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‘Ainda não chegamos ao pior da pandemia’, diz presidente do Einstein

Com queda da ocupação da UTI por Covid-19, hospital redireciona recursos para serviços públicos sob sua gestão.

Quase dois meses após atender o primeiro paciente do país com Covid-19, o Hospital Israelita Albert Einstein registra queda na ocupação na UTI pela doença e tem redirecionado respiradores e outros equipamentos, além de pessoal, para serviços públicos que estão sob sua gestão.

Inicialmente, 78 leitos foram destinados aos pacientes de UTI. Entre 1º e 12 abril, a ocupação chegou a 76%. Hoje está em torno de 56%.

“Vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica. Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública”, diz o cirurgião Sidney Klajner, 52, presidente do hospital.

Os recursos de terapia intensiva estão indo, principalmente, para o Hospital Municipal Dr. Moysé Deutsch (M’Boi Mirim), gerido pelo Einstein. A instituição deve ganhar 110 leitos de UTI.

Para Klajner, é preciso manter alguma capacidade de folga porque o isolamento social está perdendo força. “A gente ainda não chegou ao pior da pandemia, especialmente no setor público”, afirma.

Desde o início da pandemia, o hospital teve 510 funcionários afastados —metade deles é de profissionais da assistência. Desses, 37% já retornaram às atividades. Todos estão fazendo testes para voltar ao trabalho.

Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein desde 2016, Klajner graduou-se em medicina pela USP, fez residência em cirurgia geral, do aparelho digestivo e coloproctologia no Hospital das Clínicas e estagiou na Clínica Mayo, nos EUA. É mestre em cirurgia pela USP. Foi contratado pelo Einstein em 1998 e ocupou a vice-presidência do hospital de 2010 a 2016.

Como está a capacidade de leitos de UTI do Einstein? 
Desde o início de janeiro nós nos capacitamos para transformar até quase 280 leitos em UTI, mas a quantidade flutuaria conforme a demanda. Nós atingimos um pico entre a semi-intensiva e a UTI de 137 leitos.

No momento, vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica e observação na UTI, apesar do número total de internações estável, tendendo a decrescer.

Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública, para hospitais que a gente mantém em parceria com a prefeitura, como o Hospital de M’Boi Mirim, onde existe um plano de acrescentar 110 leitos de UTI. Com a ajuda da Ambev e da Gerdau, construímos lá um outro hospital, com cem leitos, no estacionamento. Ficará como legado para após a pandemia.

O que explica a redução da demanda por UTI? 
São dois fatores. O primeiro é que a população que tem acesso ao setor privado foi a primeira a se infectar por conta das viagens internacionais. A doença foi importada por esse segmento. Ao mesmo tempo que essa população gerou um pico inicial, também foi a primeira a se isolar, o que permitiu uma mitigação da demanda.

Mas a gente precisa manter alguma capacidade de folga porque temos visto cada vez mais o isolamento perder a força. A gente espera que tenha um aumento de casos assim como está acontecendo na China, em Singapura.

O sr. acredita ser possível um isolamento seletivo? 
Não, essa possibilidade não deveria nem ser discutida por enquanto. Mas hoje um governante fala uma coisa, um prefeito fala outra, o presidente fala outra e demonstra com atitudes. A população fica confusa, se sente num objetivo enfraquecido do isolamento. Aqui no município de São Paulo a eficiência do isolamento que já foi de 60% está beirando os 40%.

É um risco nesse momento. Ao mesmo tempo, o uso de máscaras, mesmo as de pano, tem que ser incentivado. Se 60% das pessoas usarem máscaras, a taxa de transmissão cai de 2 para 1. É um efeito monstruoso na prevenção. Mas nenhuma estratégia será vitoriosa sozinha. A higienização das mãos deve cada vez mais obrigatória. A proibição de aglomerações também tem papel importante.

O pior ainda está por vir? 
Sim, a gente ainda não chegou ao pior, especialmente no setor público. Infelizmente, as projeções aqui no país, por falta de testagem, muitas vezes não se confirmam. Os epidemiologistas dizem que os dados podem ter atraso de dez dias e que a taxa de mortalidade pode ser muito maior do que aquela que a gente está vendo.

Isso se reflete no grau de ocupação nas UTIs nos estados em que a situação está pior. No município de São Paulo a gente já vê alguns hospitais públicos com a lotação chegando a quase 100%. Por isso a necessidade de transferir nossos recursos para os hospitais públicos. O sistema será atingido na maior capacidade nos próximos dias, infelizmente.

Como estão as taxas de mortalidade por Covid-9 no Einstein e dos hospitais públicos sob sua gestão? 
As taxas de letalidade são muito semelhantes haja visto que os protocolos de terapia intensiva é único, as UTIs se conversam por telemedicina a todo momento

Tivemos 13 óbitos entre 2.598 pacientes confirmados. Tivemos 349 internações e 253 altas. Pelo número de internados, a taxa de mortalidade é de 3,7%. Pelo o número de casos totais, 0,5%. Esses óbitos têm idade média entre 83 e 96 anos, todos eles com comorbidades.

O Einstein acompanha por telemedicina várias UTIs no país. Como estão? 
Quando se criam leitos de UTI em estados onde não há essa expertise, você tem déficit de capacitação profissional para lidar com paciente grave. De 30% a 40% das vezes o paciente de Covid vai necessitar de diálise. Tem que ter equipamentos e expertise. Daí a importância que a gente vê no programa TeleUTI [feito em parceria com o governo federal].

Antes contemplava oito UTIs, e, com a pandemia, já aumentou para 30 UTIs pelo Brasil e chegaria a 540 leitos. São UTIs assistidas por nossos especialistas pela telemedicina.

Começamos a acompanhar agora o Hospital Delfina, em Manaus (AM), que está com os leitos totalmente lotados.

O hospital faz parte de uma força-tarefa que testa a cloroquina. Ela funciona ou não? 
A gente ainda não sabe. Quem se arriscar a falar ou tem má intenção na comunicação ou não sabe o significado de pesquisa científica. O que tem por aí são pseudoestudos, tem uma validade científica muito questionável porque não estão sendo randomizados, controlados.

Como sr. avalia a mudança de gestão no Ministério da Saúde e o que espera do novo ministro Nelson Teich? 
Infelizmente a situação chegou a um ponto que não havia mais ambiente para o [Luiz Henrique] Mandetta, que estava fazendo um ótimo trabalho, pautado em ciência. O risco é trocar a turbina com o avião em voo.

Passado o momento de transição e conhecendo o ministro Nelson Teich como a gente conhece, uma pessoa extremamente bem preparada em áreas de gestão, que se baseia em dados, espero que o trabalho dele seja pautado na evidência científica.

Qual o impacto da pandemia nas finanças hospitalares? 
Do ponto de vista de sustentabilidade, é realmente devastador, assim como em outros setores da saúde. Aquilo que sustenta uma organização de saúde, que são exames complementares, procedimentos de alta complexidade, deixaram de ser feitos para que a gente pudesse ter a capacidade do hospital voltada para a pandemia.

Grande parte do nosso público deixou de comparecer ao controle de doenças. Até pré-natal deixou de ser feito pelo medo do contágio. Tivemos o caso de uma gestante que deu à luz no carro, em frente do hospital. O atraso de vir ao hospital foi tanto que não deu tempo.

Mas a população precisa continuar se cuidando. Temos visto infarto agudo do miocárdio chegando porque a medicação que poderia ter sido acertada não foi por falta de acompanhamento.

O sistema de saúde está com baixa ocupação daquilo que não é Covid-19, mas é muito importante que as condições para o cuidado de outras doenças continuem existindo.

Há hoje segurança para a pessoa ir até o hospital e não ser contaminada? 
Sim. Dividimos o hospital em serviços apartados. São fluxos diferentes, para os pacientes e para os colaboradores. Os funcionários que interagem com pacientes de Covid não interagem com pacientes de outras doenças. Hoje qualquer entrada no hospital tem medição de temperatura.

Em todos os procedimentos, de parto a cirurgia de câncer, tanto o médico quanto o paciente é testado para Covid na véspera. As outras doenças não terminaram. Continuam existindo câncer, doenças cardíacas, AVCs. Os pacientes não podem deixar de cuidar daquilo que não é adiável.

Qual sistema de saúde surgirá depois dessa crise toda? 
Um sistema muito pautado na prevenção. Talvez um dos ensinamentos que a pandemia nos trouxe foi o de que os que morrem mais são aqueles com doenças crônicas, aqueles que cuidam mal das condições de vida, como tabagismo e obesidade.

O sistema que vai restar será muito focado em atenção primária e, com menos frequência, nesse modelo hospitalocêntrico, com pessoas vindo ao pronto-socorro em situações de baixa complexidade.

Vamos ter mais uso da tecnologia, como a telemedicina, para isso. As relações com recursos humanos da saúde vão ganhar uma confiança naquilo que a tecnologia traz. O valor que a população dá para o médico, para o profissional da saúde, deve ser maior.

 

 

*Claudia Collucci/Folha

 

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Ministério erra e corrige números, dizendo que houve 113 mortos no país em 24h; óbitos somam 2.575

Número de casos confirmados da Covid-19 no país passa de 40.581 casos confirmados. No domingo, o total de infectados chegava a 38.654 e o de mortes, a 2.462

Depois de anunciar 383 mortes em 24 horas, Ministério corrige números e diz que houve 113 mortos no país em 24h; óbitos somam 2.575

A informação é do jornal o Globo. A correção dos números pelo Ministério da Saúde gerou especulação de manipulação para fortalecer o discurso de Bolsonaro que falou hoje em fim da quarentena.

O fato é que a mudança de ministro, a insistência de Bolsonaro em acabar com o isolamento horizontal e a nova conta das vítimas fatais anunciada há pouco pelo Ministério da Saúde elevam a incredibilidade dadas pelo governo.

Os pacientes acima dos 60 anos continuam sendo a maioria das vítimas da Covid-19 no Brasil.

 

*Da redação

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Brasil teve aumento significativo de mortes por Covid-19, 383 em 24 horas

Número de casos confirmados já chega a 40.581. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com maior número de pacientes diagnosticados.

e acordo com a última atualização feita pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (20/04), o Brasil tem, até agora, 40.581 casos confirmados de coronavírus. 2.581 pessoas já morreram em decorrência da infecção. Os números representam um aumento de 5% e 15,5%, respectivamente, em relação aos divulgados neste domingo (19/04).

A gestão anterior do Ministério da Saúde sustentava que os resultados positivos de exames só são devidamente processados pelo sistema às terças-feiras, isso significa que o número de casos confirmados deve ser maior.

Os estados com maior número de casos confirmados e óbitos são São Paulo (14.580 e 1.037), Rio de Janeiro (4.899 e 422), Ceará (3.482 e 198), Pernambuco (2.690 e 234) e Amazonas (2.160 e 185). Algumas unidades federativas, como as três últimas citadas, já anunciaram que suas unidades de saúde estão perto da lotação máxima, ou seja, o sistema está próximo do colapso.

 

 

*Com informações do Metrópoles

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Medicamento anunciado por Marcos Pontes é mais nocivo e menos eficaz

O princípio ativo nitazoxanida seria pior do que a cloroquina, porque necessita maiores doses que poderiam ser nocivas ao paciente.

O medicamento que será testado em pacientes com Covid-19 no Brasil é menos efetivo e mais tóxico do que a cloroquina, também já alertada por especialistas por seus efeitos colaterais nocivos à saúde.

Trata-se do remédio que o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciou que será testado nos próximos dias e que o ex-ministro da Saúde, Luiz Mandetta, revelou o nome: o vermífugo Annita. A composição deste medicamento é o princípio ativo nitazoxanida, que segundo coluna de Monica Bergamo, desta sexta (17), é pior que a cloroquina.

A coluna usou como base um estudo já realizado por cientistas e virologistas de Wuhan, a cidade chinesa que teve início a pandemia. Foram testados sete medicamentos em laboratório e comparados seus efeitos. A cloroquina, apesar de ter efeitos colaterais, foi considerada a menos tóxica e mais efetiva para tratar o Covid-19.

Também foram testados outros medicamentos, como o Remdesivir, utilizado para combater o Ebola, que também obteve resultados positivos em laboratório. Entretanto, a nitazoxanida, que é o composto principal do antiviral Annita, apenas apresentou bons resultados no combate ao vírus quando foram aplicadas doses muito altas, e que se mostraram tóxicas.

Ainda, conforme relatou o próprio ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estas pesquisa foram realizadas em laboratório e in vitro, o que se diferencia da eficácia no corpo humano. Diversos medicamentos já apresentaram bons resultados in vitro e nenhum quando aplicados em pacientes.

Entretanto, Marcos Pontes, o ministro de Bolsonaro, que não confirmou que se trata do antiviral Annita, já anunciou que os testes terão início e que houve 94% de eficácia em exames preliminares.

Ainda, o fato de o ministro não querer revelar o nome, justificando para que não haja uma “corrida” às farmácias sem a comprovação da eficácia do medicamento, foi criticado pela comunidade científica.

“Qualquer pesquisa precisa dizer que medicamento será testado, em que doses, em quantos pacientes, e por quem será conduzida. Não existe pesquisa secreta em nenhum lugar do mundo”, criticou o membro do Comitê Comunitário de Acompanhamento de Pesquisas em Tuberculose, Ezio Távora.

 

 

*Com informações do GGN

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Vídeo: O grande Aldir Blanc está em estado grave no Rio e filha pede ajuda para vaga na UTI

Aldir Blanc, um dos maiores compositores da música brasileira, não está conseguindo vaga para a UTI no CER do Leblon. A filha do compositor, Isabel Blanc, fez um apelo por vídeo no Twitter.

O apelo dos amigos vai ganhando as redes socias. Luiz Antonio Simas faz um chamamento e fornece a conta de Aldir Blanc para colaborações:

“A situação do grande Aldir Blanc é muito grave. A família está tentando transferir o Aldir para uma UTI, mas não está conseguindo vaga. Aldir está na sala vermelha do CER, foi entubado, mas precisa de uma UTI com urgência. Se alguém do setor da saúde tiver como ajudar, a família dele agradece. Aldir é um patrimônio da cidade e do Brasil. Posto também um vídeo da Isabel, filha mais nova, falando da situação agora (vejam o vídeo, por favor). Quem puder ajudar com qualquer quantia, Aldir vive com dificuldades em virtude da vergonha que é o direito autoral no Brasil, pode colaborar na tentativa da transferência e do tratamento.

Banco Itaú
Agência 8236
C/C 08110-8
Aldir Blanc Mendes
CPF 102.790.677-04

 

*Com informações do 247

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Brasil bate recorde de mortes em 24h e chega a 1.532 mortes pela COVID-19

Com o maior número de mortes em um período de 24 horas, o Brasil bateu um recorde negativo e viu subir o número de mortos pelo novo coronavírus, informou na tarde desta terça-feira (14) o Ministério da Saúde.

O país registrou 204 mortes entre segunda-feira e terça-feira, chegando a um total de 1.532 – um aumento de 15%.

Já o número de casos confirmados teve um crescimento de 8% e agora é de 25.262 vítimas, acrescidas nas últimas 24 horas de 1.832 novos casos.

São Paulo tem 695 mortes e 9.371 casos confirmados, e é o Estado com mais casos da doença. Coincidentemente, também bateu o recorde de mortes em 24h: foram 87 em apenas um dia.

Minas Gerais tem 884 pessoas diagnosticadas com coronavírus, e 27 óbitos constatados. Ainda são 60 mortes sendo investigadas no Estado, e 63.951 pessoas com suspeita de Covid-19, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde.

 

*Da redação

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Barra da Tijuca concentra mais casos de coronavírus do que 57 municípios do Rio; veja lista

Com 164 casos confirmados, bairro também tem mais casos do que 10 estados brasileiros e 72 países, como Paraguai, Guatemala e Jamaica. Confira a lista.

A Barra da Tijuca, na Zona Oeste, é o bairro que mais registra casos de coronavírus no município do Rio de Janeiro, com 164 casos confirmados, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde atualizados neste sábado. Ela também registra mais casos do que 57 municípios do Rio – e até mesmo do que 10 estados brasileiros e 72 países, como Paraguai, Guatemala e Jamaica.

Em seguida, os outros bairros do Rio com mais casos são todos localizados na Zona Sul: Copacabana (115), Leblon (94), Ipanema (76) e Botafogo (71). Há também a Tijuca, na Zona Norte, com 70 casos, e o restante dos bairros têm todos menos de 50 casos confirmados da Covid-19.

A capital do Rio tem 1905 casos confirmados no total e é, com grande margem, a cidade do Estado com mais casos. Em seguida, são as cidades de Niterói (120), Nova Iguaçu (73) e Volta Redonda (71).

Confira a lista dos municípios com mais casos:

Rio de Janeiro – 1905
Niterói – 120
Nova Iguaçu – 73
Volta Redonda – 71
São Gonçalo – 64
Duque de Caxias – 62
Belford Roxo – 29
São João de Meriti – 28
Petrópolis – 27
Mesquita – 23

Na cidade do Rio, estes são os bairros com mais casos:

Barra da Tijuca – 164 casos (4 mortes)
Copacabana – 115 casos (8 mortes)
Leblon – 94 casos (0 mortes)
Ipanema – 76 casos (5 mortes)
Botafogo – 71 casos (2 mortes)
Tijuca – 70 casos (7 mortes)

 

 

*Com informações de O Dia

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Coronavírus: Brasil supera 20 mil casos, com 1.084 mortes

De acordo com informações das secretarias estaduais de Saúde, o Brasil ultrapassou os 20 mil casos do novo coronavírus. Até 13h45 deste sábado (11), 20.173 casos confirmados foram registrados no país, com 1.084 mortes.

Dados de alguns estados apontam o seguinte cenário: Pernambuco tem 72 mortes e 816 casos confirmados. O Ceará registrou 1.582 casos do coronavírus. Em Minas, o número de casos confirmados avançou de 698 para 750. Em Mato Grosso do Sul, subiu de 97 para 100.

São Paulo

O estado de São Paulo atingiu 540 mortes por coronavírus, segundo balanço do Ministério da Saúde. São 44 a mais do que o registrado no boletim desta quinta (9). Mais da metade das mais de mil mortes pela doença no país são de São Paulo.

Os casos confirmados no estado chegaram a 8.216 pessoas, 736 a mais do que o balanço do dia anterior, que contabilizou 7.480 confirmações.

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 13h45 deste sábado (11), 20.173 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 1.084 mortes pela Covid-19. A informação é do Portal G1.

Pernambuco tem 72 mortes e 816 casos confirmados do novo coronavírus. O Ceará registrou, ao todo, 1.582 casos de Covid-19.

O Espírito Santo registrou a nona morte pela doença. Trata-se de um homem de 82 anos, morador da Serra, com comorbidade, e que estava internado no Hospital Jayme Santos Neves.

O Amapá confirmou a terceira morte em decorrência da Covid-19, um homem de 57 anos.

 

 

*Com informações do Portal G1

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Zona Norte é o novo epicentro de Covid-19 na Cidade do Rio

Do total de 142 bairros atingidos pelo coronavírus na capital fluminense, 83 estão na região.

A Zona Norte do Rio é o novo epicentro da Covid-19 na capital fluminense. Dos 142 bairros atingidos, 83 estão na região (o equivalente a 58%). Como se não bastasse, a região também é a que concentra o maior número de óbitos causados pela doença. Um levantamento feito por O DIA com base nos dados da prefeitura (até o dia 10 de abril), aponta que 40% das mortes aconteceram na região. No total da cidade, até ontem, tinham sido registradas 92 mortes. Anteriormente, esse posto no ranking era ocupado pela Zona Sul, que agora contabiliza 31% das mortes, mas mantém o bairro de Copacabana no topo do obituário, com sete vidas perdidas para o novo coronavírus.

Muitos casos ainda são investigados, o que pode tornar os números ainda mais elevados. O cenário na Zona Norte ainda é bastante dividido. Há quem respeite o isolamento social, mas ainda são muitos os que insistem em sair às ruas sem necessidade. No caso da Tijuca, bairro que lidera a lista da região com seis mortes, a taxa de letalidade – que é quando se divide o número de mortes pelo número de infectados naquela mesma localidade -, é de 10,2%.

Já em Bonsucesso, segundo colocado em número de mortos (2) na Zona Norte, existem 10 casos confirmados da doença. Ou seja, a taxa de letalidade, também considerada elevada, é de 20%. Contudo, esse índice é ainda pior em outros bairros, como Vila Valqueire (66,7%) e Vidigal (40%).

Segundo Raphael Rangel, biomédico virologista do Centro Universitário IBMR, a mudança no epicentro se justifica pelo próprio deslocamento das pessoas. “Muitos que trabalham na Barra (primeiro epicentro) e moram na Zona Sul. Por outro lado, muitos que trabalham Zona Sul moram na Zona Norte. Esse trânsito acaba disseminando o vírus entre as regiões. Por isso, o isolamento social é a melhor forma de combater a doença”, explica.

Ao todo, 57 bairros já têm registro de mortes pelo novo coronavírus. Desses, 27 estão situados na Zona Norte (47%). Todos carregam um fator em comum: os idosos são os que mais morrem, correspondendo a 73% dos óbitos na capital.

Casos dispararam

O número de vítimas fatais do novo coronavírus na cidade do Rio de Janeiro disparou. Bastaram apenas cinco dias para que o volume de mortes causadas pela Covid-19 mais que dobrasse. Até o último dia 5, a Secretaria Municipal de Saúde havia registrado 42 óbitos.

Agora, esse número já chega a 92 vítimas fatais da pandemia. Em média, a capital fluminense registra quatro mortes por Covid-19, diariamente. A maioria dessas mortes atinge os homens, com um total de 56,5%. Já as mulheres representam 38% (o total não dá 100% porque alguns pacientes, ao darem entrada no sistema de saúde, não se identificam por gênero). A média de idade entre os mortos é de 68,2 anos.

Estado contabiliza vinte e cinco novas mortes

De acordo com o boletim atualizado da Secretaria de Estado de Saúde, ontem, o município de São Gonçalo, na Região Metropolitana, registrou mais um óbito por covid-19. A vítima, uma idosa de 83 anos, moradora do bairro Amendoeira, faleceu esta semana em uma unidade hospitalar. Ao todo, São Gonçalo contabiliza 55 casos confirmados e 4 óbitos.

Tanguá e Maricá, na mesma região, também registram uma nova morte, cada. O mesmo aconteceu em Bom Jesus de Itabapoana, no Noroeste, e em Mangaratiba, no Litoral Sul. A SES também contabilizou outros dez óbitos na capital fluminense, sete em Duque de Caxias e um em Nova Iguaçu, ambos na Baixada Fluminense. A cidade de Volta Redonda, no Sul do estado, contabilizou duas novas mortes, com um total de 7 mortes.

Agora, o total de mortos em todo o estado é de 147 óbitos. Além desses, outras 101 mortes estão em investigação. Já o número de casos confirmados é de 2.464. Ainda de acordo com a SES, 54 municípios já registram pelo menos um caso da doença.

 

 

*Com informações de O Dia

 

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Covid-19: Estudos dão esperança, mas longe de liberar de quarentena

Enquanto cientistas buscam vacina, cura ou ao menos tratamento para a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, nota-se, pelo país, o relaxamento do isolamento social. Mas epidemiologistas advertem: estudos envolvendo cloroquina e plasma sanguíneo ainda são preliminares, podem apontar caminhos, mas ainda não liberam os brasileiros da quarentena.

“Temos notícia de remédios saindo, notícias de número de casos relativamente controlados em outros países, mas no Brasil nós sabemos que esta não é a realidade. As pessoas não podem perder a noção de que ainda precisamos do isolamento horizontal”.

Isso porque, apesar da esperança trazida pelas pesquisas, até o momento, o único consenso científico no Brasil e no mundo é que não há cura para a covid-19.

Cloroquina e hidroxicloroquina: conclusões precoces

A primeira substância alardeada como “cura” da covid-19 foi a hidroxicloroquina, da família da cloroquina, impulsionada por declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Mas as pesquisas ainda estão em andamento, com pacientes recebendo a substância como parte de estudos em fase inicial.

“Dá para testar um milhão de medicamentos em laboratório, mas este é só o início para eleger uma droga que pode ser que seja boa. Estamos ainda no início deste processo, não passamos disso ainda”, afirma o médico infectologista Marcos Boulos, que lidera a Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo.

Um estudo da Fiocruz Amazônia, por exemplo, identificou 13% de mortes de pacientes graves que receberam a cloroquina — um pouco abaixo da taxa verificada em estudos internacionais (18%), mas dentro da margem de confiança.

“É muito importante que outras pesquisas saiam para que a gente reúna mais informações. O nível de evidências ainda é muito pequeno”, diz o infectologista Marcus Lacerda, que participou desse estudo com 81 pacientes em Manaus.

Plasma sanguíneo: uma aposta

Outra frente aberta no Brasil, em linha com estudos conduzidos nos Estados Unidos e na França, é o teste de plasma sanguíneo de curados em doentes com covid-19. A pesquisa aqui será capitaneada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e pelos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês.

A ideia é convocar pessoas que se curaram de uma forma branda da doença, usar os anticorpos em quem ainda têm a infecção e então estudar como estes pacientes reagem.

“Ainda não sabemos se isso pode ser benéfico ou não; ainda temos que estudar. Só vamos estender aos hospitais se o resultado for positivo, se não, vamos investir tempo em outras coisas”, pondera Silvano Wendel, diretor do banco de sangue do Hospital Sírio-Libanês.

“É um estudo experimental: doadores e pacientes serão selecionados com cuidado, e não é algo a ser usado de forma indiscriminada”

A intenção é tentar diminuir a gravidade ou ao menos encurtar a duração da doença.

 

 

*Com informações do Uol