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Procuradores da “lava jato” criticaram denúncia do MP-SP contra Lula

A denúncia e o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula feitos pelo Ministério Público de São Paulo em março de 2016 foram criticadas por integrantes da força-tarefa da “lava jato”. Segundo os procuradores, as acusações eram frágeis e poderiam prejudicar a operação no Paraná.

A informação consta de uma troca de mensagens entre procuradores à qual a ConJur teve acesso. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso da chamada operação “spoofing”, que mira hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.

O MP-SP denunciou Lula por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por ocultar bens, como o tríplex no Guarujá (litoral paulista). Ao pedir a prisão preventiva do ex-presidente, os promotores afirmaram que a medida era necessária porque ele demonstrava “ira contra as instituições do sistema de Justiça”, inflamando a população e reclamando de medidas judiciais.

A Justiça de São Paulo discordou do Ministério Público estadual e decidiu que cabia ao então juiz federal Sergio Moro analisar a denúncia contra Lula. Moro condenou o petista a nove anos e seis meses de reclusão. A pena foi aumentada pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para 12 anos e um mês de prisão. Posteriormente, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reduziu a penalidade para oito anos e dez meses.

Ao comentar a denúncia e o pedido de prisão em grupo de mensagens, o procurador Diogo Castor de Mattos diz ter “vergonha alheia” da petição. O chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, afirma que não sabe nem se a denúncia vai ser recebida. “Se for rejeitada a denúncia e a prisão, e depois recebida denúncia aqui, Lula falará que era o mesmo fato e que Moro recebeu por perseguição”.

O pedido de prisão feito pelo MP-SP já havia sido motivo de chacota à época em que foi divulgada. Por exemplo, os promotores, ao afirmarem que os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels teriam vergonha do petista, acabaram por confundir este último com Hegel, outro intelectual alemão.

A ConJur manteve as abreviações e eventuais erros de digitação e ortografia presentes nas mensagens.

Mas há pontos positivos na ação do MP-SP, ressalta a procuradora Laura Tessler. São eles: “I) o fato de o cara ter pedido a prisão do Lula mostra que somos comedidos ao pedir apenas a condução coercitiva; II) vão esquecer da gente por um tempo”.

“O pedido de prisão já está virando piada. Não sei se essa lambança do mpsp não vai respingar em nós. Creio que talvez fosse bom que essa denúncia fosse rejeitada e a juíza se manifestasse pela incompetência. Alguma coisa precisamos fazer para não passarmos por incompetentes junto com eles”, declara o procurador Andrey Borges de Mendonça.

Mattos questiona se o MP-SP está do lado de Lula: “Será q não foi de propósito esta denúncia ridícula pra melar tudo?”.

O procurador Vladimir Aras aponta que “a coisa é tão absurda e escancarada que vários membros do MP de todo o Brasil estão publicamente atacando essa sandice nas redes sociais. Silenciar diante de um absurdo desse tamanho é compactuar com um modelo de MP fadado ao opróbrio e ao desdém. Estou com vergonha”.

Ele lembra que não é a primeira vez que critica “absurdos” do MP-SP e anexa artigo publicado na ConJur em que mostrou os erros de competência do órgão em denúncia por lavagem de dinheiro contra membros da Igreja Universal do Reino de Deus.

Prevendo que os erros do MP-SP iriam se voltar contra a “lava jato”, o procurador Orlando Martello sugeriu plantar notícia na imprensa de que eles ficaram incomodados com a ação dos promotores paulistas.

“Vai sobrar para nós. Soltaria em off para todos os jornalistas o ‘tremendo mal estar que a denúncia e sobretudo a prisão causou nos integrantes da FT, tendo alguns a qualificado de irresponsável’. É pesado, mas é a verdade. Diria mais ainda, mas deixo esta primeira parte para avaliação de vcs”.

Mendonça sugere enfatizar aos jornalistas “o cuidado que a lava-jato tem na condução das investigações, sem açodamento, mas segura e sem se intimidar. E que a Lava-jato manterá a serenidade neste momento, pois, como demonstrou os trabalhos da 24 fase, encerrados em menos de 5 horas, há necessidade de, a par da prosseguirmos na busca de provas dos crimes investigados, ter em conta a segurança e ordem pública”.

Ao comentarem a notícia de que o promotor do MP-SP Cássio Conserino queria pessoalmente cumprir o mandado de prisão de Lula, o procurador Januário Paludo recomendou: “Vixe. Internem ele”.

Os procuradores discutem emitir uma nota à imprensa, mas avaliam que ela poderia queimar a “lava jato”. Um manifesto de integrantes do MP sobre os abusos em prisões preventivas é compartilhado no grupo. Segundo Mendonça, “advogados vão usar isso pra enfraquecer a Lava Jato. E tome textão com mimimi lá no Conjur….”.

A ConJur foi mencionada 24.639 vezes nas mensagens apreendidas pela Polícia Federal. Sergio Moro e os procuradores atribuem as notícias e reportagens sobre eles a pretensos interesses escusos da empresa de comunicação que produz o conteúdo ConJur.

*Sergio Rodas/Conjur

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Novo escândalo: STF quer saber aonde foi parar parte do fundo bilionário da Lava Jato

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, quer saber se parte do dinheiro discutido no acordo do fundo da “lava jato” teve destinação diferente do previsto. O pedido de informações consta de ofício assinado nesta terça-feira (4/2) e endereçado ao juiz Luiz Antonio Bonat, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

O acordo firmado para destinar R$ 1 bilhão para os incêndios florestais da Amazônia e R$ 1,6 bilhão para a educação foi homologado pelo ministro em setembro.

O dinheiro provém de acordo assinado entre a Petrobras e os procuradores da “lava jato”. Originalmente, foi prevista a criação de um fundo a ser administrado pelo Ministério Público Federal para investir genericamente em “projetos de combate à corrupção”. O acordo gerou o montante de R$ 2,6 bilhões, que seria depositado na conta da 13ª Vara Federal de Curitiba.

A ConJur mostrou que esse primeiro foi previsto em acordo com acionistas nos Estados Unidos. No entanto, em petição enviada ao STF, a companhia afirmou que a criação não foi informada aos acionistas da empresa nem ao seu conselho fiscal.

Esse primeiro fundo bilionário foi então suspenso pelo ministro, que entendeu ser “medida precária implementada por órgão incompetente”. “Os propósitos externados no Acordo de Assunção de Compromissos, em princípio, exorbitaram das atribuições que a Constituição Federal delimitou para os membros do Ministério Público, que certamente não alcançam a fixação sobre destinação de receita pública, a encargo do Congresso Nacional”, afirmou.

Depois dessa suspensão, foram então firmados os acordos que endereçaram os recursos ao combate a incêndios na Amazônia e à educação.

*Do Conjur

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Garimpo ilegal e grilagem são as maiores cobiças da vida de Bolsonaro

Bolsonaro é obcecado por garimpo, agropecuária e hidrelétricas em terras indígenas.

A nova configuração de poder no Congresso é a mais favorável em tempos recentes à agenda do “correntão”, que pretende legalizar crimes já em curso na Amazônia, como grilagem de terras, desmatamento e garimpo em áreas indígenas.

Bolsonaro terá em Arthur Lira, experiente colecionador de infrações ao Código Penal, um parceiro à altura para conduzir a pauta da pilhagem. Em sua campanha à presidência da Câmara, o líder do centrão serviu-se de jatinho da Rico Táxi Aéreo, de Manaus. Em seu site, consta que a Rico cresceu no setor de transporte com “pequenas aeronaves que serviam ao garimpo na região”. A mesma empresa doou R$ 200 mil à campanha de Lira a deputado, em 2014.

Uma das maiores obsessões de Bolsonaro é o projeto que libera mineração, garimpo, agropecuária, construção de hidrelétricas e extração de petróleo e gás em terra indígena. O projeto trata os povos nativos com a mesma lógica do colonizador europeu: dividir para governar. Estimula conflitos em torno da repartição de poder e do dinheiro das indenizações que vierem a receber.

Na essência, é um projeto etnocida. Os cupins da manipulação política e econômica têm o potencial de desestruturar essas sociedades por dentro. É também genocida porque os povos terão, forçosamente, contato com todas as desgraças levadas pelos invasores: doenças, drogas, violência. E alguém acredita que os órgãos de fiscalização terão condições de agir nos confins da Amazônia se não foram sequer capazes de monitorar barragens em Minas Gerais ?

O projeto viola o preceito constitucional de respeito à integridade das terras “tradicionalmente” ocupadas pelos indígenas, criado durante a Constituinte em árduo processo de negociação entre a direita e a esquerda. Pela direita, pasme, o negociador foi o então senador Jarbas Passarinho, ex-ministro da ditadura. Mas aqueles eram tempos de diálogo e de gestação de um pacto para a reconstrução do país.

Hoje, estamos diante da destruição desse pacto e da ruína civilizatória.

*Cristina Serra/Folha

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Vídeo – Carol Proner: “República de Curitiba cometeu crime de lesa-pátria”

Em entrevista à TV 247, a jurista Carol Proner evidenciou a ocorrência do crime de lesa-pátria pelos condutores da Operação Lava Jato, que, além de condenações indevidas, levou ao total desmonte da economia nacional, principalmente dos setores de construção civil e petróleo.

A jurista explicou detalhadamente a legislação para o enquadro: “De acordo com a Lei de Segurança Nacional, Art. 8º, ocorreu sim o crime de lesa-pátria. A lei fala em ‘entrar em entendimentos com grupo estrangeiro para provocar ato de hostilidade contra o país’”, disse.

Proner cobrou a responsabilização de figuras como o ex-juiz Sergio Moro: “Se tivéssemos hoje força política para poder cobrar responsabilidades, o que estas pessoas fizeram com o país, há sim de ser responsabilizado, não somente com a perda da sua função pública. O próprio ex-juiz Moro, percebendo isso, já atua nessa lógica ao ter ido para os Estados Unidos”.

A jurista completou notando a necessidade de reforma na legislação brasileira de combate à corrupção: “O Brasil tem sua soberania subordinada hoje a uma rede internacional importante, que envolve a hegemonia do sistema financeiro e bancário. Diversos países estão revendo suas legislações de combate à corrupção, mas nós continuamos à mercê de um novo Dallagnol, de um novo Sergio Moro”, lamentou.

*Com informações do 247

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Após grampos, Lava Jato descartou prisão para não tornar Lula ‘mártir vivo’

A força-tarefa da Operação Lava Jato viveu um momento de euforia com os grampos divulgados entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (ambos do PT) em março de 2016 e, ao mesmo tempo, de cautela por temer transformar em “mártir” o petista.

Procuradores debateram que não havia “espaço político” para prisão naquele momento. Os diálogos no aplicativo Telegram —apreendidos em operação que prendeu hackers— tiveram o sigilo suspenso pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski.

Procurado, o MPF (Ministério Público Federal) não se manifestou sobre as mensagens.

‘Caraca!!!’

“Caraca!!!”, escreveu o procurador Paulo Galvão em um grupo da Lava Jato em aplicativo de mensagens. “Dá-lhe, Gilmar!”, comemorou em seguida a procuradora Jerusa Viecili -o ministro do STF havia vetado posse de Lula no governo Dilma como ministro da Casa Civil.

Na mesma conversa de 18 de março, o procurador Andrey Borges de Mendonça sugeriu: “Agora vamos preparar a denúncia e se, até lá, estiver ok, apresentamos para o Moro”. Na sequência, ele lembrou que o petista também poderia ser denunciado em Brasília por obstrução à Justiça.

Um temor de Mendonça era de que a denúncia em Brasília “poderia facilitar a alegação de conexão e de que tudo deveria subir [sair de Curitiba]”. “Minha opinião é refletir com Brasília o momento de eventual denúncia lá por obstrução. Eu acho q o ideal é segurar até vocês denunciarem sítio/tríplex (caso seja isso que vão denunciar) e depois denuncia lá em cima [Brasília].”

É importante refletir sobre isso. Ter uma posição uníssona com o PGR [procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à época] seria bem importante

Andrey Borges de Mendonça, procurador em 18 de março de 2016

O debate sobre acerto com PGR e o MPF no Distrito Federal a respeito de denúncia teve o apoio de outros procuradores. “Temos que alinhar tudo muito bem com os meninos em Brasília e PGR!”, escreveu Roberson Pozzobon.

“Concordo. O PGR agiu muito bem no episódio do grampo e estamos todos no mesmo barco”, pontuou Diogo Castor de Mattos, também se referindo a uma fala de Janot que disse que a interceptação de uma conversa telefônica entre Lula e Dilma foi “legal”. O áudio foi divulgada por Moro em 16 de março e foi uma das bases para brecar a nomeação de Lula.

“Cuidado para não fazer um mártir”

Também membro da força-tarefa à época, o procurador regional Antônio Carlos Welter sugeriu cautela sobre o momento da denúncia contra Lula. A tese dele tinha como base o fato de que o plenário do STF ainda iria avaliar se manteria ou não a decisão provisória de Gilmar.

“Caríssimos, acho que temos que ter um pouco de cuidado para não fazer um mártir. Ou pior, um mártir vivo, justificando o discurso do Lula de que se vê como preso político”, escreveu Welter no grupo. “Possivelmente a liminar será levada a plenário em uma semana, talvez na quarta pós Páscoa. Não vejo, assim, necessidade de pressa (embora minha vontade seja noutro sentido).”

Para ele, “as eventuais providências contra o Lula correm o risco, assim, em caso de revogação da liminar, de não serem confirmadas ou, ainda pior, de serem cassadas na mesma sessão, caso a maioria seja noutro sentido”.

Ele [Lula] voltaria encarnando um ressuscitado após a semana santa. Pior cenário impossível. Sugiro, assim, que seguremos o andor. Até porque, se confirmada a liminar, qualquer providencia poderia ser encetada imediatamente.

Antônio Carlos Welter, procurador regional, em 18 de março de 2016

  • O MPF do Distrito Federal denunciou Lula por obstrução de Justiça em julho de 2016;
  • A primeira denúncia da Lava Jato contra Lula, sobre o tríplex do Guarujá (SP), foi apresentada em setembro de 2016;
  • A análise do plenário do STF sobre a nomeação de Lula aconteceu apenas três anos depois, em 2019.

Críticas à Lava Jato crescem

O temor de Welter sobre o momento de apresentar a denúncia se justifica pelo fato de, apesar de a Lava Jato estar em um momento de fortalecimento em março de 2016, a operação também começou a receber mais críticas.

“Não dá para esquecer que, nesses dois dias, recebemos críticas que, até então, não tinham surgido, que passaram a vir de vozes mais temperadas, seja na nossa classe, no judiciário, ou ainda na imprensa”, escreveu. “Basta ver a fala do ministro Teori [Zavascki], hoje, que em cerimônia disse que o juiz deve se manifestar somente no processo, com serenidade.”

Dias depois, Teori, relator da Lava Jato no STF à época, chegou a tirar processos de Lula de Curitiba. Três meses depois, o ministro decidiu reenviá-los para Moro. Teori morreu em janeiro de 2017.

Pondero, assim, que seguremos o andor, sem parar de chacoalhar o santo. Ele é de barro, vai quebrar sozinho. Não podemos é dar cola para ela unir os pedaços.

Antônio Carlos Welter, procurador regional, em 18 de março de 2016

Welter lembra que, após a divulgação dos grampos, “depois de muito tempo, o PT levou 200.000 pessoas na avenida Paulista”.

Prisão de Lula? Não agora

Logo após a manifestação de Welter, um integrante do grupo da Lava Jato —o qual não é possível identificar— afirma: “concordo com o Welter no sentido de que não há espaço político para um pedido de prisão”. “Quanto ao mais, vamos trabalhar na denúncia, como estava previsto. Quando estiver pronta, levamos o caso para o PGR e decidimos.”

Na sequência, Jerusa mostrou um meme em que aparece Moro fechando uma porta e dizendo: “Peço licença. Preciso preparar um papel para o japonês entregar. Valeu, Gilmar!”

A figura faria referência a um suposto pedido de prisão preventiva de Lula.

“Brincadeira, gente! Preventiva só quando a denúncia estiver redondinha e com aval da PGR [Procuradoria Geral da República]. Creio que só em caso de fato novo, grave, atual e clássico de prisão. Salvo isso, iríamos perder mais que ganhar”, escreveu a procuradora também em 18 de março.

Dias antes, em 14 de março, o então coordenador da força-tarefa, procurador Deltan Dallagnol, também já havia indicado que um pedido de prisão demandaria novidade. “Em relação à prisão do Lula, somente se houver fato significativo, clássico e atual para um novo pedido. É minha posição.”

Lula foi preso em abril de 2018, após ter sido condenado em segunda instância no processo do tríplex. O ex-presidente foi solto em novembro de 2019 apenas em razão de decisão do STF que proibiu prisão após segunda instância. A condenação ainda é válida.

Nathan Lopes/Uol

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Para ministros do STF não restam dúvidas sobre crimes de Moro e procuradores da Lava Jato

Dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), é cada vez maior a convicção de ministros sobre as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato, liderados por Deltan Dallagnol.

A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, afirmou pelo Twitter que os gabinetes dos ministros estão analisando as trocas de mensagens entre Moro e os procuradores que compõem o acervo da operação Spoofing, e já identificaram pelo menos cinco ilegalidades cometidas pela Lava Jato.

Segundo Lima, a análise de técnicos do STF sobre as mensagens aponta indício de antecipação de decisão e combinação de jogo processual; compartilhamento contínuo de informações sigilosas; interferência na produção de provas; falhas na cooperação com autoridades estrangeiras e falhas nas ações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesta quinta-feira, o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse em entrevista à CNN Brasil que a Lava Jato não tinha agentes públicos atuando dentro de suas competências, mas “transgressores da lei”. “Quem é o chefe/coordenador da Lava Jato segundo esses vazamentos, esses diálogos? É o [Sergio] Moro, que eles [procuradores] chamavam de russo”, criticou.

*Com informações do 247

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Moro autorizou apreensão na casa de Lula “a pedido de ninguém” e virou piada na Lava Jato

O ex-juiz Sergio Moro “autorizou” operações de busca e apreensão em residências e propriedades de pessoas e instituições investigadas no âmbito dos inquéritos contra Luiz Inácio Lula da Silva e o Instituto Lula, no dia 4 de março de 2016, sem que ninguém do Ministério Público Federal ou da Polícia Federal tivesse solicitado a diligência.

É o que mostram conversas realizadas por aplicativos de mensagens entre procuradores e policiais federais da Operação Lava Jato, às quais a Defesa do ex-presidente teve acesso e foram usadas na petição protocolada junto ao STF nesta quinta-feira (4).

Como mostram os diálogos, a insólita atitude do ex-juiz foi motivo de espanto e piada dos próprios procuradores da força-tarefa, que trabalhavam em escancarado consórcio com o juiz da causa – que deveria ser imparcial.

O documento apresentado ao STF pela defesa de Lula revela a reação das autoridades de investigação ao saberem que o ex-juiz havia ordenado mandados de busca “a pedido de ninguém” – ou, seja, em claro desvio de função, já que a medida não havia sido solicitada pelo Ministério Público Federal ou pela PF.

Em conversa ocorrida no dia 27 de fevereiro de 2016, o delegado federal Luciano Flores ironiza: “Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk”, diz a mensagem. Russo é como os membros da força-tarefa se referiam a Moro nos diálogos feitos por meio de aplicativos de mensagens.

“Como assim?!”, respondeu Renata Rodrigues, também delegada da PF. Flores, em nova ironia, finaliza: “Normal… deixa quieto…Vou ajeitar…kkkk”.

Uma semana depois, no dia 4 de março daquele ano, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e propriedades de pessoas e instituições investigadas no âmbito dos inquéritos contra Luiz Inácio Lula da Silva e o Instituto Lula – também alvos de operação policial naquela data.

Veja, abaixo, os referidos trechos dos diálogos.

27 Feb 16
• 18:18:04 Luciano Flores Russo deferiu uma busca que não foi pedida por
ninguém…hahahah
• 18:18:20 Renata Rodrigues Kkkkk
• 18:18:20 Renata Rodrigues Como assim?!
• 18:18:37 Luciano Flores Normal… deixa quieto…
• 18:19:40 Luciano Flores Vou ajeitar…kkkk
• 18:26:56 Prado APF
• 21:54:20 Januario Paludo Foi informado pela odebrecht. Kkk

*Com informações do DCM

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Novela da Globo: Vazamentos escancaram que Lava Jato foi 100% midiática e 0% jurídica

Vendo nos vazamentos das conversas em que os procuradores se divertiam com seus preconceitos contra Lula quando não encontravam provas e partiam para a galhofa, ao invés de ficarem em pânico, entende-se que todo esse sossego era alicerçado pela certeza de que eles não precisavam produzir provas, apenas formular uma narrativa fantasiosa para que, recebendo uma maquiagem das redações da Globo, fossem para o Jornal Nacional a partir de imagens grandiloquentes da PF em cada prisão efetuada.

Isso bastaria para convencer uma parte ávida da sociedade disposta a ver a todo custo o sangue de qualquer integrante do PT, depois de anos de campanha de ódio da própria Globo.

O mesmo vale tudo contra o PT, que marcou a Globo desde a farsa do mensalão, varou todos esses anos e se intensificou na Lava Jato, assim como na campanha que elegeu Bolsonaro.

A Lava Jato jamais se preocupou em de fato apresentar provas contra Lula ou alguém do PT, por isso viu-se tanto “kkkkkk” das gargalhadas que os procuradores davam na troca de mensagens, felizes da vida, mesmo sem conseguir um cisco de provas contra as suas vítimas.

Foram sete anos sem umazinha sequer, mas sempre souberam usar a garupa da Globo para vampirizar Lula e o PT.

Se eles não colhiam provas, como não colheram nenhuma, mesmo grampeando, de forma ininterrupta, os telefones dos advogados e do próprio Lula, e não conseguindo ao menos um assovio que incriminasse Lula, não tinha problema, a equitação vampírica estava garantida no Jornal Nacional. Era ali que os miolos do ninho fascista se remexiam para transformar as mãos furadas dos procuradores da Lava Jato em mãos heroicas na base da velha máxima de que “uma imagem vale mais que mil palavras”.

Por isso foi preciso transformar Moro e Dallagnol em canastrões da Globo, como a emissora faz com seus galãs e, logicamente, transformar Lula no pior vilão da história da humanidade.

Assim, a ópera bufa jamais precisou ter qualquer relação com a constituição, com as leis ou coisa que o valha. Tudo foi feito de forma azeitada pela mídia para transformar um inquérito furado num grande espetáculo de “combate à corrupção”.

Também por isso, a Globo não dá um pio sobre os vazamentos, porque é a parte principal da criminosa Lava Jato.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Lava Jato monitorava minuto a minuto o grampo nos advogados e em Lula

Segundo o GGN, os procuradores eram informados minuto a minuto do que ocorria e articulavam os próximos passos em função das conversas grampeadas.

Outro relatório do perito contador Cláudio Wagner levantou as conversas da Lava Jato sobre o monitoramento dos telefones dos advogados de Lula e do próprio Lula, confirmando que servia para identificar as estratégias da defesa e se antecipar.

Os procuradores eram informados minuto a minuto do que ocorria e articulavam os próximos passos em função das conversas grampeadas.

De acordo com o que vai sendo revelado pelas conversas vazadas da Lava Jato, tornam-se abundantes as provas que, por mais escaramuçada que tenha sido a vida de Lula pela Lava Jato, nada foi encontrado para incriminá-lo.

Por isso era preciso pilhar o Jornal Nacional com manchetes fantasiosas para enfiar uma carapuça a vácuo na cabeça de Lula, mostrando que todas as acusações foram feitas na base do improviso, da molecagem, de forma misteriosa soprada por alguma entidade extraterrestre.

Moro, que já está murcho, vazio, com a cabeça pendida, suando, como um frouxo que é, está tentando segurar com as mãos no STF a barragem de lama que se rompeu e que não para de atazanar o ex-herói dos tolos, até porque cada desonra sofrida por ele que sempre teve horror à verdade e, agora, não tem sossego nem para dormir, Lula, por sua vez, assiste de camarote a tragédia inteira que o bando da Lava Jato sofre junto com o patrão.

Certamente, Lula se diverte com o que está sendo revelado, enquanto Moro mergulha num desespero depois de ser turbilhonado por um caixote que o arremessou a 50 metros de distância da praia, enchendo todos os seus orifícios de areia grossa e lixenta.

Ou seja, o imbecil caiu na própria emboscada que armou para Lula junto com o núcleo central. Agora, vê-se rodopiando dentro do próprio moinho numa sofreguidão terrível tentando apelar para Fachin lhe servir de peneira de tanto cascudo e rolete de fumo que o idiota está levando.

*Da redação

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Tacla Durán afirma que planilhas entregues à Lava Jato foram manipuladas para sustentar delações

Tacla Durán, ex-advogado da Odebrecht, não pôde ser ouvido sequer pelo TRF-4.

Dentre os diálogos de procuradores que vieram à público após a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de tornarem públicos os dados da Operação Spoofing, há diversas menções ao advogado Tacla Duran. Em uma delas, o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato, afirma que o ex-juiz Sérgio Moro não gostou nada da convocação do advogado como testemunha solicitada pela defesa do ex-presidente Lula.

“Vi que Putin ficou bem putin com isso”, disse Dallagnol no dia 27 de agosto ao comentar sobre a notícia de que a defesa convocou Durán como testemunha. “Putin” era um dos codinomes usados pelos procuradores para se referirem a Moro.

A convocação, que irritou Moro, foi indeferida pelo próprio magistrado. Durán foi representante legal da Odebrecht e denunciou supostos esquemas de pagamento de propina em troca de melhorias em delações premiadas negociadas em Curitiba. Por conta das denúncias, o advogado foi ouvido na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

A defesa de Lula tentou fazer com que Durán fosse ouvido em outras oportunidades, mas não foi aceito nem por Moro, nem pelo TRF-4. No pedido, os advogados alegavam que “o material entregue, segundo Rodrigo Tacla Durán, não corresponde ao original do sistema, porquanto as informações teriam sido manipuladas por executivos do Grupo Odebrecht com o objetivo de dar sustentação aos depoimentos juntados aos acordos de colaboração premiada”.

Dois dias antes desse diálogos, Dallagnol discutia com procuradores a possibilidade de soltar uma nota em defesa de Moro sobre as alegações de Tacla Durán e Carlos Zucolotto Junior. “Eu acho que devemos fazer uma nota curta pra dar suporte [a Moro] e ajudar a minar a credibilidade, até porque nosso silêncio pode ser lido como não endosso”, escreveu o procurador.

*Com informações da Forum

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