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Como em enredo de peça grega, Lula volta para salvar democracia

A anulação das condenações de Luiz Inácio Lula da Silva e os votos pela suspeição de Sergio Moro no STF, tal qual uma tragédia grega, reabilitam o ex-presidente e lhe conferem o papel de salvar a democracia brasileira, defende professor da USP. Discurso mostrou Lula apto a governar e ergueu um dique de contenção temporário para Bolsonaro e suas loucuras de extrema direita.

“Eu não quebro, não, porque sou macio” (Chico Buarque)

A tarde quente e nublada do sábado, 7 de abril de 2018, em que Luiz Inácio Lula da Silva, então com 72 anos, saiu preso do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, marcou um momento fatal na carreira do ex-operário convertido em presidente da República. Ninguém, nem mesmo “o cara” de Obama, passa impune por 580 dias preso sob a sombra de encardidas acusações. Ali se encerrava um ciclo.

Foi no período que se abriu, pós-prisão, que vimos emergir o atual presidente Jair Bolsonaro, ocupando o vácuo de liderança popular encarcerada em Curitiba. Eis que, passados três anos, em que o vazio de uma oposição politicamente efetiva ao ex-militar reformado vinha tornando irrespirável o ar nacional, acontece o milagre da ressurreição. Para tanto, não bastava Lula estar solto. Tinha que poder concorrer às eleições presidenciais, desde sempre a sua arma infalível para ser ouvido no Brasil.

Anos atrás, no início desta infindável crise, um amigo mencionou, a propósito de Dilma Rousseff, a peça “Filoctetes”, de Sófocles, que eu não conhecia, sobre uma vítima de ostracismo. Ao observar o que aconteceu nas 72 horas desde que Lula foi reabilitado até o fim do seu discurso “épico”, a lembrança voltou.

Sem avisar ninguém, na segunda-feira (8), com o número de mortos pela Covid-19 crescendo sem parar, Edson Fachin, o enigmático ministro do STF que apoia Moro e Lula ao mesmo tempo, arvorou-se no papel de Ulysses, não o Guimarães, mas o grego, e tirou o personagem desterrado da ilha deserta.

Talvez, com a reabilitação do lulismo, os aqueus vençam Troia, terá pensado o juiz? No caso da tragédia brasileira, goste-se ou não do passado de Lula, à esquerda ou à direita, o rol que lhe foi agora conferido é o de salvar a democracia. O regime democrático é o único meio de voltarmos a ter não a resolução de todos os problemas, coisa que, sabemos, só ocorre nos contos de fadas (e os dramaturgos neles não creem), mas um mínimo de racionalidade na condução do Estado.

Note-se que a reserva de Fachin foi tal que até Lula, escalado de uma hora para outra, foi pego de surpresa. O que lhe deu certo espaço para o indispensável aquecimento foi a entrada em cena de outro membro do STF, cuja longa costura contra a Lava Jato explica, em parte, o lance espetacular do colega que fez carreira no Paraná.

Sim, pois no dia seguinte à decisão de Fachin, quando Lula já anunciava a coletiva que foi obrigado a adiar, Gilmar Mendes, esgrimindo o julgamento da suspeição de Moro, tomou à força o centro do palco para contar, em cadeia nacional, como o ex-chefe autonomeado da Lava Jato, uma espécie de guardião da Torre de Londres —na expressão célebre de outro Sérgio (Machado)—, tramara com procuradores e policiais para incriminar e condenar Lula e, quem sabe, de passo, proclamar, ao arrepio das leis, uma República independente no Paraná.

Enfim, secundado por Ricardo Lewandowski, Mendes acabou por calçar moralmente a decisão tomada por Fachin no “take” anterior. (Se esta peça não fosse tão curta, seria interessante explorar a disputa por protagonismo entre suas excelências. Fica para outra oportunidade).

Mas, apesar do interesse provocado pela oratória de Mendes, a qual não poupou referência nem sequer à própria decisão escandalosa de impedir Lula de assumir a chefia da Casa Civil em março de 2016, Fachin roubara a cena, pois o principal estava resolvido: até segunda ordem, Lula é candidato. Talvez isso explique, em parte, o repentino acesso democrático de Fachin. Antecipando-se a Gilmar, Fachin tentou salvar Moro da suspeição.

Afinal, Kassio Nunes Marques, estreando na condição de primeiro indicado pelo bolsonarismo ao STF, pediu vista do processo, com o que adiou a provável condenação do “constable” curitibano, a qual vingaria todos os que há um lustro denunciam em vão as flagrantes ilegalidades cometidas na versão local da torre londrina.

Do ponto de vista político, o passo processual determinado por Nunes Marques é secundário. Muita água vai correr por baixo da ponte jurídica até a campanha de 2022, e ninguém pode saber ao certo o que vai ocorrer, nem mesmo se Lula será de fato candidato. O importante é que Lula voltou a ser candidato agora e, de lambuja, teve reconhecida, por Mendes e Lewandowski (mas Cármen Lúcia também pronunciou um sonoro “gravíssimo” durante a fala de Gilmar), a condição de vítima de armação macabra.

Antes de passarmos ao segundo e derradeiro episódio desta obra sumária, vale notar que Fachin preparou com cautela o “ippon” do 8 de março. Um mês antes, concedeu entrevista à Folha cheia de recados fortes, cujo alcance só agora é compreensível.

Na ocasião, Fachin criticou a “remilitarização do governo civil” promovida por Bolsonaro; alertou para “intimidações de fechamento dos demais Poderes”; lembrou o assalto ao Congresso norte-americano, ocorrido em 6 de janeiro, para dizer: “Lá não ocorreu a adesão de lideranças políticas à tentativa de golpe e não ocorreu a atuação ilegítima das Forças Armadas”.

Por fim, declarou, de modo a que não restassem dúvidas: “Como vice-presidente do TSE e como futuro presidente que vai preparar as eleições de 2022, estou extremamente preocupado com as ameaças que a democracia vem sofrendo no Brasil e com aquilo que pode resultar das eleições de 2022”.

Como o cenário geral era dos piores, as condições atmosféricas para a reentrada lulista eram ótimas. A gestão negacionista da pandemia transformou o Brasil na possível estufa mundial de variantes do coronavírus. Com mais de 2.000 mortos por dia, um recorde desde que a Covid-19 começou a se espalhar, doentes morrem à espera de vaga em UTIs, médicos são obrigados a escolher entre os que têm mais chance de sobreviver, e cadáveres são acondicionados em contêineres.

Com a demora governamental na compra de vacinas, apenas 5,8% dos cidadãos receberam a primeira dose. Nos Estados Unidos, outra nação administrada por um negacionista até 20 de janeiro passado, quase 20% da população foi vacinada. Aqui, a responsabilidade do ministro da Saúde, apelidado de general Pesadelo no Congresso, segundo um comentarista da TV, é investigada no STF.

A recusa de Bolsonaro em promover o isolamento social, tendo como bandeira a economia, também não funcionou. Enquanto a China, que optou por medidas duras de confinamento, conseguiu crescer 2,3% em 2020, o Brasil perdeu 4,1% do PIB. Em consequência, o desemprego subiu de 11,9% para 13,5%.

O quadro descrito seria suficiente para abrilhantar a “rentrée” de qualquer exilado. Bastava demonstrar alguma empatia com o povo e enumerar um programa mínimo —vacina, emprego e escola— para sair-se bem.

Mas Lula, no discurso que pronunciou na quarta-feira (10), entre o final da manhã e o almoço prolongado, fez muito mais. Além de se apresentar na pele do anti-Bolsonaro, com uso explícito de máscara, fazendo questão de pedir conselho médico antes de tirá-la para falar, e elencar os contatos internacionais para contrastar o isolamento verde-amarelo, desarmou os espíritos, falando do sofrimento pelo qual passou. Aí, Lula deu uma de Churchill, mexendo com a emoção dos que o viam, desde os escritórios da Faria Lima até os recantos desta nação sem fim.

Começou por relatar parábola verídica que, segundo a revista Época, consta de “A Autobiografia do Poeta-escravo”, de Juan Francisco Manzano, publicada em 1840, único material do tipo escrito por um latino (cubano). Depois de levar 98 chibatadas, o escravo é posto diante da alternativa de economizar as duas últimas se agradecer ao senhor. Prefere levar as que faltavam, antes que ceder aos dominantes. Mensagem: meus algozes me fizeram sofrer muito, mas não conseguiram me quebrar; mantive a dignidade.

Em seguida, consciente de que havia se mostrado inteiro, ou seja, apto para governar, o candidato afirmou o inesperado: não guardo mágoa de ninguém. Vida que segue. Reeleito, conversará, literalmente, com todos: empresários, financistas, militares, sindicalistas, sem-terra, sem-teto, jornalistas, líderes identitários. Abriu uma curiosa excepcionalidade para os donos de meios de comunicação, de quem afirmou preferir guardar alguma distância, recusando almoços privados.

As reações ao pronunciamento mostram que Lula, em linguagem futebolística, recebeu a bola de Fachin e enxergou uma avenida aberta, levando-a direto para o gol. Em questão de minutos, a mídia passou a veicular que Bolsonaro, afetado pela volta do ex-chefe de Estado, passara a usar máscara em cerimônias públicas.

Diante da possibilidade de alternância do poder em 2022, os ocupantes do Planalto perceberam que não podem fazer qualquer coisa. Ficam limitados, o que é a essência da democracia moderna. O governante de hoje estará na planície amanhã. Por isso, precisa ter medo.

Claro que, na prática, nada será tão simples quanto parecem prometer os passes vindos de cima protagonizados entre a segunda (8) e a quarta (10). No chão da realidade, o tecido sociopolítico vem sendo ocupado por grupos cada vez mais agressivos e predatórios.

A nota do Clube Militar em repúdio à volta de Lula mostra que os militares, completamente fora da política entre 2003 e 2010, entraram na arena (passe o trocadilho) para valer. Agora que a pasta saiu do tubo, quem vai colocá-la para dentro outra vez?

É evidente que Bolsonaro, tal como Trump, vai ameaçar um golpe se perder a eleição de 2022. No dia seguinte à decisão de Fachin, o presidente declarou: “Não tem problema. Gostaria de enfrentar qualquer um, se eu vier candidato, com um sistema eleitoral que pudesse ser auditado”. Em que pese a sintaxe presidencial estranha, quando Fachin deu a entrevista à Folha em fevereiro, avisou que isso iria acontecer. Com Lula na parada, Bolsonaro, se perder, vai dizer que houve fraude. Como reagirão os militares?

Fachin sabe do que fala. Em abril de 2018, seguido por Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Rosa Weber, liderou a recusa ao habeas corpus que poderia ter aberto a porta para Lula constar das urnas já naquele ano, poupando-nos, talvez, desta agoniante travessia.

Relator do caso, argumentou “ausência de ilegalidade, abusividade ou teratologia” na decisão de prender Lula, mesmo depois de o comandante do Exército ter ameaçado a corte na véspera (ou “alertado”, como preferiu reafirmar no livro “General Villas Bôas: Conversa com o Comandante”, lançado pela FGV).

*André Singer/Folha

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A mansão em que vive Pedro Barusco, o maior ladrão da Petrobras, desanca a tese de combate à corrupção de Moro

De 5 em 5 minutos, numa escandalosa campanha da Globo contra a suspeição de Moro, é repetido por um jornalista da GloboNews o que Fachin disse, que se Moro for considerado suspeito, pode anular toda a Lava Jato.

Segundo a grande mídia, a Lava Jato é um divisor de águas do combate à corrupção no país, mesmo assistindo à chegada ao poder não de um corrupto, mas de uma família de corruptos pelas mãos de Moro.

A mídia denuncia todos os casos de corrupção da família Bolsonaro, é verdade,  porém, faz questão de esquecer que quem o levou ao altar foi Moro, o chefe geral da Lava Jato.

Pior, negociou com Bolsonaro a prisão de Lula para ser super ministro e dar o pontapé inicial na sua carreira política rumo à presidência da República. Isso está mais do que cristalino.

Mas como o cinismo é o esporte favorito dos barões da mídia paratatá, não custa nada tentar afastar a figura de Moro do clã ao qual ele serviu como capanga enquanto esteve no governo.

A foto em destaque desse artigo não é da mansão de R$ 6 milhões de Flávio Bolsonaro, o que de cara já derruba a falácia de que a Lava Jato é um divisor de água, ou seja, um grande avanço no combate à corrupção, mas não é. Essa mansão é de Pedro Barusco, tido pela própria operação como o maior ladrão da história da estatal. É aí que ele vive e dorme o sono não simplesmente dos justos, mas dos anjos, arcanjos e outras divindades.

Pedro Barusco vive uma vida de xeique com a ficha absolutamente limpa, gozando as maravilhas que seus anos a fio de corrupção na Petrobras lhe proporcionaram. E é aí que começa a grande armação da história.

Muito antes do início da Lava Jato, em 2009, o Congresso criou uma CPMI da Petrobras em que Barusco foi o ator central, porque foi descoberto um super esquema de corrupção comandado por ele. Ou seja, não foi Moro quem descobriu o maior corrupto da história da Petrobras.

Segundo e mais importante ponto, de boca própria, ao vivo e a cores pela GloboNews, Pedro Barusco confessou que, desde 1997, ainda no primeiro mandato de FHC, ele montou um esquema milionário de corrupção na Petrobras e bancos suíços mandavam seus representantes ao Brasil para levar a grana monumental para os cofres da Suíça.

Pois bem, quando a Lava Jato aparece e apresenta Barusco no Jornal Nacional como seu grande troféu no combate à corrupção da Lava jato, a primeira coisa que fez foi mutilar a própria confissão de Barusco na CPMI da Petrobras no Congresso em que ele afirmou que toda a sua fortuna se deu a partir do governo FHC, e assim operou durante seis anos, dois do primeiro mandato de FHC e quatro do segundo mandato.

Lógico que Moro, com isso, quis trabalhar com duas formas bem objetivas, eximir FHC de qualquer culpa pela corrupção na Petrobras, como já havia denunciado Paulo Francis, no programa Manhatan Conecttion, que lhe custou um processo de FHC via Petrobras e que muitos dizem ter sido o motivo de sua morte e, de bate-pronto colocou Barusco no colo de Lula, como se o PT fosse a pedra inaugural de seu esquema.

Aqui não se pretende discutir a impunidade de Barusco, seus castelos e sua fortuna e muito menos a vida que leva. Isso é um problema da justiça brasileira.

Mas como a mídia brasileira manipula até fatos que ela própria reportou ao vivo e a cores, tratando a todos nós como verdadeiros imbecis, principalmente nesse caso em que é sabido que havia um pacto de sangue entre Moro e os Marinho para fazer da Lava Jato o próprio cadafalso, prender Lula e tirá-lo da eleição de 2018, porque a Globo, que sempre operou politicamente como comitê eleitoral permanente do PSDB, havia sofrido quatro derrotas consecutivas para Lula e, como mostravam as pesquisas, se não fosse impedido pela lei da ficha limpa pela condenação sem provas que Moro lhe impôs, Lula, mesmo preso no calabouço de Curitiba, venceria a quinta eleição de forma humilhante, pois chegaria ao poder já no primeiro turno.

Isso é absolutamente natural, pois Lula saiu do seu segundo mandato com aprovação recorde na história do Brasil, com 87%.

Então, com essa campanha, o que a Globo quer para salvar a cabeça de Moro, é produzir impunidade para um juiz corrupto e ladrão, como bem afirmou o bravíssimo deputado Glauber Braga, do Psol, diante do próprio Moro na Câmara dos deputados, fazendo com que ficasse mudo e saísse corrido pela porta dos fundos da Câmara, uma fuga vergonhosa e desmoralizante.

É disso que falamos quando vemos essa campanha cínica de uma família que tem no DNA o golpe contra qualquer um que queira governar a partir dos pobres, da massa do povo. A Globo sempre foi o cão de guarda da oligarquia brasileira.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Com quase 300 mil mortes, pode-se afirmar que o projeto do clã Bolsonaro e da Lava Jato de Moro deu certo

Pouca gente comenta dois fatos importantes para entender como o Brasil chegou a essa tragédia, além de Moro prender Lula para Bolsonaro ser presidente e ele ser ministro para dar início a sua carreira política rumo à presidência.

Na verdade, Bolsonaro colocou em prática aquilo que ele falou logo no início da pandemia no Brasil quando Moro ainda era ministro do seu governo. O projeto era simples: todos os brasileiros se contaminam, morra quem tiver que morrer, não se gasta um centavo com saúde pública, sobretudo com vacina, e voltamos logo à normalidade econômica.

Por isso nunca se viu Bolsonaro mencionar sequer a higiene das mãos com álcool ou sabão, ele simplesmente não falava absolutamente nada. Sua campanha foi pelo não uso de máscaras e mais do que ser contra o isolamento social, ele estimulou a aglomeração e a contaminação, como acusou um estudo feito pela USP, mostrando que esse era o projeto de Bolsonaro e seus generais.

Não foi por acaso que ele tirou dois médicos da pasta da Saúde para colocar o general da ativa, Eduardo Pazuello, que vem cumprindo um papel criminoso que está lhe custando cada vez mais explicações ao judiciário.

Bolsonaro, ao contrário de se importar com a morte de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, ele comemora. Primeiro porque disse que quem morre de covid é maricas. Segundo, porque certamente isso significa que, como ele sonhava, houve uma grande disseminação do vírus que hoje se encontra em total descontrole no Brasil como um todo.

Se faltarão leitos, tanto de enfermarias quanto de UTIs, oxigênio, profissionais da saúde, para ele, pouco importa e, por isso, nunca mostrou compaixão com qualquer vítima da covid, “fazer o quê, a vida é assim mesmo, todos vão morrer”.

Dá para imaginar a formação que um sujeito desse teve dentro das escolas militares e que tipo de professor lhe deu essa formação, pior, pagos com dinheiro da sociedade para jogar um monstro no colo da própria. Monstro esse que não é considerado genocida contagioso somente no Brasil, mas no planeta.

Lógico que muito da tragédia porque passamos, será refletido pela sociedade quando tudo isso passar. Como esse sujeito passou pelas Forças Armadas, mergulhou de cabeça na milícia, virou deputado na base da troca de favores corporativos com militares e chegou à presidência da República para dizimar mais de 300 mil brasileiros a partir de um complô jurídico, midiático e militar, depois de golpes de Estado, tendo como centro da operação os mesmos agentes para beneficiar a mesma classe dominante.

Seja como for, do ponto de vista sanitário, o objetivo que carregava o lema “exterminar o povo para voltar a trabalhar”, a parte do extermínio deu 100% certo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Grupo Globo estaria sendo vendido pelo Pactual para J&S

De acordo com matéria publicada no Correio da Manhã, segundo fontes do mercado financeiro de São Paulo, o Pactual, depois ter se debruçado sobre a venda da Editora Abril, a maior empresa de comunicação especializada em revistas, está, agora, através de André Esteves, coordenando um negócio muito maior: a venda das Organizações Globo.
O Pactual tem o agreement para acessar todos os números da empresa e as negociações andam a passos largos.

Como comprador surge o grupo J&F, com o próprio patriarca, José Batista Sobrinho, cuidando pessoalmente do negócio. Na mesa, o valor é de R$ 25 bilhões.

O negócio envolve todo o grupo, incluindo televisão, impressos e plataforma de streaming.

Segundo as mesmas fontes, um dos entraves que pode atrasar o negócio é o desejo de preservar a soberania jornalística até o processo eleitoral de 2022.

Slim pode ser sócio

O empresário mexicano Carlos Slim também se mantém interessado na compra da Globo. No governo de Michel Temer o assunto esteve bastante adiantado. Os entraves legais que não permitem a um estrangeiro ter o controle de rádio e televisões no Brasil não foram resolvidos.

As concessões da Globo envolvem as emissoras geradoras do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife, que só podem ser transferidas para brasileiros.

Slim, que já possui a Embratel, Net e Claro celular no Brasil, pode se associar em alguns segmentos do negócio com a própria J&F. Já há estudos nesse sentido, especialmente na Globoplay.

Blindagem

Com um faturamento anual de R$ 200 bilhões (o negócio da Globo envolve apenas 10% do valor), a J&F passou a ser dirigida pelo próprio patriarca depois dos escândalos que envolveram os seus dois filhos.

Ser dono da maior empresa de comunicação do país é um desdobramento natural para a reconstrução da imagem. O grupo hoje tem 80% do seu faturamento em negócios no exterior.

Acionistas do Grupo Globo afirmam que nunca houve qualquer intenção de venda

Faz parte da política editorial do Correio da Manhã o espaço para o contraditório.

Recebemos da Diretoria de Relacionamento e Comunicação do Grupo Globo a solicitação para publicação da seguinte nota de esclarecimento, que publicaremos na íntegra, seguindo as nossas normas editoriais:

“São absolutamente falsas as ilações publicadas hoje pelo jornal Correio da Manhã. Não há nem nunca houve qualquer intenção de venda do Grupo Globo por parte de seus acionistas.”

Nota da Redação: O Correio da Manhã reafirma que, de acordo com a apuração realizada e pelas informações validadas com diferentes fontes, existe uma negociação para aquisição do grupo, conforme publicado na edição do dia 13 de março.

As primeiras notícias publicadas foram referente ao interesse do empresário mexicano Carlos Slim, difundidas em vários veículos – e nunca desmentidas. Assunto esse que abordamos na edição do dia 12. O interesse da J&S pelo grupo Globo, o foco da nossa apuração e da nota do dia 13, foi confirmada pelo Correio da Manhã com diferentes fontes.

O Grupo Globo já colocou a venda a Gravadora Som Livre em 2020 e iniciou várias parcerias de conteúdo com parceiros externos, como as duas séries que realiza com a Sony.

A J&S é o maior grupo privado brasileiro, com faturamento anual superior a R$ 200 bilhões, com 80% oriundo do exterior. A negociações para a proposta de aquisição do grupo Globo estão sendo conduzidas pelo próprio patriarca do grupo, o Sr. José Batista Sobrinho. O Banco BTG Pactual, que já possui o controle da Exame e realizou a aquisição da Editora Abril, já teria demonstrado interesse no jornal Valor Econômico, incluído na mesma proposta de aquisição.

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Comandado por um general da ativa e um capitão da reserva, nada representa melhor o governo militar de Bolsonaro do que o morticínio da covid no Brasil

Para quem tem verdadeira obsessão por esconder todas as tragédias provocadas no Brasil pela ditadura, o governo militar de Bolsonaro é a própria recontagem da história dos desastrosos 21 anos de sucessivos governos militares, um pior do que o outro.

Pazuello e Bolsonaro, juntos, em que o capitão manda e o general obedece, como disse o próprio Pazuello, mostra que tipo de esculhambação é a hierarquia das Forças Armadas nesse país.

Não há como os militares dizerem que não têm nada a ver com o governo Bolsonaro tendo um general da ativa, que se dizia o craque da logística, como o ministro da Saúde que mais produz mortes por covid no mundo nos dias atuais.

Uma pasta da Saúde comandada por um general que, ontem, mais uma vez, mereceu críticas da Organização Mundial da Saúde, pelo comportamento belicista que bate recordes em cima de recordes de mortes no país, pondo em risco o mundo inteiro pela quantidade de novas cepas do coronavírus fabricadas por esse governo.

Isso dá a dimensão de como essa gente trata a vida e a morte dos brasileiros. Não só isso, mostra também o tipo de tragédia que o Brasil vive sob o comando fardado, já que passa de 13 mil o número de militares enxertados no governo que se mostram extremamente inoperantes em todas as áreas, em todas.

O que ainda funciona no Brasil está sendo operado no automático, porque o governo militar de Bolsonaro desmontou o Estado brasileiro para servir aos interesses corporativistas das Forças Armadas e do mercado financeiro. Claro, sem falar da milícia que conseguiu, através da mansão de Flávio, ter um forte apache em Brasília.

Os brasileiros não têm a mínima ideia de quando de fato começará uma campanha de vacinação no país, no mesmo momento em que veem as filas de UTIs se agigantarem com o colapso da saúde e o número de vítimas fatais, como não poderia deixar de ser, batendo todos os dias recordes de média móvel de mortes.

E isso acontece, mesmo com todos os alertas de cientistas, tratados como inimigos por Bolsonaro, de que isso aconteceria e, pior, que ainda vai piorar muito nas próximas semanas. Enquanto isso, a sua família compra mansão de R$ 6 milhões debaixo de denúncias do Ministério Público de Formação de organização criminosa, de peculato e de lavagem de dinheiro do clã.

O Brasil se transformou num quebra-cabeça de um pardieiro em que é fácil juntar as peças e ver com nitidez os interesses que movem as placas tectônicas da tragédia.

De referência mundial em imunização, o Brasil, nas mãos de um governo militar, transformou-se num trapo contagioso do qual o mundo inteiro quer distância tal  o nível de catástrofe que o governo militar de Bolsonaro nos legou, ao mesmo tempo em que mostra a fragilidade institucional do país que viu sua democracia implodida por interesses internos associados a interesses externos contra a nação.

Não há como juntar todas essas peças e tantas outras para que se tenha uma fotografia do quadro atual e aonde se chegará se esse genocida e seus generais não forem destituídos pelos outros poderes da República que, com certeza, teriam maciço apoio do povo brasileiro conforme mostram pesquisas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Traindo interesses do povo, governo militar de Bolsonaro trabalha nos bastidores para manter o lucro das farmacêuticas internacionais

Por uma daquelas ironias brasileiras, um dia depois de se saber do combinado entre o general Villas Bôas e o ministro do STF, Dias Toffoli, de manter Lula preso até as eleições para não atrapalhar a vitória de Bolsonaro, sabe-se agora que o governo militar de Bolsonaro trabalha nos bastidores contra o povo para manter intacta a blindagem dos lucros das farmacêuticas internacionais.

Conseguiram realizar o objetivo e, junto com outros que se associaram ao genocida que já matou mais de 275 mil brasileiros, num desses jogos sombrios de bastidores entre militares e STF, sabe-se que o governo militar de Bolsonaro é mais lacaio dos interesses internacionais do que se imagina.

Lembremos sempre que crianças e adolescentes estão sendo vítimas desse genocida preparado pelas Forças Armadas para servir como traidor da pátria que, segundo cientistas, é culpado por pelo menos 95% das mortes que ocorrem no país por conta da covid.

Pior, não se tem ideia de quantas vítimas Bolsonaro e seus generais produzirão no Brasil, ainda mais agora com crianças e adolescentes também vitimados pela política de morticínio do governo Bolsonaro que, muitas vezes se associou a alguns lacaios do STF, como Toffoli, para entregar a cabeça do povo brasileiro aos interesses do grande capital e de uma parcela da sociedade brasileira.

Essa excelente matéria de Jamil Chade revela como esse governo militar sabota o Brasil fazendo continência aos interesses das farmacêuticas multinacionais, enquanto o Brasil é tragado pela covi-19.

Nesta semana, em Genebra, a posição brasileira ficou clara nas negociações para uma resolução que será votada no Conselho de Direitos Humanos da ONU no final de março. Em reuniões fechadas, o Itamaraty fez questão de fazer acenos tanto aos demais países em desenvolvimento como aos interesses das grandes multinacionais.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Lula obriga Bolsonaro a fazer bolsonarista defender a vacinação

Depois de obrigar Bolsonaro a usar máscara, colocar um globo em cima da mesa de sua live mostrando que a terra é redonda, agora, Bolsonaro se sentiu obrigado por Lula a mandar o gado defender a vacinação com o Zé Goteira, uma cópia mal-ajambrada do Zé Gotinha de metralhadora em formato de seringa nas mãos. Coisa de miliciano que até numa campanha de vacinação defende grupos de extermínio.

Seja como for, Lula, com dois dias que recuperou a sua elegibilidade, já fez mais pelo povo brasileiro no combate à pandemia do que Bolsonaro em 1 ano, inclusive na busca por vacinas com a Rússia e a China para imunizar a sociedade.

Ou seja, Lula, na base do dois toques, literalmente colocou Bolsonaro na roda. Desde então, o bobo não para de correr atrás da bola, tendo a companhia do gado que, cegamente, o acompanha para todo lugar que ele vai.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Em sua volta, Lula detona Bolsonaro e coloca a dita centro-direita no bolso

Só uma direita nesse nível de baixaria, responsável por dois golpes, poderia colocar na cadeira da presidência da República duas desgraças, uma sobre a outra, Temer e Bolsonaro.

Pior, dois comprovadíssimos corruptos que chegaram lá em nome do combate à corrupção. Lógico que os dois se propuseram a fazer o serviço mais imundo contra o povo brasileiro, principalmente contra os trabalhadores e os pobres para satisfazer a ganância de meia dúzia de rentistas que operam como abutres do capitalismo brasileiro.

Bolsonaro, como tem um perfil mais psicopata, assim como em muitos casos de figuras como ele, tem seguidores apaixonados, mas o maníaco do parque também tem.

Já Temer, aquela figura vampírica, nem isso tem. No entanto, os dois, com uma trajetória pífia na política, caíram como luva para serem usados como marionetes do mercado e operaram como lacaios contra o país e a favor, sobretudo, de interesses internacionais.

Detalhe fundamental, os dois tiveram todo o apoio de militares que têm força estratégica dentro das Forças Armadas, tanto da ativa quanto da reserva. E ainda tem gente que diz por aí que os militares nunca quiseram misturar a sua imagem com a de Bolsonaro, imagina se quisessem.

Todos veem que os militares que arrotam moral totalmente mudos diante do escândalo da mansão de R$ 6 milhões em Brasília, de Queiroz e da organização criminosa de lavagem de dinheiro e peculato montada pelo clã Bolsonaro.

O fato é que, além da força que tem a memória afetiva do povo com Lula pelos feitos do seu governo, que foram revolucionários a favor dos brasileiros, principalmente os pobres, a direita foi com muita sede ao pote para agradar os patrões que jogaram o país no inferno, seja na questão sanitária, tendo um governo que mais mata pessoas por covid no mundo, o que provoca repulsa mundial à figura do genocida tropical, mas também à imagem do país e de suas instituições, como bem sublinhou o jornal New York Times, que mostrou que tudo isso ocorreu a partir do juiz corrupto, Sergio Moro, que destruiu o país.

Por isso, Lula, em 1 hora, além de desancar Bolsonaro, acabar com as pretensões políticas de Moro, fez um strike na chamada centro-direita, explodindo, num único arremesso, Dória, Huck, Moro, Ciro e Mandetta.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Agora vai: Lula já trabalha para trazer vacinas da Rússia e da China para o Brasil

Da Rússia à China. A movimentação política de Lula não tem se limitado ao rearranjo interno do PT e aliados para encarar Bolsonaro nas eleições de 2022. Mesmo fora do governo, o ex-presidente tem se articulado para tentar fazer parte das decisões que envolvam o País, concentrando esforços para se contrapor a Bolsonaro no combate à pandemia.

Lula já vinha preparando esse terreno meses antes da decisão do ministro do STF Edson Fachin, que anulou todas as ações movidas contra ele pela Lava-Jato de Curitiba. Há cerca de três meses, o líder petista teve uma reunião com Kirill Dmitriev, diretor do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), que financiou o desenvolvimento da Sputnik V.

O convite para a conversa partiu de Dmitriev, após o russo ver que Lula estava entre os signatários de um abaixo-assinado organizado pelo Nobel de Economia Muhammad Yunus, que defende a vacina como bem comum da humanidade e, por isso, deve ser distribuída gratuitamente a todos. Ao receber o convite, o petista convocou os ex-ministros da Saúde José Gomes Temporão, Alexandre Padilha e Arthur Chioro para participar da videoconferência.

– Dmitriev disse que o presidente Vladimir Putin havia incentivado a reunião com Lula. Foi uma conversa importante, porque abriu a relação do fundo russo com o Consórcio do Nordeste. Deixamos claro que, além do Paraná, com quem eles tiveram as primeiras tratativas, tinham muitas frentes no Brasil a serem abertas. Destacamos que o interesse pelo volume de vacinas era maior e envolvia vários estados brasileiros. Isso fortaleceu o acordo de milhões de vacinas firmado com os estados do nordeste. – disse Padilha à coluna.

O Ministério da Saúde assumiu o compromisso de negociar a compra de 39 milhões de doses da vacina Sputnik V com a intermediação do governo da Bahia. O número tinha sido fechado com o Consórcio do Nordeste, que reúne os Estados da região. Padilha afirma que Lula “foi um super incentivador” das conversas sobre a Sputnik V e destacou a necessidade de trazer para o Brasil “vacina boa, segura, eficaz”.

No fim de janeiro, quando a China atrasou o envio de insumos para o Brasil para a produção de vacinas, o ex-presidente também se mobilizou. Com Dilma Rousseff, enviou uma carta (veja o documento abaixo) ao presidente chinês Xi Jinping elogiando a condução da pandemia no país e com críticas ao “negacionismo” e “incivilidade” de Jair Bolsonaro.

“Consideramos oportuna essa mensagem, como forma de manifestar a nossa certeza de que a antiga e sólida amizade entre os nossos povos não será abalada pelo negacionismo, pela incivilidade e pelas grosserias proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seu governo. A amizade e a parceria entre a China e o Brasil são inabaláveis, porque os governos passam, mas os laços que unem os povos são permanentes”, escreveu.

No documento, Lula e Dilma também defenderam o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, que já foi alvo de ataques do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do chanceler Ernesto Araújo. “O embaixador da China no Brasil, seguidamente desafiado por provocações e manifestações desrespeitosas de nossos governantes, se esforça como pode para preservar as boas relações entre nossos países”.

Na carta, os ex-presidentes petistas agradeceram a parceria do laboratório Sinovac com o Instituto Butantan no desenvolvimento da vacina no Brasil e o envio de insumos. “Em nome desta grande amizade que brilha em qualquer circunstância e que soubemos construir entre esses nossos dois países e nossos povos, não faltará ao Brasil insumos indispensáveis para dar continuidade à recém-iniciada produção de vacinas que salvem a vida do povo brasileiro”.

Poucas semanas depois, deputados da oposição, entre eles o próprio Alexandre Padilha, se reuniram com representantes da embaixada da China para reforçar as mensagens transmitidas na carta.

*Com informações de O Globo

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Bolsonaro e a morte caminham juntos: 5 mil mortes em 48 horas e nada de vacina

A primeira coisa que precisa ficar clara é que, desde o primeiro caso de covid no Brasil, Bolsonaro se coligou à morte, não dos seus, é claro. Estes estão aí comprando mansão de 6 milhões em Brasília e ampliando de forma fulminante o patrimônio do clã sem um único general do clube de petequeiros dar um pio em troca dos privilégios que Bolsonaro lhes enfia no bolso, mostrando quanto vale a moral dos hipócritas nesse país.

A pergunta que todos fazem agora é, temos ou não uma instituição que possa arrancar esse monstro do comando de uma verdadeira operação genocida contra o povo brasileiro?

Tudo leva a crer que não, mesmo diante de quadros tão sombrios e aterrorizantes que se encontram em inúmeras manchetes no dia de hoje.

A Anvisa aprova registro definitivo da vacina Oxford, o que permitiria o uso em larga escala da vacina no país e salvaria milhares de vida, mas simplesmente o Brasil não tem vacinas, nem Oxford, nem Janssen, nem Pfizer, nem Moderna, ou seja, nenhuma, porque Bolsonaro, na fonte, sabotou a vacinação não adquirindo vacinas para imunizar a população, o que tem que ser entendido, tanto no Brasil quanto no exterior como crime contra a humanidade.

Os motivos que levaram o demente a produzir esse caos, não nos interessa, ele que saia da cadeira da presidência e vá se tratar, a população é que não pode ser massacrada com morte de centenas de milhares de brasileiros, como está acontecendo.

O que é mais chocante nesse momento é ler que a internação de crianças,  adolescentes e jovens aumentou 47%, um salto macabro que faz qualquer brasileiro entrar em pânico, enquanto Bolsonaro segue receitando kit cloroquina e promete vacinas sem sequer fechar contrato com nenhum laboratório.

Os hospitais no Brasil como um todo, além da falta de leitos, sofrem com a falta de profissionais de saúde, porque a pandemia, estimulada diuturnamente por Bolsonaro, chegou às raias da explosão, tal o número de contaminação que produziu o seu discurso irresponsável contra o isolamento e o uso de máscaras.

Pior, Bolsonaro ainda faz ameaças de impor ao país uma ditadura militar para que obrigue os brasileiros a irem para as ruas se matarem com as formas mais distintas de aglomeração. Pra quê? Para manter o apoio de empresários tão genocidas quanto seu mito, em nome da ganância disfarçada de sobrevivência.

Mas a coisa não para aí, o STF obriga Bolsonaro a explicar em 48 horas por que não repassou R$ 240 milhões a UTIs.

A elegibilidade de Lula moveu as placas tectônicas a ponto de enfiar uma máscara na fuça do animal que está sentado na cadeira da presidência da República. Mas como foi apenas uma peça de marketing, em seguida seu filho, Eduardo, mandou a população enfiar a máscara no rabo.

Até o presente momento, não se tem notícia de uma punição do legislativo contra o deputado que cometeu uma clara atitude inconstitucional.

Junto com isso, Bolsonaro, mesmo exibindo ridiculamente uma terra redonda em sua live, depois que Lula fez chacota do seu terraplanismo delirante, segue fazendo do instinto assassino sua principal plataforma política que tem no vampirismo sua horda mais fiel de eleitores que têm a mesma paixão pela morte.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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