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Bolsonaro colhe mais uma derrota por dar ouvidos a Donald Trump

E Valdemar também, por obedecer a uma ordem sem sentido.

É tal a falta de imaginação de Bolsonaro e dos seus filhos que eles continuam tendo como referência Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, derrotado há dois anos ao tentar se reeleger.

Bolsonaro considera-se amigo de Trump, embora não fale inglês, nem Trump português. Bolsonaro não fala “portunhol”, e não entende o português de Portugal, como ele mesmo já admitiu.

Nas eleições de 2018, Bolsonaro valeu-se de técnicas de campanha adotadas por Trump dois anos antes e sopradas por Steve Bannon, o estrategista da Casa Branca e líder da extrema direita.

Só que Trump logo se deu conta de que não era por aí e mudou de assunto. Infectado, foi internado. Bolsonaro contraiu o vírus, nega que tenha se vacinado e defende a cloroquina até hoje.

Agora, segundo o jornal The Washington Post, o segundo mais importante dos Estados Unidos (o primeiro é o The New York Times), Trump aconselhou os Bolsonaros a questionar sua derrota.

O conselho foi dado em encontro recente entre Trump e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na Flórida. E foi reforçado por Bannon, que também se reuniu com Eduardo.

Dos três filhos Zero de Bolsonaro, Eduardo é o que cuida do departamento de ideologia da família. Flávio, senador, cuida das finanças, e Carlos, vereador, das redes sociais.

Conselho dado, conselho acatado. E, uma vez que a auditoria militar nas urnas eletrônicas não deu em nada, Bolsonaro, o chefe do clã, acionou Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Obrigado a contestar o resultado das eleições, Costa Neto meteu-se na fria de pedir a anulação dos votos de 250 mil urnas, mas apenas no segundo turno. No primeiro, prejudicaria o próprio PL.

Então, deu no quê? Na multa de quase R$ 23 milhões aplicada ao partido pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por “litigância de má-fé”.

E deu também no isolamento do PL, que perdeu a companhia do PP e do Republicanos, que não concordaram com a iniciativa de Valdemar. Dentro do PL, a barra de Valdemar pesou.

Melhor teria feito Bolsonaro se ficasse recluso no Palácio da Alvorada até 31 de dezembro, lambendo suas feridas e se preparando para responder depois a um monte de processos.

*Noblat/Metrópoles

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Lula: ataque a tiros em escolas de Aracruz (ES) é ‘tragédia absurda’

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outras autoridades políticas se manifestaram nas redes sociais em solidariedade às vítimas do atentado ocorrido na manhã de hoje em Aracruz, no Espírito Santo. Um atirador ainda não identificado invadiu duas escolas e disparou contra alunos e professores. Foram confirmados ao menos 3 mortos e 11 feridos até agora, segundo a Secretaria de Segurança Pública.

No Twitter, Lula disse ter tomado conhecimento do caso “com tristeza”. “Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda”, escreveu, e prestou apoio ao governador Renato Casagrande (PSB) “na apuração do caso e amparo para as comunidades das duas escolas atingidas”.

O próprio governador foi um dos primeiros a se manifestar sobre o caso e escreveu que acompanha “de perto” o trabalho das forças de segurança.

O autor dos disparos fugiu de carro e ainda não foi localizado ou identificado. Ele agiu usando roupas camufladas e um capuz. Até o momento, dois suspeitos foram descartados de envolvimento no crime — um adolescente de 16 anos, que estuda em um dos colégios e um motorista que chegou a ser detido no fim da manhã de hoje.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) também lamentou o atentado. “Consternado com os ataques ocorridos nas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, manifesto minha solidariedade às comunidades escolares, às famílias e aos amigos das vítimas”, escreveu.

https://twitter.com/geraldoalckmin/status/1596186325366951936?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1596186325366951936%7Ctwgr%5E968886f3e297e97644bcbc8df2f4c86273b54d34%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fnoticias.uol.com.br%2Fpolitica%2Fultimas-noticias%2F2022%2F11%2F25%2Freacao-atentado-escola-aracruz-espirito-santo.htm

Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão e integrante da equipe de transição de Lula, expressou “profunda solidariedade às famílias das vítimas dos ataques”.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1596161338673356800?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1596161338673356800%7Ctwgr%5E968886f3e297e97644bcbc8df2f4c86273b54d34%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fnoticias.uol.com.br%2Fpolitica%2Fultimas-noticias%2F2022%2F11%2F25%2Freacao-atentado-escola-aracruz-espirito-santo.htm

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) e o ex-governador capixaba Paulo Artung (MDB) também foram às redes para se manifestarem sobre o caso. “Os culpados não ficarão impunes”, escreveu o senador.”Meus pensamentos e minhas orações estão com toda a comunidade de Aracruz”, completou Artung.

*Com Uol

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Ataque armado: jovem invade escolas, mata 3 e deixa 9 feridos no ES

As instituições de ensino situam-se em Coqueiral de Aracruz. Uma delas é a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti.

Ao menos três pessoas morreram baleadas, na manhã desta sexta-feira (25/11), após ataques em duas escolas da região de Aracruz, no Espírito Santo. Outras nove ficaram feridas e foram encaminhadas aos hospitais do município.

As instituições de ensino situam-se em Coqueiral de Aracruz. Uma delas é a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEFM) Primo Bitti. A outra é a Darwin, da rede privada. Informações preliminares apontam que funcionários ouviram tiros na rua pediram aos alunos que entrassem nas salas.

Há indícios de que o crime tenha sido orquestrado por um jovem armado. Ele usava roupas camufladas e conseguiu fugir em um carro, modelo Renault Duster dourado. As placas do veículo estavam cobertas. Moradores entraram em pânico, e a região teve a segurança reforçada.

Segundo a Polícia Militar, o atirador é um adolescente, aluno do turno vespertino da Escola Estadual Primo Bitti. O rapaz estava com uma pistola carregada. Primeiramente, ele foi à escola onde estuda e invadiu a sala de professores.

Seis pessoas foram atingidas, duas morreram no local. Em seguida, o jovem dirigiu-se à escola particular e disparou contra cinco vítimas; uma delas morreu na hora.

Por meio das redes sociais, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, lamentou o caso. “Com sentimento de pesar e muita tristeza, estou acompanhando de perto a apuração da invasão nas Escolas Primo Bitti e Darwin, em Aracruz. Todas as nossas forças de segurança estão empenhadas. Determinei o deslocamento dos secretários de Segurança e Educação para acompanhar os trabalhos.”

*Com Metrópoles

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Mourão defende golpe militar para enfrentar a “esquerda revolucionária”

Vice-presidente diz que foto de Moraes com chefes das PMs é o “ápice do autoritarismo” e que a direita “precisa se organizar” para combater a esquerda.

O vice-presidente de Jair Bolsonaro, general Hamilton Mourão, defendeu que é necessário “reagir com firmeza, prudência e conhecimento” para restabelecer o que ele chama de “Estado Democrático Direito”.

Em postagem nas redes sociais, Mourão diz que “vive-se hoje, nacionalmente, uma polêmica justificada em função da questão da confiabilidade das urnas eletrônicas e das ações contundentes e exacerbadas do TSE”.

O vice chama de “ápice do autoritarismo” o encontro do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, e os comandantes das Polícias Militares nos Estados, realizado nesta quarta-feira (24), o que para ele “fere o pacto federativo”.

“Hoje, rumamos para o precipício. Assim, é chegada a hora da direita conservadora se organizar para combater a esquerda revolucionária. Necessário é reagir com firmeza, prudência e conhecimento; dentro dos ditames democráticos e constitucionais, para restabelecer o Estado Democrático de Direito no Brasil”, escreveu o senador eleito.

*247

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PP e Republicanos rejeitam investida golpista e abandonam Bolsonaro e Valdemar

Com a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, sobre o bloqueio de fundos dos partidos após a investida golpista patrocinada pelo presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL), os partidos Progressistas e Republicanos estão organizando um recurso para enviar ao TSE.

Segundo o DCM, as duas legendas integravam a coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua derrotada campanha à reeleição contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão do presidente do TSE prevê multa de R$ 22,9 milhões a todos partidos da coligação que apoiou o presidente, por litigância de má-fé. As siglas apoiaram fielmente a candidatura do presidente derrotado.

Por entender que, na iniciativa encampada pelo PL, houve “finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro”, Valdemar será alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito das milícias digitais, e no TSE.

O PP e o Republicanos informaram não ter nenhum envolvimento com os movimentos de contestação das urnas e afirmaram reconhecer o resultado da eleição de segundo turno, portanto, “aceitando” a vitória de Lula. Com isso, os partidos deixaram Valdemar e a legenda do presidente isolados na ação golpista patrocinada por Bolsonaro.

Ainda assim, mesmo em uma tentativa de se distanciar da investida golpista de Valdemar, dirigentes da coligação também criticaram a decisão de Moraes. Segundo eles, a multa imposta poderá inflamar bolsonaristas e dar motivo para novas ações contra o resultado da eleição presidencial.

Segundo a Folha de S.Paulo, os partidos ainda estão discutindo como deverão recorrer à determinação do ministro. Uma das possibilidades é levar uma representação ao TSE para que a coligação não seja considerada de maneira única na ação apresentada pelo PL.

Na manhã desta quinta-feira (24), o pastor Marcos Pereira, presidente do Republicanos, informou que irá recorrer ao TSE para que os recursos de seu partido não sejam bloqueados. “Fizeram isso sem ouvir os outros partidos”, relatou.

Nesta quarta-feira (23), o presidente do PL expôs as fragilidades na argumentação para solicitar a anulação de votos da eleição apenas no segundo turno, quando Bolsonaro perdeu para Lula na disputa presidencial, porém, não no primeiro turno, quando seu partido elegeu a maior bancada de deputados federais na Câmara.

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Bolsonaro convoca ministros e Forças Armadas para reunião de emergência sobre decisão de Moraes

Alexandre de Moraes multou o PL em R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé, após o partido apresentar um pedido infundado de anulação de votos da eleição presidencial.

Jair Bolsonaro (PL) convocou na manhã desta quinta-feira (24) uma reunião de emergência com ministros e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de multar o PL.

Segundo o Antagonista, Bolsonaro “quer a avaliação dos militares, depois de consultar também ministros da área jurídica do governo, inclusive o advogado-geral da União, Bruno Bianco. O AGU defendeu a imposição de recurso ao plenário do TSE”.

O PL ainda não deu uma resposta à decisão de Moraes, mas o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, está desde cedo em reuniões com assessores jurídicos para elaborar uma reação.

Pedido encaminhado pelo PL ao TSE alegava “inconsistências graves e insanáveis acerca do funcionamento de uma parte das urnas eletrônicas utilizadas no pleito eleitoral de 2022”. A partir dessa conclusão, a legenda pediu que Bolsonaro fosse declarado vencedor do pleito por ter maior votação nas “urnas válidas”.

Moraes classificou o pedido do PL para anulação de votos depositados em uma série de urnas eletrônicas de modelo mais antigo como esdrúxulo, ilícito e ostensivamente atentatório ao Estado democrático de Direito.

*Com 247

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Alckmin é ameaçado por dois bolsonaristas, um deles armado, que são detidos pela PF

Identificados como Rosemario Queiroz e Alcides Frederico Moraes Werner, eles foram levados para a Superintendência da PF por desacato aos agentes que fazem a segurança do vice-presidente eleito.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que comanda a equipe de transição, foi ameaçado por dois apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), um deles “visivelmente armado”, ao chegar no hotel onde está hospedado em Brasília, por volta das 23h30 desta quarta-feira (23). Eles foram detidos por desacato por agentes da Polícia Federal (PF) que fazem a segurança do vice de Lula (PT).

Segundo informações da Folha de S.Paulo, os dois foram identificados como Rosemario Queiroz e Alcides Frederico Moraes Werner, que se identificou como agente aposentado da PF e estaria armado.

Rosemário teria partido para cima de Alckmin, dizendo que ele era “uma vergonha”, no saguão do hotel. Ao ser afastado pelos policiais, o bolsonarista teria reclamado da “liberdade de expressão” e dito que os agentes eram “vagabundos” por estarem “defendendo um ladrão”.

Em seguida, Werner teria aparecido “visivelmente armado” questionando a conduta dos agentes e dizendo: “Polícia Federal é o caralho, eu que sou policial”.

Os dois foram levados para a Superintendência da PF no Distrito Federal.

*Com Forum

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Punição do TSE ao golpismo do PL pode atingir salário de Bolsonaro em 2023

Um “efeito colateral” da punição imposta por Alexandre de Moraes, nesta quarta (23), à coligação de Jair Bolsonaro por causa da ação golpista contra as urnas eletrônicas foi suspender a fonte pagadora do salário que o presidente deve receber do PL quando deixar o cargo.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou os partidos da coligação (PL, PP e Republicanos) no valor de R$ 22,99 milhões por entrarem com ação pedindo a anulação de 59% das urnas usadas no segundo turno sem embasamento em fatos. Para ele, a finalidade da iniciativa pode ter sido “tumultuar o próprio regime democrático brasileiro”, inflamando atos golpistas pelo país.

Liderada pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, a pedido de Bolsonaro, a ação usou a justificativa mentirosa de que urnas produzidas antes de 2020 não poderiam ser auditadas. Na decisão desta quarta, Moraes afirmou que os argumentos apresentado são “absolutamente falsos, pois é totalmente possível a rastreabilidade das urnas eletrônicas de modelos antigos”.

Ele também ordenou o bloqueio dos fundos partidários, bem como a suspensão de novos repasses até que o valor seja depositado em conta judicial. Como fundos partidários não podem ser usados para pagar esse tipo de multa, o bloqueio é uma forma de Moraes pressionar as agremiações para buscar recursos a fim de quitar as multas

A questão é que Valdemar da Costa Neto prometeu pagar um salário (fala-se em algo entre R$ 33 mil e R$ 39 mil mensais) a Bolsonaro como presidente de honra do PL, além de custeio de estrutura e advogados – assessoria que ele certamente vai precisar.

O partido analisava duas formas de fazer isso: através de doações de militantes e via fundo partidário.

Se o bloqueio do fundo não for suspenso e se os partidos não pagarem a multa, o PL terá que, obrigatoriamente, passar o chapéu a empresários bolsonaristas a fim de custear o salário do futuro ex-presidente. Vale lembrar que, como muitos financiaram atos golpistas em rodovias, eles estão na mira da Justiça, que já pediu o bloqueio de suas contas.

Não que Jair Bolsonaro vá morrer de fome com isso. Ele tem direito a uma aposentadoria de R$ 11.945,49 como capitão reformado do Exército e outra de R$ 30 mil como deputado federal. Mesmo assim, reclamava com assessores que o valor era pouco (afinal, leite condensado é caro) e ele precisaria de mais para continuar na política. Daí, os recursos prometidos pelo PL.

Na prática, uma solução política deve ser costurada para remover o bloqueio mediante um compromisso dos partidos da coligação de interromper o questionamento do sistema eleitoral brasileiro. A questão é que Bolsonaro não costuma respeitar compromissos.

Valdemar trucou. Moraes pediu ‘seis’. Valdemar foi de ‘nove’. Moraes gritou ‘doze’

Nesta terça (22), o PL pediu a anulação de 59% das urnas apenas no segundo turno, usando falácias e mentiras sobre o registro de votos nos equipamentos fabricados antes de 2020. Como resposta, Alexandre de Moraes emitiu um despacho dizendo que a solicitação deveria conter também a anulação dos votos nos dois turnos. Ou a petição seria desconsiderada.

O problema é que as urnas deram ao PL, no primeiro turno, a maior bancada na Câmara dos Deputados na próxima legislatura, com 99 parlamentares, além de oito senadores. E o poder político e o montante bilionário do fundo partidário e do fundo eleitoral decorrentes dessa liderança são coisas que Valdemar não quer abrir mão.

O presidente do PL respondeu formalmente ao TSE e fez um novo pronunciamento à imprensa nesta quarta. Disse que não faz sentido excluir os votos do primeiro turno, pois isso criaria um “grave tumulto processual”, colocando milhares de outros candidatos como polo passivo do caso, inviabilizando a apuração. Afirmou que fazer isso apenas no segundo turno seria uma forma “mais prática, objetiva e célere”.

E foi além: “Nós estamos discutindo não a eleição, estamos discutindo a história do Brasil. Como vamos viver com o fantasma da eleição de 2022?”.

A questão é que se as urnas não prestam para colher os votos no segundo turno, elas também não prestam para o primeiro. O que mostra que Valdemar da Costa Neto consegue conviver com a tal assombração no que diz respeito à eleição de deputados e senadores de seu partido, que lhe trarão dinheiro e poder. Só não consegue conviver com o “fantasma” representado pela eleição de Lula, escolhido pelas mesmas urnas em detrimento de Bolsonaro.

A tentativa do presidente da República e de seus aliados de desacreditar o sistema de votação usando instrumentos judiciais não representa a efetivação dos direitos civis e políticos presentes na Constituição, mas a sua negação. Por conta disso, a decisão de Moraes da noite desta quarta pede também a investigação do presidente do PL por crimes eleitorais e crimes comuns e sua inclusão no inquérito em curso no STF que investiga organizações criminosas que atuam contra a democracia.

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Após eleição, governo Bolsonaro corta verba e água potável de 1,6 milhão no Nordeste

A operação Carro-Pipa, do governo federal, que leva água potável às famílias no semiárido nordestino há mais de 20 anos, teve os recursos cortados neste mês, levando os caminhões a pararem o fornecimento do produto a moradores do interior no Nordeste.

Segundo a planilha do Exército, que coordena a operação, 1,6 milhão de pessoas teriam direito ao abastecimento em novembro em oito estados do Nordeste, mas estão prejudicadas.

O corte de recursos ocorreu logo após o segundo turno da eleição, no dia 30 de outubro, em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu derrotado. A coluna apurou que o primeiro estado a ter o abastecimento suspenso, logo no início do mês, foi Alagoas. Já em Pernambuco, Paraíba e Bahia, a paralisação foi informada apenas na quinzena final de novembro, assim como vem ocorrendo nos demais estados, com os caminhões deixando de prestar o serviço à população.

A operação Carro-Pipa é financiada com recursos do Exército Brasileiro em parceria com o MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional). Ambos confirmaram à coluna que a suspensão ocorreu por falta de verbas para continuidade (veja mais abaixo). O MDR diz que alertou o Ministério da Economia sobre a falta de recursos, sem retorno.

O UOL teve acesso a um documento do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado, com sede em Petrolina (PE), endereçado a Defesas Civis de municípios de Pernambuco e Bahia.

No documento do dia 14, assinado pelo coronel Paulo Francisco Matheus de Oliveira, o Exército informa que “o recebimento parcial de recursos financeiros para atender a execução do serviço será somente para até o dia 15 de novembro corrente”.

Documento entregue às defesas civis dos municípios de PE e BA - Reprodução/Arte UOL - Reprodução/Arte UOL

A suspensão, porém, pegou as Defesas Civis, pipeiros e moradores de surpresa. Pela regra, cada família tem direito a 20 litros de água por dia a cada integrante assistido. Ou seja, se a casa tem cinco moradores, são 100 litros diários. Eles já relatam prejuízos.

Orlando Vieira da Silva, 54, vive no sítio Boa Esperança, em Ouricuri (PE), e exerce a função de apontador (liderança local que ajuda a coordenar distribuição da água) da operação na comunidade. Ele diz que, das 30 famílias que vivem lá, apenas quatro conseguiram receber água recentemente e 26 estão completamente desabastecidas.

Orlando Vieira da Silva, 54, vive no sítio Boa Esperança, em Ouricuri (PE), e exerce a função de apontador (liderança local que ajuda a coordenar distribuição da água) da operação na comunidade. Ele diz que, das 30 famílias que vivem lá, apenas quatro conseguiram receber água recentemente e 26 estão completamente desabastecidas. “A região está precisando de água. Não sei por que, justo nesse período mais seco —que vai de setembro até janeiro—, parou. É muito ruim para nós”, lamentou.

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Divulgação do relatório golpista foi articulada por Bolsonaro

A divulgação do relatório golpista que pede a invalidação de parte dos votos das últimas eleições foi uma iniciativa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que determinou a data em que ela deveria ocorrer e a maneira como seria feita.

O PL, partido do presidente, havia chegado a divulgar que o relatório de verificação das urnas encomendado em agosto ao engenheiro Carlos Rocha, a pedido de Bolsonaro, só seria concluído em dezembro.

Na semana anterior ao feriado do dia 15 de novembro, porém, Bolsonaro chamou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao Palácio da Alvorada para dizer-lhe que apressasse a conclusão do documento — ele queria vê-lo divulgado nesta semana, como ocorreu ontem, às 16h.

Pouco antes, pela manhã, em nova reunião no Alvorada — à qual foram convocados, além de Valdemar, também o engenheiro Carlos Rocha, o advogado do PL, Marcelo Bessa, e o marqueteiro Duda Lima— Bolsonaro acertou os termos que norteariam a divulgação do documento.

O advogado Bessa ficou encarregado da fala mais forte. “As inconsistências não permitem atestar que as urnas registraram o resultado eleitoral segundo a vontade dos eleitores”, afirmou Bessa. Também sem provas, o advogado declarou que nas urnas em que, segundo o relatório do engenheiro Rocha não teria havido problemas,”Bolsonaro teve 51% dos votos e Lula, 48,95%”. O advogado não explicou como chegou a esses números.

Partiu ainda de Bolsonaro a ordem para que o evento de divulgação do relatório golpista fosse transmitido ao vivo pelas redes sociais do PL — de forma que pudesse ser replicado simultaneamente pelas redes bolsonaristas.

Aliados do presidente estão convencidos de que Bolsonaro tem esperanças de, por meio da divulgação de falsas suspeitas sobre o resultado das eleições, insuflar seus apoiadores de forma a tensionar o ambiente social às vésperas da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Hoje, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, se reúne com comandantes das Polícias Militares dos estados em Brasília. O convite de Moraes aos comandantes foi feito a pretexto de discutir os protocolos de segurança adotados nas eleições.

Na decisão de 1º de novembro em que determinou que as PMs desobstruíssem as vias bloqueadas por caminhoneiros bolsonaristas, o ministro ressaltou que as notícias levadas ao seu conhecimento davam conta de que não apenas a regularidade do trânsito nas rodovias vinha sendo afetada pelos manifestantes, mas “principalmente, a segurança pública em todo o território nacional, inclusive por meio de condutas tipificadas como crimes contra as instituições democráticas”.

Em seu despacho, o ministro afirmou que “as Polícias Militares dos Estados possuem plenas atribuições constitucionais e legais para atuar em face desses ilícitos”, ressaltando que a ação da PM deve ocorrer “com a adoção de medidas necessárias e suficientes”, “independentemente do lugar em que ocorram”, seja em rodovias, “seja em espaços públicos”.

Opositores e mesmo aliados do presidente receiam que, sendo as PMs em grande parte formadas por apoiadores de Bolsonaro, haja resistência de integrantes diante de uma eventual ordem judicial para dissipar as manifestações de bolsonaristas que pedem o golpe militar diante de quartéis do Exército.

Pelo menos dois comandantes da PM, o de Santa Catarina e do Paraná, já anunciaram que não irão ao encontro convocado por Moraes.

No mesmo sentido, comandantes das três Forças Armadas divulgaram nota no último dia 11 em que defendem a “garantia de manifestações” e condenam “restrições a direitos por parte de agentes públicos”.

Um oficial que participou da elaboração da nota chama a atenção para o fato de que, em seu parágrafo de abertura, quando se refere às “manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do País”, as Forças Armadas reafirmam seu compromisso — em primeiro lugar— com “o Povo Brasileiro”. Só em seguida diz estar comprometida “com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil”. O que isso quer dizer, segundo o oficial, é que não se espere dos militares, ao menos da parte bolsonarista, que contribuam para dissipar à força os seus iguais.

*Thais Oyama/Uol

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