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Cabos eleitorais de Lira acenam com liberdade de Bolsonaro; deputado nega

Em campanha pela reeleição, Arthur Lira tem usado um argumento forte para pedir o apoio de bolsonaristas e ser ungido quase por unanimidade.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, aliados de Arthur Lira foram a campo com um argumento de peso para conquistar os votos de bolsonaristas para a reeleição do atual presidente: a liberdade de Jair Bolsonaro.

Deputados bolsonaristas dizem ter ouvido de cabos eleitorais de Lira a promessa de que, se o atual presidente da Câmara tiver o voto deles para um novo mandato à frente da Casa, ele garantirá que Bolsonaro não seja preso por nenhum dos crimes de que o ex-presidente é acusado.

À coluna, a assessoria de imprensa de Lira nega que ele tenha defendido isso.

Lira trabalha para ser praticamente ungido na disputa, com o apoio de governistas e da oposição bolsonarista.

Alguns deputados da oposição, entretanto, têm questionado por que apoiar um presidente da Câmara que também é apoiado pelo governo.

(Atualização, às 10h27 de 22 de janeiro de 2022: A primeira versão deste texto informava que era Lira quem prometia a liberdade de Bolsonaro, caso ele fosse reeleito. O título foi reescrito em nome da precisão da informação.)

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Dedo na cara e ameaça: comandante demitido peitou Flávio Dino

General Júlio César de Arruda impediu a prisão de golpistas acampados em frente ao quartel-general no 8 de janeiro e encarou Flávio Dino.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o general Júlio César de Arruda, demitido do comando do Exército neste sábado (21/1) por Lula, teve duras discussões na noite do dia 8 de janeiro com o ministro da Justiça, Flávio Dino. Começou ali o enredo que levou a sua exoneração.

Naquela noite, o comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, teve uma dura discussão com o interventor Ricardo Cappelli. O clima esquentou quando o secretário, liderando a tropa da Polícia Militar, chegou ao Setor Militar Urbano e anunciou que prenderia os golpistas acampados em frente ao quartel-general. O general afirmou que a tropa da PM não passaria dali.

Na sequência, o comandante do Exército e Cappelli reuniram-se, no Comando Militar do Planalto. Deu-se, então, a primeira discussão tensa de Arruda naquela noite, quando chegou a colocar o dedo na cara de Cappelli e do então comandante da PM, coronel Fábio Augusto Vieira.

O policial, preso por determinação de Alexandre de Moraes, afirmou em seu depoimento à polícia que o Exército havia proibido que as prisões fossem feitas. Em dado momento, Arruda dirigiu-se para o policial, também com o dedo em riste. “O senhor sabe que a minha tropa é um pouco maior que a sua, né?”, disse, em tom de ameaça, referindo-se às tropas da PMDF e do Exército.

Discussão com Flávio Dino

Mas a noite ainda estava longe de terminar. Os ministros Flávio Dino, José Múcio (Defesa) e Rui Costa (Casa Civil) chegaram e os três reuniram-se com o general Arruda a sós. Neste momento, a temperatura entre Dino e Arruda subiu.

O general exigiu que os ônibus dos golpistas, que haviam sido apreendidos pela Polícia Militar por ordem de Dino, fossem devolvidos. Dino afirmou que não devolveria porque era prova do cometimento de um crime e assim seria tratados.

O general, subindo o tom de voz, insistia que ninguém seria preso no acampamento, conforme relatou a repórter Marina Dias. Dino também alteou a voz e manteve que a ordem dele seria cumprida e todos seriam presos.

Neste momento, os dois já estavam em pé e o clima prenunciava uma briga ainda mais dura.

Rui Costa interveio e conduziu a conversa para uma conciliação. Ficou acordado que as prisões não seriam naquela hora, mas sim no dia seguinte de manhã.

A resistência em demitir Cid

A demissão de Arruda foi sacramentada quando chegou a Lula a informação de que Arruda não demitiria o tenente-coronel Mauro Cid.

Cid era o principal ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e hoje está lotado no 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia (GO). Trata-se de uma das unidades do Comando de Operações Especiais do Exército, e, por estar nos arredores de Brasília, passível de ter que ser acionada para garantir a segurança da capital.

Uma reportagem da coluna de Rodrigo Rangel, no Metrópoles, revelou detalhes de uma investigação autorizada pelo STF que apontou que Cid manejou recursos em espécie sacados de cartões corporativos. O dinheiro, de acordo com o inquérito, foi usado até para pagar contas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de familiares dela.

*Com Metrópoles

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O Antropofagista precisa de 5 minutos da sua atenção

É sabido por todos que a arma dos fascistas, muito mais do que uma caricatura de informação, é mentira em estado puro, sobretudo quando seu líder maior, Jair Bolsonaro, está em apuros.

Não foi sem motivos que o general Etchegoyen, que operou nos bastidores no golpe  contra Dilma e, depois, participou do governo do golpista Temer, usou a velha tática de, a melhor defesa é o ataque, com uma declaração que engulha o estômago de ferro de qualquer um.

A verdade é que o general que, no passado, foi um hábil manipulador, tentou jogar veneno, de forma grosseira, em Lula para “honrar os militares”.

Ou seja, Etchegoyen tentou pegar uma garupa em pelo usando o mesmo bafio golpista de Bolsonaro, já que de alguma forma os estilhaços da explosão de fatos que recaem e recairão cada vez mais sobre Bolsonaro, um mais escabroso que o outro, atingirá a glória do general.

Damos aqui apenas um exemplo de uma caricatura, quando, na realidade, a maldade, a perversidade e a corrupção embutidas no carro alegórico de Bolsonaro, é algo inimaginável.

Por isso engalhou-se nas terras de Tio San e, de lá, não tira as nádegas. Assim, usa os Napoleões de hospício como arma de guerra de defesa, já que a coisa está cada dia mais feia para o seu lado e as águas de uma correnteza jurídica mais fortes contra o monstro que, até o dia 31 de dezembro, comandava do Palácio do Planalto, indo embora antes de concluir o governo para salvar sua pele.

Mas não se iludam, as pedras da catedral de fake news ainda fermentam, até porque o próprio Bolsonaro não tem para onde correr, a não ser pelas confusas mensagens de Carluxo e declarações que tratam a barbárie terrorista do dia 9 de janeiro invertendo valores, coo é especialidade de Etchegoyen.

O Brasil encontra-se no meio de uma guerra de informações. Aliás, até o comandante militar do Sudeste fez um discurso para sua tropa em favor do respeito ao resultado das urnas foi bastante enfático para sentenciar o uso da mentira e violência como método político, logicamente praticado pelos comandados de Bolsonaro.

Nosso trabalho aqui no Antropofagista é justamente nadar contra essa corrente de mentiras, montada pela indústria de fake news de Bolsonaro, com reflexões próprias, assim como o compartilhamento de fatos fundamentais para o país nesse momento.

Por isso, pedimos encarecidamente que os leitores do blog nos ajudem a manter e até ampliar a dinâmica do trabalho com uma contribuição mínima para propiciar uma editorial cada vez melhor.

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ABI: fotomontagem na capa da Folha é um atentado ao jornalismo

Em nota assinada por dois diretores, a Associação Brasileira de Imprensa diz que foto usada pelo jornal ‘escapa à captura do instante, princípio consagrado do fotojornalismo’.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) repudiou a capa do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (19), que traz imagem que sugere tiro no peito do presidente Lula (PT), a partir de adulteração da realidade.

Em nota assinada pelo diretor de Jornalismo, Moacyr Oliveira Filho, e pela diretora de Cultura da entidade, Maria Luiza Franco Busse, a ABi afirmou que a fotomontagem da jornalista Gabriela Biló é um atentado ao jornalismo, pois descarta um dos princípios fundamentais do do fotojornalismo: a captura do instante. “Técnica de múltipla exposição de imagens na capa da Folha. Um eufemismo, em tempos de pós-verdade, para definir a manipulação da informação. Isso não é jornalismo. Isso é uma perversa adulteração da realidade”, destaca a entidade.

Leia a nota na íntegra: 

Gabriela Biló é uma jovem fotojornalista de 34 anos que começou a carreira cobrindo as manifestações de junho de 2013 pela agência Futura Press. Dedicou-se ao jornalismo político e dez anos depois, neste 19 de janeiro de 2023, abriu debate sobre Verdade e Jornalismo ao usar da tecnologia para produzir uma realidade criada a partir de uma foto que escapa ao princípio da captura do instante, compromisso consagrado no exercício da profissão que tem a responsabilidade de informar a sociedade com o registro imagético dos acontecimentos como de fato se dão.A foto do presidente Lula superposta por vidro em que o ponto do estilhaço está na altura do coração do mandatário vem causando alvoroço nas redes jornalísticas e sociais em geral. É primeira página de um dos ainda chamados grande jornal que vem se notabilizando pela orgânica cumplicidade com o golpismo disfarçada de flerte pela edição de matérias que levam a pensar tratar-se de veículo imparcial. Como se houvesse imparcialidade em qualquer meio de comunicação.

O veterano fotojornalista Helio Campos Mello, ex-editor na revista Isto É no jornal O Estado de São Paulo, agora dedicado à organização de seu material desde o governo Médici no site HCM, disse que reconhece o talento de Gabriela mas “fotojornalismo não permite montagem ou múltipla exposição, que foi a técnica usada”. Hélio observa que “esse tipo de serviço diz respeito à editoria de Arte e, ainda assim, só deve ser feito com a concordância do fotógrafo”.Gabriela, filha deste tempo que realiza estéticas a partir de ética relativizada, se colocou no Instagram: “fui ‘intimada’ a me explicar sobre minha foto- fato curiosíssimo. Aceito o desafio”, e esclareceu que usou a técnica de múltipla exposição “muito antiga no fotojornalismo desde a fotografia analógica”.

Gabriela se explicou pela tecnologia. O limite da técnica não capta nem alcança o fato bruto. Sem dúvida, edulcora, embeleza ou enfeia dependendo do ângulo e do recorte, mas se afasta do fotojornalismo que não desistiu do caso de amor e ódio com a realidade pura e simples.

“Técnica de ‘múltipla exposição de imagens’, na capa da Folha. Um eufemismo, em tempos de pós-verdade, para definir a manipulação da informação. Isso não é jornalismo. Isso é uma perversa adulteração da realidade. No caso, perigosíssima, pela gravidade da atual situação do país”, protestou o escritor Lira Neto pelo Twitter.“Se a Folha de São Paulo diz que esta foto foi “feita com múltipla exposição” (na prática, uma montagem), está admitindo que teve a intenção de criar (e publicar) uma imagem cuja conotação imediata é de um tiro contra Lula, ou seja, um atentado. Mesmo que fosse um recorte de foto mais ampla, a forma como foi utilizada também leva à sugestão de um atentado. Fotomontagem não é jornalismo! Como já perguntaram, seria um caso de “apito de cachorro” (mensagem cifrada para que alguém aja neste sentido)? Ou “apenas” uma demonstração de ódio dos editores do jornal?”, indaga Aguinaldo Ramos, veterano repórter fotográfico.

“Gabriela Biló, fotógrafa de grande desenvoltura e com cacoete de youtuber, com mais de 65 mil seguidores no instagram, sentiu-se impelida a usar uma dupla exposição para reunir na mesma imagem um retrato do presidente Lula com a vidraça do Palácio do Planalto estilhaçada pelos terroristas. Esse gesto, por si só, tira a imagem da natureza do fotojornalismo e a desloca para o âmbito da ilustração. Colagem, montagem, justaposição, são práticas de artistas e ilustradores, não de fotojornalistas. Logo, tal artifício desloca Biló da função de repórter e a coloca como cronista, articulista, ilustradora, editorialista, funções que na redação da Folha – na qual trabalhei 13 anos (1991 a 2004), sendo 09 anos como editor de fotografia – têm liberdade para expressar opiniões próprias à revelia da linha editorial. Que Biló deseje ultrapassar limites éticos e estéticos à revelia das normas que regem a prática do fotojornalismo, na ânsia de ser, talvez, uma artista, é uma questão dela. O problema está na Folha em bancar essa atitude”, escreveu Eder Chiodetto, jornalista, fotógrafo, curador independente e crítico de fotografia, no Instagram.

“A escolha editorial de estampar a imagem-ilustração de Biló na primeira página – decisão que passa pela direção do veículo, como vivenciei em 09 anos na função que me era devida – é só mais uma que vem dentro dessa lógica de fazer “shownalismo” de crítica ao governo que ainda está começando. Uma imagem dúbia de gosto suspeito que amplifica possibilidades interpretativas à direita e à esquerda, com a intenção de “lacrar”, momentos após o país passar por uma tentativa de golpe, não é o jornalismo que queremos ou precisamos. No lugar de suscitar o debate, se contenta em por fogo no circo num momento tão complexo para a democracia. Esse caso parece espelhar de forma canhestra o 8 de janeiro. A repórter fotográfica fez o ataque, mas a pena maior deve ser imputada a quem patrocinou e legitimou tal ato”, acrescentou Chiodetto.

“No que uma montagem, ou “uma foto de múltipla exposição”, difere de uma fakenews? Sigo perguntando: para que uma montagem que sugere Lula alvejado no coração a não ser lacrar e vender jornal? Vale a pena contribuir com essa imagem na alimentação dos milhares de grupos de zap que formam uma teia de extrema direita no país. Informação é um serviço. No caso da Folha, um serviço pago, por assinantes e anunciantes. Essa imagem é um serviço cidadão? Ou apenas obedece a uma lógica de lacração causadora, contribuindo para a onda antianalitica que permitiu a chegada do ex-presidente ao poder? Como alguém que se formou em jornalismo, sinto raiva. Antes dela, vergonha. Muita. Imensa. Depois dela, náusea”, desabafou no Instagram a crítica e duradora de arte da Revista Caju, Daniela Name.

“Como eu já previa, o hate ,veio forte com essa foto do Lula: na foto tem quem veja morte, tem quem veja resistência, só um trincado, tem quem veja um sorriso atrás, o Lula arrumando a gravata. Não vou dizer o que vc tem que ver. Fotojornalismo não feito pra agradar. Minhas fotos são o espelho do meu olhar. Essa só é a forma como eu vejo o mundo. Você pode ter o seu olhar, discordar do meu, tudo bem, o mundo é plural. Para mim, fotojornalismo é arte. Arte pode incomodar e fotojornalismo não é feito para agradar”, se defendeu a fotógrafa Gabriela Biló.

“Fotojornalismo não é arte, é fotografia aplicada ao jornalismo”, rebate Salomon Cytrynowicz, o Samuca, que foi repórter fotográfico da Veja e professor aposentado de Fotografia e Fotojornalismo da Comunicação da PUC-SP.

“Eu sou do tempo em que se dizia que uma foto vale mais do que mil palavras. Nesse caso, nem mil palavras vão conseguir justificar esse verdadeiro atentado ao jornalismo e ao fotojornalismo. Ao contrário do que tentou explicar a jovem fotógrafa, a sua foto não é um flagrante de uma cena. Lula não estava atrás daquele vidro quebrado. Ou seja, a foto não retrata um momento. É uma montagem. Aquela cena simplesmente não existiu. Sem falar que a foto não tem nenhuma relação direta com o texto da matéria”, argumenta o diretor de jornalismo da ABI, Moacyr Oliveira Filho. “Fotojornalismo não é arte. É o registro fotográfico e jornalístico de um momento real. O que não impede que uma fotojornalística seja uma foto artística pela sua beleza plástica e visual. O que não é o caso. Seria como se um repórter inventasse uma frase e colocasse na boca de seu entrevistado. Ou seja, deixa de ser jornalismo para ser ficção”, completa.

*247

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O racismo por trás do código bolsonarista “festa da Selma”

Entenda o que há por trás da expressão usada por golpistas para combinar a invasão do Poderes, em Brasília.

As conotações simbólicas por trás do código bolsonarista “festa da Selma” para combinar a invasão da Praça dos Três Poderes vai além de uma alusão à “Selva”, um cumprimento usado pelo exército brasileiro. Apuração do GGN mostra que o termo escolhido pelos golpistas é carregado de racismo. Entenda abaixo.

De acordo com a Agência Pública, o código “festa da Selma” vinha sendo usado há dias pelos golpistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais, antes da invasão terrorista. A expressão, inclusive, foi utilizada no Twitter junto à hashtag #BrazilianSpring — Primavera Brasileira, em inglês.

Segundo a reportagem, o termo teria sido lançado pelo estrategista da extrema-direita norte americano Steve Bannon, logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.

“O termo é uma apropriação dos movimentos em países árabes pró-democracia, e foi compartilhado por Bannon para levantar dúvidas falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro”, diz a Pública.

A apuração do GGN, no entanto, mostra que o simbolismo sobre o termo vai além, o que não é uma novidade, tendo em vista que, ao longo de todo o mandato, o governo Bolsonaro tomou para si expressões supremacistas e nazistas.

Nesse caso, o simbolismo do termo “festa da Selma” tem uma ligação direta, já alertada por internautas no Twitter, com a cidade de Selma, no estado americano de Alabama, local do massacre contra negros conhecido como “domingo sangrento” na década de 1960.

A luta por direitos civis em Selma 

Em 7 de março de 1965, pelo menos 600 manifestantes partiram pacificamente de Selma para Montgomery. A passeata, no entanto, foi bloqueada na Ponte Edmund Pettus, sobre o Rio Alabama, ainda na cidade de Selma. No local, o grupo foi atacado violentamente pela polícia com gás lacrimogêneo e cassetetes, no que ficou marcado como “domingo sangrento”.

Na ocasião, uma das principais reivindicações dos militantes era o reconhecimento do direito de voto dos negros, que foi assegurado pela constituição desde 1870, mas que na época não garantiria que negros pudesse votar.

Os manifestantes também protestavam contra o assassinato do ativista negro, Jimmie Lee Jackson, morto em fevereiro de 1965, durante uma marcha noturna em Marion, também no Alabama.

Esses movimentos de incentivo ao recenseamento eleitoral começaram em 1963. Em meio ao racismo, os ativistas reuniram líderes que apoiavam os direitos civis e também contaram com o reverendo e futuro Nobel da Paz Martin Luther King para contribuir com as ações.

Dois dias depois do “Domingo Sangrento”, em 9 de março de 1965, os manifestantes fizeram uma segunda tentativa de empreender a marcha, com a participação de Martin Luther King. Nesta ocasião, os policiais e manifestantes ficaram frente a frente. Para evitar novos confrontos, King voltou com os manifestantes à igreja.

Pela terceira vez, em 16 de março de 1965, a marcha foi retomada. Mesmo cercados por soldados, o grupo avançou 16 quilômetros ao longo do dia. Em 24 de março, o grupo chegou em Montgomery e no dia seguinte alcançou o Capitólio do Estado do Alabama .

Após os protestos, no dia 7 de agosto de 1965, o Presidente Lyndon Johnson assinou a Lei sobre o Direito de Voto, uma das mais importantes dos Estados Unidos.

*Ana Gabriela Sales/GGN

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Por isso, não só a colaboração financeira, assim como a de compartilhamento das matérias, depende de uma corrente a partir dos próprios leitores.

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*Imagem em destaque: Tarsila do Amaral, 1928

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Anderson Torres recebe atendimento de psiquiatra dentro da cadeia

O ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DF está detido desde sábado, quando desembarcou dos EUA. Ele é investigado pela PF.

Ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres foi atendido, nesta terça-feira (17/1), por um psiquiatra da Secretaria de Saúde do DF. Preso no 4º Batalhão da Polícia Militar (4º BPM), no Guará, o próprio Torres fez a solicitação para atendimento do profissional de saúde, o que é um direito dele.

O ministro da Justiça do governo Bolsonaro estava de férias nos Estados Unidos e foi preso pela Polícia Federal (PF) ao desembarcar no Aeroporto de Brasília, no último sábado (14/1).

Anderson foi detido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da investigação sobre responsabilidade de autoridades na invasão e depredação do STF, Congresso e Palácio do Planalto.

A expectativa é que Torres deixe o cárcere do 4º BPM para prestar depoimento na sede da Polícia Federal ainda nesta semana.

*Com Metrópoles

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Governo Lula retira Brasil de bloco conservador antiaborto criado por Bolsonaro e Trump

Sputnik Brasil – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu retirar o Brasil do chamado Consenso de Genebra, um bloco conservador criado em 2020 sob liderança dos ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, dos EUA, com uma agenda de endurecimento de políticas de saúde sexual e reprodutiva.

Os ministérios da Saúde, das Relações Exteriores, das Mulheres e dos Direitos Humanos divulgaram uma nota conjunta nesta terça-feira (17) comunicando a decisão de desligamento do bloco.

Segundo a nota, o novo governo decidiu “atualizar” o posicionamento em fóruns internacionais que tratam da pauta das mulheres, “com o objetivo de melhor promover e defender os mais altos padrões dos direitos humanos e liberdades fundamentais, em linha com a legislação brasileira e os compromissos assumidos pelo país no plano regional e multilateral”.

“Nesse sentido, o Governo brasileiro decidiu desligar-se da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família. O Brasil considera que o referido documento contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família e pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O Governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares.”

Em 2021, os norte-americanos deixaram o grupo, com a chegada do presidente Joe Biden.

Na segunda-feira (16), o Ministério da Saúde, comandado pela ministra Nísia Trindade, anunciou a revogação de portarias assinadas no governo anterior que dificultavam procedimentos de aborto autorizados pela legislação brasileira.

*Com 247

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Lira fala sobre possível punição a Bolsonaro por invasão no DF: ‘Cada um responde pelo que faz’

‘Meu CPF é um, o dele é outro’, afirmou presidente da Câmara ao tratar do papel do ex-presidente em tentativa de golpe; segundo Lira, parlamentares que mentiram sobre o episódio serão ‘chamados à responsabilidade’

Estadão – Ao ser questionado nesta segunda-feira, 16, sobre a possível responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos golpistas contra as sedes dos Três Poderes, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), respondeu que cada um deve responder pelo que faz. “O meu CPF é um, o CPF do presidente Bolsonaro é outro”, declarou o deputado durante coletiva de imprensa, evitando opinar sobre o papel do ex-chefe do Executivo nos eventos do dia 8.

Na última sexta-feira, 13, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu Bolsonaro na investigação sobre os atos golpistas, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). No domingo, 8, apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram a Corte, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

“Nós temos de ter calma neste momento e investigar todos os aspectos. A nossa fala não muda: todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos”, disse Lira hoje. O presidente da Câmara visitou um Batalhão da Polícia Militar localizado próximo à Praça dos Três Poderes, junto com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli.

Segundo Lira, os parlamentares que mentiram e divulgaram fake news sobre os ataques golpistas serão “chamados à responsabilidade”. O presidente da Câmara disse que deputados não podem divulgar fatos que “não condizem com a realidade”.

Lira se referia ao deputado eleito Abilio Brunini (PL-MT), que publicou nas redes sociais um vídeo no Salão Verde da Câmara e afirmou que não houve “praticamente nenhum estrago” no local. “É que, se você fica assistindo só na internet, parece que está tudo quebrado em Brasília. Mas não é verdade”, diz Brunini, no vídeo.

“Todos que tiverem responsabilidades vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo que houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu no seu prédio. Então, esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram (a invasão), as cenas são terríveis, violentas, gravíssimas”, disse.

Lira ressaltou, contudo, que a punição dos envolvidos nos atos golpistas será feita pela Justiça. “A Câmara tão somente vai contribuir para fornecer, como já fez, todas as evidências, filmagens, perícia, contribuir para a identificação dos culpados e ajudar na formulação de leis que impeçam que esses atos se repitam”, afirmou.

Após os atos de vandalismo, a preocupação agora, segundo o deputado, é com a segurança da posse de parlamentares, da eleição da Mesa Diretora do Congresso e do início dos trabalhos no Judiciário em 1º de fevereiro.

“Temos de ter a clareza de que muitas pessoas vão se deslocar, de todos os lugares do Brasil, para Brasília. É importante que todos nós estejamos atentos, com um plano de segurança preventivo bastante rígido”, declarou.

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Depois de trocar menos de 10% dos cargos do GSI, Lula agora quer mudanças

Apesar da desconfiança no entorno do petista, só sete de 80 cargos de confiança do Gabinete de Segurança Institucional têm novos ocupantes desde a posse.

Alvo de desconfiança do entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde antes da invasão de golpistas ao Palácio do Planalto, no último dia 8, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) passará por uma renovação dos quadros herdados do governo Bolsonaro. Dos 80 integrantes de cargos de confiança que compõem o órgão, apenas sete foram exonerados desde a posse do petista — menos de 10% do total.

A avaliação de ministros é que os militares responsáveis por zelar pela sede do Poder Executivo foram ineficientes durante os atos terroristas sem precedentes na história do país.

— O GSI está sendo mudado e será mudado quase na sua integralidade, quase 100% dele será renovado. Já começou e todas as pessoas serão renovadas para ter uma oxigenação e para botar pessoas com maior treinamento, com maior capacidade de ação e de reação — disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista ao Globo.

Hoje, o GSI é composto por cerca de 1.100 servidores — incluindo o pessoal da área administrativa —, sendo 80 integrantes de cargos de confiança. As mudanças promovidas até agora ocorreram de forma pontual na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e em departamentos ligados à logística e à capacitação.

A maioria do efetivo do GSI é composta por militares das Forças Armadas, principalmente em áreas sensíveis como na segurança de autoridades e instalações. Mas também há civis que integram, em especial, as áreas administrativa e de planejamento.

No governo Bolsonaro, o GSI era comandado pelo general da reserva Augusto Heleno, que chegou a ser cotado para ser vice na chapa do ex-presidente em 2018. O órgão é composto majoritariamente por militares, uma das categorias mais alinhadas ao bolsonarismo.

 

O GSI teve sua atuação questionada por não ter conseguido impedir que golpistas invadissem o Planalto. O episódio gerou desgaste para o general da reserva Gonçalves Dias, escolhido por Lula para chefiar a pasta formada majoritariamente por militares. O GSI não respondeu aos questionamentos do GLOBO.

— Eu não consigo imaginar a Casa Branca sendo invadida. O uso de todas as forças na última instância seria utilizado para impedir isso. Deveria ter sido utilizada a energia máxima para impedir o que ocorreu — afirmou o ministro da Casa Civil.

Na tarde de 8 de janeiro, quando os golpistas acessaram as dependências do Planalto, o contingente do órgão era de apenas 40 homens.

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o responsável pela segurança do Planalto no momento da invasão, o militar José Eduardo Natale de Paula Pereira, do GSI, afirmou que só no Salão Nobre do segundo pavimento do prédio havia cerca de 700 pessoas, ou seja, o equivalente a 17 invasores para cada segurança.

“Havia por volta de 40 homens na tropa de choque do GSI para fazer a contenção dos milhares de manifestantes”, declarou Pereira. “Havia gritaria, barulho de cornetas e barulho de bombas. A maioria dos manifestantes vestia roupas verde e amarelo e outras roupas camufladas e desferiam palavras de ordem contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informando que não aceitavam ele como presidente legítimo”, acrescentou.

O baixo efetivo se somou ao fato de que, na véspera da invasão, o GSI decidiu dispensar reforço no Batalhão da Guarda Presidencial. A determinação, feita por escrito, ocorreu cerca de 20 horas antes do ato golpista, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O batalhão é uma unidade do Exército, vinculada ao Comando Militar do Planalto (CMP), com atribuição de cuidar da segurança do Planalto.

*Com O Globo

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