Categorias
Política

Bolsonaro leva covid pra ONU através de uma assessor contaminado que já se encontrou com 30 pessoas

Um presidente da República que, em plena viagem para os EUA, para um encontro na ONU, simplesmente chega lá sem se vacinar, a ponto de ter que entrar pela porta dos fundos do hotel, comer pizza na rua com seus lambe-botas porque não pode entrar no restaurante e, pra piorar, nem banho o porcalhão tomou, tem como resultado desse desleixo que envergonha o Brasil a notícia de que o sujeito enviado por Bolsonaro para preparar seus encontros com  outros chefes de Estado, está contaminado com covid e já teve contato com mais de 30 pessoas.

Olha o nível da comitiva do genocida que o mundo inteiro repudia, justamente pela tragédia que provocou na floresta amazônica para beneficiar grileiros, madeireiros, garimpeiros e outros bandidos da milícia florestal, além do crime contra a humanidade por conta de corrupção durante a pandemia que já levou a óbito 600 mil brasileiros, número que muitos especialistas afirmam estar subnotificado.

Imagina uma coisa dessa, um sujeito da diplomacia brasileira chegar na ONU e, como cartão de visitas, estar infectado pela covid e se encontrar com mais de 30 pessoas.

Isso é uma tragédia para a imagem do Brasil que hoje se encontra aos cacos, do ponto de vista econômico e sanitário.

As notícias dão conta, por fontes diplomáticas, que em função da descoberta a contaminação do diplomata brasileiro, ele ficará isolado no quarto do hotel, enquanto Bolsonaro, por outro lado, faz questão de afirmar que não se vacinou.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Ex-diretor da OAS confirma: delação de Leo Pinheiro contra Lula foi armação da Lava Jato

Augusto Cesar Uzeda, ex-diretor da empreiteira OAS, negou por escrito, em documento com 17 tópicos, que jamais presenciou pedido de Lula sobre suposta vantagem para sugerir o aumento da participação do Brasil no Banco Centro-americano de Integração Econômica, durante um evento da OAS realizado em 2001 na Costa Rica.

Segundo Uzeda, todas as agendas em que esteve com Lula foi em local público com centenas de pessoas, e disse desconhecer qualquer vantagem indevida solicitada por pessoas mencionadas nesse inquérito, tampouco de quaisquer autoridades locais que pudessem ter beneficiado ilegalmente a construtora.

Na delação armada pela Lava Jato a mando de Moro que, na verdade, era o dono da grife policial vendida em série para a Globo, Leo Pinheiro havia narrado uma suposta reunião na suíte aonde Lula estaria hospedado que contou com a presença dele e de Uzeda.

No entanto, desmascarando toda a farsa da Lava Jato, em carta de próprio punho, apresentada pela defesa de Lula, Leo Pinheiro negou a sua própria delação combinada com a Força-tarefa.

Isso significa dizer que o judiciário brasileiro não tem como fugir de uma punição exemplar a Sergio Moro e todos os asseclas que participaram dessa farsa que, além de manter Lula, um inocente preso por mais 500 dias na cadeia, ainda colocou no poder, através de uma negociata entre ele, Guedes e Bolsonaro, esse genocida que é responsável pela morte de 600 mil brasileiros e que, portanto, ampliou significativamente o esquema de corrupção do seu clã a partir das pastas do seu ministério, sobretudo a do Meio Ambiente e a da Saúde.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vídeo: Bolsonaro chega a Nova York, sem máscara, entra no hotel pelos fundos e é alvo de protestos

O presidente Jair Bolsonaro teve que entrar no hotel InterContinental New York Barclay pela porta dos fundos neste domingo (19). O mandatário ficará hospedado no local para a Assembleia Geral da ONU, que acontece na terça-feira (21).

Manifestantes se concentravam na porta do hotel com faixas e cartazes contra o presidente. Segundo informações do jornalista Pedro Moreira, de O Globo, as faixas diziam “Stop Bolsonaro”, “You are not welcome here”, “Fora Bolsonaro, fora militares” e “Brasil, terra indígena”.

Quando foi abrir a Assembleia Geral da ONU de 2019, o presidente entrou pela frente no hotel e encontrou alguns apoiadores fazendo frente aos manifestantes que estavam no local. Dessa vez, só haviam críticos, em sua maioria brasileiros. Com isso, ele decidiu ir pelos fundos, conforme aponta a jornalista Beatriz Bulla, do Estadão.

O desembarque do presidente em Nova York e a própria participação no evento da ONU estão cercados de polêmicas. Bolsonaro não se vacinou contra a Covid-19, o que limita sua circulação pela cidade.

*Com informações da Forum

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Sobre o “acordo” com Bolsonaro, Moraes diz: Aguardem o desenrolar dos inquéritos

Apoiadores do presidente têm dito que houve negociação após conversa com ministro do STF, mas interlocutores do magistrado garantem o oposto.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, quando questionado sobre o suposto acordo com Jair Bolsonaro após o 7 de Setembro, tem pedido a interlocutores que aguardem o desenrolar das apurações de sua relatoria que miram o presidente e seus apoiadores.

Segundo Painel da Folha esta sexta-feira (17), o ex-presidente Michel Temer, responsável pela ponte entre Bolsonaro e Moraes, disse que o ministro do STF não recuou “um milímetro” na conversa que manteve com o presidente.

Apoiadores de Bolsonaro, como o caminhoneiro Marcos Gomes, conhecido como Zé Trovão, e o jornalista Oswaldo Eustáquio, os dois foragidos no México, têm dito que os inquéritos sob relatoria de Moraes serão arquivados como parte de um suposto acordo que resultou na paralisação momentânea dos ataques do presidente contra o ministro.

Na sexta (17), um texto publicado no site Diário Popular, assinado pela esposa de Eustáquio, Sandra Terena, afirmava que a Procuradoria-Geral da República teria solicitado o arquivamento do inquérito das fake news e das milícias digitais – ambos miram bolsonaristas. A informação foi negada pela PGR

Na Polícia Federal, onde tramitam as investigações, a expectativa é sobre qual será o impacto da conversa do presidente com Moraes nas investigações em andamento no STF e no Tribunal Superior Eleitoral.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Terceira via não existe, o que existe é uma xepa do bolsonarismo tão podre quanto Bolsonaro

A essa altura dos fatos, não venham cotizar a direita com essa geografia marota.

Bolsodória foi o principal slogan do Dória para deixar bem claro que era tão canalha quanto e pensava exatamente igual ao genocida em exaltação à ditadura, torturadores, criminosos que serviram ao regime de exceção. Tanto que, mesmo negando,no programa Roda Viva, Dória repetiu, com outras palavras, o bordão que os bolsonaristas assumiram como mantra, “bandido bom é bandido morto”.

Mesmo sendo este o slogan de sucesso da campanha eleitoral utilizada por José Guilherme Godinho, o Sivuca, para deputado estadual do Rio de Janeiro, Bolsonaro é a própria personificação desse slogan que Dória reproduziu. Isso, sem falar da disputa nefasta com Guedes para saber quem é mais liberal e privatista. Não dá para saber aonde começa um e termina o outro, pois são literalmente sacos de estrume da mesma farinha.

Mandetta, um dos mais entusiasmados deputados golpistas que, com um sorriso largo, ergueu o cartaz escrito “Tchau Querida”, é o mesmo que vivia aparecendo com o colete do SUS em suas coletivas quando ministro da Saúde, mas que, em nome dos interesses da indústria privada da saúde, lutou, como o anão moral que é, pelo fim do Sistema Único de Saúde.

Não foi sem motivos que ele virou ministro da Saúde de Bolsonaro. Ninguém é parceiro de um genocida por acidente.

Lógico que aqui não se vai perder tempo com um calhorda, cretino chamado Sergio Moro, o super ministro de Bolsonaro que trocou as pastas da Justiça e Segurança Pública e a eleição de Bolsonaro pela cabeça de Lula, num acordo amarrado por Paulo Guedes bem antes da eleição.

O resto da história, todos já sabem através da Vaza Jato e do próprio STF que o classificou como “juiz parcial”, que significa, juiz vigarista, safado, corrupto e ladrão.

Tudo isso para terminar melancolicamente demitido, mesmo depois de ter bancado o babá do clã Bolsonaro.

Ciro Gomes, não tem graça comentar. Ele se transformou numa caricatura burlesca do próprio Bolsonaro com seus ataques baixos a Lula e Dilma, reproduzindo os bordões que mais agradam os bolsonaristas, mostrando que tipo de bisca o sujeito virou com o seu piriri, pororó.

De resto, se juntar Simone Tebet, Eduardo Leite e Amoedo, não dá fubá para fazer um mingau ralo.

Trocando em miúdos, essa gente toda é apenas uma xepa podre engolível do próprio genocida a quem, agora, dizem ser contra. Basta olhar para os tais movimentos que querem rebocar essas malas, para concluir que, diante da população, estão com os quatro pneus arriados, sucateados. Daí aquele traque seco que deram na Paulista no último dia 12.

Não é por acaso que essa turma toda tem apoio da mídia golpista.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

A furiosa e disfarçada guerra pela Água no Brasil

Milhares de municípios, abastecidos por empresas públicas, serão forçados a considerar propostas de privatização. Maiores mananciais do mundo são cobiçados por corporações como Coca-Cola e Nestlé. Congresso entrega – e mídia se cala.

O país atravessa uma crise hídrica que afeta diretamente o nível dos reservatórios dos subsistemas elétricos. De acordo com o último boletim divulgado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), divulgado em 10/09/21, os reservatórios das Usinas Hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste estão operando com apenas 22,7% de sua capacidade de armazenamento. Esses reservatórios, que são responsáveis por cerca de 70% da geração hídrica do país, apresentam os níveis mais baixos dos últimos 91 anos. Os especialistas mencionam redução do nível dos reservatórios que pode chegar à 10%, o que seria muito grave, já que o sistema elétrico brasileiro nunca operou abaixo de 15%.

Devido à sua indiscutível essencialidade a água está sempre no centro da luta entre as classes na sociedade, aqui e no mundo todo. O fato do Brasil deter os maiores mananciais do mundo não nos livra de uma guerra pelo uso da água, ao contrário. Em junho do ano passado (24/6/20), o Senado Federal aprovou a lei 4.162/2019, que trata da privatização do setor de saneamento no Brasil. Segundo essa lei, a partir de março de 2022, todos os contratos de prestação de serviços de saneamento (o que inclui distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto e resíduos) existentes entre os municípios brasileiros e as estatais de saneamento, em sua maioria, poderão ser revisados e reavaliados. Ao invés de continuarem a existir os contratos de programa, será obrigatório a realização de editais de licitação entre empresas públicas e privadas, o que poderá significar, a partir do ano que vem, a privatização da maioria dos serviços de saneamento no país.

Como funciona o sistema de fornecimento de água nas cidades, atualmente? As cidades firmam acordos direto com empresas estaduais de água e esgoto pelo chamado contrato de programa, que contêm regras de prestação e tarifação, mas permitem que as estatais assumam os serviços sem concorrência. O novo marco extingue esse modelo, transformando-o em contratos de concessão com a empresa privada que vier a assumir o serviço, e torna obrigatória a abertura de licitação envolvendo empresas públicas e privadas. Cerca de 71% dos Municípios brasileiros possuem contratos de programa com os respectivos Estados da Federação em relação a tratamento e abastecimento de água, enquanto apenas 2% fizeram licitações para concessões plenas e 27% fornecem esses serviços de forma autônoma. Ou seja, há um enorme espaço para empresas privadas ganharem dinheiro.

O novo marco legal unifica a direita “civilizada” e a extrema direita que está no governo federal. Ele transforma serviços que devem ser considerados direitos humanos básicos e universais – como o acesso à água potável, a destinação correta de resíduos e o tratamento de esgoto de modo a preservar o meio ambiente – em passivos que devam gerar lucros e dividendos. As empresas privadas apenas terão interesse em atuar em regiões lucrativas, deixando regiões não rentáveis de fora da cobertura. O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE), autor do Projeto de Lei 4.162/2019, é direta e financeiramente interessado na privatização dos serviços de água e saneamento no Brasil. É a legítima raposa cuidando do galinheiro. Ele é um dos sócios do Grupo Jereissati, que comanda a Calila Participações, única acionista brasileira da Solar. Esta última empresa é uma das 20 maiores fabricantes de Coca-Cola do mundo e emprega 12 mil trabalhadores, em 13 fábricas e 36 centros de distribuição.

Água é a matéria-prima mais cara para a produção de bebidas em geral. Para cada litro de bebida produzido, por exemplo, a Ambev declara usar 2,94 litros de água. Não existe nenhuma transparência nas informações divulgadas, mas ao que se sabe, as empresas de alimentos e bebidas contam com uma condição privilegiada no fornecimento de água e esgoto. Obtendo, por exemplo, descontos. Mas foram essas mesmas empresas que estiveram à frente da aprovação do novo marco regulatório, possivelmente porque avaliam que, com o setor privatizado, pagarão ainda menos pelos serviços.

O Brasil foi abençoado com as maiores reservas de água do mundo. Os principais aquíferos do país são: Guarani, Alter do Chão – os maiores do mundo –, Cabeças, Urucuia-Areado e Furnas. No começo de 2018, o golpista Michel Temer encontrou-se com o então diretor presidente da Nestlé, Paul Bulcke, para uma conversa “reservada”. Não é preciso ser muito sagaz para concluir que o tema da conversa foi um pouco além de amenidades. Alguns meses depois, o governo Temer enviou ao Congresso uma Medida Provisória 844, que forçava os municípios a concederem os serviços, medida que não foi aprovada. No último dia de mandato Temer editou a MP 868, que tratava basicamente do mesmo assunto. Esta MP perdeu validade, mas o PL 4.162/19, aprovado no senado no ano passado, basicamente retomou o que constava daquelas medidas provisórias.

A pressão para privatização da água é muito forte, conta com organizações financiadas pelos grandes grupos interessados, especialmente do setor de alimentos e bebidas, e conta com cobertura do Banco Mundial. Sabe-se que a Coca-Cola disputa água no mundo todo e certamente não o faz por razões humanitárias. Tem vários casos envolvendo a Coca-Cola no mundo. Há relatos de que no México, regiões inteiras ficam sob “estresse hídrico” por causa de fábricas da empresa, que inclusive contam com água subsidiada. Existem cidades no México, nos quais os bairros mais pobres dispõem de água corrente apenas em alguns momentos, em determinados dias da semana, obrigando muitas vezes a população a comprar água extra. O resultado é que, em determinados bairros, os moradores tomam Coca-Cola, ao invés de água, por ser aquela mais fácil de conseguir, além do preço ser praticamente o mesmo. Há moradores destes locais que consomem 2 litros de refrigerante por dia, com consequências graves e inevitáveis sobre a saúde pública.

Sobre o projeto de privatização das fontes de água no Brasil quase não se ouve posições contrárias (como acontece com tudo que é importante). Estas são devidamente abafadas pelo monopólio da mídia comercial (uma das mais entreguistas do mundo). Exceto nos sites especializados e independentes. É que na área atuam interesses muito poderosos, com grande influência no Congresso Nacional, nos Governos, nas associações de classes, empresariado, universidades.

Os encontros realizados para discutir o assunto são patrocinados por gigantes, verdadeiros monopólios em seu setor, como Ambev, Coca-Cola, Nestlé, que têm interesses completamente antagônicos aos da maioria da sociedade. Essas empresas investem uma parcela de seus lucros com propaganda, vinculando suas imagens a temas como sustentabilidade ambiental e iniciativas sociais, de acesso à água, e outras imposturas. Apesar de tudo isso ser jogo de cena para salvar suas peles e exuberantes lucros, enganam muitos incautos.

O fato de que, no país que detém 12% de todas as reservas de água doce do mundo (a maior reserva entre todos os países), uma parcela significativa da população não tenha acesso regular à água potável e barata, já revela o tamanho do problema.

*José Álvaro de Lima Cardoso – Economista, doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina, supervisor técnico do escritório regional do DIEESE em Santa Catarina

*Originalmente publicado em Outras Palavras

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Renan Calheiros finaliza relatório da CPI e pedirá o indiciamento de Bolsonaro

Outros pontos constarão do documento, como práticas de crimes de responsabilidade.

Segundo o relator, Renan Calheiros, o relatório final será entregue na próxima quinta-feira e indiciará o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação, ao não levar aos órgãos de investigação a denúncia sobre irregularidades na negociação para a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. Com a incumbência de sistematizar a conclusão dos trabalhos, o senador já determinou outros pontos que constarão no documento, como práticas enquadradas em crime de responsabilidade.

Assim que for entregue, o parecer será votado pelos demais integrantes da comissão. O relatório contém as principais denúncias apuradas pelo colegiado e, ao fim, indicará que Bolsonaro optou por negar a gravidade da pandemia, sendo conivente com práticas condenadas pela comunidade científica. A negligência com o uso da máscara e a pregação em favor do uso de medicamento cuja eficácia no combate ao coronavírus jamais foi comprovada são pontos que sustentam essa argumentação, entre outros temas.

Gabinete paralelo (profissionais que assessoravam informalmente o presidente sobre temas ligados à Covid-19), imunidade de rebanho (tese de que uma grande parcela de população precisa ser contaminada para a pandemia chegar ao fim), bloqueio às vacinas e prevaricação (omissão diante de indícios de ilegalidades). Essas coisas todas estarão contidas no relatório — afirmou Renan, na última sexta-feira.

Renan listará práticas que se enquadram em crimes de responsabilidade, contra a vida, contra a saúde pública, além de advocacia administrativa. A estrutura das acusações contidas no texto deve seguir a recomendação de juristas ouvidos semana passada pela comissão, sobretudo as do grupo liderado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior.

Com relação ao enquadramento do presidente da República em crime de responsabilidade, a essa altura, não há mais nenhuma discussão. Existem muitas certezas.

Mesmo após a entrega do relatório, a CPI ainda deve prosseguir por pelo menos mais uma semana. O prazo final é 5 de novembro. O mais provável, porém, é que o trabalho se encerre em outubro. Até lá, o colegiado pode seguir colhendo depoimentos e aprofundando investigações. A cúpula da comissão ainda planeja avançar no caso da Covaxin, por exemplo, e tentar encontrar rastros de participação de assessores do Planalto em transações suspeitas para a compra da vacina.

*Com informações de O Globo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Carlos e Eduardo querem internacionalizar disparos nas redes para 2022

Atuando nos bastidores da comunicação da atual gestão, por meio do chamado “gabinete do ódio”, o filho “02” do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, já tenta retomar o modelo de fabricação e disparo de fake news nas redes sociais, utilizado na eleição de 2018, que ajudou a eleger o pai.

Segundo uma fonte interna do Ministério das Comunicações, Carlos tenta “estancar a sangria” das redes sociais bolsonaristas, que sofrem com a queda de engajamento desde o fim do ano passado.

A presença de Carlos no Palácio do Planalto na semana passada, em dia de expediente na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi confirmada pelo UOL. Na sede do Poder Executivo nacional ele teria contado a estratégia ao pai.

A perda de alcance, porém, se agravou com a “Declaração à Nação”, carta assinada pelo presidente depois do Dia da Independência e que selou uma paz momentânea entre os Poderes.

Um plano, porém, foi traçado para “driblar” a atuação do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que têm procurado combater a disseminação de notícias falsas, inclusive com a abertura de inquéritos de ofício.

Desta vez, o “02” se aliou ao irmão “03”, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), já que Carlos planeja manter a produção do conteúdo no Brasil, mas tenta contratar uma empresa internacional para promover os chamados “disparos”, principalmente nos aplicativos de conversas.

A conexão fora do país estaria sendo feita por Eduardo Bolsonaro que, enquanto presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, estreitou relação com o chamado trumpismo, em especial com o marqueteiro norte-americano Steve Bannon. No mês passado, ambos se encontraram.

Steve Bannon, que se utiliza de técnicas semelhantes nas redes, estaria auxiliando a família Bolsonaro na busca pelo serviço de disparos artificiais.

Ao terceirizar o serviço de disparo, se utilizando de uma empresa no exterior, Carlos dificultaria o controle de órgãos do Estado contra os chamados “avatares”, ou robôs difusores de notícias falsas ou retiradas de contexto e tempo.

Desta forma, a produção dos “farms” (fazenda, em inglês) —que é a reunião de três ou mais avatares, mas, neste caso, seriam milhares— contaria com o uso de VPNs (Virtual Private Network – ou redes privadas virtuais) para tentar mascarar os chamados IPs (o registro dos avatares).

O uso de VPNs passaria a impressão de que o IP estaria sendo usado no Brasil, mas na verdade seria controlado fora do país, o que impede o efetivo controle dos órgãos de fiscalização.

Assim, a restrição do abuso no uso de robôs ficaria sob responsabilidade das empresas privadas detentoras das redes sociais, como Facebook e WhatsApp, entre outras.

Essas empresas possuem algoritmos que identificam a inatividade de perfis falsos, o chamado CIB (Coordinated Inauthentic Behavior, ou, no português, Comportamento Inautêntico Coordenado), mas que nem sempre funcionam com tanta rapidez.

Segundo o advogado Renato Ribeiro de Almeida, doutor em direito pela USP (Universidade de São Paulo), a veiculação de conteúdos fora do território nacional “pode configurar tentativas de driblar o controle e a fiscalização exercida pela Justiça Eleitoral”.

“É fundamental que todos os candidatos realizem suas campanhas utilizando provedores e domínios nacionais, sem nenhum tipo de subterfúgio”, afirmou o jurista.

*Com informações do Uol

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Vídeo: Governo frauda Lei de Acesso à Informação para conter ‘risco político’

Servidores do Planalto têm orientado ministérios a fazer ponderação e omitir informações nas respostas solicitadas por meio da norma criada há dez anos.

Criada há dez anos para garantir o amplo conhecimento de dados públicos pela população, a Lei de Acesso à Informação (LAI) brasileira ganhou destaque como modelo de transparência internacional. Documentos obtidos pelo Estadão mostram, entretanto, que a norma é descumprida pelo governo Bolsonaro. Servidores do Palácio do Planalto têm orientado ministérios a avaliar o “risco político” e omitir informações nas respostas aos pedidos solicitados por meio da lei.

No dia 15 de junho, Danillo Assis da Silva Lima, assessor da Secretaria de Governo, editou uma resposta do Ministério da Saúde a um pedido da reportagem em que deixou explícita a preocupação com a entrega de informações requisitadas. “Acho que não seria o caso de exemplificar, pois se informar um ofício deverá informar todos (avaliar se os ofícios oferecem algum risco político)”, escreveu Danillo, lotado no Departamento de Coordenação Técnica da Secretaria-Executiva. Os parênteses fazem parte do comentário de revisão do funcionário, que acabou deixada aparentemente por descuido na resposta à LAI.

Depois de Danillo, a resposta passou pelo crivo do superior hierárquico, o então secretário-executivo adjunto da Secretaria de Governo, Henrique Marques Vieira Pinto. Ele, por sua vez, orientou que o nome do deputado Domingos Neto (PSD-CE), relator do Orçamento, fosse apagado e que o texto dissesse apenas que o parlamentar enviou “sugestões de atendimento” de repasse de verbas, no lugar de “indicações”.

A Lei de Acesso à Informação não admite critério político para concessão de informações nem filtros relacionados a conveniências de governos. O artigo 32 da LAI define como “condutas ilícitas” do agente público se recusar a fornecer informação requerida, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa, bem como “ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo”.

O objetivo do pedido de informações do Estadão era saber quais deputados e senadores solicitaram e obtiveram no Ministério da Saúde repasses com emendas do relator-geral, o chamado esquema do orçamento secreto criado pelo governo Bolsonaro para obter apoio político. O caso não se encaixa em hipótese de sigilo.

Após a intervenção da Secretaria de Governo, contudo, o Ministério da Saúde deixou de fornecer documentos que detinha. A resposta final da pasta só citou a existência de três ofícios relacionados ao pedido, dando a entender que a pasta não tinha mais informações. O Estadão, no entanto, obteve posteriormente a comprovação de que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) recebeu mais de uma dúzia de ofícios redigidos por deputados e senadores pedindo a aplicação dessas emendas – e, portanto, omitiu na resposta do pedido da LAI.

Esses documentos foram repassados pelo governo ao Tribunal de Contas da União, após solicitação do ministro Walton Alencar Rodrigues, relator da análise das contas da Presidência da República no exercício de 2020. O Estadão teve acesso a parte do material. Os documentos encaminhados ao TCU revelam pedidos de repasse de R$ 50 milhões do senador Marcelo Castro (MDB-PI) e de R$ 25 milhões do senador Roberto Rocha (PSDB-MA). Já o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) indicou “recurso extra de R$ 2,5 milhões” para a prefeitura de Bonito-PE. Por sua vez, o deputado Coronel Chrisóstomo (PSL-RO) indicou R$ 4 milhões para Guarajá-Mirim-RO.

Além desses, o governo não deu publicidade via LAI a um ofício do relator-geral do Orçamento de 2020, Domingos Neto, enviado em 18 de dezembro de 2020 ao então ministro-chefe da Secretaria de Governo, o general da reserva Luiz Eduardo Ramos, com o assunto “RP9”. No arquivo, o deputado indica aplicação de R$ 205 milhões pela Funasa em variadas ações em diversos municípios. Ramos negou ter qualquer participação na distribuição de recursos das emendas de relator-geral. A entrega do ofício via LAI o desmentiria.
“Batom da cueca”

“É a primeira vez que temos uma comprovação de uma ação para manipular informações”, afirmou Greg Michener, professor da FGV-EBAPE e Fundador do Programa de Transparência Pública da FGV. “A gente já sabia que o governo não tinha uma boa disposição à Lei de Acesso à Informação. O que acontece é que sempre as tentativas de enfraquecer a lei de acesso à informação pública foram por regulamentos, decretos”, disse. “Agora, a gente vê uma comprovação de que essas tentativas são acompanhadas de uma estratégia de fato, quando se está agindo em descumprimento da lei. As provas são robustas.”

*Estadão

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

‘Gabinete paralelo’ tinha ligação com Prevent Senior, diz documento

Dossiê em posse da CPI da Covid aponta que conselheiros informais de Bolsonaro atuaram em parceria com operadora acusada de ocultar mortes.

Além das denúncias sobre a ocultação de mortes ocorridas durante testes com pacientes, um documento subscrito por 15 médicos que afirmam ter trabalhado na operadora de saúde Prevent Senior sustenta que o chamado “gabinete paralelo” do Palácio do Planalto não só tinha conhecimento, como acompanhava de perto das práticas ilegais da empresa.

Assim foi batizado um grupo de especialistas que assessoravam informalmente o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia, muitas vezes contrariando orientações do Ministério da Saúde.

De acordo com o dossiê elaborado pelos médicos, que está em posse da CPI da Covid, a diretoria da operadora “fez um pacto com o gabinete paralelo” para livrar a Prevent de ataques. A empresa foi criticada publicamente pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta em março do ano passado, depois que foi registrado um grande número de mortes num hospital administrado pela Prevent em São Paulo.

Em nota, a operadora repudiou as denúncias e negou as afirmações contidas no dossiê apresentado por uma advogada que representa o grupo de médicos.

Ainda segundo o documento, revelado pela GloboNews e a que GLOBO também teve acesso, uma das principais integrantes do gabinete paralelo, a oncologista Nise Yamaguche, comparecia à sede da operadora para “alinhar os tratamentos precoces” e chegou a assessorar pacientes internados considerados “especiais pelo governo”. Nise chegou a ser cotada para assumir o Ministério da Saúde durante o atual governo.

A empresa voltou aos holofotes na quinta-feira, quando a Globonews revelou a ocultação de mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado pela Prevent Senior para testar a eficácia da hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento Covid-19.

A pesquisa chegou a ser divulgada por Jair Bolsonaro, que defende o uso dos remédios, que não têm eficiência cientificamente comprovada no combate ao coronavírus.

O dossiê entregue aos senadores mostra uma mensagem em um aplicativo de bate-papo (por onde todas as instruções eram repassadas aos médicos) na qual o diretor da Prevent Sênior Fernando Oikawa anunciou, em 25 de março de 2020, um protocolo e pediu para que os pacientes não fossem avisados.

“Iremos iniciar o protocolo de hidroxicloroquina + azitromicina. Por favor, não informar o paciente ou familiar sobre a medicação nem sobre o programa”, afirmou Oikawa em mensagem que consta do material analisado pelo GLOBO.

Investigação da ANS

Depois das denúncias virem à tona, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu uma investigação para apurar o caso. Na sexta-feira, realizou as primeiras diligências. Técnicos do órgão fizeram uma inspeção nas unidades da operadora. O objetivo é verificar se houve cerceamento de liberdade dos prestadores de serviços de saúde, entre eles médicos, da rede de atendimento durante a pandemia.

“A ANS aguarda retorno aos ofícios expedidos para prestadores que atuam na rede da Prevent Senior; e ressalta que solicitou formalmente à presidência da CPI da Covid informações que possam colaborar para as apurações por parte da reguladora”, informou a agência em nota à imprensa.

*Com informações de O Globo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição