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Acordo Brasil-Israel: um convite à violação da soberania nacional

Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara aprova acordo para cooperação em segurança pública, prevenção e combate ao crime organizado.

A Mensagem da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) de número 749 foi transformada em Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 554/2021, de cooperação com Israel em Segurança Pública, Prevenção e Combate ao Crime Organizado. Isto implica uma significativa derrota para todas e todos nós, milhões de descendentes de árabes que vivem no Brasil, e cujas terras ancestrais são praticamente todas do Bilad al-Sham (Líbano, Síria e Palestina). Não é a primeira vez que abordamos esse tema nos artigos semanais e tampouco será a última. O texto do PDL é um autêntico convite para a violação de soberania nacional, considerando aquilo que se sabe apenas do sistema Pegasus (NSO) e da Verint.

O texto original foi assinado em Jerusalém (Al Quds) Ocupada, durante viagem oficial do então chanceler Ernesto Araújo e seu par, à época no governo Netanyahu, na fatídica data de 31 de março de 2019. Ou seja, em uma cidade invadida, em franca violação do direito internacional. O momento coincidiu com a data “comemorativa” do golpe militar que se consumou no Brasil no dia 1º de abril (em 1964). O trâmite desse pré-acordo, encaminhado ao presidente, foi também assinado por Sergio Fernando Moro, quando ainda era ministro de Bolsonaro.

De todos os artigos do Acordo de Cooperação, o de número três é o mais perigoso para a violação de soberania e mais internalização de interesses externos em nosso país. Ali constam os seguintes Campos de Cooperação:

“As Partes devem colaborar de modo a prevenir e combater o crime em suas diversas formas, com ênfase especial nas seguintes áreas, na medida em que sejam atribuições das Autoridades Competentes: a) cumprimento da lei contra o crime organizado e outros crimes severos; b) prevenção de ilícitos, investigação e inteligência policial; e) segurança cidadã; d) deveres policiais especializados; e) inteligência policial; f) segurança no uso da tecnologia da informação e comunicações; g) práticas de governança em situações de crise ou emergência; h) indústrias, tecnologias e serviços aplicados à segurança pública; i) proteção de instalações; j) análises criminais e forenses; e k} outras áreas mutualmente acordadas.”

Na dia 25 de agosto de 2021, a CREDN, presidida por Aécio Neves, aprovou a seguinte mensagem:

“A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, em reunião extraordinária realizada hoje, opinou pela aprovação da Mensagem nº 749/19, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta, acatando o parecer do relator, Deputado Eduardo Bolsonaro. O Deputado David Miranda manifestou voto contrário”.

A votação a favor da mensagem que celebra o acordo com o Estado de Israel (a entidade sionista promotora do apartheid na Palestina Ocupada), passou antes por um requerimento de retirada de pauta, que fora derrotado. No registro gravado da sessão da CREDN o tema entra em pauta aos 55:27 e termina aos 1:59:33.

Celebrando em suas redes sociais, o bacharel de Direito e escrivão concursado da Polícia Federal, Eduardo Bolsonaro, carioca eleito pelo PSL de São Paulo para o cargo de deputado federal, escreveu o seguinte absurdo:

“Aprovamos acordo Brasil-Israel. É fácil debater com o pessoal do PSOL, pois simplesmente não há argumentos para contrapor a aprovação deste acordo Brasil-Israel sobre segurança e combate ao crime organizado. A oposição tenta trazer para cá um conflitos de israelenses e terroristas do Hezbollah e Hamas para tentar brecar estes acordos. Perderam mais uma. Parabéns aos deputados que aprovaram a matéria.”

Ao contrário do que afirma o deputado, o Hezbollah é responsável pela defesa do Líbano e por garantir as linhas de abastecimento, como de combustível, por exemplo (e por furar o cerco naval promovido pela marinha israelense) e é um partido político com representantes eleitos no parlamento libanês. Sua declaração pode provocar um incidente diplomático. O Hamas é um partido político palestino reconhecido como governo em resistência na Faixa de Gaza, líder da heroica Operação Espada de Jerusalém e com relações diplomáticas em dezenas de países do Mundo Árabe e Islâmico. O parlamentar despreza o fato do Brasil ter 16 milhões de árabe-descendentes e mais de 8 milhões de brasileiras e brasileiros com origem árabe-libanesa.

Eduardo Bolsonaro desconhece o mundo árabe e tenta criar uma narrativa de conflito religioso para aquilo que é simplesmente uma luta de libertação contra invasores de origem europeia. Ao longo de sua fala, ele tece um comentário tenebroso no vídeo postado em sua rede social Instagram, em diálogo com o “deputado príncipe” Orleans e Bragança, elogia os Acordos de Abraão e a política nefasta de Marrocos e Sudão, além de Emirados Árabes Unidos e Bahrein.

A próxima batalha legislativa é impedir que esta aberração venha a ser promulgada, interromper o processo e tentar fazer que não chegue ao plenário. O problema é a chamada “bancada evangélica” (um eufemismo para um lobby conservador e neopentecostal, alinhado à política externa dos EUA) e suas quase duas centenas de votos.

Na correlação de forças, no Brasil, estamos mais organizados, mas ainda aquém do tamanho de nossa colônia e dependência. Se o inimigo está alinhado com o pior da sociedade brasileira, devemos nos posicionar no caminho oposto, dos direitos civis e sociais, numa agenda contra a repressão pós-colonial que assola as maiorias do país. Não podemos admitir que a economia de guerra opressora do povo palestino seja empregada como mais uma forma de dominação contra o povo brasileiro. Somos quase duas dezenas de milhões de mulheres e homens árabe-brasileiros e jamais abandonaremos a Palestina.

*Carta Maior/Bruno Beaklini, militante socialista libertário de origem árabe-brasileira, cientista político e professor de relações internacionais e jornalismo.

*Foto destaque: Eduardo Bolsonaro e Zvi Hauser, na Embaixada de Israel em Brasília, assinando um acordo de troca de informações entre Brasil e Israel (Agência Câmara)

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O problema de Bolsonaro nada tem a ver com o STF, Barroso ou Moraes, mas sim com o ex-assessor do clã

Todos sabem que o que anda fazendo sombra na manifestação bolsonarista é aquilo que está na cabeça dele, revelado pelo ex-assessor do clã, Marcelo Luiz a traição de Ana Cristina Valle a Bolsonaro com um bombeiro.

Lógico que um povo que faz piada de si mesmo, não perderia a oportunidade de fazer chacota com o imbrochável patriota. Na verdade, até para produzir uma ditadura teocrática, ficou complicado para Bolsonaro depois que o ex-assessor de Flávio arrombou as portas do clã para que a população soubesse o tamanho da podridão que envolve a família cheia de esquemas de corrupção.

Todos, inclusive os que apoiam Bolsonaro, que estarão nos atos de 07 de setembro, sabem que é balela essa história de Bolsonaro, logo ele, defensor de torturadores, ditadores, clamar pela liberdade de expressão e respeito à constituição.

Os ataques de Bolsonaro ao STF, principalmente aos ministros Barroso e Moraes, nada mais são do que uma tentativa de travar todas as acusações que recaem sobre ele e seus filhos e, por outro lado, o desespero só aumenta com as mais recentes revelações do ex-assessor de Flávio que complicarão ainda mais a vida da família.

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Vídeo: A verdade sobre Lula

Em dois minutos, não mais que isso, esse rapaz define perfeitamente quem é Lula, e o muito que ele fez pelo povo brasileiro, principalmente pelos pobres, mas não foi tudo.

Assista:

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Bolsonaro é recebido com “Fora Corno” em Santa Cruz do Capibaribe

Em discurso, Bolsonaro falou em “enquadrar” ministros do STF e voltou a falar em ruptura.

A recepção ao presidente Jair Bolsonaro em Santa Cruz do Capibaribe (PE), neste sábado (4), não foi totalmente agradável ao mandatário. A população da cidade escreveu mensagens contra ele, remetendo às revelações feitas por Marcelo Luiz Nogueira de Santos, ex-funcionário do clã, sobre o esquema de “rachadinha” que ocorria nos gabinetes de Carlos e Flávio Bolsonaro, incluindo um “Fora Corno”.

Cartazes e pinturas feitas pela população traziam as frases “Fora Bozo”, “Fora Corno” e “Fora Bolsonaro genocida”. Confira imagens do protesto recebidas pela Fórum no fim da matéria.

Além da atuação genocida durante a pandemia, as mensagens fazem referência às revelações de Marcelo Nogueira feitas ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Segundo o ex-funcionário, Ana Cristina Valle, ex-esposa de Bolsonaro, instalou e operava o esquema de corrupção que ficou conhecido como “rachadinhas” nos gabinetes do clã. A mãe de Jair Renan só teria saído do comando após Bolsonaro descobrir que era traído com bombeiro. O militar seria Luiz Cláudio Teixeira, que fazia a escolta da família no Rio de Janeiro.

Essa suposta traição virou assunto nas redes sociais, com Bolsonaro sendo chamado de corno.

*Com informações da Forum

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Vídeo: A emocionante revelação de Thelminha (BBB) a Lula de como se formou em médica pelo Prouni

Essa manifestação do 07 de setembro que está arrastando pessoas ricas e que se hospedam nos hotéis mais caros do Brasil, em Brasília, não é exatamente o livre exercício de cidadania ou mesmo apoio a Bolsonaro, mas ao político nefasto que ele é, que trata negros e pobres como resto da sociedade. E eles, logicamente, são contra histórias como a de Thelminha e Gil que tiveram ascensão social através da educação pelos programas do governo Lula.

O que essa gente faz em Brasília é tentar impedir que Lula volte ao poder e, novamente, permita que milhões de brasileiros segregados pelo governo Bolsonaro tenham história como a desses dois que se emocionam e nos emocionam nessa lindo encontro com Lula.

Confira:

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Ministros do TSE avaliam hipótese de Bolsonaro ficar inelegível

Magistrados discutem nos bastidores estratégia jurídica que pode tirar presidente da disputa em caso de risco de ruptura; atos do 7 de Setembro podem ser usados como prova.

De acordo com reportagem do Estadão, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) discutem uma estratégia jurídica que pode deixar o presidente Jair Bolsonaro inelegível para a eleição de 2022. O cerco judicial está se fechando a partir de um inquérito administrativo instaurado no TSE em resposta a uma transmissão ao vivo realizada pelo presidente, em julho, acusando o tribunal, sem provas, de fechar os olhos para evidências de manipulação em urnas eletrônicas.

Na visão desses magistrados, a depender do que acontecer e o tom adotado por Bolsonaro em seus discursos, os atos de 7 de Setembro poderão fornecer ainda mais provas contra o chefe do Executivo. O entendimento prévio é de que, uma vez configurado algum crime, o presidente poderá ter sua candidatura negada pela Justiça Eleitoral no ano que vem.

A estratégia da inelegibilidade é discutida nos bastidores para ser usada apenas em caso extremo, de risco efetivo de ruptura institucional, uma vez que, na avaliação de políticos, iniciar agora um processo de impeachment, a um ano e dois meses das eleições, seria tão traumático quanto inviável. Na ocasião em que foi aprovada a investigação no TSE, também foi determinado o envio de notícia-crime contra o presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), que foi aceita e incorporada ao inquérito das fake news.

Apesar de a discussão sobre o cerco jurídico avançar nos bastidores, a medida que pode dar base a uma eventual inelegibilidade de Bolsonaro é reconhecida pelos próprios ministros como pouco convencional. A Justiça Eleitoral nunca havia aberto ação parecida, por isso o discurso adotado é de que a alternativa só seria acionada em caso concreto de risco à ordem constitucional. Por outro lado, um ministro do TSE argumenta, em caráter reservado, que nunca houve um ataque tão frontal ao sistema eleitoral como agora e que, por isso, é preciso reagir.

Ameaçados de forma reincidente por Bolsonaro, essa foi a infantaria que os integrantes das mais altas Cortes da Justiça brasileira encontraram para preparar o contragolpe. “Se você quer paz, se prepare para a guerra”, disse Bolsonaro na quarta-feira, em cerimônia da Marinha no Rio. Ontem, mantendo o tom de ameaça, o presidente garantiu que os atos de 7 de Setembro serão um “ultimato” a ministros do STF. Os principais alvos de Bolsonaro são Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE, autores de decisões recentes que desagradaram ao Palácio do Planalto, como a prisão de bolsonaristas.

Em resposta às ameaças de Bolsonaro, o presidente do STF, Luiz Fux, fez um duro discurso anteontem, ao afirmar que a Corte não vai tolerar ataques à democracia, em referência aos atos do dia 7. “Num ambiente democrático, manifestações públicas são pacíficas; por sua vez, a liberdade de expressão não comporta violências e ameaças”, disse. Bolsonaro pretende discursar no feriado pela manhã, em Brasília, e seguir com comitiva para fazer o mesmo em São Paulo, à tarde.

PGR

Diferentemente de investigações criminais contra Bolsonaro em curso no Supremo, o inquérito administrativo no TSE é considerado uma alternativa mais viável por não depender exclusivamente de denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Augusto Aras.

Neste caso, além do Ministério Público Federal (MPF), partidos políticos possuem legitimidade para oferecer representação contra a candidatura do presidente; e será o próprio TSE quem julgará esses pedidos. O único requisito é que apresentem provas de que Bolsonaro cometeu crimes eleitorais.

O inquérito administrativo é comandado pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Luis Felipe Salomão, e atualmente está na fase da coleta de provas. Ele é chamado de “Plano C” por aqueles que conhecem o seu teor, justamente por reunir evidências que podem ser usadas por partidos para contestar o registro da candidatura de Bolsonaro. A apuração compõe o cerco judicial com outras duas ações de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE, além de quatro inquéritos no STF que apuram crimes comuns do presidente.

O foco da investigação eleitoral é constatar se Bolsonaro praticou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea”.

A lei que regula os registros de candidatura afirma que serão inelegíveis os candidatos que “tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral”, com condenação em processo que investigue “abuso de poder econômico e político”. Caso o plano seja colocado em prática, Bolsonaro ficaria impedido de disputar eleições por oito anos.

Rubens Beçak, professor de direito constitucional e eleitoral da Universidade de São Paulo (USP), avalia que o teor subjetivo da lei de inelegibilidade ao definir condutas abusivas permite a interpretação formulada por membros do TSE. Ele pondera que sua aplicação é temerária por não haver precedentes e abrir espaço para contestações. “Dá muito mais higidez ao processo a participação do PGR, mas existe essa outra interpretação e ela parece muito plausível. Quem está pensando em fazer o inquérito pelo TSE, provavelmente, está pensando em dar uma rapidez maior e afastar a influência política do PGR recém reconduzido”, afirmou. “Seria um procedimento completamente heterodoxo, porque isso nunca aconteceu dessa forma. Isso vai criar um precedente tremendo para que possa ser usado contra outros presidentes candidatos à reeleição. Dá um poder desproporcional à Justiça Eleitoral.”

Fake news

Parte dos ministros do STF avalia que o inquérito das fake news também poderia ser um caminho para frear Bolsonaro por possuir amplo potencial incriminatório, mas o entendimento é de que é nula a possibilidade de Aras apresentar denúncia contra o presidente.

O atual PGR já expressou nos bastidores o desejo de ocupar uma vaga no STF e, caso seja mantida a fidelidade a Bolsonaro, poderá ser ele o escolhido para substituir o ministro Gilmar Mendes a partir de 2023, na eventual reeleição do presidente. Na vaga aberta neste ano, Aras foi preterido por André Mendonça, que agora enfrenta a resistência de senadores para tomar posse do cargo.

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Vídeo: Para Bolsonaro, 07 de setembro é a aposta de um desesperado, é a confissão de um derrotado

Quanto mais se aproxima o 07 de setembro, observando toda a movimentação para os atos, mais se vê o tamanho do desespero de Bolsonaro. Não se trata do aumento da carga fascista, a questão é que eles estão constatando que a sociedade já se deu conta da realidade dos fatos e, com isso, ela começa a ter o controle sobre o Estado, a mostrar uma posição clara sobre como vê Bolsonaro. Para tanto, basta ver o resultado das pesquisas para as eleições de 2022.

Bolsonaro utiliza o dia 07 de setembro como sua tábua de salvação, age como alguém que não vê outra alternativa diante dos inúmeros e diários escândalos, claro, o mais relevante, o da corrupção ministério da Saúde, revelado pela CPI do genocídio.

Agora, mais claro ainda, revela-se o esquema de rachadinha ou peculato, montado pela família Bolsonaro, que envolve a ex-mulher, Ana Cristina Siqueira Valle, a mãe de Jair Renan, o 04. Desta vez, a coisa ganhou uma dimensão que pode sim, chegar a um final nada feliz para o clã.

Assista:

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Sem brilho próprio, Bolsonaro joga sua sobrevivência no 07 de setembro, o que é uma confissão de derrota

Para Bolsonaro, o dia 07 de setembro servirá para que as investigações sobre os casos de corrupção na chamada rachadinha que envolvem toda a família não caminhem, o que por si só já é uma grande bobagem, assim como ocorre com a CPI que tem descortinado um esquema gigantesco de corrupção dentro do ministério da Saúde.

A luta de Bolsonaro é essa. Na verdade, ele, com essa atitude, confessa a sua incapacidade de dar conta de várias frentes de batalha contra a justiça e, pouco importa o barulho que venha a fazer contra o STF se tiver êxito no número sonhado por ele nos atos de Brasília e da Av. Paulista.

Essa mobilização, todos sabem, é absolutamente artificial, justamente porque Bolsonaro não tem brilho próprio, nunca teve e nunca terá.

Para piorar, os banqueiros já sabem que, pelo rumo que a economia tomou, eles não têm escolha, ou salvam os bancos ou salvam Bolsonaro. Neste caso, seguindo a própria lógica, salvarão os seus negócios e, portanto, já o atiraram ao mar. Isso significa que no episódio seguinte, em questão de dias, será este o resumo que os empresários brasileiros farão em função da crise que bate na porta de todos eles.

Bolsonaro caminha sobre campo minado, seus movimentos estão cada vez mais restritos, e quem lhe mostra isso são as manchetes da mídia com escândalos a granel que, estampados em garrafais, somados a um custo de vida que está arrancando o sangue dos brasileiros, as pesquisas lhe trazem só más notícias.

Se resolveu enfrentar a justiça usando o STF como bode expiatório, Bolsonaro, certamente vai perceber, a partir do dia 08, que esse caminho não lhe renderá qualquer fruto, ao contrário, vai lhe custar ainda mais caro, como já está custando.

Não serão os seus apoiadores que segurarão com as mãos a tempestade que enfrenta, nem se colocasse 5 milhões de pessoas nas ruas, porque de uma coisa já se tem certeza, fora seus fanáticos seguidores, o Brasil como um todo não aceita ser refém do genocida.

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Vídeo: O que acontecerá com um Bolsonaro enfraquecido e desacreditado a partir de 8 setembro?

Bolsonaro, desesperado, apela para a manifestação de 07 de setembro e, com isso, mostra que está extremamente enfraquecido e pede para que os bolsonaristas o socorram porque não consegue ficar em cima das próprias pernas.

E o que acontecerá com ele a partir do dia 08? Como estará a sua vida, a cena política e como continuará a não governar o país com escândalos atrás de escândalos que não param de pipocar diariamente contra ele e sua família?

Assista:

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Empresas ligadas a ex-mulher de Bolsonaro podem ter sido usadas para ocultar dinheiro de rachadinha no gabinete de Carlos, diz MP

Vereador também teve os sigilos quebrados em investigação que apura funcionários ‘fantasmas’ no gabinete dele na Câmara.

De acordo com reportagem do G1, a Justiça do Rio quebrou os sigilos bancário e fiscal de sete empresas relacionadas a Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, além de contas pessoais dela.

O Ministério Público suspeita que as empresas tenham sido usadas para ocultar dinheiro de suposta prática de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Ana Cristina foi chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 e 2008.

Empresas ligadas a ela, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), realizaram movimentações financeiras consideradas atípicas, o que reforça “a hipótese de que [essas empresas] possam ter sido utilizadas para ocultação do desvio dos recursos públicos oriundos do esquema da rachadinha na Câmara de Vereadores”.

Ana Cristina Siqueira Valle é mãe de Jair Renan, o filho “04” do presidente Jair Bolsonaro.

Conforme a GloboNews noticiou com exclusividade na última terça-feira (31), a 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado determinou a quebra dos sigilos de 27 pessoas, entre elas do vereador Carlos Bolsonaro. A decisão é do dia 24 de maio.

Ana Cristina foi chefe do gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 (quando ele assumiu seu primeiro mandato na Câmara de Vereadores) até 2008, quando ela se separou do então deputado federal Jair Bolsonaro.

Em relação à empresa Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros Ltda., da qual Ana Cristina possuía participação de 90%, o MP afirma que mais da metade dos débitos da conta bancária consistiram em saques de dinheiro em espécie, que totalizaram mais de R$ 1,1 milhão entre 2007 e 2015.

Sobre a empresa Totalvox Comunicações, o Coaf apontou movimentações “incompatíveis com a capacidade financeira declarada” e também diversos “pagamentos e transferências envolvendo pessoas físicas, sem causa aparente, dificultando a identificação da origem e destinação de parte dos recursos”.

Dinheiro vivo

Ao longo de 20 anos como vereador, Carlos Bolsonaro teve dezenas de assessores. O Ministério Público suspeita que alguns deles tenham sido “fantasmas” para desviar salários.

Os promotores citam semelhança do modus operandi da “rachadinha” que também ocorreria no gabinete do então deputado estadual do RJ Flávio Bolsonaro, o irmão mais velho.

A prática se dá com saques de dinheiro em espécie das contas de assessores “fantasmas” que são entregues a um funcionário de confiança.

O dinheiro vivo é, então, usado para pagar despesas ou adquirir bens para o parlamentar.

O Ministério Público identificou que Carlos Bolsonaro usou grandes quantias de dinheiro vivo em pelo menos três oportunidades:

  • R$ 150 mil para compra de apartamento na Tijuca, em 2003
  • R$ 15,5 mil para cobrir prejuízo na Bolsa de Valores, em 2009
  • R$ 20 mil guardados em casa, de acordo com declaração dada ao TSE no ano passado

Chefe de Gabinete

Ana Cristina Siqueira Valle é apontada como integrante de um dos seis núcleos do suposto esquema. Desde junho, Ana Cristina e Jair Renan moram em uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, área nobre de Brasília (veja no vídeo acima).

O aluguel de casas vizinhas à da ex-mulher do presidente da República e de Jair Renan é de cerca de R$ 15 mil por mês. Ana Cristina pagaria R$ 8 mil, mais do que o salário de R$ 6,2 mil que recebe como assessora da deputada federal Celina Leão, do Progressistas.

Ana Cristina também foi alvo de comunicações do Coaf. O documento revela que, durante o período em que esteve à frente do gabinete de Carlos Bolsonaro, ela recebeu “depósito de elevadas quantias de dinheiro em espécie em sua conta bancária”.

Em 2011, ela recebeu depósitos de R$ 191 mil e R$ 341 mil. Em conta, ela tinha R$ 602 mil. Segundo o Coaf, o valor é incompatível com sua renda.

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