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Bolsonaro diz que ‘a nova ditadura não é de uma hora pra outra, vem aos poucos’

Numa das entrevistas 100% chapas-brancas que deu ontem, Jair Bolsonaro se animou, veja só, a alertar sobre a possibilidade de uma democracia cair numa ditadura, informa Lauro Jardim.

Parecia que alertava para os riscos que o Brasil corre com ele na Presidência:

— A nova ditadura não é de uma hora pra outra. Vem aos poucos. Vai tirando pedaços da sua liberdade aqui e acolá. E quando você vê, está até a cintura na areia movediça, não tem como sair mais. O Brasil ainda corre esse risco. Não está descartado.

Bolsonaro, fã e propagandista das ditaduras de 64 e de Augusto Pinochet, falava da ditadura venezuelana sob a dupla Chaves/Maduro.

Mas a situação descrita por Bolsonaro cabe à perfeição noutro contexto: atitudes que ele próprio vem tomando desde que assumiu o poder. Notadamente sobre os fatos que ocorreram no ano passado quando suas agressões ao Estado de Direito culminaram com o ato do dia 7 de setembro.

Então, vem a pergunta: aonde ele conseguirá apoio para implantar uma ditadura?

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Generais do exército não querem saber de crise da vacina, protegem comandante e isolam Bolsonaro

Generais que integram o Alto Comando do Exército rejeitam uma crise da vacina por causa das diretrizes básicas para a pandemia da Covid, tentam blindar o comandante-geral, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, de desgaste e, com isso, buscam isolar Jair Bolsonaro (PL), informa a Folha.

Membros da cúpula da Força consideram que o incômodo do presidente com as regras de vacinação na volta ao trabalho presencial não provocou nem mesmo uma minicrise entre os militares e o governo.

Esses oficiais, ouvidos pela reportagem sob a condição de anonimato, afirmam que o documento produzido por Oliveira foi uma peça burocrática, sem motivo para um novo capítulo de estremecimento das relações entre Bolsonaro e o comando da Força.

A cúpula do Exército atuou para blindar o comandante no episódio, após o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, entrar no circuito.

O comando da Força cogitou elaborar uma nota pública com esclarecimento sobre o documento elaborado por Oliveira.

Ele estabelece diretrizes favoráveis a vacinação, uso de máscaras, distanciamento social e compartilhamento de informações corretas na atual fase da pandemia. Bolsonaro é um negacionista em relação aos quatro itens.

Braga Netto foi o interlocutor das insatisfações do presidente, embora pessoas ligadas ao ministro afirmem que não houve exigência para a elaboração de uma nota pública.

A ideia acabou sendo abortada, pelo menos até agora, diante da constatação de que um esclarecimento não se fazia necessário. Uma nota alimentaria uma crise que, na visão de generais do Alto Comando, não existia nem deveria existir.

Esses militares repisaram ao longo da sexta-feira (7) que as diretrizes do comandante do Exército eram administrativas e seguiam linha já adotada por seu antecessor no cargo, general Edson Leal Pujol, no ano anterior.

As orientações são semelhantes no caso de uso de máscaras, distanciamento social sempre que possível e vedação do compartilhamento de fake news sobre a pandemia.

A inovação ocorre em relação à vacinação, pela razão óbvia de que a campanha de imunização deslanchou ao longo de 2021.

Neste caso, ainda segundo a informação repisada na sexta, o comandante do Exército usou como base uma diretriz do próprio ministro da Defesa.

Assim, se Bolsonaro fosse levar adiante a queixa contra o ato do Exército, deveria estendê-la a seu ministro da Defesa, conforme integrantes da Força. Braga Netto foi colocado no cargo para atender aos interesses diretos do presidente.

No dia seguinte, o próprio Bolsonaro tornou público um encontro dele com o comandante do Exército. E disse não ter existido qualquer exigência de retificação ou explicação.

“Não, exigência nenhuma. Não tem mudança. Pode esclarecer. Hoje [sábado, 8] tomei café com o comandante do Exército. Se ele quiser esclarecer, tudo bem, se ele não quiser, tá resolvido, não tenho que dar satisfação para ninguém de um ato como isso daí. É uma questão de interpretação”, afirmou o presidente, em entrevista a jornalistas.

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O que está em jogo em 2022 é Lula que saiu do governo com 87% de aprovação x Bolsonaro, que representa um governo que não aconteceu

O que vai definir a eleição de 2022 é a vida como ela é, é o pote de farinha, o feijão e até as bugigangas com as quais os trabalhadores gastavam seus salários, salários que a cada ano, durante todos os anos dos governos Lula e Dilma, tinham ganho real e, consequentemente, isso se transformava no motor da economia que fez, por exemplo, com que figuras como o Véio da Havan expandisse enormemente seus negócios durante os governos de Lula e Dilma, sem precisar se fantasiar de palhaço Malaquias verde e amarelo para se dizer bolsonarista.

O trabalhador não vai à loja da Havan porque seu dono se veste de palhaço, ele só vai se tiver poder de compra e, logicamente, emprego, coisa cada vez mais escassa no Brasil de Bolsonaro. Uma fotografia absolutamente oposta ao do governo Lula. Daí a diferença da aprovação de 87% de Lula para a de 20% de Bolsonaro.

Ora, se o povo brasileiro não se esquece até hoje da pindaíba que viveu no governo FHC, rejeitando por cinco vezes consecutivas o PSDB, vai esquecer o que ele já viveu nesses três anos de governo Bolsonaro, incluindo o ano de 2022 que promete ser pior?

Bolsonaro não será julgado nas urnas por questão moral, racial ou mesmo sanitária por ter provocado a morte de 620 mil pessoas. Lógico, isso terá um peso negativo, mas muito mais para justificar o fracasso econômico de alguém que simplesmente não governou o país a partir da balela neoliberal de Paulo Guedes de que o mercado dava conta de criar empregos através de reformas, ao contrário, só fizeram piorar a vida dos trabalhadores.

Bolsonaro, em 2018, era um saco vazio de propostas. Em 2022, ele se apresentará como um saco vazio de feitos, pois não fez nada de concreto para melhorar a vida do povo um bocadinho que fosse, ao contrário, 30 milhões de brasileiros foram devolvidos à miséria e o Brasil ao mapa da fome, fazendo um caminho diametralmente oposto ao de Lula que tirou 40 milhões da miséria gerando empregos com valorização crescente do salário dos trabalhadores.

E é isso que já assistimos nas pesquisas de opinião. Como Bolsonaro reverterá um quadro como esse quando tudo caminha para um desastre econômico ainda pior do vivido em 2021?

Para a população, pouco importa a desculpa esfarrapada de que a culpa é do “fique em casa”. Os brasileiros estão interessados nessa conversa fiada e nem nas suas inúmeras requentadas farsas da facada. Ninguém acredita naquilo e, mesmo se acreditasse, não mudaria nada a realidade trágica que os brasileiros vivem durante o seu governo. É isso que vai contar.

A terceira via nada mais é do que mais um saco vazio de propostas, pior, compra com gosto a agenda de Paulo Guedes, defendendo o mesmo arrocho dos trabalhadores e os mesmos resultados trágicos para a vida do povo brasileiro.

Moro, por exemplo, defendeu o editorial do Estadão que ataca Lula por ter falado em revogar a perda dos direitos dos trabalhadores.

Em síntese, o que o Estadão escreveu é que a vida dos trabalhadores piorou muito para o bem deles.

Nisso, não há nada de inédito. FHC cansou de utilizar o mesmo método e até hoje, quando o trabalhador o vê na televisão, desliga o aparelho ou sai da sala. É automático e intransferível.

E é esse mesmo processo que Bolsonaro enfrentará na eleição de 2022.

Ao fim e ao cabo, o que está em julgamento é a carne na mesa dos brasileiros, com Lula e, com Bolsonaro, é o desempregado na fila do osso.

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Dilma detona o golpista Merval Pereira

A objetividade cortante de Dilma em uma rota de colisão frontal com Merval Pereira, o pombo-correio dos Marinho, atinge frontalmente o tipo de jornalismo que sempre trabalhou para assassinar a democracia, subjugando o povo aos interesses do topo de uma pirâmide social sem nenhuma moral, além do dinheiro que acumula.

Dilma foi direto ao ponto, que pode ser lido abaixo, quando avalia a nascente do golpe que sofreu, com uma capacidade impressionante de traçar uma linha de raciocínio simples, mas certeira que não deixa dúvida de onde saiu a orquestração daquela panaceia golpista para tirar a primeira mulher presidenta da República do Brasil.

Dilma coloca o dedo na ferida e aperta o cinismo que produziu essa tragédia porque passa o Brasil e o quanto esse tipo de jornalismo de banco pode ser letal para um país a serviço do neoliberal-fascismo.

Dilma faz uma narrativa óbvia reconstruindo os episódios que antecederam o golpe que sofreu comandado pela Globo, que não há hipótese alguma de não concordar com ela.

“O golpe no Brasil é um processo que foi aberto e escancarado, a mídia participou dele. Merval Pereira, antes de eu ser eleita, dizia que se eu fosse reeleita eu seria “impichada”. A menos que o Merval Pereira tenha uma bola de cristal, que ninguém conhece, ele não teria como saber se haveria condições para eu sofrer impeachment porque a lei é clara, eu só posso sofrer impeachment, por atos praticados no meu mandato. Ora, meu mandato não tinha começado!” (Dilma Rousseff)

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Bolsonaro cala a boca e fica sem reação após o passa-moleque do chefe da Anvisa

Depois da nota de Barra Torres a Bolsonaro por berrar de forma cretina que a Anvisa estava interessada em vacinar as crianças por motivos escusos, ele teve a resposta que sempre mereceu. Não só isso, Bolsonaro foi cobrado rispidamente pelo chefe da Anvisa a apresentar fontes de sua leviana acusação:

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar”.

Observado pela sociedade, sobretudo pelo silêncio covarde de Bolsonaro, o episódio transformou-se num desastre, numa hecatombe para a imagem de Bolsonaro pra lá de desgastada tanto no Brasil, quanto no exterior.

Certamente, seu pelotão de lambe-botas, vendo a pífia atitude de Bolsonaro depois de falsear uma acusação em que se confessa leviano e ser rebatida de forma tão veemente e sem qualquer cerimônia pelo Almirante que chefia a Anvisa, com certeza estão todos do Planalto matutando uma resposta que ainda não apareceu e, pelo jeito, estão achando melhor deixar quieto do que botar em cima da mesa o assunto e saborear um remédio ainda mais amargo.

Não há nada para decifrar nesse silêncio obtuso de Bolsonaro, isso faz parte do hábito de qualquer covarde que vive de aparências vulgares fingindo valentia. Bolsonaro fez isso no 7 de setembro com Alexandre de Moraes e, certamente, repetirá a dose e pedirá a Temer para bancar o cupido do idiota depois de levar um passa-moleque público escrito em papel timbrado e carimbado pelo chefe da Anvisa.

*Da redação

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Nas entrelinhas: É um erro imaginar que Bolsonaro não tenha um Plano B

Desacreditar urnas e tumultuar processo eleitoral serão indicadores que o presidente da República não aceitará uma eventual derrota eleitoral, como Donald Trump nos EUA.

Não estou entre os que acreditam que a alternativa golpista, para o presidente Jair Bolsonaro, se esgotou em 7 de setembro do ano passado, quando mobilizou todas as suas forças contra a urna eletrônica e confrontou o Supremo Tribunal Federal (STF), que viria a ser cercado por caminhoneiros. No dia seguinte, com as estradas bloqueadas e os caminhões na Esplanada, o presidente da República deu um cavalo de pau e mandou uma carta ao ministro do STF Alexandre de Moraes com juras à democracia, numa espécie de pedido de desculpas pelos ataques que havia feito ao ministro e outros integrantes da Corte, principalmente durante manifestação de seus partidários na Avenida Paulista, à qual compareceu. Naquela ocasião, a narrativa golpista havia atingido o seu clímax.

Há muitas versões sobre o que aconteceu naqueles dois dias, principalmente sobre as conversas entre Bolsonaro e o ex-presidente Michel Temer, que redigiu a carta, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que segura a espada de Dâmocles sobre a cabeça dos bolsonaristas radicais envolvidos em ações contra a Corte.

Uma das versões é a de que o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, havia ameaçado solicitar ao Exército uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em defesa do STF, o que teria consequências posteriores, pois isso, obviamente, caracterizaria ato de sedição liderado pelo próprio presidente Bolsonaro.

Sabemos que o Comando Militar do Planalto estava de prontidão, com oito mil homens mobilizados para intervir, caso fosse preciso. Seu estado-maior monitorava não somente a manifestação, como a própria atuação da Polícia Militar do Distrito Federal, que, no primeiro momento, havia permitido que os manifestantes rompessem a barreira instalada no Eixo Monumental e avançassem pela Esplanada dos Ministérios, em direção à Praça dos Três Poderes.

Por vários meios e interlocutores, na semana anterior, oficiais de alta patente fizeram chegar às redações o recado de que não havia a menor possibilidade de envolvimento das Forças Armadas em qualquer tentativa de golpe de estado. A narrativa era de que os comandantes militares cumpririam com seus deveres constitucionais e que a democracia brasileira tem instituições fortes e consolidadas.

Havia um esforço para desfazer a péssima impressão deixada pelo desfile de carros blindados e anfíbios da Marinha na Esplanada, em 10 de agosto, um espetáculo que revelou o sucateamento dos equipamentos do seu Corpo de Fuzileiros Navais e acabou ridicularizado.

O descolamento das Forças Armadas dos arroubos autoritários de Bolsonaro não deixa de ser alvissareiro, mas ninguém se iluda. O presidente da República já trocou os comandantes das Forças Armadas e pode voltar a fazê-lo, antes das eleições, se estiver disposto a adotar um plano B diante de uma derrota eleitoral inevitável. É flagrante a fricção entre a orientação de Bolsonaro e a do comandante do Exército, general Paulo Sérgio, em relação à obrigatoriedade da vacina e outros protocolos contra a Covid-19, por exemplo.

Plano B

Em artigo recente, na Veja, o jornalista José Casado destacou que o ministro da Defesa, general Braga Neto, principal aliado de Bolsonaro no meio militar, por orientação do Presidente da República, fizera questionamentos formais à segurança das urnas eletrônicas junto ao TSE. Ou seja, a disposição de não aceitar um resultado eleitoral desfavorável continua existindo. Não por acaso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Barroso, convidou o ex-ministro da Defesa Fernando de Azevedo e Silva para assumir a Secretaria Geral da Justiça Eleitoral e comandar a logística de realização das eleições de outubro próximo.

No 7 de setembro, as manifestações realizadas na Esplanada, em Brasília, e na Avenida Paulista, demonstraram o enorme poder de mobilização de Bolsonaro. Nada impede que isso se repita. Sua capacidade de atuação nas redes sociais para construção de uma narrativa golpista permanece intacta, as fake news nas redes sociais continuam, inclusive com ataques ao Supremo. Mesmo com o governo mal avaliado e alto índice de rejeição nas pesquisas de opinião, Bolsonaro tem uma sua base eleitoral coesa e resiliente, além de militantes armados, dispostos a lutar para mantê-lo no poder, recorrendo à força, se preciso.

É um erro imaginar que Bolsonaro não tenha um Plano B, caso a derrota eleitoral seja inevitável por antecipação. Desacreditar a urna eletrônica e tumultuar o processo eleitoral serão indicadores de que não está disposto a aceitá-la, a exemplo do que fez o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, um ano atrás. Felizmente, os demais candidatos à Presidência não endossam esse questionamento. Todos defendem a urna eletrônica.

*Luiz Carlos Azedo/Correio Braziliense

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Governo destinou R$ 5,7 bilhões do orçamento secreto nos últimos dias de 2021

Valor supera tudo o que foi liberado nos primeiros oito meses do ano passado e equivale a R$ 237,5 milhões por dia.

O governo federal empenhou, ou seja, separou para gastar cerca de R$ 5,7 bilhões do chamado orçamento secreto, um instrumento pelo qual o Executivo destina dinheiro por indicação de parlamentares sem que eles sejam identificados, nas últimas três semanas de 2021. O montante, reservado entre os dias 7 e 31 de dezembro, é maior do que todo o volume de recursos liberados durante os oito primeiros meses do ano passado – R$ 4,9 bilhões. Além disso, equivale um empenho de R$ 237,5 milhões por dia no período, informa O Globo.

Em sua maior parte, esse dinheiro distribuído de janeiro a agosto beneficiou prefeituras comandadas por aliados do Centrão, base de sustentação do Palácio do Planalto, e caciques do Congresso. Por meio de um cruzamento de informações feito por especialistas do gabinete do senador Alessandro Vieira (Cidadania-RE) e dos deputados Filipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PSB-SP), foi possível verificar como a partilha do orçamento secreto continua privilegiando aliados do governo.

A fatia das emendas de relator (outra alcunha do que se conhece por orçamento secreto) garantida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional dá a medida da diferença de tratamento para amigos e adversários do governo: em todo o país, 186 prefeitos do PL, partido do presidente da República e de Flávia Arruda, foram contemplados nas últimas semanas de 2021. No mesmo período, o PP, sigla de Ciro Nogueira e do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), teve 180 prefeitos agraciados. A efeito de comparação, o PT, que faz oposição ao governo e tem a maior bancada da Câmara, teve 68 mandatários beneficiados por esses recursos da pasta.

O maior volume das verbas destinadas no final 2021 é proveniente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), que empenhou R$ 2 bilhões, recursos fragmentados e distribuídos para diferentes cidades. A principal beneficiada foi Jequiá da Praia, no litoral de Alagoas, com um convênio de R$ 10 milhões assinado em 31 de dezembro para a construção de um sistema de coleta e tratamento de esgoto. Segundo os documentos divulgados no Portal da Transparência, o valor foi destravado mediante emenda de relator. O nome do autor da verba, porém, não foi divulgado.

Com 12 mil habitantes e o status de cidade mais jovem do estado, Jequiá da Praia é governada por um prefeito aliado do presidente da Câmara. Em julho do ano passado, em uma rodada de viagens pelo interior de Alagoas, Lira anunciou que o saneamento básico alcançaria 100% da cidade. O município é vizinho de Barra de São Miguel (AL), cujo prefeito é Benedito Lira, pai do presidente da Câmara. Procurado por meio de sua assessoria, Arthur Lira não comentou sobre os valores empenhados. A prefeitura de Jequiá, a Funasa e o Ministério da Saúde também não responderam.

O segundo maior volume de repasses de emendas de relator foi feito por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que empenhou R$ 1,91 bilhão. A maior fatia, de R$ 153 milhões, foi destinada ao Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), estado natal do relator do Orçamento de 2021, o senador Márcio Bittar (PSL). O presidente do órgão, Petronio Aparecido Chaves Antunes, confirmou que a emenda foi uma indicação de Bittar.

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Exército estuda não renovar contrato de militares que recusaram vacina

Medida afetaria militares temporários, que representam 70% de todo o efetivo do Exército.

O Exército cogita não renovar o contrato de militares temporários que não se vacinaram contra a Covid. Se concretizada, a medida atingiria a Força em peso, já que 70% do seu efetivo é composto por temporários. A decisão é aventada pela cúpula do Exército em meio à irritação de Jair Bolsonaro depois que a Força recomendou a vacina e proibiu militares de espalharem fake news.

A proposta é respaldada pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira. Interlocutores do comandante avaliam que, caso a regra entre em vigor, militares temporários que recusaram a imunização já estariam com os dias contados na caserna: teriam os contratos engavetados.

Segundo essa avaliação, o Exército considerará que quem rejeitou se imunizar e só se vacinou às pressas para renovar a permanência na Força não agiu de acordo com as ordens militares e, por isso, não merece seguir na força terrestre.

Pelo menos 32,2 mil militares do Exército, ou 15% de toda a tropa, recusaram a vacina contra a Covid, como mostrou o repórter Tácio Lorran. Na Aeronáutica, onde 4,3 mil fugiram da vacinação, os casos da doença passaram de 25 mil, com uma média de infecção quatro vezes maior do que a do Brasil.

Com nova alta de casos, a Covid matou 619 mil brasileiros. Apesar dos ataques de Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a vacinação infantil começará nos próximos dias sem exigir receita médica.

*Com informações do Metrópoles

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Estadão ataca o PT, defende reforma trabalhista e a fila do osso

O que tem a ver reforma trabalhista com a farsa do mensalão, protagonizada por Joaquim Barbosa, e a farsa da Lava Jato, protagonizada por Sergio Moro?

A meu ver, não tem nada. O que a perda dos direitos dos trabalhadores que ajudou a detonar a economia, além do próprio mercado de trabalho tem a ver com a marmita requentada, azeda e pútrida dessas duas farsas que colocaram, em medidas diferentes, um monstro no poder que, agora, ataca as crianças brasileiras, monstro esse que mereceu “equidade” do Estadão entre um sujeito colocado no poder máximo do país por um juiz corrupto que prendeu Lula em troca de um ministério.

Nada do que traz a matéria do Estadão deste domingo tem qualquer relevância com o resultado concreto da vida dos brasileiros. Tudo não passa de um grande cozidão feito pelos mancheteiros dos slogans do neoliberalismo.

Realidade? Nenhuma. Daí a substanciosa logotipia das charadas que são, dentro da maçã, o próprio veneno burguês oferecido à população como remédio para as mazelas sociais brasileiras.

O periódico, que traz o escravagismo arraigado em suas porcas linhas, em sua maçaroca editorial não diz nada com nada, porque só tem dois objetivos, atacar o PT e por estar novamente apoiando o genocida que ocupa a cadeira da presidência e que tem por consequência a miséria que avança a passos largos por conta não só da reforma trabalhista, mas das reformas que vendiam um futuro de Alice no Brasil de conto de fadas.

Na vida real, na vida como ela é, ali na batata, não houve qualquer benefício para o povo, para o trabalhador e muito menos para o país, apenas para o 1% dos mais ricos homenageado com mais seis nomes de bilionários incluídos na revista Forbes.

Esse discurso teve como mote a fala de Lula elogiando a retomada dos direitos dos trabalhadores na Espanha.

Lógico que o Estadão, além de não apresentar qualquer avanço com a reforma, com o desemprego recorde e uma precarização generalizada do trabalho, não citou que, com o mesmo PT, com Dilma, o Brasil encerrou 2014 com a menor taxa de desemprego já registrada na nossa história. Mas não só isso, essa ocupação da força de trabalho proporcionou um aumento recorde na capacidade de compra dos trabalhadores, fortalecendo o mercado interno e fazendo o Brasil virar a 6ª maior potência econômica do planeta em que só as classes C, D e E, em 12 anos dos governos Lula e Dilma passassem a ser o 16º balcão de negócios do mundo.

O que o Estadão chama de reforma é a retirada dos direitos e garantias dos trabalhadores que, na verdade, são os grandes consumidores capazes de produzir um mercado interno robusto.

Mas essa mídia de banco, como é o caso do Estadão, não está interessada em mercado interno, em país, em povo brasileiro, ainda mais agora que a taxa de juros anuais chegou a 1000%, coisa que pode ser aferida com um simples teclado de um computador fazendo uma tomada de informação no próprio banco.

Para um jornal que traz em seu DNA a xepa do sangue dos escravocratas, tocado pelo ex-playboy decadente que não amadureceu, mas apodreceu, como é comum nos filhinhos de papai, o que gera desemprego no país, segundo o jornalão é o excesso de direitos.

Mas como o neoliberal é um mero vendedor de fantasias e nunca apresenta números concretos de suas políticas por motivos óbvios, a charanga paulistana, que representa as elites da Faria Lima e congêneres, o Brasil só vai bem se o povo estiver na fila do osso que, aliás, é a imagem mais forte do governo reformista de Bolsonaro ladeada com o genocídio por covid provocado pelo mesmo e os incêndios na Amazônia e no Pantanal sob a mesma batuta do então candidato apoiado pelo Estadão em 2018.

Mas esse editorial remoso que defende uma reforma trabalhista que apenas reduziu renda, não gerou emprego e precarizou o trabalho como boom coletivo que os línguas de trapo neoliberais prometiam na mídia, deixa claro que, diante de fatos tão visceralmente explícitos, não há argumentos cartesianos, concretos para a direita se sustentar no poder depois de dois golpes seguidos, o impeachment em Dilma e o golpe da condenação e prisão de Lula.

E diga-se passagem, para deixar bastante claro, o que a história nos mostrou é que gato escaldado tem medo de água fria, a partir de dois desastres consecutivos que arrasaram com o país e, consequentemente jogaram dezenas milhões de brasileiros na mais absoluta miséria, no governo Collor e no governo FHC.

E como o povo respondeu a isso? Exorcizando por quatro vezes consecutivas a direita brasileira nas urnas comandada pelo PSDB, hoje mais decadente que o Estadão e dando ao PT quatro vitórias consecutivas e só não emplacando a quinta por conta de um ex-juiz tucano corrupto e ladrão, assim classificado pela Suprema Corte ou teríamos o PT governando esse país e o povo brasileiro vivendo uma realidade totalmente inversa à que vive hoje.

Em síntese, o rame-rame do Estadão não citou um único avanço com a retirada dos direitos dos trabalhadores além do ganho monumental dos banqueiros, rentistas e o grande empresariado que ficaram ainda mais bilionários, enquanto pequenos e médios negócios, por atacado, entram em falência porque não há poder de consumos dos trabalhadores.

É esse Brasil de poucos que o Estadão exalta, é essa carroça do império escravocrata que o jornalão faz seu ataque ao Partido dos Trabalhadores, mostrando que, além de não ter projeto, não ter resultado nenhum para mostrar, tem que imitar Bolsonaro quando requenta a farsa da facada ao requentar as farsas do mensalão e da Lava Jato.

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Política

Presidente da Anvisa reage a críticas de Bolsonaro e quer retratação

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção, não perca tempo nem prevarique”, disse Antônio Barra Torres.

Após duras críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, cobrou, em nota divulgada neste sábado (8/1), um pedido de retratação ou a investigação caso haja indícios de corrupção, segundo o Metrópoles.

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar. Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate”, cobrou Barra Torres.

Tarados por vacinas

Na última quinta (6/1), Bolsonaro disparou contra a agência e seus diretores e servidores devido à aprovação da vacinação de crianças contra a Covid-19 e ao pedido pela suspensão dos cruzeiros marítimos no país.

“O que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse daquelas pessoas taradas por vacina? É pela sua vida, pela sua saúde?”, questionou o chefe do Executivo federal.

“Anvisa agora virou… Não vou comparar com um Poder aqui no Brasil, mas virou outro Poder. É a dona da verdade em tudo“, disse o presidente no mesmo dia, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

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