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Orçamento de 2021 favorece programas ligados ao bolsonarismo

Segurança, fortalecimento da família e obras ganharam mais; políticas externa e ambiental perderam.

Apesar de não ter recursos suficientes para despesas obrigatórias e prestação de serviços públicos até o final do ano, o Orçamento de 2021, aprovado pelo Congresso, favoreceu programas ligados ao bolsonarismo, que ganharam mais verba.

Áreas como segurança pública, proteção à vida e fortalecimento da família, defesa nacional e desenvolvimento regional, que cuida de obras, ampliaram o espaço no Orçamento após acordos partidários no Congresso, que também envolveram a ala política do governo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abraçou projetos regionais de infraestrutura numa estratégia que visa a reeleição em 2022. São obras de portes distintos, como irrigação, saneamento, casas populares. São temas que geram ganhos políticos também ao presidente.

A relação dele com essa área mudou principalmente a partir do segundo ano de mandato, quando Rogério Marinho, ex-deputado e que se aproximou de Bolsonaro, foi transferido da secretaria que cuidou da reforma da Previdência no Ministério da Economia para comandar a pasta de Desenvolvimento Regional.

Para 2021, o Orçamento aprovado retirou dinheiro de despesas obrigatórias, inclusive de aposentadorias e demais benefícios previdenciários, para inflar a verba para emendas parlamentares, destinadas principalmente para obras de infraestrutura.

Também foram cortados os recursos para programas antagônicos ao bolsonarismo. É o caso das áreas de política externa, transparência, agricultura sustentável e ações ligadas a mudanças climáticas.

Quando o governo envia a proposta de Orçamento ao Congresso, o que acontece anualmente em agosto, os parlamentares analisam o que pode ser alterado e como podem usar suas emendas —forma que eles têm de destinar mais dinheiro para projetos que consideram prioritários.

Geralmente as mudanças são para acrescentar mais gastos. Por exemplo, a previsão de despesas para 2021 subiu mais de R$ 20 bilhões entre a versão inicial (de agosto do ano passado) e a aprovada em março.

O esperado, portanto, é que a verba aumente ou, pelo menos, seja preservada durante o processo de negociação política no Congresso. Cortes são feitos, por exemplo, para abrir espaço para outros programas.

Entre as áreas mais afetadas pela tesourada também estão projetos de conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais, além de inserção econômica internacional, que visa ampliar as parcerias comerciais do Brasil.

Como exemplo mais específico há a verba para relações e negociações bilaterais e multilaterais, que seria de R$ 450 milhões de acordo com a versão original do Orçamento, mas ficou com R$ 430 milhões. No ano passado, foram mais de R$ 750 milhões. O Itamaraty foi uma das pastas que perdeu recursos nas negociações em torno do Orçamento de 2021.

Foram meses de discussões sobre o projeto no Congresso. Por isso, as alterações foram motivadas por interesses de vários parlamentares e de diferentes campos políticos, inclusive opositores de Bolsonaro que queriam obras em suas bases eleitorais.

No entanto, o personagem com maior poder era o relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC), aliado do presidente e que, até a votação do Orçamento, tinha relação muito próxima com a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia).

O principal movimento de Bittar foi priorizar a área de desenvolvimento regional. Ele é próximo de Marinho, desafeto de Guedes. Os recursos desse segmento subiram de R$ 1,7 bilhão para quase R$ 13 bilhões na comparação entre o Orçamento original e o aprovado.

No caso do setor de segurança pública, que teve alta de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,5 bilhões, as emendas de aumento de verba partiram principalmente da chamada “bancada da bala”, que reúne representantes de corporações alinhadas ao Palácio do Planalto, como policiais.

Isso também vale para os programas de defesa nacional. Os militares, que receberão reajuste salarial em 2021 apesar do Orçamento apertado, receberam mais dinheiro para investimentos.

Dentro da alçada da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), os projetos englobados na rubrica de fortalecimento da família apresentaram forte expansão. Eram previstos R$ 2,8 milhões, na versão apresentada em agosto do ano passado. Esse valor mais que dobrou, e foi para R$ 6,7 milhões. Também ganharam mais dinheiro os programas listados como de proteção do direito à vida e defesa de direitos para todos.

Há casos em outros ministérios. Na pasta da Cidadania, o orçamento para infraestrutura esportiva de alto rendimento caiu de R$ 16,3 milhões para R$ 9,8 milhões em relação ao proposto originalmente em agosto e a versão aprovada.

No entanto, o dinheiro para projetos de redução de demanda de drogas, que fazem parte das ações do Ministério da Cidadania, saiu de R$ 32,3 milhões para R$ 186,7 milhões.

Procurados, os ministérios que tiveram o orçamento de programas alterados não quiseram se manifestar ou, no caso de forte queda orçamentária, responderam que ainda estão analisando os números finais para calcular o impacto da tesourada.

Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar a proposta orçamentária e tenta resolver um impasse jurídico sobre a proposta.

Diante de uma reserva insuficiente de recursos para pagar despesas obrigatórias, como aposentadorias e pensões, o presidente tem receio de transformar em lei um Orçamento considerado inviável, inclusive pela equipe de Guedes, e assim correr risco de impeachment.

Por isso, ele quer vetar trechos do projeto de Orçamento, como parte da verba para obras —turbinada com o aval de alguns de seus ministros.

*Thiago Rezende/Folha

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Ministros do STF cobram decisão do plenário sobre abertura de igrejas e templos

A decisão do ministro Nunes Marques de liberar o funcionamento de missas e cultos, em decisão individual, gerou cobrança de outros ministros.

A decisão do ministro Nunes Marques de liberar o funcionamento de missas e cultos, em decisão individual, gerou cobrança de outros ministros para que o tema seja levado a plenário. Ministros ouvidos pela CNN afirmaram que a decisão foi na contramão do entendimento firmado pela corte de que prefeitos e governadores podem determinar medidas restritivas durante a pandemia.

Decano da corte, o ministro Marco Aurélio, afirmou que a justiça não pode definir o que abre e fecha. “Isso foge ao Judiciário. É uma questão de administração pública no âmbito do Poder Executivo, as providências tem que ser do Executivo. Nós não temos expertise na matéria. Como vamos nos pronunciar sobre ‘pode abrir isso’, ‘não pode abrir aquilo’. Isso gera uma insegurança muito grande”, disse. Para o ministro, decisões monocráticas caberiam somente se o caso fosse urgente. “Vivendo e desaprendendo”, concluiu em declaração à CNN.

Outros dois ministros, reservadamente, avaliaram que a decisão de Nunes Marques gera confusão e que deve ir imediatamente para o plenário.

Apesar do incômodo interno, o presidente da corte, Luiz Fux, explicou a interlocutores que não pode levar o caso para plenário agora. Falta apresentação de um parecer da Procuradoria-Geral da República antes do caso ser liberado para pauta pelo ministro relator.

Com a liminar concedida por Nunes Marques, a pedido de uma associação de juristas evangélicos, cultos e missas puderam ocorrer neste domingo de Páscoa. A decisão vale para outros dias também. Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil afirmou que iria manter a proibição por causa do coronavírus. Mas, horas depois, em Nova decisão, o ministro intimou o prefeito a cumprir a decisão permitindo a reabertura. Além disso, mobilizou a Procuradoria Geral da República contra Kalil.

*Com informações da CNN

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Lideranças das PMs tentam incitar tropa contra governadores adversários do Palácio do Planalto

Confronto visa medidas restritivas para tentar conter a pandemia, que foram adotadas por estados comandados por opositores de Jair Bolsonaro.

Lideranças policiais alinhadas ao discurso do presidente Jair Bolsonaro vêm confrontando medidas de combate à Covid-19 determinadas por governadores que fazem oposição ao governo federal. A tentativa de incitar setores das polícias contra o Executivo estadual, pano de fundo dos protestos após a morte na Bahia do soldado Wesley Santos, no último domingo, também aparece em estados como Ceará, Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo.

Segundo analistas e até membros da bancada da bala, há uma tentativa de “politizar” queixas históricas da Polícia Militar, ligadas a questões salariais e estrutura de trabalho, para conservar o apoio ao presidente. O discurso encontra mais eco nas patentes mais baixas e resiste mesmo diante de insatisfações com a PEC Emergencial, que prevê congelamento de salários.

Na Bahia, o deputado estadual Capitão Alden (PSL) liderou uma manifestação de policiais na quarta-feira que, embora negasse “partidarismo político”, conclamava os agentes a “lutar contra governos que tentam impor medidas inconstitucionais”. A fala é um ataque a ações como lockdown, toque de recolher e fechamento do comércio, atribuições conferidas a governadores e prefeitos na pandemia, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro deputado baiano, Soldado Prisco (PSC), que chegou a ser expulso da PM por participar de motins, tentou associar decretos do governador Rui Costa (PT) à morte do soldado Wesley — antes de atirar na direção de agentes do Bope e ser neutralizado, o policial gritou não querer “prender trabalhador”. O discurso foi amplificado por aliados de Bolsonaro. Mesmo sem evidências, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF), ligou a morte do PM a uma resistência a “ordens ilegais”. Criticada nas redes e por colegas, ela apagou a publicação.

Em pronunciamento, Rui Costa lamentou as “mentiras e ameaças” contra ele e outros governadores. O Ministério Público acompanha as investigações que apuram as circunstâncias do aparente surto psicótico do PM e da reação do Bope.

Além de Alden e Prisco, que se apresentaram como apoiadores de Bolsonaro na última eleição, outras lideranças alinhadas ao presidente usaram o episódio para fustigar governadores de seus estados. No Espírito Santo, o deputado Capitão Assumção (Patriota), que liderou uma paralisação da PM em 2017, alegou que o governador Renato Casagrande (PSB) também tenta “jogar a polícia contra o trabalhador” com medidas restritivas. O deputado paraibano Cabo Gilberto Silva (PSL) acusou governadores de tentarem “rasgar a Constituição”.

— O que aconteceu na Bahia não é caso isolado. Os governadores, especialmente no Nordeste, querem desgastar o presidente — disse.

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro busca coalizão anti-impeachment e diálogo com STF para estancar crise militar

Pressionado pelo centrão, presidente atua para que desgaste não prejudique a sua relação com Supremo.

Após provocar a maior crise militar desde 1977, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) iniciou operação política para minimizar o desgaste gerado por sua interferência nas Forças Armadas e diminuir fragilidades expostas nos últimos meses.

Em uma frente, aumentou o espaço do centrão no Palácio do Planalto, numa tentativa de formar uma coalizão que evite uma eventual abertura de um processo de impeachment.​

Bolsonaro promoveu, por exemplo, um reequilíbrio de forças na cúpula do governo. O grupo de mais influência sobre o mandatário já foi majoritariamente militar, mas agora tem maioria de auxiliares oriundos do Congresso.

O time palaciano já contava com o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), e o da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e agora ganha o reforço da deputada Flávia Arruda (PL-DF), nomeada ministra da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política.

Simultaneamente, o presidente escalou seu novo ministro da Defesa, o general da reserva Walter Braga Netto, para convencer o STF (Supremo Tribunal Federal) de que a demissão do antigo titular da pasta, o também general da reserva Fernando Azevedo e Silva, não significa um rompimento na interlocução com a corte.

​Com a saída de toda a cúpula fardada de uma só vez, às vésperas do aniversário do golpe de 1964, Bolsonaro alimentou o temor de que poderia usar as Forças Armadas para uma nova aventura golpista e criou um mal-estar com o STF, que tinha em Azevedo uma espécie de garantia da estabilidade democrática.

Os fatos da última semana vêm na esteira de iniciativas e declarações do presidente que indicam sinais de autoritarismo, como o uso da Lei de Segurança Nacional, um resquício da ditadura, contra críticos de seu governo.

Há ainda a referência reiterada ao termo “meu Exército” e a tentativa de um deputado aliado de aprovar projeto que ampliaria os poderes do presidente, permitindo-o decretar mobilização nacional. O episódio foi entendido como uma tentativa de a União interferir diretamente nas ações de estados e municípios.

A tese de rompimento institucional chegou enfraquecida ao fim da semana, mas obrigou o presidente a ir a público reiterar que não ultrapassará os limites impostos pela Constituição.

“Sempre falei para todos os meus ministros: onde é nosso jogo? Nosso jogo é dentro das quatro linhas da Constituição. Não vamos sair deste retângulo ou deste quadrado”, disse Bolsonaro, em sua live de quinta-feira (1º).

Apesar da negativa do presidente, houve estrago na imagem tanto do governo como dos militares, o que obrigou o Planalto a colocar em prática um plano de redução de danos.

Braga Netto foi escalado para tentar criar um novo canal de interlocução com o STF, já que seu antecessor, que antes de assumir o posto foi assessor do ministro Dias Toffoli, era tido na corte como um fiador da atual gestão.

Mais do que garantir uma interlocução razoável com o Supremo, Braga Netto tem a missão de anular a influência de Fernando Azevedo no tribunal.

Ministros do Supremo lembram que, nos momentos de tensão em que Bolsonaro ameaçava usar o Exército para resolver seus problemas políticos, era Azevedo quem procurava integrantes da corte para botar panos quentes e ressaltar que não havia chance de as Forças Armadas atuarem fora dos limites constitucionais.

Bolsonaro e o atual ministro da Defesa temem que o STF interprete que a queda de Azevedo tenha relação com a interlocução que o ex-ministro tem com os magistrados e seja um sinal de que o Executivo não se importa em ter uma boa relação com o Judiciário.

Isso porque a corte tem sido alvo de cobranças públicas de Bolsonaro, que erroneamente compara ao estado de sítio as medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores para tentar conter a disseminação do coronavírus.

A ofensiva de Braga Netto será sobretudo sobre Toffoli e o presidente da corte, Luiz Fux. A ideia do ministro de Bolsonaro é se mostrar como um novo interlocutor que seguirá a mesma linha de Azevedo.

O chefe do Executivo receia que a frustração e a insatisfação de Azevedo em decorrência da maneira como foi demitido contaminem o STF.

Os membros do tribunal já foram informados por um emissário do governo de que serão procurados por Braga Netto após a Páscoa. Preocupado com uma reação do STF, antes mesmo de anunciar a interferência nas Forças Armadas, Bolsonaro se reuniu com o ministro Gilmar Mendes.

A reunião foi promovida no Palácio da Alvorada, no dia 27 de março, e não foi incluída na agenda oficial, como mostrou o Painel. No encontro, no entanto, Bolsonaro não detalhou as mudanças que pretendia fazer nos dias seguintes.

Além da tentativa de reaproximação com o STF, o presidente tenta arrefecer no Congresso a crise gerada por ele mesmo. A comissão de Fiscalização e Controle da Câmara convocou Braga Netto a prestar esclarecimentos.

*Com informações da Folha

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Marcelo Tas é a Vera Magalhães careca

Não pensem que isso é dito aqui porque os dois apresentadores tucanos receberam de presente, do PSDB, por serviços prestados dois programas da TV Cultura que um dia foram respeitados.

O que interessa é mostrar que a estupidez que produziu o gado verde e amarelo de Bolsonaro, tem método e não se trata apenas do método olavista, mas de uma didática acoplada a figuras medíocres que, através de suas visões mesquinhas de mundo, operam numa faixa mental que não ultrapassa nunca o lugar comum.

Tanto Marcelo Tas quanto Vera Magalhães têm esse dispositivo no cérebro e, por isso jamais ultrapassam essa pobreza intelectual, característica comum em gente carente de criatividade e originalidade e, por isso mesmo, relaciona-se tão bem, diria mais, inspira gente da mesma cepa da classe média brasileira.

Poderia aqui falar daquele sofrível, porém histórico artigo de Vera Magalhães em que a moça confessou viver um dos maiores impasses da vida, escolher entre o intelectual humanista gabaritado, com uma passagem absolutamente virtuosa no Ministério da Educação de Lula, repetindo a mesma eficiência como prefeito de São Paulo, Haddad; e Bolsonaro, um velho monstro conhecido da sociedade que defende milícia, tortura, ditadura, entre outros absurdos e que, como deputado durante 28 anos, não apresentou um mísero projeto.

Hoje, esse mesmo Bolsonaro que Vera, na sua imensa estupidez, quis comparar com Haddad, assombra não só o Brasil com seu genocídio, mas o planeta.

Aqui também não se fala da crítica malandra que Tas fez a Glenn Greenwald sobre os vazamentos que detonaram a figura do herói tanto de Tas quanto de Vera, Sergio Moro. Concentra-se em apenas duas questões, a primeira é quando a jornalista diz que Lula não era player para o Roda Viva e Marcelo Tas dizendo que Lula mentiu ao afirmar que conversou com Obama sobre a crise americana.

Isso nos dá a exata medida de como o caminho a ser percorrido para trazer um mínimo de lucidez para o cidadão médio brasileiro é muito mais complexo do que se imagina, porque, além de ter lidar com a ignorância desse cidadão, temos que nos deparar com a estupidez fecunda de seus “formadores de opinião”.

E aqui não se vai bancar o ridículo de repetir tudo o que Vera Magalhães teve que ouvir depois de soltar a sua pérola contra Lula, inclusive mentindo ao afirmar que era condenado, menos ainda responder a um jeca provinciano como Marcelo Tas que, no auge de seu deslumbramento americanófilo, estava muito mais preocupado em manter uma aura sagrada sobre o presidente americano do que debater o conteúdo do que Lula disse sobre o fato a Reinaldo Azevedo.

Aqui, o ponto a que se quer chegar, é esse, para que se tenha uma anatomia mais precisa da ignorância brejeira, sobretudo do baixo burguês que sempre tem na manga um pensamento vulgar, insignificante, funesto, pífio, quando não torpe, vil, chulé e trazer com mais precisão a infeliz fotografia moca servil da mídia brasileira que fez do bolsonarista sua imagem e semelhança.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Recado do Washington Post a Bolsonaro: Um golpe não será tolerado

Washington Post faz uma descrição perfeita não só de Bolsonaro como um presidente absolutamente incompetente, como denuncia seu ímpeto golpista e tem se preparado para tentar uma aventura antidemocrática para, numa cada vez mais possível derrota pra Lula, não entregar o poder. O jornal já convoca a comunidade internacional, mas sobretudo os EUA para avisarem ao fascista tropical que um golpe na democracia brasileira não será tolerado. Com isso, Bolsonaro se isola de vez do planeta.

Editorial do jornal The Washington Post – O BRASIL ESTÁ vivendo um dos piores picos de infecções por covid-19 que o mundo já viu. Na quarta-feira, ele registrou 3.869 mortes, um recorde que representou quase um terço de todas as mortes por coronavírus no mundo naquele dia. Não há fim para a onda à vista: graças à impressionante incompetência do presidente Jair Bolsonaro e seu governo, apenas 2 por cento dos brasileiros foram totalmente vacinados e as medidas de bloqueio necessárias para retardar novas infecções, incluindo de uma variante virulenta que surgiu no Brasil, são praticamente inexistentes.

Em vez de lutar contra o coronavírus, Bolsonaro parece estar preparando as bases para outro desastre: um golpe político contra os legisladores e eleitores que poderiam removê-lo do cargo. Com alguns no Congresso ameaçando impeachment, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva emergindo como um potente adversário nas eleições do ano que vem, Bolsonaro despediu o ministro da Defesa nesta semana e os principais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica saíram juntos de suas posições.

Não foram dadas explicações, mas o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, era conhecido por seu tratamento à distância de um presidente que se referiu às Forças Armadas no mês passado como “meus militares”. O Sr. Bolsonaro escolheu seu ex-chefe de gabinete para substituir o Sr. Azevedo e Silva e nomeou um policial próximo à sua família como o novo ministro da Justiça. As medidas foram suficientes para levar seis prováveis ​​candidatos à presidência a emitir uma declaração conjunta alertando que “a democracia do Brasil está ameaçada”. “O claro plano de apoio do Bolsonaro”, escreveu o editor-chefe Brian Winter no Americas Quarterly, “é ter tantos homens armados do seu lado quanto possível no caso de um impeachment ou um resultado adverso na eleição de 2022”.

Embora as instituições democráticas do Brasil sejam relativamente fortes após mais de três décadas de consolidação, há motivos para preocupação. Bolsonaro expressou abertamente sua admiração pela ditadura militar que governou o país nas décadas de 1960 e 1970. Admirador de Donald Trump, ele adotou a tática do ex-presidente dos EUA de alertar sobre fraude nas próximas eleições e exigir que os sistemas de votação eletrônica sejam substituídos por cédulas de papel. Ele apoiou as alegações de Trump sobre fraude eleitoral, e seu filho, um legislador que visitou Washington, D.C., na véspera de 6 de janeiro, expressou consternação porque o ataque ao Capitólio não teve sucesso.

O Congresso brasileiro pode propor o impeachment de Bolsonaro por sua péssima gestão da pandemia, incluindo minimizar sua gravidade, resistir às medidas de saúde pública e promover curas charlatanescas. Mas as democracias dos Estados Unidos e da América Latina devem prestar atenção à medida que as eleições do próximo ano se aproximam – e deixar claro para Bolsonaro que uma interrupção da democracia seria intolerável. O presidente brasileiro já contribuiu muito para o agravamento da pandemia covid-19 em seu próprio país e, por meio da disseminação da variante brasileira, pelo mundo. Ele não deve ter permissão para destruir uma das maiores democracias do mundo também.

*Whashington Post

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O CQC do empresário Marcelo Tas não criou Bolsonaro, açucarou o fascista

Marcelo Tas, em sua infinita mediocridade, diria mais, no seu complexo provinciano, nunca foi capaz de assumir qualquer posição, como é comum nesse tipo de sujeito, oportunista neocon, que sempre viu no entretenimento digital, no que existe de mais jocoso, uma oportunidade para fazer dinheiro.

E é aí que entra o cinismo do moço, no CQC, fingiu não saber de quem se tratava o fascista Bolsonaro, envolvido com diversos tipos de crimes para açucará-lo e docilizá-lo para uma juventude alienada.

Se Tas não chega a ser um Olavo de Carvalho, do ponto de vista concreto, ele o é na desfaçatez e, por isso, como ser humano comum, não conseguiu segurar o tranco da bela entrevista que Lula deu a Reinaldo Azevedo e partiu para a mentira movida pelo ódio.

Desmoralizado nas redes, Tas passou a dar socos no ar, com aquele moralismo lugar comum, e seguiu tomando caixote dos internautas, lógico.

O problema de Tas é o duplo papel que exerce em que, de um lado, por uma ganância infinita, defende bordões de salão nos lugares com os quais o provinciano se deslumbra, ao mesmo tempo em que precisa parecer cult e acaba por ficar em um não lugar.

Assim, não tendo base para colocar os pés, sai caçando borboletas e tomando cascudos naquela cabeça oca para perder um pouco da arrogância e ser obrigado a repetir o mantra dos falidos tucanos, de que petista é igual a bolsonarista, coisa de sujeito chulé que não tem qualquer embasamento para um debate que não seja “profundo” como um pires.

No CQC, Marcelo Tas caramelizou esse genocida fascista que já matou 330 mil brasileiros.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ao vivo: Reinaldo Azevedo entrevista Lula. Assista

Assista:

*Da redação

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Bolsonaro gastou mais de R$ 2 milhões nas férias durante a pandemia

As férias do presidente Jair Bolsonaro em Santa Catarina e Guarujá, do dia 18 de dezembro de 2020 a 5 de janeiro deste ano, custaram aos cofres públicos R$2.452.586,11. Os dados foram levantados pelo deputado federal Elias Vaz (PSB), que divulgou os números nesta 5ª feira (1º.abr.2021).

Foram R$ 1.053.889,50 com locomoção

Mais de R$ 1 milhão no cartão corporativo

Gastos do presidente, família e convidados

Dados do deputado Elias Vaz (PSB)

Os valores foram obtidos após o congressista enviar à Secretaria-Geral da Presidência da República e ao Gabinete de Segurança Institucional requerimentos de informação. Leia a íntegra aqui (9 MB) e aqui (2 MB).

Os dados foram encaminhados ao congressista quase 3 meses depois. O ofício n° 57/2021/SE/GSI/GSI/PR, do Gabinete de Segurança Institucional, estima o custo R$ 1.053.889,50 com manutenção e combustível dos aviões. Esse tipo de gasto é computado em dólares, que somaram U$ 185 mil. A conversão foi feita pela equipe do deputado.

Estão inclusos nessa rubrica a locomoção terrestre, aquática e aérea do presidente, da sua família, de convidados e da equipe de profissionais que os acompanhou. Já o gasto com diárias da equipe de segurança ficou em R$202.538,21.

“É um tapa na cara do brasileiro. Em plena pandemia, quando o Brasil registrava quase 200 mil mortes, o presidente torrava o dinheiro do povo com passeios. Enquanto isso, falta comida no prato de milhares de cidadãos atingidos em cheio pela crise”, disse o deputado. Eis os gastos:

O ofício n° 152/2021/SG/PR/SG/PR, da Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República, informa que a despesa com cartão corporativo nas férias de Bolsonaro foi de R$1.196.158,40.

Os gastos nesse campo podem incluir desde hospedagem e alimentação até a contratação de profissionais ou empresas terceirizadas para prestação de serviços.

“Justamente em dezembro, quando o presidente cortou o auxílio emergencial alegando falta de recursos, teve um gasto milionário com férias. O valor total, mais de R$2,4 milhões, daria para pagar o benefício de R$300 para cerca de 8 mil pessoas. Mas a prioridade de Bolsonaro não é socorrer os mais atingidos pela crise”, concluiu Elias Vaz.

O deputado informou ao Poder360 que vai encaminhar os dados ao TCU. “Aparentemente, há exageros. Impossível gastar isso tudo em tão pouco tempo”, avaliou.

*Com informações do Poder360

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The Economist: Bolsonaro promove “cura charlatanesca” contra Covid-19 e ameaça o mundo

A revista The Economist bateu duro em Jair Bolsonaro, ao afirmar, no título da matéria, que “a má gestão do Covid-19 pelo Brasil ameaça o mundo”. “Jair Bolsonaro tem muito a responder”, disse o subtítulo do texto. De acordo com a publicação, “mais contagiante que o original e capaz de reinfectar pessoas que já tiveram covid-19, P.1 alarma não só o Brasil, mas o resto do mundo”. “Foi detectada em 33 países”, afirmou.

A revista disse que “Bolsonaro apregoou curas charlatanescas, protestou contra bloqueios e tentou impedir a publicação de dados”. “Ele acaba de se despedir do terceiro ministro da saúde (um general do exército) desde o início da pandemia. As vacinas não são para mim, afirmou Bolsonaro. Seu governo demorou a encomendá-los, embora fabricantes como Pfizer e Janssen os tivessem testado no Brasil”, complementou.

Segundo a reportagem, “em 23 de março, quando o número de mortos diários atingiu o recorde de 3.158, Bolsonaro foi à televisão para se gabar do progresso da vacinação no Brasil”.

“No entanto, enquanto o distanciamento social for necessário, o presidente continuará sendo uma ameaça à saúde dos brasileiros. Ele entrou com ações no Supremo Tribunal Federal contra três estados, incluindo a Bahia, que tornaram os bloqueios internos mais rígidos. Suas ações são ruins para o Brasil – e para o mundo”, disse.

*Com informações do 247

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