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Com Chico Buarque e Zé Dirceu, geração 1968 se une nas ruas contra Bolsonaro

Grupo de septuagenários e octogenários lança manifesto e sai vacinado às ruas.

Ricardo de Azevedo, 72, conta uma troça que sempre faz com um companheiro do campo progressista. “Brinco com o Zé Dirceu que a gente briga desde os anos 1960, mas sempre do mesmo lado.”

Ele, influente dirigente da AP (Ação Popular), e o ex-ministro lulista José Dirceu, 75, à época na dissidência paulista do PCB (Partido Comunista Brasileiro), podiam ser oposição dentro da turma que lutou contra a ditadura militar. Na hora do vamos ver, contudo, era todo mundo unido contra os milicos, lembra Azevedo.

Mais de meio século depois, os antigos amigos e rivais se esbarram no Geração 68 Sempre na Luta, movimento criado por quem, em 1968, participou da resistência contra um endurecido regime pós-Ato Institucional nº 5, o AI-5.

Na linha de frente estão septuagenários (os músicos Chico Buarque e José Miguel Wisnik, o fotógrafo Sebastião Salgado, os escritores Marilena Chauí e Fernando Moraes, o diplomata Celso Amorim, o vereador Eduardo Suplicy) e até octogenários (a deputada Luiza Erundina e o ex-governador Roberto Requião).

O inimigo agora, segundo manifesto lançado pelo grupo, é Jair Bolsonaro, “que intencionalmente tem induzido a morte de milhares de brasileiros”, na pandemia da Covid-19. “Conjugada à pandemia, pela inépcia governamental, se abateu sobre os segmentos mais fragilizados a miséria e a fome. Quantos ainda terão de morrer pelo negacionismo do governo federal?”

Para Dirceu, assim como em 1964, a democracia está a perigo agora, e menos mal que uma frente democrática antibolsonarista “já exista na prática”. “Não é o que vemos quando ex-ministros dos quatro últimos presidentes (Michel Temer, Dilma Rousseff, Lula e FHC) coassinam nota exortando as Forças Armadas a ignorar clamores por intervenção militar?”

“Ou quando Lula encontra FHC, quando há diálogo no Congresso com [o então presidente da Câmara Rodrigo] Maia, às vezes até com o centrão?”, continua o ex-dirigente petista.

Quando a carta aberta da geração 1968 foi escrita, o Brasil tinha acabado de ultrapassar o marco dos 400 mil mortos pela Covid-19. Beira hoje o meio milhão de vítimas.

Em maio, levou um signatário do manifesto. René Louis de Carvalho, filho de Apolônio de Carvalho, histórico militante da esquerda que lutou contra o nazifascismo na Segunda Guerra, tinha 76 anos.

Guerrilheiro no Araguaia preso pelo Exército, o ex-presidente do PT José Genoino, 75, ficou cinco anos na cadeia. Quando saiu, em 1977, o maior medo era saber se um companheiro caiu (foi pego pelo regime), lembra. “Agora, a gente fica apreensivo com quem tá com Covid.”

Parte do Geração 68, Genoino incluso, estará na manifestação deste sábado (19) contra Bolsonaro. “Vou com todos os cuidados para não participar de aglomerações. Até porque eu não poderia deixar de ir, como um dos sobreviventes da Geração 68. A maioria não existe, foi eliminada. Acho que é até dever cívico estar presente.”

O petista se descreve como um veterano de quarentenas. “Já é minha terceira”, diz sobre o confinamento pandêmico. A primeira, segundo ele, foi sua prisão pelos militares.

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A segunda, o um ano e meio que passou em regime semiaberto por conta de uma condenação no mensalão, escândalo que também aprisionou Dirceu. A pena de Genoino foi extinta em 2015 pelo STF (Supremo Tribunal Federal), após indulto concedido por Dilma.

Como quase todos os colegas de 1968, Genoino está vacinado contra a Covid-19. O movimento surgiu justamente por causa disso, diz Ricardo de Azevedo. Começou com o jornalista José Trajano, 74, que escreveu um artigo “lembrando que só bolsonarista ia para a rua” no primeiro trimestre do ano.

Aí a imunização engatou para valer nos grupos idosos. “Ele dizia que agora os velhinhos de 68 poderiam ir para as ruas e apontou uma data, 26 de junho.” É o aniversário de 53 anos da Passeata dos Cem Mil.

A passeata virou a das 500 mil vítimas da pandemia. Os “cabeças-brancas” farão um ato simbólico no dia 26, mas estarão também no protesto de sábado.

*Folha

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Em mais de 400 atos de protestos pelo Brasil e com meio milhão de mortos, o povo grita forte, “Fora Bolsonaro!”

Neste sábado (19), o Brasil deve alcançar a triste marca de 500 mil mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia. A maioria delas poderia ter sido evitada se o governo de Jair Bolsonaro não tivesse apostado no negacionismo e sabotado os esforços de enfrentamento da pandemia.

Também neste sábado, milhares de brasileiros e brasileiras voltarão às ruas para protestar pelo impeachment de Jair Bolsonaro, intensificação da vacinação, auxílio emergencial de R$ 600 e várias outras reivindicações. Entre elas está o não à privatização da Eletrobras, aprovada nessa quinta-feira (17) pelo Senado.

Até a noite de sexta-feira (18), 457 atos #19JForaBolsonaro estavam confirmados em 438 cidades no Brasil e exterior. Alguns locais terão mais de uma manifestação. A expectativa dos organizadores, entre eles a Central de Movimentos Populares (CMP), partidos de esquerda, entidades estudantis, centrais sindicais, movimentos sociais e diversos coletivos e ativistas, é que o número de protestos ultrapasse os 500. Serão 500 atos pelas 500 mil vidas perdidas.

A exemplo das manifestações de 29 de maio, os organizadores reforçam a importância e a necessidade do uso de máscaras de proteção, álcool em gel e o respeito ao distanciamento social nos protestos deste #19JForaBolsonaro. “Vamos enfrentar esse governo genocida e essa política de morte. É povo na rua para derrotar um governo antidemocrático, que destrói os direitos e os sonhos do povo brasileiro”, afirma o coordenador nacional da CMP, Raimundo Bonfim.

*Com informações do 247

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Barroso, do STF, autoriza condução coercitiva de Wizard para prestar depoimento à CPI

Oitiva do empresário estava marcada para esta quinta-feira, mas ele não compareceu; Defesa alega que ele está fora do país.

O Globo – O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para prestar depoimento à CPI da Covid-19 no Senado Federal — a oitiva do empresário à CPI estava marcada para esta quinta-feira, mas ele não compareceu.

“Embora assegurado ao paciente o direito de permanecer em silêncio, o atendimento à convocação não configura mera liberalidade, mas obrigação imposta a todo cidadão”, diz o ministro na decisão.

A defesa de Wizard informou que o não comparecimento nesta quinta-feira ocorreu pelo fato de o empresário estar nos Estados Unidos, acompanhando o tratamento de saúde de um familiar.

Ao STF, os advogados do empresário pediam para que fosse determinado o “levantamento das medidas restritivas de direitos indevidamente impostas pela autoridade coatora para que o paciente possa ingressar em território nacional sem se submeter àquelas ilegais ordens exaradas e, assim, comparecer à sessão que a autoridade vier a designar para sua oitiva, caso ainda tenha interesse”.

Para Barroso, porém, as providências determinadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito, no sentido do comparecimento compulsório do paciente, “estão em harmonia com a decisão” dada por ele. “Naturalmente, se houver qualquer espécie de abuso na sua execução, poderá o impetrante voltar a peticionar. Mas, por ora, este não é o caso”, afirma.

A convocação de Wizard foi aprovada no dia 8 de junho diante da suspeita de integrantes da comissão de que ele integre o “gabinete paralelo”, que teria assessorado o presidente Jair Bolsonaro em assuntos relacionados à pandemia.

Diante do não comparecimento do empresário, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pediu à Justiça a condução coercitiva e a retenção do passaporte do empresário. Conforme noticiado pela colunista Bela Megale, a PF chegou a comparecer à residência do empresário, mas ele não foi encontrado.

Em razão disso, a juíza Márcia Souza Silva de Oliveira, da 1ª Vara Federal de Campinas, determinou a retenção do passaporte de Wizard “tão logo ingresse em território nacional”.

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No Pará, Bolsonaro diz que ‘CPI da Mentira’ não derrubará o governo

O presidente Jair Bolsonaro voltou desafiou os membros da CPI da Covid, que acontece no Senado, e afirmou que a “comissão da mentira” não “vai derrubar o governo federal”.

“Não vai ser uma CPI da mentira, uma CPI onde não se busca a verdade, que se ilude achando que vai derrubar o governo federal”, disse, durante um evento no Pará, onde participou da cerimônia de entrega de 102 km de pavimentação da BR-230, a Rodovia Transamazônica.

Nesta sexta, após divulgar a lista de pessoas que se tornaram investigadas pela CPI – incluindo assessores presidenciais, ex-ministros, secretários do governo e o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga – o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), não afastou a possibilidade de o próprio presidente ser investigado. Segundo Renan, não há clareza legal se a CPI pode ou não investigar Bolsonaro, mas se houver essa possibilidade ele será investigado.

Segundo Renan, não há clareza legal se a CPI pode ou não investigar Bolsonaro, mas se houver essa possibilidade ele será investigado.

Durante a fala do presidente, os governadores que decretaram lockdown e medidas de distanciamento também foram atacados.

“Graças a garra, determinação e coragem do trabalhador brasileiro, estamos resistindo. O agronegócio não parou. Os homens e mulheres do DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] não pararam, assim como nossos caminhoneiros e tantos outros profissionais, em especial os de saúde. Aqueles governadores que fecharam o comércio, que decretaram toque de recolher, que impediram você de trabalhar, a história reserva um local no ostracismo para esses políticos”, disse.

“Desde o começo eu disse que tínhamos dois problemas, o vírus e o desemprego. O governo federal – eu, Jair Bolsonaro -, não fechei um botequim sequer, porque sei da necessidade de levar o sustento para dentro de casa. Mas somente neste ano, o Governo Federal dispensou mais de R$ 300 bilhões para o auxílio emergencial, o que equivale a mais de 10 anos do benefício Bolsa Família”.

Bolsonaro também defendeu novamente o chamado ‘tratamento precoce’, feito com medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, e disse que apesar das recomendações, o governo “não é conivente com a indústria farmacêutica”.

Mais cedo, em Marabá, durante a entrega de 50 mil títulos de terra a pequenos produtores do Pará, o presidente já havia criticado as medidas de isolamento.

*Reuters/Uol

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Senadores da tropa de choque da CPI receberam mais de meio bilhão de reais do governo Bolsonaro

Sete parlamentares – titulares e suplentes – que integram a tropa de choque bolsonarista e negacionista na CPI da Covid receberam R$ R$ 660 milhões do governo Jair Bolsonaro para obras e projetos indicados por eles.

Jair Bolsonaro vem mantendo a fidelidade da base governista na CPI da Covid por meio da liberação de recursos, aponta a Revista Crusoé. De acordo com a reportagem, já foram liberados R$ 660 milhões para obras e projetos de sete parlamentares – titulares e suplentes – que integram a comissão.

A reportagem destaca que o líder do governo Bolsonaro no Senado e integrante da tropa de choque governista na CPI, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), é um dos que encabeçam os repasses, com R$ 153,8 milhões. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) teria recebido R$ 127 milhões. Ciro Nogueira (PP-PI) é apontado como beneficiário de recursos que somam R$ 135 milhões. Luiz Carlos Heinze (PP-RS) teria recebido R$ 165,9 milhões e Jorginho Mello (PL-SC), R$ 35 milhões.

Ao todo, um sexto do valor liberado foi originário de emendas individuais ou de bancada. O restante foi repassado por meio do chamado orçamento paralelo, que o governo vem utilizando para comprar apoio junto ao Congresso. O orçamento paralelo seria a fonte de repasses que somam R$ 550 milhões. O dinheiro tem saído, principalmente, dos ministérios do Turismo, da Agricultura, da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional.

*Com informações do 247

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CPI da Covid: Assista aos depoimentos dos médicos favoráveis ao tratamento precoce

Os infectologistas Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves prestam depoimento.

Renan Calheiros se irrita com os depoentes e diz que se nega a fazer perguntas a eles, tamanha a irresponsabilidade. “Precisamos dar um basta em tudo isso!”

Assista:

https://youtu.be/Xg8ottHwxfM

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Wilson Witzel: “O dono dos hospitais federais do Rio é Flávio Bolsonaro”

Otávio Guedes, G1 – Após levantar suspeitas sobre a gestão de hospitais federais do Rio na CPI, Witzel revelou que o ‘dono’ deles é Flávio.

Ex-governador não esperou a reunião secreta na CPI da Covid para revelar o nome de quem teria poder de mandar e desmandar nos hospitais fluminenses. Ele e Flávio discutiram durante depoimento na comissão.

O ex-governador Wilson Witzel (PSC) não esperou a reunião secreta na CPI da Covid para revelar o nome de quem ele aponta como dono dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Logo após o depoimento nesta quarta-feira (16), numa conversa com integrantes da CPI, ele nominou: “O dono é o Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ)”.

À CPI, em público, Witzel disse ontem que os hospitais “tem um dono, e esta CPI pode descobrir quem é o dono”. Depois, em privado, afirmou que o dono é Flávio. O ex-governador insinuou que filho do presidente manda e desmanda, inclusive indicando fornecedores.

Os dois discutiram durante o depoimento de Witzel à CPI. Enquanto o senador acusou o ex-juiz de usar a comissão como palanque político, Witzel chamou Flávio de “mimado” e acusou o governo federal de perseguir governadores e interferir no enfrentamento da Covid (veja no vídeo abaixo).

Aliás, as iscas que Witzel ofereceu para investigação de supostos desvios na rede federal hospitalar do Rio foram considerados importantes pelo presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM): “Muito senadores governistas clamam por investigações de desvios de verbas federais. Está aí um bom caminho”.

Horas depois de revelar o nome (que não casou surpresa para quem conhece os meandros da política do Rio), a defesa do ex-governador Witzel pediu à CPI que providenciasse segurança para ele. A ex-primeira-dama, Helena Witzel, ficou preocupadíssima com o tom adotado pelo marido no depoimento. O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a comissão irá solicitar escolta para o ex-governador.

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Pesquisa mostra Lula em crescimento e Bolsonaro em queda, com mais rejeição que apoio em todas as regiões

Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quinta-feira (17) mostra como está a corrida eleitoral para as eleições em 2022 com a saída de Luciano Huck e Sérgio Moro da disputa, e a entrada de José Luiz Datena como aposta para a 3ª via. A pesquisa confirma o esvaziamento de Jair Bolsonaro. Foram apresentados três cenários de primeiro turno e outros três de segundo turno.

De acordo com reportagem publicada no site O Cafezinho, no primeiro cenário proposto pela pesquisa, no qual Datena aparece, Bolsonaro tem 34,3%, contra 32,5% de Lula, o que configura empate técnico. Na pesquisa anterior, de maio deste ano, Bolsonaro tinha 33% e Lula 29%. O crescimento mais expressivo, portanto, foi o do petista. Bolsonaro oscilou 1 ponto para cima, ao passo que Lula cresceu 3,5%.

Para um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a pesquisa aponta empate de 40% para cada um, porém Bolsonaro vem perdendo pontos, ao passo que Lula vem crescendo nas pesquisas.

A pesquisa apontou que o segundo turno das eleições pode ser decidido pelas mulheres. Enquanto Lula tem 44,3% dos votos femininos, Bolsonaro tem 32,5%. Entre as regiões, Lula permanece com vantagem no nordeste com 49,7% contra 33,8% de Bolsonaro.

A pesquisa traz ainda o potencial eleitoral dos principais candidatos. Na tabela, chama a atenção a rejeição de 57% de João Doria. Lula e Bolsonaro seguem empatados na coluna do “voto com certeza”. Ciro Gomes e Datena têm uma boa pontuação na coluna “poderia votar”.

A aprovação do governo Bolsonaro também foi avaliada na pesquisa. Em relação ao levantamento de maio, houve uma leve piora na avaliação do governo. No mês passado, 44% aprovavam o governo, contra 52% que o desaprovavam. Na pesquisa divulgada nesta quinta, o governo Bolsonaro tem 42% de apoio e 54% de rejeição.

Ele tem mais rejeição que apoio em todas as regiões. No Nordeste, todavia, sua situação é pior: o governo tem 58% de rejeição.

O governo é melhor avaliado no Norte & Centro/Oeste, onde tem 47% de aprovação e 50,5% de rejeição.

No Sudeste, também subiu a rejeição ao governo Bolsonaro, que agora é de 53% (contra 42% de aprovação).

Veja a íntegra da pesquisa:

Pesquisa from Leonardo Attuch

*Com informações do 147

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Omar Aziz manda apreender passaporte de Carlos Wizard

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM) determinou hoje a apreensão do passaporte do empresário Carlos Wizard, que prestaria depoimento hoje na CPI, mas não compareceu.

Omar Aziz disse que a comissão recebeu, às 7h, pedido dos advogados de Carlos Wizard para remarcar a audiência “para data mais adequada dentro do cronograma dos trabalhos dessa CPI”.

“É uma brincadeira dele né? Uma data combinada para ele vir, é uma autoridade”, ironizou Aziz. “O que me espanta é o cidadão procurar o Supremo Tribunal Federal para conseguir um habeas corpus e ele não aparecer. Então para quê foi ao Supremo?”.

Segundo determinação de Aziz, o passaporte de Wizard deve ser apreendido pela Polícia Federal assim que ele chegar ao Brasil e só será devolvido após depoimento na CPI da Covid.

Wizard justifica a ausência dizendo que está nos Estados Unidos e sem o passaporte. No pedido de habeas corpus ao STF (Supremo Tribunal Federal), o empresário pediu para que o depoimento fosse virtual, o que foi barrado pelo ministro Luís Roberto Barroso.

Antes do pedido ao STF, Wizard também solicitou à CPI que seu depoimento fosse remoto. Aziz negou o pedido e alegou que uma audiência virtual abre brecha para que o empresário leia as próprias respostas e se ausente do depoimento quando quiser, “situação que vai de encontro ao dever jurídico de a testemunha dizer e de não calar a verdade”.

“Carlos Wizard tem que entender que a justiça brasileira tem outras coisas para fazer, não dá para levar na brincadeira o Supremo”, criticou Aziz. “‘Tá’ achando que conseguir habeas corpus no Supremo é igual ir na quitanda comprar bombom? É uma falta de respeito com o STF”.

Carlos Wizard é apontado como membro do chamado “gabinete paralelo”, à margem do Ministério da Saúde, que teria aconselhado o governo federal a defender o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19, como a hidroxicloroquina, e teorias como a da imunidade coletiva (ou “de rebanho”).

A sessão da CPI da Covid foi cancelada hoje. Além de Wizard, estava marcado o depoimento do auditor do TCU (Tribunal de Contas da União), Alexandre Marques, apontado como responsável por elaborar falso estudo sobre mortes por covid-19 no Brasil, citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Marques também conseguiu habeas corpus para ficar em silêncio na CPI e seu depoimento será remarcado.

*Com informações do Uol

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Carlos Wizard, o bilionário, e o auditor Alexandre Marques obtêm direito ao silêncio

Reinaldo Azevedo, Uol – Os ministros Gilmar Mendes e Roberto Barroso, do Supremo, concederam liminares em habeas corpus impetrados, respectivamente, por Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques e Carlos Wizard que lhe garantem o direito de ficar em silêncio na CPI em questões que possam levar à autoincriminação. Já defendi o instrumento para outros depoentes e, por óbvio, o faço também nesse caso porque se trata de um direito fundamental.

É uma garantia com consequências, certo? Quem apela ao expediente quase sempre se põe na lista de pedidos de indiciamento a ser apresentada pelo relator. Afinal, as palavras fazem sentido: só pode se incriminar quem pode… se incriminar. Tautológico? É. Se não é aceitável, e não é, impor a alguém a autoincriminação, então se está a dizer que a investigação passa a ser uma obrigação dos órgãos competentes de Estado.

Lembro: Marques é aquele auditor do TCU que redigiu uma papelucho especulando sobre o verdadeiro número de pessoas mortas por Covid-19. Mentiu, com dados extraídos da própria cachola, que houve falsa atribuição de causa, o que teria inflado o número de casos fatais da doença. Um dado para ilustrar a sapiência desse gênio: nos cinco primeiros meses de 2021, houve 20% a mais de enterros na cidade de São Paulo do que no ano anterior. Na comparação com 2019, o crescimento é de 46%.

Bem, o pai do rapaz é amigo de Bolsonaro e exerce cargo de confiança na Petrobras. A direita brasileira adora o Estado, como sabemos. Bolsonaro atribuiu o opinionismo a um suposto relatório do TCU e espalhou a mentira por suas redes. Silva Marques foi afastado de suas funções e está sendo investigado pela Polícia Federal.

Mendes observa, no entanto, que o direito ao silêncio se restringe a “perguntas que possam, por qualquer forma, incriminá-lo, sendo-lhe, contudo, vedado faltar com a verdade relativamente a todos os demais questionamentos não abrigados nesta cláusula”. É claro que caberá só a ele arbitrar, na hora, se a questão, de algum modo, lhe diz respeito ou não. Mas, reitere-se, cada silêncio pesa.

SIGILOS
O auditor do TCU pediu ainda que fossem suspensas as quebras de seu sigilo telefônico e telemático. Nesse caso, também corretamente, não foi atendido. Escreveu o ministro:
“No requerimento de quebra de sigilo, apresenta-se a justificativa de que seria imperioso apurar se o paciente teria sido orientado por pessoas próximas ao Presidente da República para elaborar ‘estudo paralelo’ quanto às mortes por Covid-19. Trata-se, portanto, de levantar possíveis implicações do paciente em irregularidades investigadas pela Comissão, as quais podem vir a constar do relatório final que a Comissão encaminhará para promoção da responsabilidade criminal dos envolvidos. É perceptível a condição de investigado do paciente”.

Ele poderá, pois, silenciar sobre matéria com potencial de autoincriminação e terá a assistência de um advogado. É uma garantia constitucional. Assim como a Constituição assenta a prerrogativa que tem a comissão de quebrar sigilos, desde que em consonância com a matéria investigada.

CARLOS WIZARD
O empresário Carlos Wizard, contra quem há indícios veementes de ter integrado um “gabinete paralelo” da Saúde — com soluções simples e erradas para problemas difíceis –, reivindicou o privilégio de prestar um depoimento virtual, Não conseguiu. Entrou com pedido de liminar, em mandado de segurança, relatado pela ministra Rosa Weber, para suspender a quebra dos sigilos telefônico e telemático. Também não conseguiu. A CPI, aliás, a ampliou também para as questões bancária e fiscal. Deve recorrer de novo.

E apelou ao STF com habeas corpus com uma série de pedidos:
a: para prestar depoimento virtual:
b: para ter acesso aos documentos que embasariam a suposta acusação — que ainda não há, note-se;
c: que, não comparecendo, esteja livre de um mandado de condução coercitiva;
d: caso compareça, que lhe seja assegurado o direito de silenciar sobre matéria que possa levar à autoincriminação;
e: que, nesse caso, esteja acompanhado de um advogado.

Em matéria relatada pelo próprio Barroso, estabeleceu-se que a CPI define a forma do depoimento — e, no caso, o Regimento do Senado impõe que seja presencial. Quanto à acusação, lembrou o ministro que os documentos são públicos. Havendo notícia de que haja algum que não seja, que se diga qual. Quanto ao ttem C, observou que, no caso, inexiste a hipótese de não comparecer. Logo, não se cuida do eventual desdobramento.

Quanto ao direito ao silêncio, escreve Barroso:
“Com efeito, o privilégio de não-autoincriminação é plenamente invocável perante as Comissões Parlamentares de Inquérito, representando direito público subjetivo colocado à disposição de qualquer pessoa que, na condição de indiciado, acusado ou testemunha, deva prestar depoimento perante órgãos do Poder Legislativo, do Poder Executivo ou do Poder Judiciário.”

Como observo no caso de Silva Marques, trata-se de um direito que, a exemplo de todos, tem consequências. Não se pode impor a autoincriminação, é claro. Mas o calar-se enseja a obrigação de o órgão competente promover a investigação.

AINDA AS QUEBRAS DE SIGILO
“E por que você se incomodou, Reinado, quando ministros, inclusive Barroso, suspenderam quebras de sigilo?” Porque se cassa uma prerrogativa da CPI. Minha crítica foi mais dirigida às considerações de Nunes Marques. CPIs não têm o poder de investigação da Polícia ou do Ministério Público. Para que peçam a quebra de sigilo, basta que os titulares do dito-cujo sejam importantes na elucidação do que se investiga. Para que um ministro se arvore em suspender uma prerrogativa que tem outro Poder, convenham, é preciso estar muito bem-informado sobre o que está em apuração na comissão.

É a jurisprudência do Supremo, bem resumida por um despacho do ministro Marco Aurélio:
“A fundamentação exigida das Comissões Parlamentares de Inquérito quanto à quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático não ganha contornos exaustivos equiparáveis à dos atos dos órgãos investidos do ofício judicante. Requer-se que constem da deliberação as razões pelas quais veio a ser determinada a medida.
Parte, assim, de elementos precários, longe ficando de revelar, ao primeiro exame, a convicção a respeito da participação de cada qual. Medidas que visem à elucidação dos acontecimentos hão de ser tomadas, é certo, de maneira segura, consciente, sem, no entanto, partir-se para impor a robustez dos elementos autorizadores das deliberações”.

É isso.

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