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Tarcísio promove delegado suspeito de comprar cargo na polícia

Policial, conhecido como ‘Bad Boy’, vai assumir delegacia que cuida de toda a Grande São Paulo.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) realizou nesta segunda-feira (10) mudanças na cúpula da Polícia Civil de São Paulo e, entre elas, promoveu para diretor do Demacro o delegado Luiz Carlos do Carmo, conhecido como Bad Boy, investigado no passado sob a suspeita de comprar cargo na polícia.

A chefia do Demacro é considerada uma das mais importantes de toda a Polícia Civil paulista, por ser responsável por toda a Grande SP, o que inclui municípios entre os mais ricos do país como Guarulhos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Santo André, Mauá e Mogi das Cruzes.

Em nota, a Corregedoria da Polícia Civil disse que todas as denúncias mencionadas foram devidamente investigadas e, posteriormente, arquivadas. “Não há, até o momento, qualquer impedimento para que o delegado citado assuma o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).”

A Folha de S.Paulo tentou falar com o delegado Carmo. A reportagem solicitou à SSP contato do policial, mas não foi atendida.

O nome de Carmo surgiu em investigação envolvendo o ex-policial Augusto Peña que, em depoimento ao Ministério Público em fevereiro de 2009, afirmou ter participado de esquema de venda de cargos na Polícia Civil organizado pelo então secretário-adjunto da Segurança Lauro Malheiros Neto, quando José Serra (PSDB) era governador de São Paulo.

Policial é conhecido como ‘Bad Boy’
De acordo com ele, ao menos três delegados pagaram valores de R$ 110 mil a R$ 250 mil para assumir cargos de interesse. Carmo teria pagado por uma vaga no Detran, o departamento de trânsito, cujo valor Peña não soube informar à Promotoria porque teria recebido o dinheiro em um pacote fechado.

Os policiais e o secretário negavam participação no suposto esquema. O delator não havia apresentado provas, mas integrantes do governo paulista consideravam crível a história contada por ele em razão de suspeitas já existentes.

O escândalo levou à queda da cúpula da Segurança Pública da época, comandada pelo secretário Ronaldo Marzagão. Ele foi substituído pelo procurador Antônio Ferreira Pinto, que, entre medidas de combate à corrupção policial, transferiu o comando da Corregedoria na Polícia Civil para sede da secretaria.

Após implementar ações contra policiais suspeitos, Ferreira Pinto passou a ser alvo de espionagem clandestina feita por um grupo de delegados. Quando o esquema foi descoberto em 2011, uma série deles foi afastada do cargo, entre eles o então delegado-titular do DHPP (departamento de homicídios), Luiz Carlos do Carmo. O policial não quis comentar o assunto à época.

A primeira polêmica envolvendo o delegado ocorreu em 2007, quando ele foi afastado da chefia da 8ª Seccional por ter apresentado à cúpula da Segurança Pública, como se fosse nova, uma investigação sobre sonegação fiscal parada há mais de dois anos. Na ocasião, ele também não comentou.

Policiais civis: indicação de Carmo ‘absurda’
Para policiais civis ouvidos pela Folha, as mudanças desta segunda-feira são vistas como um arranjo político de cargos que não trarão nenhuma mudança significativa para a Segurança Pública. Todos foram unânimes em considerar um absurdo a indicação de Carmo para o Demacro.

Embora as trocas tenham sido assinadas pela Casa Civil, por ser uma atribuição do governador, elas são atribuídas ao secretário da Segurança, Guilherme Derrite.

Em janeiro, o governo paulista havia promovido a mudança na chefia de departamentos importantes como o próprio Deic, o Denarc (narcóticos) e a Corregedoria, após o desdobramento do caso Vinícius Gritzbach, delator do PCC morto no Aeroporto Internacional de São Paulo.

A Corregedoria da Polícia Civil afirmou ainda que as movimentações promovidas na segunda-feira seguiram critérios estritamente técnicos e operacionais da instituição.

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Kim Kataguiri, este de escopeta nas mãos, protocolou na última quarta-feira (4) um projeto que proíbe artistas de fazerem apologia a crime

É muito vigarista!

Na verdade, Kim, que é daqueles parlamentares de rede social, não tem pauta nenhuma para o país e vive do exótico apimentado para lacrar na redes.

Isso seria fatal. O MBL é o próprio Kim.

Issó já é suficiante para afirmar que essa ameba, surgida e patrocinada para golpear Dilma, é um dos principais combustíveis do neofascismo nativo.

Kim é partidário do criminoso Gabriel Monteiro, preso por pedofilia, e Mamãe Falei, aquele palerma que protagonizou inumeros episódios da mesma monta e que acabou cassado depois que foi pego em gravação atacando mulheres ucrianianas, a quem ele classificou como fáceis.

O que aqui se quer cravar é que isso não é atividade apenas de Kim, mas do MBL, movimento altamente racista que combate, par e passo, qualquer benefício de cota para negros.

Ou sejá, Kim é um pacote que leva seu rótulo, mas o conteúdo é um só, o neofascismo como prática concreta.

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Lula anuncia investimento de R$ 112,9 bilhões a indústria no fortalecimento Defesa

Recursos públicos e privados vão impulsionar avanços em satélites, foguetes e radares para ampliar soberania nacional.

Em evento realizado nesta quarta-feira (12), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um pacote de investimentos de R$ 112,9 bilhões voltado à indústria de defesa. A iniciativa marca um ano do programa Nova Indústria Brasil (NIB) e prevê o fortalecimento de setores estratégicos, como satélites, veículos lançadores e radares. A cerimônia contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, além de representantes do governo e do setor produtivo.

Alckmin destacou o impacto da medida na economia e na tecnologia nacional. “A indústria de defesa é fundamental para o desenvolvimento de tecnologias de ponta, que também podem ser aplicadas no nosso dia a dia, como o GPS e os drones. Com a Nova Indústria Brasil, vamos fortalecer a indústria nacional e ampliar a competitividade dos nossos produtos no mercado internacional”, afirmou. O vice-presidente citou como exemplo o cargueiro KC-390, da Embraer, símbolo do avanço tecnológico brasileiro no setor, segundo o 247.

Crescimento das exportações de defesa

Nos últimos dois anos, o Brasil tem registrado crescimento expressivo na exportação de produtos de defesa. Em 2024, as vendas externas atingiram US$ 1,8 bilhão, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Em 2023, o setor já havia crescido 123% em comparação com 2022, alcançando US$ 1,5 bilhão em exportações.

A Missão 6 da NIB conta com um investimento total de R$ 112,9 bilhões, dos quais R$ 79,8 bilhões são de recursos públicos e R$ 33,1 bilhões vêm da iniciativa privada. O montante público inclui R$ 31,4 bilhões do PAC Defesa, destinados a projetos como o caça Gripen, o KC-390, viaturas blindadas, fragatas e submarinos.

O setor privado investirá R$ 33,1 bilhões, divididos entre aeroespacial e defesa (R$ 23,7 bilhões), nuclear (R$ 8,6 bilhões) e segurança e outros segmentos (R$ 787 milhões). Além disso, a Finep e o BNDES assinaram um contrato com a Embraer para financiar projetos de inovação no setor.

Foco em tecnologias estratégicas

O governo definiu três cadeias produtivas prioritárias dentro da Missão 6: satélites, veículos lançadores e radares. Esses setores foram escolhidos devido à capacidade local já existente, ao potencial de exportação e à geração de empregos qualificados. O objetivo é elevar o domínio brasileiro sobre as chamadas “tecnologias críticas”, essenciais para a soberania nacional.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) estabeleceu metas para o avanço do Brasil nesse setor. Atualmente, o país domina 42,7% das tecnologias críticas, e a meta é elevar esse percentual para 55% até 2026 e 75% até 2033. A lista de 39 projetos estratégicos de pesquisa e desenvolvimento foi elaborada em parceria com os ministérios da Defesa, da Ciência, Tecnologia e Inovação, além da Finep e da Agência Espacial Brasileira.

Investimentos totais na indústria brasileira

Os investimentos no setor industrial brasileiro já somam R$ 3,4 trilhões, combinando recursos públicos e privados. O governo destina R$ 1,1 trilhão por meio do Plano Mais Produção (P+P), braço financeiro da NIB, e programas como o Novo PAC e o Plano de Transformação Ecológica. Enquanto isso, a iniciativa privada anunciou R$ 2,24 trilhões em aportes para fortalecer a produção nacional nos próximos anos.

Nos próximos meses, o CNDI realizará reuniões para aprofundar as discussões sobre as cadeias produtivas prioritárias e garantir a implementação das metas estabelecidas pelo governo federal.

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SP: MP abre inquérito contra Nunes por suspeita de corrupção em obra próxima ao Jardim Pantanal

Há indícios de favorecimento de empresas pertencentes a pessoas ligadas diretamente ao prefeito.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou a abertura de um inquérito contra a gestão Ricardo Nunes (MDB) à frente da Prefeitura de São Paulo por suspeita de corrupção em uma obra de R$ 18,4 milhões na região do Jardim do Pantanal, no extremo leste da capital paulista.

A ordem judicial se refere a supostas irregularidades em contratos firmados de 2021 a 2022 entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) e a empresa Abcon Construção e Engenharia para a execução de uma obra de canalização de córrego no bairro.

A promotoria atende a denúncia feita pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) em 2023 sobre obras com suspeita de superfaturamento sob a gestão do emedebista, com base em relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM). O deputado divulgou nesta terça-feira (11) comunicado sobre a abertura de inquérito, que ocorreu em dezembro do ano passado.

Segundo o MP-SP, há indícios de sobrepreço e superfaturamento; favorecimento de empresas pertencentes a pessoas ligadas diretamente a Nunes; formação de cartel; e uso habitual de justificativa de dispensa de licitação por emergência devido à falta de planejamento da secretaria municipal.

O Jardim Pantanal sofre com alagamentos constantes há décadas. Em fevereiro deste ano, a região, onde vivem cerca de 45 mil pessoas, passou mais de uma semana com pontos de alagamento, após o forte temporal que atingiu a cidade.

Segundo o MP, a Siurb não prestou esclarecimentos solicitados pela promotoria quando o inquérito foi aberto. Na portaria, o MP solicita que a secretaria, no prazo de 20 dias úteis, forneça os seguintes documentos: planilha de contratos firmados com dispensa de licitação, cópia digital do processo de dispensa de licitação e justificativa apresentada ao TCM quanto ao incremento no número de contratações emergenciais da pasta. O órgão solicita a manifestação da construtora no mesmo prazo.

Esse é um dos 223 contratos da gestão Nunes sob suspeita de conluio para combinação de preços. O caso foi noticiado pelo UOL no ano passado. De acordo com a publicação, o esquema consistia em convidar três companhias para participar da licitação, mas apenas uma delas apresentava uma proposta viável, garantindo a vitória no contrato. Apenas na região do Jardim Pantanal, seriam 12 obra com suspeitas de conluio.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que

“as contratações de obras emergenciais seguem todos os ritos legais vigentes, atendendo integralmente aos requisitos exigidos”.

“A intervenção citada, às margens do Córrego Lajeado, foi necessária para conter o processo de erosão que colocou em risco iminente de desabamento mais de 50 casas. A obra foi executada conforme o projeto aprovado, e entregue em abril de 2023. Cabe ressaltar que todos os questionamentos do Ministério Público feitos por meio de Inquérito Civil foram respondidos integralmente pela Secretaria de Infraestrutura Urbana”, declarou a gestão municipal.

*BdF

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Borrado de cima embaixo, o traseiro sujo Jair Messias Bolsonaro agora é contra o Ficha Limpa

O sócio de Moro na maior fraude eleitoral da história do Brasil, em 2018, Bolsonaro, adorou quando os vigaristas de Curitiba da Lava Jato, conseguiram emplacar a Lei da Ficha Limpa para aplicar em Lula e deixá-lo condenado em segunda Instância e, consequentemente, inelegível.

Agora, o mesmo acha a mesma Lei da Ficha Limpa uma lei que só pune gente de direita.

Essa besta só abre a boca para mentir e trapacear os idiotas que adoram ser idiotas.

Que a ratoeira o carregue!

As porteiras do gado se fecham aqui.

Vai mugir lá na casa 58 de seu Jair no Vivendas da Barra, onde também mora o assassino de Marielle.

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Lula ironiza Faria Lima: ‘governar para uma minoria não gera déficit’

Presidente destacou que seu governo prioriza políticas públicas inclusivas, especialmente na área da educação.

Em discurso durante a cerimônia de entrega do Prêmio Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, realizada nesta segunda-feira (10) em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou a elite financeira e afirmou que governar apenas para uma parcela privilegiada da população evitaria déficits fiscais, mas não resolveria os problemas do país.

“Tem gente que acha que este país tinha que ser governado apenas para 35% da população. Apenas para 35% da população. Aí a gente não tinha problema de Orçamento. A gente não teria problema de déficit fiscal, porque é governar para menos gente, e gente com mais dinheiro”, disse Lula, de acordo com a CNN Brasil.

O presidente destacou que seu governo prioriza políticas públicas inclusivas, especialmente na área da educação. Quando se trata de educação, não pode haver veto ideológico, partidário, religioso ou de gênero, disse ele. “O que importa saber é que estão na escola crianças brasileiras que precisam de ajuda”, afirmou.

Compromisso com a alfabetização – O evento premiou iniciativas de prefeituras e secretarias de educação que avançaram na alfabetização de crianças até o 2º ano do ensino fundamental. A meta do governo federal, estabelecida em 2023, é garantir que 80% das crianças entre 7 e 8 anos estejam alfabetizadas até 2030. O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) envolve esforços coordenados entre União, estados e municípios, segundo o 247.

“Fizemos um acordo com os 27 governadores e quase 6 mil prefeitos para chegar até 2030 com 80% das crianças alfabetizadas até o 2º ano. Esse é o compromisso que precisamos assumir diante do futuro deste país, que não pode mais ser eternamente um país em desenvolvimento. É hora de sermos um país desenvolvido, e isso só será possível se apostarmos na educação”, declarou Lula.

Ao todo, 4.187 municípios receberam o selo, sendo 2.592 na categoria Ouro, 1.062 na categoria Prata e 533 na categoria Bronze. Entre os estados, 14 foram premiados com o Selo Ouro, incluindo Ceará, Minas Gerais e Paraná.

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância da alfabetização para o futuro das crianças e do país. “Quando uma criança não aprende a ler e a escrever ao final do 2º ano, compromete todos os anos escolares. Aumenta a distorção idade-série, a reprovação e o abandono. No ensino médio, quase meio milhão de jovens abandonam a escola”, afirmou.

Santana comemorou os avanços já alcançados: “Saímos de 36% e chegamos a 56% das crianças alfabetizadas. Temos a meta de chegar a 80% até 2030, mas acredito que vamos atingi-la antes”.

Encontro com prefeitos – A agenda do presidente Lula em Brasília continua nesta terça-feira (11), com a abertura do Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas. O evento, que segue até quinta-feira (13), reunirá gestores municipais eleitos para o mandato 2025-2028 e tem como objetivo aproximar os municípios dos ministérios e órgãos federais, facilitando o acesso a recursos e informações essenciais para a gestão pública.

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Esquema de deputados dp PL para desviar verbas envolvia até ameaça com armas, diz PF

Investigação aponta que os deputados Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa pegavam dinheiro com agiota e indicavam emendas para município a fim de pagar as dívidas.

De acordo com Camila Bomfim, do g1, investigação da Polícia Federal aponta que o esquema de venda de emendas parlamentares de três deputados federais do PL contava com divisão de tarefas e utilização de armas em ameaças a gestores municipais.

As informações estão em um relatório da PF sobre a investigação ao qual o blog teve acesso.

Segundo o documento, a organização criminosa – que contava com a participação dos deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), de lobistas e até de um agiota – exigia a devolução de 25% dos valores de emendas destinadas a ações na área de saúde na cidade de São José de Ribamar (MA).

Entenda como funcionava o esquema de venda de emendas
De acordo com a PF, os deputados pegavam dinheiro emprestado com um agiota – identificado como Josival Cavalcanti da Silva, o “Pacovan” – e direcionavam emendas parlamentares para a cidade maranhense.

Quando as verbas federais chegavam ao caixa da prefeitura, a organização criminosa ameaçava o prefeito para que repassasse um “pedágio”, ou seja, parte do dinheiro das emendas que deveria ser totalmente destinado à saúde de São José de Ribamar.

O recurso desviado deveria ser utilizado para pagar, ao agiota, os empréstimos tomados pelos parlamentares.

“O agiota Pacovan empresta dinheiro para os parlamentares investigados, os quais se comprometem a devolvê-lo por meio do desvio de parte dos valores oriundos das emendas parlamentares que tinham como destino municípios do interior do Maranhão”, diz o relatório da PF.

Segundo os investigadores, o deputado Josimar Maranhãozinho “capitaneava” o esquema, e o grupo fazia ameaças com armas para tentar obter o dinheiro de forma ilegal.

“O deputado Josimar Maranhãozinho é quem está à frente da estrutura criminosa, capitaneando não somente a destinação dos recursos públicos federais oriundos de emendas (próprias e de outros parlamentares comparsas) para os municípios, mas também orientando a cobrança (utilizando, inclusive, de estrutura operacional armada), ao exigir dos gestores municipais a devolução de parte dessas verbas”, destacam os policiais federais.

Troca de mensagens mostra irritação de agiota com prefeito que teria denunciado esquema com emendas — Foto: Reprodução

O esquema foi denunciado em 2020 por Eudes Sampaio, então prefeito de São José de Ribamar MA), que diz ter se recusado a fazer os pagamentos indevidos. Ele afirma ter sido extorquido pelo grupo, que também teria feito ameaças contra familiares do gestor municipal.

Diante das ameaças, Eudes Sampaio apresentou uma notícia-crime à Justiça Federal do Maranhão. Como o caso envolve deputados federais, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF, o prefeito “denunciou um esquema de agiotagem envolvendo recursos federais”. Após a denúncia, a Justiça Federal mandou prender o agiota e outros integrantes da quadrilha que não são deputados.

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O império se autodestrói

Compartilhamos as patologias de todos os impérios moribundos, com a sua mistura de bufonaria, corrupção desenfreada, fiascos militares e colapso econômico.

Os bilionários, fascistas cristãos, vigaristas, psicopatas, imbecis, narcisistas e desviantes que tomaram o controle do Congresso dos EUA, da Casa Branca e dos tribunais estão canibalizando a máquina do

Estado. Essas feridas autoinfligidas, características de todos os impérios em decadência, irão incapacitar e destruir os tentáculos do poder. E então, como um castelo de cartas, o império entrará em colapso.

Cegos pela arrogância, incapazes de compreender o poder em declínio do império, os mandarins do governo Trump se refugiaram em um mundo de fantasia onde fatos duros e desagradáveis não mais os perturbam. Eles balbuciam absurdos incoerentes enquanto usurpam a Constituição e substituem a diplomacia, o multilateralismo e a política por ameaças e juramentos de lealdade. Agências e departamento criados e financiados por atos do Congresso, estão sendo reduzidos a cinzas.

Eles estão removendo relatórios e dados governamentais sobre mudanças climáticas e se retirando do Acordo de Paris sobre o Clima.

Estão saindo da Organização Mundial da Saúde. Estão sancionando funcionários do Tribunal Penal Internacional — que emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da defesa Yoav Gallant por crimes de guerra em Gaza.

Eles sugeriram que o Canadá se tornasse o 51º estado dos EUA. Formaram uma força-tarefa para “erradicar o viés anticristão”. Pedem a anexação da Groenlândia e a tomada do Canal do Panamá. Propõem a construção de resorts de luxo na costa de uma Gaza despovoada sob controle dos EUA, o que, se ocorrer, derrubaria os regimes árabes sustentados pelos EUA.Os governantes de todos os impérios decadentes, incluindo os imperadores romanos Calígula e Nero ou Carlos I, o último governante dos Habsburgo, são tão incoerentes quanto o Chapeleiro Maluco [de Alice no País das Maravilhas], pronunciando observações sem sentido, formulando enigmas sem resposta e recitando saladas de palavras de trivialidades.

Eles, assim como Donald Trump, são um reflexo da podridão moral, intelectual e física que assola uma sociedade doente.

Passei dois anos pesquisando e escrevendo sobre os ideólogos distorcidos que agora tomaram o poder em meu livro American Fascists: The Christian Right and the War on America [Os Fascistas Estadunidenses: A Direita Fascista e a Guerra Contra os EUA]. Leia enquanto ainda puder. Sério.

Esses fascistas cristãos, que definem o núcleo ideológico do governo Trump, não se desculpam pelo ódio às democracias pluralistas e seculares. Eles buscam, como detalham exaustivamente em inúmeros livros “cristãos” e documentos como o Project 2025 da Heritage Foundation, deformar os poderes judiciário e legislativo, junto com a mídia e a academia, para transformá-los em apêndices de um Estado “cristianizado” liderado por um governante ungido divinamente.Os fascistas cristãos vêm de uma seita teocrática chamada Dominionismo.

Essa seita ensina que os cristãos estadunidenses têm a missão divina de tornar os EUA um estado cristão e um agente de Deus.

A espiral de morte está acelerando e inimigos fantasmas, tanto internos quanto externos, serão culpados pela derrocada, perseguidos e designados para a destruição. Quando os destroços estiverem completos, assegurando a miséria da população e o colapso dos serviços públicos, restará apenas o instrumento bruto da violência estatal. Muitas pessoas sofrerão, especialmente à medida que a crise climática impuser com intensidade cada vez maior a sua retribuição letal.

O colapso quase total do nosso sistema constitucional de freios e contrapesos [nos EUA] aconteceu muito antes da chegada de Trump.

O retorno de Trump ao poder representa o estertor final da Pax Americana. Não está distante o dia em que, como o Senado Romano em 27 a.C., o Congresso dará o seu último voto significativo e entregará o poder a um ditador. O Partido Democrata, cuja estratégia parece ser não fazer nada e torcer para que Trump imploda, já se resignou ao inevitável.

A questão não é se vamos cair, mas quantos milhões de inocentes levaremos conosco. Dado o poder de violência industrial que o nosso império exerce, pode ser um número enorme — especialmente se os que estão no comando decidirem recorrer às armas nucleares.

A desmantelação da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) — que Elon Musk afirma ser operada por um “ninho de víboras marxistas radicais de esquerda que odeiam os EUA” — é um exemplo de como esses incendiários são incapazes de compreender o funcionamento dos impérios.

A ajuda externa não é benevolente. Ela é uma arma usada para manter a primazia sobre as Nações Unidas e remover governos que o império considera hostis.

Quando os EUA ofereceram construir o aeroporto na capital do Haiti, Porto Príncipe, o jornalista investigativo Matt Kennard relata que exigiram que o Haiti se opusesse à admissão de Cuba na Organização dos Estados Americanos — o que foi feito.

A ajuda externa financia projetos de infraestrutura para que corporações possam operar fábricas exploradoras e extrair recursos. Também sustenta a “promoção da democracia” e a “reforma judicial” que sabotam os líderes e governos que tentam permanecer independentes do império.

A USAID, por exemplo, financiou um “projeto de reforma de partidos políticos” que foi projetado “como um contrapeso” ao “radical” Movimento ao Socialismo (Movimiento al Socialismo) e buscava impedir que socialistas como Evo Morales fossem eleitos na Bolívia.

Em seguida, financiou organizações e iniciativas, incluindo programas de treinamento para que os jovens bolivianos pudessem aprender as práticas empresariais estadunidenses, uma vez que Morales assumisse a presidência, para enfraquecer o seu controle sobre o poder.

Kennard, em seu livro “The Racket: A Rogue Reporter vs The American Empire” [A Extorsão: Um Reporter Trapaceiro Contra o Império dos EUA], documenta como instituições dos EUA – como o National Endowment for Democracy, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a USAID e a Drug Enforcement Administration – atuam em conjunto com o Pentágono e a CIA para subjugar e oprimir o Sul Global.

Os estados clientes que recebem ajuda devem quebrar sindicatos, impor medidas de austeridade, manter salários baixos e sustentar governos fantoches. Os programas de ajuda, amplamente financiados e projetados para derrubar Morales, levaram eventualmente o presidente boliviano a expulsar a USAID do país.

A mentira vendida ao público é que essa ajuda beneficia tanto os necessitados no exterior quanto nós aqui em casa [nos EUA]. Mas a desigualdade que esses programas facilitam no exterior replica a desigualdade imposta internamente. A riqueza extraída do Sul Global não é distribuída de forma equitativa. Ela acaba nas mãos da classe bilionária, muitas vezes guardada em contas bancárias no exterior para evitar a tributação.

Enquanto isso, os nossos impostos financiam desproporcionalmente o militarismo, que é o braço de ferro que sustenta o sistema de exploração. Os 30 milhões de estadunidenses que foram vítimas de demissões em massa e da desindustrialização perderam os seus empregos para trabalhadores em fábricas no exterior. Como Kennard observa, tanto no país quanto no exterior, essa é uma vasta “transferência de riqueza dos pobres para os ricos, global e internamente.”

“As mesmas pessoas que criam os mitos sobre o que fazemos no exterior também construíram um sistema ideológico semelhante que legitima o roubo aqui dentro; roubo dos mais pobres pelos mais ricos”, ele escreve: “Os pobres e trabalhadores do Harlem [em New York] têm mais em comum com os pobres e trabalhadores do Haiti do que com as suas elites, mas isso tem que ser obscurecido para que o esquema funcione.”

A ajuda externa mantém fábricas ou “zonas econômicas especiais” em países como o Haiti, onde os trabalhadores labutam por centavos por hora e muitas vezes em condições insalubres para corporações globais.
“Uma das facetas das zonas econômicas especiais, e um dos incentivos para as corporações nos EUA, é que as zonas econômicas especiais têm ainda menos regulamentações do que o estado nacional sobre como você pode tratar o trabalho e os impostos e a alfândega,”

Kennard me disse em uma entrevista. “Você abre essas fábricas nas zonas econômicas especiais. Paga-se uma miséria aos trabalhadores.

Você tira todos os recursos sem precisar pagar a alfândega ou os impostos. O estado no México ou Haiti ou onde quer que seja, onde estão transferindo essa produção, não se beneficia de forma alguma.

Isso é planejado. Os cofres do estado são sempre os que nunca são aumentados. São as corporações que se beneficiam.”

Essas mesmas instituições dos EUA e mecanismos de controle, Kennard escreve em seu livro, foram usados para sabotar a campanha eleitoral de Jeremy Corbyn, um feroz crítico do império dos EUA, para o cargo de primeiro-ministro na Grã-Bretanha.

Os EUA desembolsaram quase 72 bilhões de dólares em ajuda externa no ano fiscal de 2023. Financiaram iniciativas de água potável, tratamentos para HIV/AIDS, segurança energética e trabalho contra a corrupção. Em 2024, forneceram 42% de toda a ajuda humanitária registrada pelas Nações Unidas.

A ajuda humanitária, muitas vezes descrita como o “poder suave”, é projetada para mascarar o roubo de recursos no Sul Global por corporações dos EUA, a expansão da presença militar dos EUA, o controle rígido de governos estrangeiros, a devastação causada pela extração de combustíveis fósseis, o abuso sistêmico de trabalhadores nas fábricas globais e o envenenamento de crianças trabalhadoras em lugares como o Congo, onde são usadas para minerar lítio.

Duvido que Musk e seu exército de jovens minions no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) — que não é um departamento oficial dentro do governo federal — tenham ideia de como as organizações que estão destruindo funcionam, por que existem ou o que isso significará para a queda do poder estadunidense.

A apreensão de registros de pessoal do governo e material confidencial, o esforço para encerrar centenas de milhões de dólares em contratos governamentais — principalmente os relacionados à Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), as ofertas de indenizações para “drenar o pântano” incluindo uma oferta de indenização para toda a força de trabalho da CIA — agora temporariamente bloqueada por um juiz — a demissão de 17 ou 18 inspetores gerais e promotores federais, a interrupção de financiamentos e subsídios governamentais, os fazem canibalizar o leviatã que adoram.

Eles planejam desmontar a Agência de Proteção Ambiental, o Departamento de Educação e o Serviço Postal dos EUA, parte da maquinaria interna do império. Quanto mais disfuncional o estado se torna, mais cria oportunidades de negócios para corporações predatórias e empresas de private equity. Esses bilionários farão uma fortuna “colhendo” os restos do império. Mas, no final, estão matando a besta que criou a riqueza e o poder dos EUA.

Uma vez que o dólar não seja mais a moeda de reserva mundial, algo que o desmantelamento do império garante, os EUA não poderão pagar seus enormes déficits vendendo títulos do Tesouro. A economia estadunidense cairá em uma depressão devastadora. Isso desencadeará uma quebra da sociedade civil, com preços disparando, especialmente para produtos importados, salários estagnados e altas taxas de desemprego. O financiamento de pelo menos 750 bases militares no exterior e o nosso exército inchado se tornará impossível de sustentar.

O império se contrairá instantaneamente. Será uma sombra de si mesmo. O hiper-nacionalismo, alimentado por uma raiva incipiente e a desesperança generalizada, se transformará em um fascismo estadunidense cheio de ódio.

“A queda dos Estados Unidos como a principal potência global pode ocorrer muito mais rapidamente do que qualquer um imagina,” escreve o historiador Alfred W. McCoy em seu livro “In the Shadows of the American Century: The Rise and Decline of US Global Power” [Nas Sombras do Século Americano: Ascensão e Queda do Poder Global dos EUA].

Apesar da aura de onipotência que os impérios frequentemente projetam, a maioria é surpreendentemente frágil, sem a força inerente de um Estado-nação modesto. De fato, uma olhada em sua história deve nos lembrar que os maiores deles são suscetíveis ao colapso por diversas causas, sendo as pressões fiscais geralmente um fator primário.

Por mais de dois séculos, a segurança e a prosperidade da pátria foram o principal objetivo para a maioria dos estados estáveis, tornando as aventuras externas ou imperiais uma opção descartável, geralmente alocada em no máximo 5% do orçamento doméstico. Sem o financiamento que surge quase organicamente dentro de uma nação soberana, os impérios são notoriamente predatórios em sua busca incessante por pilhagem ou lucro — como testemunham o comércio de escravos no Oceano Atlântico, a ganância da Bélgica pela borracha no Congo, o comércio de ópio na Índia Britânica, o estupro da Europa pelo Terceiro Reich, ou a exploração da Europa Oriental pela União Soviética.

Quando as receitas encolhem ou colapsam, McCoy aponta, “os impérios se tornam frágeis.”
“Tão delicada é a sua ecologia de poder que, quando as coisas começam a dar errado de verdade, os impérios se desmoronam com uma velocidade impiedosa: em apenas um ano para Portugal, dois anos para a União Soviética, oito anos para a França, onze anos para os otomanos, dezessete para a Grã-Bretanha e, provavelmente, apenas vinte e sete anos para os Estados Unidos, contando a partir do ano crucial de 2003 [quando os EUA invadiram o Iraque],” ele escreve.

A gama de ferramentas usadas para a dominação global — vigilância em massa, destruição das liberdades civis, incluindo o devido processo legal, tortura, polícias militarizadas, o sistema massivo de prisões, drones militarizados e satélites — será usada contra uma população inquieta e enfurecida.

O devorar do cadáver do império para alimentar a ganância desmesurada e os egos desses predadores prenuncia uma nova Idade das Trevas.

Por Chris Hedges (Jornalista vencedor do Pulitzer Prize (maior prêmio do jornalismo nos EUA), foi correspondente estrangeiro do New York Times).

Originalmente publicado no Substack do autor

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A direita tucana acabou sem saber explicar por que golpeou Dilma

Lógico que golpe não se explica. Golpe é golpe e ponto.

Mas para quem tem a cara dura de não assumir até hoje que Dilma sofreu um brutal e covarde golpe, sendo a primeira mulher a presidir o Brasil, isso é uma espinha de pirarucu atravessada na própria goela da direita “civilizada”.

As justificativas são de um ridículo inacreditável.

Mas um “economista” de banco, que tinha a cabeça coroada na cúpula tucana, mostrou porque o tucano voa baixo e caga mole e sapecou, sem corar, que Dilma jogou os juros e, consequentemente o spread bancario no chão de forma artificial.

Então, pergunta-se, o que são juros artificiais?

De onde esse idiota tirou a ideia de que agiotagem tem tal regra?

Não é porque a agiotagem consentida dos bancos tem seus métodos. Juros não são uma doença só contra a economia do país. A gravidade pode ser maior ou menor, mas é uma chaga que mata aos poucos ou de estalão.

Pergunte a qualquer micro e médio empresário o que significa o custo dos juros em seu modesto negócio, que é a principal atividade na economia global.

No caso do Brasil, não tem graça comentar. É a maior e mais imoral taxa de juros do planeta.

Mas o banqueiro, dada a sua própria origem estelionatária, contrata os estelionatários midiáticos para defender seus interesses culpando, imagine isso, os pobres pelo assombroso e covarde sistema neoliberal que, no Brasil, é sinônimo de roubo covarde e descarado.

Dilma enfrentou muita adversidade com sua coragem revolucionária, mas a sua grande batalha foi contra os bancos que perderam para ela e apelaram para o jogo sujo do golpe de Estado, patrocinando os sacripantas tucanos e afins,
Simples assim.

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PF liga senador do PL a desvios em emendas e pede investigação

Relatório da corporação cita indícios de envolvimento do senador Eduardo Gomes em suposto esquema de rateio de emendas.

A Polícia Federal (PF) pediu a abertura de inquérito para apurar suspeita de desvios relacionados a emendas parlamentares do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Gomes é o atual 1º vice-presidente do Senado e foi líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional. Em 2019, foi um dos senadores que atuou na relatoria do orçamento do ano seguinte.

O pedido da PF se deu dentro do inquérito da Operação Emendário, que mirou três deputados do PL denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ao analisar aparelhos eletrônicos apreendidos durante a investigação, a PF encontrou mensagens em que um ex-assessor de Eduardo Gomes cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA).

Carlos Lopes é identificado pela PF como o responsável pela elaboração de ofício e planilhas, bem como pela articulação de emendas com outros parlamentares sob o comando de Josimar Maranhãozinho.

Na troca de mensagens, de fevereiro de 2022, Carlos Lopes fala com uma pessoa identificada como “Lizoel Assessor” e é cobrado a respeito de um pagamento. Eduardo Gomes tem um ex-assessor chamado Lizoel Bezerra, segundo Fabio Serapião, Metrópoles.

“Eles aparentemente tratavam sobre porcentagens de emendas destinadas pelo Senador, sob a gestão do dep. federal Maranhãozinho. Trata-se exatamente do mesmo modus operandi ora investigado, somente trocando quem eram os parlamentares dirigidos pelo dep. federal Maranhãozinho”, diz a PF sobre as mensagens.

Segundo a PF, a cobrança feita por Lizoel Bezerra é de um “saldo devedor” de R$ 1,3 milhão, dos quais o ex-assessor do senador pedia que fossem pagos ao menos R$ 150 mil naquele momento por causa de uma suposta viagem.