primeiro a gente ganha, depois a gente vê”.

*Noblat/Metrópoles

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Deputados bolsonaristas comemoram diplomação de eleição em que afirmaram que as urnas foram fraudadas

Se, como disse Tom Jobim, o Brasil não é para amadores, o bolsonarismo é para idiotas que acreditam piamente que o sargento Garcia vai prender o Zorro, é só aguardar mais 72 horas.

Todo borrado, esvaindo-se em lágrimas, vagabundeando mais do que sua vagabundagem tradicional, Bolsonaro já deu uma banana para seus patriotas que ainda insistem em ficar tomando chuva, granizo e raio na cabeça, esperando a volta do Messias.

Mas a ópera do absurdo não para aí. Nesta segunda, sob vaias e aplausos, deputados bolsonaristas estavam que era só alegria e orgulho por serem diplomados numa eleição que eles afirmam ter sido fraudada.

Em que lugar do universo é possível um troço desse, além do planeta terra plana?

As cenas que aparecem todos os dias nas redes, com vídeos inacreditáveis de patetices dessa gente do bem, não estão em nenhum manual da estupidez humana. Esses ovoides em vida são um produto cem por cento original da mais pura idiotice nacional.

E é sobre esses zumbis que essa turma da chamada extrema direita que, na verdade, é de extremo oportunismo, deita o cabelo, mostrando como esse campo é fértil para qualquer pilantra amador, tal a idiotice inacreditável que essa gente protagoniza.

O fato é que tudo isso ainda será devidamente estudado e analisado por historiadores num futuro próximo para dar um sentido qualquer a toda essa pantomima de analfabetismo político que tivemos que assistir durante quatro anos.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Lira fica nu depois de tomar duas calças arriadas do STF

Para quem estava acostumado a colocar o pau na mesa, Lira está se vendo minúsculo no espelho.

A visão atual que se tem de Arthur Lira é a de um ex-todo-poderoso, e suas impressões batem com a nossa.

Depois de levar duas calças arriadas, a primeira de Gilmar Mendes, e a segunda de Ricardo Lewandowski, o rei Arthur ficou nu diante de um STF em que está enquadrado em dois processos de corrupção.

Ou seja, não dá nem para discurso folclórico contra o Supremo, já que o fato de Toffoli segurar seus processos há uns 700 dias, não significa que a quantidade e a qualidade da encrenca de Lira na mais alta Corte do país, seja uma pendenga liquidada. Longe disso.

Ele próprio deve achar melhor não facilitar as coisas para os ventos contrários.

O fato de Lira convocar, de forma extraordinária, os líderes dos partidos para uma reunião, põe na capa o tranco e o que ele abrange em torno de um poder que Lira tinha até ontem.

Claro que esse poder colocava a corda no pescoço do governo Lula ou, no mínimo e não menos letal, a faca na nuca do presidente eleito.

É uma loucura prosaica imaginar que, enquanto um sujeito como Lira, que teve  aproximadamente 219 mil votos, enquadre para seu deleite um presidente que foi eleito com mais de 60 milhões de votos.

Que sentido tem um troço desse em que quem não tem voto, pratica chantagem com o campeão de votos de uma nação? Só mesmo um sistema político caquético de um instituição legislativa viciada pode publicar uma receita imoral em que trata uma eleição presidencial como algo banal.

Por isso, com a referência que tinha, Lira foi pego literalmente no contrapé, percebendo, de uma hora para outra, que seu chão ficou mole, para dizer o mínimo.

Vendo-se como um bobinho na roda do executivo com o judiciário, sem saber que direção tomar, embora tente utilizar a presidência da Câmara o máximo possível para arrancar o que pode, na base da chantagem, Lira sabe que é praticamente improvável que ele consiga, nesse atual estágio, botar na mesa o pau que ele não tem mais.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição