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Beluzzo: Insistência do mercado financeiro em risco fiscal é ‘ignorância interessada’ que prejudica políticas sociais’

Economista criticou a reação do mercado ao pronunciamento do presidente Lula, confirmando a prioridade da questão social no orçamento. Belluzzo fala em “invenção tosca: você só tem uma situação fiscal favorável se gerar renda”.

O economista e professor Luiz Gonzaga Belluzzo fez duras críticas, nesta sexta-feira (11), à reação do chamado “mercado” às indicações sobre a futura gestão econômica do Brasil pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ontem (10), em sua primeira visita ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, de onde vem atuando a equipe de transição, Lula defendeu um “novo paradigma de funcionamento” no país, em que a questão social e a população mais pobre sejam centrais para a tomada de decisões dos poderes.

Como já vinha prometendo na campanha eleitoral, o presidente eleito confirmou que dará prioridade às políticas sociais, em especial o combate à fome. O anúncio, no entanto, soou negativo para o mercado financeiro que reagiu fechando o dólar comercial com forte alta, de 4,14%, e cotação a R$ 5,39. Os juros futuros também subiram e a Bolsa terminou essa quinta em queda de 3,35%. A maior baixa desde novembro de 2021.

Em entrevista ao jornalista Glauco Faria, do Jornal Brasil Atual, o especialista observou que essa reação do sistema financeiro mostra o quanto ele, na prática, está “afastado das condições reais de vida da população”. Assim como “nega às pessoas o direito de comer”. O presidente eleito também rebateu que o mercado “fica nervoso à toa” e “é muito “sensível”. Até representantes do setor, como o empresário Abílio Diniz, saíram em defesa do novo governo, negando a existência de “pânico nesse momento”. Numa entrevista à CNN Brasil, ele ainda enfatizou que Lula nunca escondeu sua prioridade para o social e que o petista sabe das “dificuldades” do país.

Falácia fiscal

A justificativa para a reação seria uma preocupação com a chamada “estabilidade fiscal”. Belluzzo garante, porém, que “essas regras, que pretendem impor à economia, acarretam disfunções e desagregações sociais. A situação é muito parecida com outras que ocorreram na história desse sistema em que a economia se afasta completamente da vida das pessoas. Você vê que essa insistência no risco fiscal é uma forma de obstar as políticas que podem atender a população”, afirma.

O economista ainda diz que o argumento de equilíbrio fiscal é “na verdade uma invenção um tanto quanto tosca dos economistas, porque, no capitalismo, você só pode ter equilíbrio fiscal, uma situação fiscal favorável, se você está gerando renda. É dessa renda que você apropria os impostos. (…) Se você não gera renda, qual vai ser o resultado da cobrança do imposto de renda?”, provoca. Ele ainda completa que essa resistência do mercado em cima de um suposto risco fiscal é “uma ignorância interessada”.

De acordo com Belluzzo, o que está em jogo entre os agentes do mercado é o poder de direcionar o encaminhamento da economia. “O mercado financeiro, além de ser uma forma econômica de ‘controle da locação e distribuição de recursos’, ele também é uma forma de poder”, destaca.
Superar contradições

“Está todo mundo agora falando que o dólar foi a R$ 5,40. Isso aí não tem propósito nenhum a não ser o de valorizar a sua riqueza no âmbito financeiro. E isso significa dano para as pessoas que estão vivendo nesse país. Porque todo mundo vai dizer ‘veja só a promessa de Lula para combater a pobreza vai envolver R$ 175 bilhões’, todo esse trololó, quando esses economistas têm uma ignorância de como funciona a dívida pública. Eles ficam apavorando as pessoas sobre a dívida pública, como se ela fosse igual à dívida privada, de uma família. E não é.”

Belluzzo explica que, no caso da dívida pública, outro argumento evocado pelo mercado, ela é amortizada pela capacidade do Estado de emitir moeda numa articulação entre o Banco Central com os bancos privados. Nesse momento, de acordo com o economista, o Estado brasileiro precisa ser capaz de superar as contradições entre a economia real e a financeira, em que os interesses da financeirização, de acumulação, acabam prevalecendo sobre a economia real.

O economista também ressalta um argumento bastante utilizado por ele de que, hoje, no Brasil, não há uma elite, mas ricos. Segundo ele, o país deixou de ter uma classe de empresários, que buscavam um projeto de desenvolvimento até para obter um mercado interno consumidor, para ter rentistas. “Estamos vendo aqui no Brasil um exemplo em que a política, através da eleição do presidente Lula, está apontando na direção de desfazer esse constrangimento que as economias e as pessoas, os povos, a sociedade está

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O que assombra no bolsonarismo é a defesa intransigente de alguém culpado pela morte de 700 mil brasileiros

Essa patetice de se fantasiar de verde e amarelo para fingir um patriotismo que nunca tiveram com o Brasil fora de copa do mundo, é irrelevante. Não é isso que faz de um pateta um ser anômalo, muito menos chucro e provinciano. Isso é uma questão cultural impregnada no alto escalão da burguesia nacional que decanta para os andares abaixo o complexo de inferioridade diante do mundo que nunca conseguiram esconder.

Bolsonaro retrata essa classe dominante brasileira. Não é sem motivos que essa gente faz ouvidos moucos quando se lembra que não se trata de uma guerra ideológica entre a suposta extrema direita, representada por Bolsonaro, e a esquerda, representada por Lula.

Independente do que se sabe que existe em termos de corrupção, que se desenvolveu antes e depois da carreira política de Bolsonaro, que virá à tona a partir do dia 1º de janeiro com provas robustas, Bolsonaro, que sempre enalteceu a tortura e torturadores, assim como sempre negou vacina aos brasileiros, lógico, agora nega que negou, mesmo com tantos vídeos documentando o que descreve a alma monstruosa do sujeito.

Ou seja, cada um dos participantes dessa obra prima orquestrada por empresários, com cenas patéticas em frente a quartéis, mostra que a burguesia brasileira pensa e age com a mesma frieza humana de Bolsonaro.

Diante desse fato não há motivos para se compreender esse ambiente como manifestação política, mas de uma bando de selvagens que, fardados de verde e amarelo, saiu dos salões para defender o maior genocida da história do país.

Esse é o modo perversamente ideológico que produziu esse tipo de gente à margem do povo brasileiro por uma questão de formação de caráter nenhuma que essa gente tem.

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Nota oficial da Defesa sobre o relatório das urnas é meio fio, meio sem fio

Uma no cravo, outra na ferradura, meio barro, meio tijolo. Não temos provas e nem convicção de que o Saci Pererê existe.

O fato é que, não bastasse a desmoralização das Forças Armadas metendo o nariz onde não deviam, a nota oficial para agradar o gado é uma peça entre o cômico e o grotesco.

Dizem eles que não é possível assegurar que os programas das urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento. E o que isso quer dizer? Coisa nenhuma, é um nem sim, nem não, muito pelo contrário ou não tem como provar que sim, nem que não. Está meio salgado, meio doce. Enfim, está meio fio. Meio malicioso, meio sem malícia.

Em suma, a nota produz vergonha alheia, mas nem isso está garantido.

Trocando em miúdos, essa nota vai para o acervo que fica na rua que sobe e desce, na casa que nunca aparece.

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Para bolsonarista, se as Forças Armadas não servem para dar golpe, não servem para nada

Bastou o relatório das Forças Armadas sobre as urnas frustrar os bolsonaristas para que eles passassem a defenestrar os militares depois de passar dias protagonizando as cenas mais dantescas da história desse país em frente a quartéis militares.

Na verdade, assim que saiu o resultado das eleições, os baderneiros apostaram numa convulsão social capaz de produzir um clima propício a um golpe de Estado que pudesse melar a vitória de Lula.

Foram para as estradas, patrocinados por empresários criminosos que, certamente, estão na lista dos maiores sonegadores do país, para que a farra do beiço na Receita Federal seguisse, como ocorreu durante o governo Bolsonaro.

O fato é que os bolsonaristas não estavam interessados em fraude, mas num motivo qualquer que fizesse com que os militares interviessem a favor de seus desejos, que é, em nome de uma suposta liberdade, impor à população brasileira uma ditadura.

Sem entender que, nos tempos atuais, um quadro como esse isolaria o Brasil do resto do planeta, prejudicando os interesses da burguesia graúda, essa gente, que ainda vive em 1964, hoje é só frustração.

A primeira é que os milhões de votos que Bolsonaro comprou com dinheiro público não foram bastante para mantê-lo no poder, pior, ver a volta de Lula com o triunfo de sua vitória.

Para entornar o caldo de vez, a notícia de que as Forças Armadas não achou nada de irregular na vitória do ex-presidente, foi a gota d’água para que os “patriotas” se declarassem decepcionados com as Forças Armadas. Para eles, se não servem para golpe, os militares não servem para nada.

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Com quantos generais se faz um governo trágico?

Independente de mais esse capítulo vergonhoso das Forças Armadas no caso do relatório sobre as urnas, a maior fraude dos militares foi a participação de inúmeros generais na cúpula e ministérios do governo Bolsonaro.

Qualquer um que tenha bom senso, sabe que, trocar sapatos por coturnos na administração pública, significa construir uma rede de tragédias. Militar não foi feito para isso, e aquele que tentar seguir esse caminho, apenas comprova que as Forças Armadas não produzem políticos ou mesmo técnicos em gestão pública, pois o resultado será sempre a desmoralização da instituição.

E não falamos aqui do macabro general Pazuello, certamente um ex-ministro que tem em suas costas a maior quantidade de mortes por covid registradas no mundo, porque simplesmente seguia à risca, como dito pelo próprio, as recomendações do animal que ainda senta na cadeira da presidência, pior, ele exaltava a frase “ele manda, eu obedeço”.

A saída melancólica de Bolsonaro, a pretexto de uma gestão técnica, arrasta com ele toda a instituição Forças Armadas. O que eles conseguiram, não é pouca coisa, a insatisfação da esquerda e da direita, depois que não conseguiu apontar a existência de fraude no processo eleitoral.

Ou seja, o estoque de paciência da sociedade como um todo, acabou e os militares saíram queimados, porque hoje não se encontra um único brasileiro em sã consciência ou não, que traga elogios às Forças Armadas.

Na verdade, o verde oliva está tão desgastado quanto o verde e amarelo que, mesmo não sendo de uso restrito de idiotas, que se dizem de extrema direita, foi transformado num símbolo da estupidez nacional.

O que ficou patente, sem nenhum exagero, é a evidência de que militares do Brasil fazem parte de uma cúpula de privilegiados em seu alto comando e que jamais tiveram qualquer cumplicidade com o grosso da população. Por isso, são tão responsáveis pelo teor degenerativo do governo Bolsonaro quanto o próprio capitão expulso das Forças Armadas por ser quem ele é.

Agora, vemos os militares sendo detonados nas redes por bolsonaristas e pelos contrários a Bolsonaro, sem distinção. E as manifestações dão conta de um clero fardado que não tem qualquer serventia para o país.

Selva!

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Não importa a cor do gato, contanto que ele pegue o rato

Não se faz um pacto federativo ao que é mais urgente nesse país sem que todos os atores políticos façam parte de um grande acordo.

Começar um governo a partir dos pobres, dos miseráveis, sempre foi o objetivo de Lula para que o país, garantindo a segurança alimentar para todos os brasileiros, possa de fato se desenvolver.

Não deve haver instituição de coloração partidária, instituições do Estado e da sociedade civil.

Um pacto de reconstrução dessa monta, que inclui uma série de programas de promoção social, só é possível quando há um consenso fora das disputas partidárias para que a convergência do que nos é mais caro, torne-se cláusula pétrea.

Para destruir, basta uma única mão, como deixou claro Bolsonaro, ao permitir que 700 mil brasileiros morressem por covid. É só promover tudo o que mata ou tudo o que faz mal em detrimento do que salva, do que soma.

Nesse momento, não interessa coloração partidária, como diz o provérbio chinês que foi utilizado como mote para que a China produzisse uma revolução e salvasse milhões da miséria e, junto, desenvolvesse uma economia vigorosa que hoje se encontra perto de ser a maior do planeta a partir dessa visão de mundo.

Objetivar, mas sem sectarismo, em que o Estado é, como não pode deixar de ser, a grande alavanca da responsabilidade social e econômica para manter a proteção às camadas mais pobres da população, no mesmo passo que a liberdade econômica seja bem vinda e que não seja em benefício exclusivo de uma determinada classe em detrimento das outras.

Lula, mais uma vez, dá provas robustas do porquê é uma das lideranças políticas mais respeitadas do planeta, se não a mais.

Uma semana após vencer as eleições, Lula está colocando o país nos trilhos do desenvolvimento social e econômico, unindo todas as forças políticas para que o país como um todo se veja como nação onde ninguém pode ficar para trás, ninguém pode ficar abandonado.

O nome disso é democracia, de fato e de direito.

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Sergio Moro, o herói marmota

Quando se diz que a Lava Jato foi a maior farsa jurídica do planeta, sabe-se que é um exagero, é colocar azeitona na empada de um provinciano transformado em cowboy pela Globo.

Sergio Moro é muito inferior à forma com que é tratado.

Essa imagem em destaque é seu retrato oficial. Na verdade, Moro traduziu como poucos a mediocridade do nosso sistema de justiça que não cabe nem adjetivo para explicar o que boa parte do judiciário representa.

A mídia criou um figurino para o sujeito e, junto, um dicionário com três palavras para que ele não se enrolasse e revelasse o jeca que sempre foi.

Na imagem, sua vaidade salta aos olhos justamente por mostrar o bocó característico com inteligência entre o boboca e o infantil. Mas é esse sujeito que foi considerado herói nacional pela classe dominante brasileira, tão corrupta quanto ele.

Moro, praticamente escreve, eu sou um bocó, um deslumbrado, no sentido mais cafona, bronco, boçal e bruto que a ignorância e a incultura podem produzir.

O tolo, que ainda tentou se vender com uma sofisticação fascista, com vestimenta toda preta, quebrou o verniz, sobretudo quando se transformou num político espalhafatoso, exageradamente ofensivo naquilo que a vulgaridade tem de mais ridículo.

Mas é para esse cafona, brega, chinfrim, matuto, que foi o dado o título de herói nacional por uma mídia tão rastaquera quanto o idiota ostentação.

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As denúncias de Julian Lemos sobre o submundo do clã Bolsonaro são só um aperitivo do que virá depois do dia 1º de janeiro

Imagina o que essas criaturas das trevas não fizeram no poder durante esses quatro anos.

É difícil até imaginar, mas dá para ter uma ideia de que atrás das revelações feitas pelo ex-deputado bolsonarista, Julian Lemos, que era um dos quatro cavaleiros da “cruzada bolsonarista” na eleição, tem um dragão pronto para jorrar fogo contra o clã no dia em que Lula voltar ao poder e Bolsonaro para o inferno.

A verdade é que há uma fila de inscritos com informações sobre um mar de sujeira que será prontamente jogado no ventilador. Gente que participou do governo ou da campanha que tentará limpar seu nome na história entregando a ficha de tudo o que ocorreu com Bolsonaro e os três filhos, Flávio, Eduardo e Carluxo. Isso, sem falar do que está reservado por quem foi traído por Bolsonaro.

Todos sabiam que o Palácio do Planalto, nesses quatro anos de governo, era o lugar mais mal frequentado do país, o que explica a tragédia que foi a “gestão” Bolsonaro.

O fato é que poderemos entender melhor o que aconteceu nesse festival de iniquidades com revelações como as do ex-deputado, Julian Lemos, que afirma que Bolsonaro agride Michelle, o que, convenhamos, numa escala de 0 a 10, teve zero surpresa.

Mas algo chama a atenção, que foram revelações muito exploradas pelo ex-aliado sobre o comportamento de Carlos Bolsonaro que, segundo Julian Lemos,  Carluxo é um sociopata e teria herdado toda a perversidade do pai.

Isso não significa que ele aliviou o lado de Flávio e Eduardo. Em termos de volume de absurdos, os três estão no mesmo patamar, a diferença se dá na relação de Bolsonaro com Carluxo que, como já havia dito Bebianno, exerce uma influência canina sobre o pai.

Isso, somado a seu instinto selvagem, deu no que deu.

Na verdade, assim como esse ex-aliado bateu nos quatro sem luva, muita coisa emergirá do esgoto bolsonarista no primeiro minuto em que ele não tiver mais a proteção da faixa presidencial.

Aí sim, nos surpreenderemos com o que será revelado.

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Num país em que Heleno é general, Kelmon é padre e Véio da Havan patriota

A extrema direita brasileira é mesmo compacta, sobretudo no quesito hipocrisia, mentira. E é esse balaio que está sendo removido do poder pelo povo brasileiro.

É difícil imaginar que um dia Heleno foi general, assim como é impossível imaginar que Kelmon tenha sido ao menos coroinha, na verdade, o nome do sujeito nem é Kelmon, é um falsário integral.

Já aquele gnomo chamado Véio da Havan, o maior muambeiro de bugingandas da China em atividade no Brasil, veste-se de verde e amarelo, diz-se patriota e anticomunista.

Ou seja, esse fascismo perfumado é apenas oral, melhor dizendo, da boca para fora. Mas tem horas que essa gente foge até de decoro, dá com a língua nos dentes e revela que tipo é de verdade. É o caso desse troço chamado Augusto Heleno, um sujeito que, se tivesse um mínimo de dignidade que diz ter, na primeira declaração de Bolsonaro negando a pandemia de covid, pediria o boné e ia embora, mas, ao contrário, como é conselheiro do genocida, deve ter participado, possivelmente soprando no ouvido de Bolsonaro, soluções e declarações criminosas que o mandatário encontrou para lidar com um vírus que, por sua culpa, matou 700 mil brasileiros.

Por isso, as declarações de Heleno contra Lula só fazem Lula ficar ainda maior. Já Heleno, não vale gastar mais nem uma gota de tinta, até porque hoje é um mero conselheiro de um derrotado e falido ex-presidente em exercício.

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Todo mundo quer pegar carona no Expresso BRICS

Comecemos com o que é de fato um conto sobre o comércio do Sul Global entre dois membros da Organização de Cooperação de Xangai (OCX). Em seu cerne está o já notório drone Shahed-136 – ou Geranium-2, em sua denominação russa: o AK-47 da guerra aérea pós-moderna.

Os Estados Unidos, em mais um característico ataque histérico transbordando de ironia, acusou Teerã de armar as Forças Armadas Russas. Tanto para Teerã quanto para Moscou, o drone superstar, de ótimo custo-benefício e terrivelmente eficiente, usado no campo de batalha ucraniano, é um segredo de estado: seu uso desencadeou uma tempestade de negativas de ambos os lados. Se esses drones são made in Iran, ou se o projeto foi comprado e a fabricação tem lugar na Rússia (a opção mais realista) não faz a menor importância.

Os registros mostram que os Estados Unidos armam até o pescoço a Ucrânia contra a Rússia. O Império, na verdade, é um combatente na guerra, por intermédio de um bando de “consultores”, conselheiros, treinadores, mercenários, armamento pesado, munições, inteligência via satélite e guerra eletrônica. E, no entanto, os funcionários imperiais juram que não participam da guerra. Eles, mais uma vez, mentem.

Bem-vindos a mais um exemplo explícito da “ordem mundial baseada em regras” em operação. É sempre o Hegêmona quem decide quais regras aplicar, e quando. Qualquer um que se contraponha a ele é um inimigo da “liberdade” e da “democracia”, ou qualquer outro chavão, deverá ser – o que mais seria? – punido com sanções arbitrárias.

No caso do Irã, há décadas sancionado até a exaustão, o resultado foi, como seria de se esperar, uma outra rodada de sanções. O que é irrelevante. O que importa é que, segundo o Corpo de Guarda Revolucionário Islâmico do Irã, nada menos que 22 países – lista que vem crescendo – estão fazendo fila para pegar o bonde do Shahed.

Até mesmo o líder da Revolução Islâmica, o Aiatolá Ali Khamenei, alegremente entrou na onda, comentando que o Shahed-136 não precisa photoshop.

A corrida rumo ao BRICS+

O que o novo pacote de sanções contra o Irã realmente “conseguiu” foi desfechar mais um golpe na cada vez mais problemática assinatura do ressuscitado acordo nuclear em Viena. Mais petróleo iraniano no mercado, na verdade, seria um alívio para as dificuldades de Washington após a recente e épica esnobada da OPEC+.

No entanto, um imperativo categórico continua existindo. A iranofobia – da mesma forma que a russofobia – sempre fala mais alto para os defensores da guerra straussianos-neocons que comandam a política externa americana e para seus vassalos europeus.

Então, aqui temos mais uma escalada hostil nas relações do Irã tanto com os Estados Unidos quanto com a União Europeia, uma vez que a junta não-eleita de Bruxelas também sancionou três generais iranianos.

Compare-se isso com o destino do drone turco Bayraktar TB2 – que, diferentemente das “flores no céu” (os gerânios russos) mostrou um péssimo desempenho em campo de batalha.

Kiev tentou convencer os turcos a usarem uma fábrica de armamentos da Motor Sich na Ucrânia ou abrirem uma nova empresa na Transcarpátia/Lviv para construir Bayraktars. O oligarca presidente da Motor Sich, Vyacheslav Boguslayev, de 84 anos de idade, foi acusado de traição por suas ligações com a Rússia, e talvez seja trocado por prisioneiros de guerra ucranianos.

Ao final, a negociação fracassou em razão do excepcional entusiasmo mostrado por Ancara em trabalhar para a construção de um novo centro de produção de gás na Turquia – uma sugestão pessoal do Presidente russo Vladimir Putin a seu colega turco Recep Tayyip Erdogan.

O que nos leva à interconexão cada vez maior entre os BRICS e os nove membros da OCX – à qual essa instância russa-iraniana de comércio militar está inextricavelmente ligada.

A OCX, liderada pela China e pela Rússia, é uma instituição paneurasiana cujo foco original era o combate ao terrorismo, mas que agora se volta cada vez mais para a cooperação geoeconômica – e geopolítica. Os BRICS, liderados pela tríade Rússia, Índia, e China, superpõem-se à agenda da OCX em termos geoeconômicos e geopolíticos, expandindo essa agenda para a África, América Latina e mais além: esse é o conceito do BRICS+, analisado em detalhe em um recente relatório do Clube Valdai , e plenamente abraçado pela parceria estratégica Rússia-China.

O relatório pesa os prós e contras de três cenários relacionados a possíveis candidatos ao BRICS+ no futuro próximo:

Primeiro, os países que foram convidados por Pequim para fazer parte da cúpula do BRICS de 2017 (Egito, Quênia, México, Tailândia, Tajiquistão).

Segundo, os países que fizeram parte do encontro de chanceleres do BRICS, em maio do corrente ano (Argentina, Egito, Indonésia, Cazaquistão, Nigéria, UEA, Arábia Saudita, Senegal, Tailândia).

Terceiro, as principais economias do G20 (Argentina, Indonésia, México, Arábia Saudita, Turquia).

E há também o Irã, que já demonstrou interesse em se juntar aos BRICS.

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, confirmou recentemente que “diversos países” estão morrendo de vontade de ingressar nos BRICS. Entre eles, um importantíssimo ator do Oeste Asiático: a Arábia Saudita.

O que é ainda mais surpreendente é que, há apenas três anos, no governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o Príncipe Muhammad bin Salman (MbS) – o verdadeiro governante do país – estava resolvido a se juntar a uma espécie de OTAN árabe, na condição de aliado privilegiado do Império.

Fontes diplomáticas confirmam que no dia seguinte à retirada das tropas americanas do Afeganistão, os enviados de MbS começaram a negociar seriamente com Moscou e Pequim.

Supondo-se que o BRICS alcancem o consenso necessário para a aprovação da candidatura de Riad em 2023, mal se pode imaginar as consequências avassaladoras dessa decisão para o petrodólar. Ao mesmo tempo, é importante não subestimar a capacidade dos controladores de criarem o caos.

A única razão pela qual Washington tolera o regime de Riad é o petrodólar. Não se pode permitir que os sauditas persigam uma política externa independente e verdadeiramente soberana. Se isso acontecer, o realinhamento geopolítico não irá afetar apenas a Arábia Saudita, mas também todo o Golfo Pérsico.

Mas é cada vez mais provável que isso aconteça, depois de a OPEC+ ter de fato escolhido o caminho BRICS/OCX liderado pela Rússia e pela China – no que pode ser interpretado como um preâmbulo brando para o fim do petrodólar.

A tríade Riad-Teerã-Ancara

O Irã comunicou seu interesse em ingressar nos BRICS antes mesmo da Arábia Saudita. Segundo fontes diplomáticas do Golfo Pérsico, eles já estão engajados em um canal algo confidencial com a mediação do Iraque, na tentativa de se organizarem para tal. A Turquia virá em seguida – no BRICS, certamente, e possivelmente na OCX, onde Ancara hoje tem o status de observador extremamente interessado.

Agora, imaginem essa tríade – Riad, Teerã, Ancara – estreitamente ligadas a Rússia, Índia e China (o verdadeiro cerne dos BRICS), e futuramente na OCX, onde o Irã é, até agora, o único país do Oeste Asiático aceito como membro pleno.

O golpe estratégico desferido contra o Império quebrou todos os récordes. As discussões que levam ao BRICS+ focam o desafiador caminho rumo a uma moeda global lastreada em commodities capaz de superar a primazia do dólar.

Diversos passos interligados apontam para uma simbiose cada vez maior entre os BRICS+ e a SCO. Os estados-membros desta última já chegaram a um acordo quanto a um roteiro para o aumento gradual do comércio em moedas nacionais com base em acordos mútuos.

O Banco Estatal da Índia – o maior emprestador do país – vem abrindo contas especiais em rúpias para o comércio relacionado com a Rússia.

O gás natural russo enviado à Turquia será pago 25% em liras turcas, com um desconto de 25% que Erdogan pediu pessoalmente a Putin.

O banco russo VTB lançou transferências para a China em yuans, contornando o SWIFT, enquanto o Sberbank começou a emprestar dinheiro na moeda chinesa. A gigante de energia russa Gazprom combinou com a China que os pagamentos por fornecimento de gás devem mudar para rublos e yuans, meio a meio.

O Irã e a Rússia estão unificando seus sistemas bancários para conduzir comércio em rublos/rials.

O Banco Central do Egito está tomando providências para estabelecer um índice para a libra egípcia – usando um grupo de moedas e o ouro – com o objetivo de afastar a moeda nacional do dólar.

E, também, há a saga do TurkStream. .

O presente do centro de gás

Ancara, há anos, vem tentando se posicionar como um centro privilegiado de gás Oriente-Ocidente. Após a sabotagem dos Nord Streams, Putin entregou de bandeja à Turquia a possibilidade de aumentar o fornecimento de gás para a União Europeia usando esse centro. O Ministério da Energia turco afirmou que Ancara e Moscou, em princípio, já chegaram a um acordo.

Na prática, isso significa que a Turquia irá controlar o fluxo de gás não apenas da Rússia, mas também do Azerbaijão e de grande parte do Oeste Asiático, talvez incluindo até mesmo o Irã e a Líbia, no nordeste da África. Terminais de GNL no Egito, na Grécia e na própria Turquia irão completar a rede.

O gás russo se desloca através dos gasodutos TurkStream e Blue Stream. A capacidade total dos gasodutos russos é de 39 bilhões de metros cúbicos ao ano.

O TurkStream foi inicialmente projetado como um gasoduto de quatro linhas, com uma capacidade nominal de 63 bilhões de metros cúbicos ao ano. Nas atuais circunstâncias, apenas duas linhas – com capacidade total de 31,5 bilhões de metros cúbicos – foram construídas.

Portanto, uma extensão, em tese, é mais praticável – com a totalidade dos equipamentos de fabricação russa. O problema, mais uma vez, é a instalação dos dutos. Os navios a serem usados pertencem ao Allseas Group – e a Suíça faz parte da demência das sanções. No Mar Báltico, embarcações russas foram usadas para concluir a construção do Nord Stream 2. Mas, para uma extensão do TurkStream, seria necessária operar em profundidade oceânica muito maior.

O TurkStream não seria capaz de substituir completamente o Nord Stream, pois ele comporta volumes muito menores. A boa notícia para a Rússia é não ser alijada do mercado europeu. É evidente que a Gazprom só assumiria o significativo investimento necessário para a construção de uma extensão se houver garantias férreas quanto a sua segurança. A desvantagem é que a extensão também transportaria gás dos concorrentes da Rússia.

Aconteça o que acontecer, resta o fato de que o combo Estados Unidos-Reino Unido ainda exerce uma forte influência sobre a Turquia – e a BP, a Exxon Mobil e a Shell, por exemplo, participam de praticamente todos os projetos de extração de petróleo em todo o Oeste Asiático. Eles, portanto, certamente iriam interferir na operação dos centros de gás turcos, como também na determinação do preço do gás. Moscou tem que pesar todas essas variáveis antes de se comprometer com o projeto.

A OTAN, é claro, ficará lívida de ódio. Mas nunca subestimem o Sultão Erdogan, especialista em minimizar riscos. Sua história de amor tanto com os BRICS quanto com a OCX está apenas começando.

*Pepe Escobar/247

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